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all this can be yours...





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"Essa vai pro blog!"
Leandro Corrêa - 31 maio 2007 - 23:42
Daquelas sacadas que vêem instantaneamente, sem muito esforço, e nos faz orgulhoso.

(1)
- Olha só, achei um disquete no chão. Alguém sabe onde eu coloco?
- Aham, coloca de volta no século XX.

(2)
- Por acaso alguém viu onde foi parar meu bloco de notas?
- Já tentou em Windows, Acessórios?
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Perto
Kleiton - - 11:46
Jogo 11/14
Grêmio 2 X 0 Santos
Estádio Olímpico Monumental, Porto Alegre
Gols: Tcheco 33' 1t e Carlos Eduardo 35' 1t

O Santos esteve perto de marcar o primeiro gol no Olímpico ontem, sendo parado por uma bela defesa de Sabástian Saja. Mas depois disso, o time da Vila nem sequer chegou perto da área do imortal.

O Tuta matou no peito e chutou perto do travessão, assustando Fabio Costa. O Ávalos queria ficar perto do Diego Souza, mas tão perto, que o abraço fraternal dentro da área - e consequente "ippon", em linguagem de judô - resultou em pênalti. E em gol. Estávamos perto de acabar com a invencibilidade do ex-time de Pelé.

O Carlos Eduardo ficou por perto da zaga santista, e na falha do Adaílton, colocou no canto, perto da trave esquerda do goleiro. Golaço do guri, que está muito perto de conseguir uma vaga na seleção do técnico de futebol mais fashion que o mundo já viu. Tcheco ainda esteve muito perto de marcar o terceiro gol, mas chutou em cima do goleiro.

O Grêmio esteve perto da perfeição na noite passada, num jogo de garra e amor à camisa que ainda não se tinha visto nessa Libertadores. E agora está muito perto da final da competição mais importante das Américas. Mas não tem nada ganho, ainda mais pro Grêmio, time para o qual as coisas são sempre suadas, sofridas, batalhadas.

Sempre perto do impossível.

(na minha visão gremista e parcial)



É sempre muito legal acompanhar na Libertadores o confronto dos dois melhores times da atualidade no Brasil. Ano passado deu para acompanhar (Inter x São Paulo, pelas finais), e esse ano não será diferente. Os primeiros noventa minutos foram disputados ontem e o Grêmio saiu na frente, e bem.

Indiscutivelmente os gaúchos fizeram sua melhor partida na Libertadores. O Santos não conseguiu jogar, exceção feita a um chute ainda no primeiro tempo com grande defesa de Saja. Todos os gremistas marcavam implacavelmente, sem deixar espaço nenhum e saindo rápido nos contra-ataques.

O Grêmio segurava os santistas até que Diego Souza foi derrubado na área, num pênalti duvidoso mas bem marcado. Tcheco bateu e fez o primeiro. Logo em seguida, o zagueiro santista esqueceu que o jogo era sério e deu o segundo gol para o tricolor. Depois disso, o Santos rezou para o primeiro tempo terminar o mais rápido possível. E fez bem, porque o jogo poderia muito bem ter terminado uns 4 a 0 ainda nos primeiros quarenta e cinco minutos.

O segundo tempo começou com o Santos partindo para o ataque, mas sem o menor poder de fogo. O Grêmio continuava contendo a equipe adversária e sendo mais perigoso. Sandro Goiano foi derrubado na área, mas o árbitro achou que um pênalti estava de bom tamanho e não marcou nada.

Por último, mais uma vez a torcida gaúcha deu uma aula de como torcer. Cantou nos noventa minutos, fazendo com que a vitória dos onze jogadores fosse também, de certa forma, sua.

Assim, o jogo chegou ao seu final estabelecendo uma ótima vantagem para os gremistas, tanto efetiva quanto moral. Afinal, deram um baile naquele que muitos apontam como o melhor time do país. Agora ficou tudo para a Vila Belmiro. O Grêmio leva grande vantagem, mas nem tudo está perdido para o Peixe. E aí, quem vai à final?

(na visão colorada e parcial do Valter)

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Stuff
Kleiton - 30 maio 2007 - 23:58
A falta de tempo, as prioridades e todo esse blá blá blá servem de desculpa para essa coluna, que traz umas notinhas comentadas, tão somente isso.

Contentem-se.

Freiras com voto de silêncio usam web para se comunicar [+]
E devem ser as mais sacanas na internet, se tirarmos por base as tendências pedófilas de diversos padres por aí.

Blogs mostram dia-a-dia desconhecido de jovens em Bagdá [+]
Assim como o Baghdad Burning, acho que sempre é uma forma de nos colocarmos a par de uma outra realidade, tão distante e desconhecida. Sim, bombas explodem lá, e provavelmente nenhum de nós faz idéia de como é viver em um lugar assim.

Irã abre seu primeiro Internet café só para mulheres [+]
Século XXI. Dá pra acreditar?

Hackers quebram completamente proteção do Vista [+]
Usem Linux. Sério.

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Janela de lançamento
Leandro Corrêa - 29 maio 2007 - 23:08
Na semana passada, países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Irlanda assistiram pela TV o final da 3ª temporada de Lost, uma das séries de maior sucesso dos últimos anos. No Brasil, a série é exibida com 10 semanas de atraso em canal fechado, e com mais de 1 ano em TV aberta. Este atraso, conhecido como "janela de lançamento", serve para explorar ao máximo a comercialização da série, com a venda de direitos de exibição e contratos de exclusividade, e pode variar ainda mais nos outros 200 países onde Lost é exibida atualmente.

Para a estréia de filmes, a "janela de lançamento" também é bastante comum e normalmente acontece nesta ordem: lançamento nos cinemas norte-americanos, alguns dias ou semanas depois no mundo inteiro, segue para o DVD (primerio pra compra, depois pra aluguel), depois é comercializado em canais do tipo pay-per-view, vai para TV por assinatura e, por último, chega à TV aberta alguns anos depois, com intervalo comercial e dublado! Vocês sabem do que eu estou falando...

Com a internet, porém, muitos dizem que a "janela de lançamento" deixou de ser vantajosa. Graças à banda larga, muitos brasileiros, milhões de pessoas do mundo todo e três blogueiros do Cataclisma 14 já assitiram a toda 3ª temporada de Lost, inclusive o sensacional último episódio, "Through the looking glass", onde os sobreviventes do vôo 815 da Oceanic Airlines finalmente conseguem pedir resgate para sair da ilha --- e aqui fica claro quem é 1 dos 3 blogueiros citados anteriormente.

Mas voltando ao assunto, com a internet é possível baixar Lost e séries como Heroes, 24 Horas, Prison Break, House, CSI e Greys' Anatomy algumas horas depois da exibição original nos Estados Unidos - todas devidamente legendadas. Será, então, que ainda é lucrativo para as produtoras praticar a "janela de lançamento"?



Vejam bem, estes downloads são ilegais e não geram um centavo de dinheiro -- nem para as produtoras, nem para as redes de TV. Além disso, é muito provável que estas séries não tenham seus DVDs comprados, nem alugados, por quem já assistiu os episódios pela internet alguns meses atrás. Depois, saber que o sensacional "seanson-finale" de Lost vai ao ar daqui 10 semanas em canal fechado, com intervalos comerciais, não anima nenhum fã da série a comprar um pacote de TV por assinatura, tampouco esperar pela exibição em TV aberta daqui alguns anos, quando a série for exibida dublada com sotaque carioca. De novo, vocês sabem do que eu estou falando...

Não se trata de discutir como barrar a pirataria na internet, até porque é impossível: os videos ilegais ficam espalhados entre milhares de computadores que os compartilham em redes como eMule ou via Bitorrent, pelo mundo todo. A indústria de entretenimento tem é que lidar com os fatos: pelo menos 100 mil pessoas faziam o download ilegal de "Through the looking glass" um dia depois do episódio ter sido exibido nos Estados Unidos. Milhares de outras tantas fizeram antes, milhares devem ter feito depois, e milhões vão continuar fazendo --- e cada vez mais.

E qual a saída, então? Vender download pra iPod? Transmitir ao vivo pela internet? Lançamento mundial? Pode ser. Já faz alguns anos que Hollywood leva seus filmes aos cinemas em estréias mundiais, sem "janela de lançamento". Dia 27 de agosto desse ano, por exemplo, "Simpsons - O filme" chega aos cinemas do mundo todo, com cópias dubladas em mais de 30 idiomas. De cabeça, me lembro que um dos "Homem Aranha" e um dos "Matrix" também tiveram estréias mundiais. Com apenas uma semana de atraso, chegaram ao Brasil os 3 "O Senhor dos Anéis" e alguns "Harry Potter", o que não deixa de ser uma estréia mundial...

Tudo bem - são exemplos de blockbusters (ou best-sellers?) com sucesso de bilheteria garantido, mas será que, na televisão, Lost, Heroes e 24h também não seriam?

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Má distribuição de renda
Thiago Silverolli - - 19:52
Mensagem no caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil na Praça dos Festivais, em Gramado: "Máquina equipada com notas de R$50. Por favor, digite um valor múltiplo de 50."


Mensagem no caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil na Av Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre: "Limite máximo do terminal R$300. Por favor, digite um valor mais baixo."
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Um clássico revisitado
Leandro Corrêa - - 13:55
Ou seria desenterrado?
Puta que pariu, que frio! A humanidade toda se preocupando com o tal aquecimento global, o derretimento das geleiras e a preservação do meio ambiente...
Pois quer saber? Eu quero é que a Terra volte a pegar fogo!!!

"Faz tanto frio em Porto Alegre..."
... que eu me transformei num cidadão ecologicamente irresponsável.
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A propósito
André - 28 maio 2007 - 20:20
Esses dias comprei o livro Minority Report, coletânea de excelentes contos escritos por Phillip K. Dick. Junto veio um marcador de página - o que é um excelente "brinde", diga-se de passagem -, propaganda do livro A Estrada da Noite, obra de Joe Hill. Diz ali no marcador, logo embaixo da sinopse da história:

"O livro, que figura na lista de mais vendidos do New York Times, teve os direitos de publicação comercializados para mais de 20 países e os direitos para o cinema adquiridos pela Warner Brothers."

Então surgiu a dúvida: quando falam Best-Seller as pessoas se referem às vendas do livro ou à bilheteria do filme?
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Mala Branca
Thiago Silverolli - - 00:18
Imagine que você é um jogador de futebol de um time mediano em um campeonato de pontos corridos. O fim da temporada está próximo e a sua equipe fez o suficiente para não correr riscos de rebaixamento, mas também não tem mais chance alguma de conseguir ser campeão ou ao menos de brigar por uma vaga em uma competição internacional.

Agora se imagine como um cartola, um dirigente de um grande e rico clube. Esse clube é tradicionalíssimo, mas já amarga um jejum de títulos ao qual sua torcida não está acostumada. O campeonato chegando ao fim e sua equipe na vice-liderança, dependendo de um tropeço do líder para continuar pensando no caneco.

O que esses dois casos têm em comum? Continuando o exercício, e se o jogo do líder do campeonato que o dirigente rico quer ganhar é justamente contra o time do desmotivado jogador acima? Provavelmente o dirigente do vice-líder deseja mais que o time mediano vença esta partida do que os próprios jogadores daquele time sem pretensões.

E como mudar a mentalidade dos jogadores que não ambicionam mais do que cumprir tabela? Com a mola que move o mundo! Se o jogo não vale o campeonato pra eles, que valha uma graninha pelo menos.

Essa história de um clube oferecer dinheiro para motivar jogadores de outra equipe para um jogo contra seu adversário direto é conhecida aqui no Brasil como mala-preta e é tratada como corrupção pela imprensa daqui.

Na Espanha, onde a mala-preta se chama Prima, aconteceu nessa rodada de Real Sociedad, Betis e Levante fazerem uma vaquinha para oferecer um prêmio aos jogadores do Mallorca em caso de vitória sobre o Athletic Bilbao, oponente dos outros três na disputa contra o rebaixamento. E isso foi divulgado abertamente por lá, sem o menor pudor.

Particularmente, eu sou a favor da mala-preta. Claro que não oferecendo dinheiro por derrota, desviando o principal objetivo do jogo; ou como no folclórico episódio do juiz que, ao ser perguntado sobre qual equipe deveria cobrar um arremesso lateral, respondeu apressadamente: “Vamo que é nossa!”. Mas se de qualquer forma na disputa o que vale é a vitória, que mal tem se ela vier premiada por uma bonificação extra?

A título de informação: o Mallorca tomou 2 a 0 do Athletic Bilbao, e os três ameaçados puderam guardar La Prima para a próxima rodada.

Com vocês, futebol:

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Mais uma vitória da tecnologia
Anônimo - 27 maio 2007 - 20:02
.. E a cada corrida como a deste domingo, lembro dos tempos onde o piloto era o principal ator da fórmula 1.

Fernando Alonso largou as 9 horas da manhã deste domingo (horário de Brasília) em primeiro lugar no GP de Monaco, e ali ficou até o final. Lewis Hamilton largou as 9 horas da manhã deste domingo (horário de Brasília) em segundo lugar no GP de Monaco, e ali ficou até o final. Felipe Massa largou as 9 horas da manhã deste domingo (horário de Brasília) em terceiro lugar no GP de Monaco, e ali ficou até o final. Giancarlo Fisichella largou as 9 horas da manhã deste domingo (horário de Brasília) em quarto lugar no GP de Monaco, e ali ficou até o final. Eu acho que vocês já me entenderam.

O principado de Mônaco tem sim seu charme. Tem também o time do Monaco (que alguns chamam de MonacÔ) com uma camiseta pra lá de esquisita. A única corrida de rua da F1, entretanto, mostrou-se bem monótona visto que ultrapassar em Monaco é algo bem complicado e, convenhamos, quem é que vai ficar arriscando ultrapassagens a 200km/h onde, no menor dos erros, não há "caixa de brita" e sim, um muro?

Mas o problema não é dos pilotos. Por pior que sejam, eles precisam apenas acelerar, frear e ficar longe do muro. Isso quase todos conseguiram. O Luciano Burti até comentou surpreso que poucos haviam saído da corrida. Num certo GP de 1990 (eu acho), Gerhard Berger estava mexendo nao sei o que em seu carro a pedido do engenheiro da equipe (que explicava o procedimento num rádio em que provavelmente só se ouviam "chiados") quando, ao ver a pista se acabando a sua frente, pisou fundo no pedal direiro para frear... enfim, é óbvio que não deu certo, décimos de segundos depois ele percebeu que o freio era acionado pelo pedal esquerdo. Já não dava mais pra evitar a saída da pista... Contei essa história pra mostrar que hoje em dia a maior parte dos ajustes são feitos automaticamente naqueles carros, com alguns ajustes de desempenho possiveis de serem feitos apertando botões coloridos no volante. Outra: você nunca viu aqueles vídeos antigos de fórmula 1, nos quais os pilotos usam a mão direita para engatar as marchas ao lado do volante? Já vi vários do Senna, inclusive em Mônaco. Marchas como a do seu carro (ou não), do tipo H.

Esse violento avanço tecnológico se contrapõe ao prazer de ver alguém errando alguma coisa e permitindo a briga por posições. O final do "túnel" abaixo do Cassino, na prova de Mônaco, foi local de ultrapassagens fantásticas na história da F1. Hoje, com a tração automática e tantos outros recursos automáticos, até uma Super Aguri consegue abrir distância de uma Ferrari naquele tunel, ninguém consegue mais entrar no vácuo do piloto à frente pois ninguém mais "engata a marcha errada"!!..

Por mais que o Galvão fique empolgado com o GP de Mônaco, não acho que tenha a mesma graça. Essa que é a verdade.

Até o GP do Canadá!
(com certeza, o mais bacana de jogar no GP4)

Abraços
Bruno

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Io-ho-ho e uma garrafa de rum
André - 25 maio 2007 - 17:29
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (Pirates of the Caribbean: At World's End)
4/5

Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Daniel Pyne e Glenn Gers, baseado em estória de Daniel Pyne

Elenco
Johnny Depp (Capitão Jack Sparrow)
Orlando Bloom (Will Turner)
Keira Knightley (Elizabeth Swann)
Geoffrey Rush (Capitão Barbossa)
Bill Nighy (Davy Jones)

Finalmente posso escrever coisas boas sobre um blockbuster.

A casa caiu pro lado dos protagonistas: Jack Sparrow está no limbo junto com o Internacional, o Lorde Beckett controla os mares através do Holandês Voador e as duas trilogias que acabaram esse ano (Homem-Aranha e Shrek, este último ainda inédito no Brasil) receberam duras críticas. Cabe a eles então resgatar Johnny Depp e tentar salvar a honra das terceiras partes.

Quando falei sobre o filme no post dos blockbusters do ano, disse que a segunda película tinha deixado muitas pontas soltas. E é esse o problema: duas horas e meia(!) de duração são o suficientes pra resolver tudo? São, desde que a trama fique confusa demais em alguns momentos. Para o espectador, entender a situação se torna a mesma coisa que resolver uma multiplicação entre dois números de quatro dígitos cada - não é particularmente difícil, mas precisa colocar no papel.

Fora isso, segue a cartilha das duas obras anteriores, investindo na aventura e nos elementos que andam junto com ela. Embora siga por um lado mais sombrio - afinal, é um desfecho, e coisas ruins precisam acontecer -, o humor está presente durante toda a projeção, acompanhado por cenas de ação espetaculares e efeitos especiais impressionantes (na real Davy Jones é um ator-polvo de verdade, mantido em segredo pela produção, e ninguém me convence do contrário). É incrível como o diretor não tem medo de jogar a sua câmera por cima dos navios, fazer a volta, subir, descer, e mesmo assim tudo parece absurdamente real. O roteiro, embora confuso como eu já falei e se apoiando em coincidências (mas nada remotamente perto do que foi Homem-Aranha 3) consegue manter o frescor, evitando as repetições (na maior parte do tempo, pelo menos) e até brincando com algumas convenções criadas nos filmes anteriores (como o fato de Will sempre exigir o bem-estar de Elizabeth).

E eis que chegamos a Jack Sparrow, pois sem ele a série não teria decolado. Arrogante, com uma autoconfiança inabalável e sempre tentando passar a perna em todo mundo, ele é o personagem marcante da trilogia, aquele cuja foto aparece nas lancheira e nas camisetas - embora não seja exatamente um herói. No entanto, desta vez o "roqueiro" de Johnny Depp não ofusca todo mundo: com uma atuação soberba de Geoffrey Rush, o Capitão Barbossa se torna o condutor da história, ganhando carisma e mantendo as ótimas tiradas, o mau humor e a impaciência que estavam presentes no primeiro filme.

"Piratas do Caribe: No Fim do Mundo" nada mais é do que uma aventura, um entretenimento. Mas te faz querer estar junto lá, com aquelas figuras, participar daqueles acontecimentos e daquele mundo. E isso não é qualquer filme que consegue.

---

Nunca, jamais, sob hipótese alguma, nem que o céu caia sobre as cabeças de vocês, assistam um blockbuster no dia do lançamento: tem adolescentes demais na sessão.

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Igreja Universal do Paraíso Fiscal
Kleiton - 24 maio 2007 - 18:09
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) propôs um projeto de lei que incluiria na lista de possíveis beneficiários da Lei Rouanet templos de qualquer religião, culto ou crença.

"O projeto é bom porque amplia o espectro dos investimentos em cultura no país acrescentando também a cultura religiosa, que faz parte da cultura do povo brasileiro", afirma o parlamentar. Embora a retórica do digníssimo seja bastante convincente, uma informação é relevante para essa história toda: Crivella é sobrinho de Edir Macedo, figura conhecidíssima dos brasileiros.

Pode ser que eu ande paranóico demais, mas acho que, caso essa lei seja aprovada, vai ser a maior oportunidade de lavagem de dinheiro santo de todos os tempos. Tirando que o cinema nacional - que já não é lá essas coisas - ainda vai ter que dividir recursos com essa corja pseudo-religiosa que, diga-se de passagem, já tem bastante bufunfa nas Ilhas Cayman e em bancos Suíços.

Para quem for contra essa sacra maracutaia, um desencargo de consciência.
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Conta paga
André - - 12:43
Jogo 10/14
Grêmio 2(4) X (2)0 Defensor
Estádio Olímpico Monumental, Porto Alegre
Gols: Tcheco 22' 1t e Teco 44' 1t

Desvantagem*
De acordo com o pai-dos-burros:

s. f.,
falta de vantagem; inconveniente; inferioridade.

De acordo com o dicionário gremista:

s.f.,
questão de tempo.

*incluindo aí o fato de jogar contra a arbitragem, mesmo estando em casa. Sem falar que agredir menores de idade dá cadeia - se for dentro da área, então, é sentença de morte.

(na minha visão gremista e parcial)





Dizem que uma grande defesa começa com um grande goleiro. Seguindo essa lógica, um pequeno Defensor jogou contra o Grêmio ontem. Isso porque o seu goleiro... Sua participação foi tão bizarra na noite de ontem que escolhi ver o jogo através desse personagem único. Deixo a avaliação do jogo para meu colega gremista.

Primeiro, o primeiro gol. Cobrança fraquinha de Tcheco, a bola quica na sua frente e ele educadamente a deixa entrar, talvez como um pequeno presente da visita para o dono da casa. Depois, o segundo gol pelo meio das pernas. Tá, não foi frango, mas uma bola entre as pernas tem o seu valor simbólico. Mas o melhor - pior? - ainda estaria por vir: a decisão por pênaltis.

No primeiro pênalti, Martín Silva conseguiu uma façanha: a bola vinha direto nas suas mãos, quando de repente a danada escorrega por entre elas e vai direto no seu nariz, indo logo em seguida para dentro do gol. Nos outros pênaltis, ele decidiu homenagear o seu personagem favorito: Horácio, o simpático dinossauro do Maurício de Souza. É, aquele que tem os braços pequeninhos, meio para dentro, quase um deficiente físico. Pois em nenhuma outra bola o goleiro do Defensor foi capaz de esticar os braços. Veja em algum VT o último pênalti do Grêmio, exemplar nesse sentido: a bola vai no ângulo, indefensável para qualquer goleiro. Mas Horácio (Martín) nem sequer tenta alcançar a bola. Pelo contrário, faz um movimento ioiô com seus braços, começando a esticá-los para logo em seguida retrai-los com a graça de um dinossaurinho.

Pra não dizer que Martín Silva só falhou, vale como argumento o fato de que ele fez uma boa defesa no segundo tempo, quando defendeu uma bola com a perna e o braço ao mesmo tempo (?), e os seus colegas de time, que não sabiam que o objetivo dos pênaltis é acertar a bola dentro dos limites da trave e decidiram bater tiros de meta.

Enfim, o Grêmio está na semifinal da Libertadores e vai pegar outro brasileiro, o Santos. As chances de passar às finais são boas, melhores ainda pelo fato de que Amoroso não joga a primeira partida, graças à bela voadora na nuca que deu em um adversário. Aliás, ele está conseguindo jogar no Grêmio menos do que jogou no Corinthians, o que não deixa de ser uma façanha. Infelizmente, os gremistas também jogarão desfalcados de Horácio, o goleiro.

(na visão colorada e parcial do Valter)

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Guerra dos Mundos
Kleiton - 23 maio 2007 - 23:58
Quem me acompanha por aqui sabe que eu acompanho bastante o mundo do open source. E quem acompanha esse mundo, nos últimos tempos tem acompanhado uma guerra bastante interessante, entre a gigante monopolista dos softwares e a comunidade do software livre, que envolve usuários, desenvolvedores e grandes empresas.

A Microsoft afirma que os programas open source violam 235 patentes que são propriedade intelectual da empresa, e por isso está querendo começar a cobrar os royalties devidos. Linus Torvalds contra-ataca dizendo que a violadora de patentes é a própria Microsoft, que teria sugado suas idéias da IBM, já nas décadas de 70 e 80.

O fato é que, como já foi discutido anteriormente na coluna Tá Tudo Interligado, o copyright e a propriedade intelectual - da forma como nós os conhecemos - estão com os dias contados. E isso não se trata só de música ou de filmes: os softwares também estão no mesmo barco. Simplificando, softwares não são nada além de... informação. Zeros e uns agrupados para permitir que um usuário de computador execute determinadas funções. Assim como os acordes de uma canção ou as imagens de uma película.

A diferença, no caso da informática, é que os softwares livres têm tomado uma grande fatia do mercado dos softwares proprietários de forma legal, sendo cada vez mais adotados por grandes empresas e (com um pouco menos de força) usuários domésticos. Grandes empresas que, diga-se de passagem, são clientes tanto de empresas de open source quanto da Microsoft.

Softwares estão sempre evoluindo - e uma boa idéia acaba sempre ganhando espaço e sendo utilizada em outros softwares (navegação por abas no Internet Explorer 7?!). Desenvolvedores estão sempre "roubando" idéias para seus projetos, intercambiando informações para aumentar a usabilidade e a eficiência de seus programas. Ou seja: a Microsoft pode até deter essas tais patentes que reivindica, mas seguramente outras empresas detêm outras tantas patentes violadas pela empresa do tio Bill. Resta saber se a gigante do software tem cacife o suficiente pra bancar essa guerra e - o mais importante - sair vencedora.

Eu acho que não - e não estou sozinho.

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Jeremias: um mundinho à parte?
Leandro Corrêa - 22 maio 2007 - 23:24
Esta semana o Camiseteria lançou uma camiseta bem legal chamada "Jeremias muito louco". Ela foi produzida e colocada à venda após uma ilustração, criada por Rodrigo Rezende, ter vencido a votação que acontece regularmente no site, onde as pessoas podem criar e escolher quais ilustrações "merecem" virar estampa de camiseta. Em outras palavras, o Camiseteria coloca à venda exatamente as camisetas que os usuários da comunidade do site deseja comprar. Um baita negócio, enfim. Mas o que mais me chamou a atenção foi a vitória da estampa do Jeremias: ela representa a prova do poder que a internet tem de propagar "memes".



De acordo com o Oráculo 2, o termo "meme" foi cunhado e popularizado em 1976 pelo biologista Richard Dawkins, e refere-se à uma "unidade de informação cultural" que pode se propagar de uma mente para outra. Um "meme" seria como a unidade mínima da memória, assim como é o gene em relação ao código genético. Mais informações com o Oráculo 1.

O vídeo do Jeremias tornou-se um "meme" graças à internet, que proporcionou sua popularização de maneira espontânea: um ano após cair no YouTube, várias pessoas já o assistiram e o recomendaram, fazendo Jeremias espalhar-se como um vírus e tornar-se conhecido por milhares de internautas brasileiros. Que agora o elegeram estampa de camiseta.

Outros "memes" que me vêem à memoria (tum dum dum...!) agora, propagados pela internet, são o perfil da Katilce no Orkut, a entrevista da Ruth Lemos Sanduíche-iche, o audio das "áveres somos nozes" e Lindomar - o SubZero brasileiro. Estes exemplos têm origem em eventos que aconteceram por aí e poderiam ter acabado por aí mesmo, não fosse a reverberação que as pessoas geraram deles pela internet. Isto, porém, não é a regra, visto que as comunidades "with lasers!" do Orkut e a ótima campanha contra a dengue da Secretaria de Saúde do RS são, por exemplo, "memes" cujas origens estão na própria internet.

Entretando, a camiseta do Jeremias dificilmente se encontraria à venda numa loja de roupas de Shopping Center; o comercial da Ruth Lemos para a Intelig 23 deve ter feito mais sucesso no YouTube do que na TV (chute meu!), pois nem todo "meme" que a internet viraliza estrapola a rede: a Mídia tradicional (Publicidade e Televisão, principalmente) ainda é quem comanda a massificação de "memes" (o casal Unibanco, o garoto Bombril, os DDDs da Embratel, quem matou Odete Roitman, etc).

Ainda assim, na internet a estampa do Jeremias é um sucesso, pois uma vez "meme" por aqui, sua popularidade estará diretamente ligada ao alcance da rede -- esse mundinho onde reverberam Katilce, Ruth Lemos, Lindomar e outras tantas bobagens. A internet agora, vejam só, concorre com a TV e com a Publicidade como fonte para nosso arsenal de cultura inútil!

Mesmo assim, esses vários "memes" e seus mundinhos à parte chamam bastante a atenção, e a tendência é que surjam mais conforme a audiência da internet for crescendo. Por enquanto, a resposta sobre seu atual alcance pode vir da seguinte pergunta: se você vestir uma camiseta do Jeremias, quantas e quais pessoas do seu círculo social reconheceriam a graça da estampa?

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Profissionalmente falando
Kleiton - - 09:31
Tenho desenvolvido uma satisfação incrível ao apagar emails profissionais que tenham a palavra urgente no título, sem nem sequer lê-los. A minha certeza de encontrar besteiras absolutamente inúteis em mensagens assim é tamanha que não me dou nem ao trabalho de ler.

Sinto que ainda posso perder oportunidades incríveis em função disso. Mas não me importo. Se vocês vissem o sorriso que eu abro cada vez que deleto um email assim vocês entenderiam.

Tentem. É recompensador.
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Informativo
André - 21 maio 2007 - 15:08
Transforme seu tempo de lazer em produtividade!

Enquanto você está perdendo tempo com trivialidades, outras pessoas estão se preparando para o mercado de trabalho - pois hoje em dia fazer apenas o necessário não é o suficiente, é preciso sempre mais. Mas não se preocupe: aqui você aprende a ficar ligado no trabalho 24 horas por dia, tornando até mesmo seus momentos de ócio em um gigantesco passo à frente na busca pelo sucesso profissional.

Módulos: estagiário e avançado
Número de encontros: 8

Cronograma:

Aula 1 - Introdução do tema

Aula 2 - Madrugada: a hora em que a criatividade aparece

Aula 3 - Alimentação equilibrada com tarefas

Aula 4 - Futebol: duas horas de improdutividade

Aula 5 - Como a cultura ocupa espaço desnecessário no cérebro

Aula 6 - Os benefícios de produzir na sexta de noite

Aula 7 - Condicione seus sonhos para produzir mesmo durante o sono

Aula 8 - Esse mundo é dos que aproveitam o sábado para crescer profissionalmente.


"Enquanto muitos descansavam, poucos construíam a história do mundo"
Sir Charles Adams

Não fique para trás no mundo dos negócios: entre em contato conosco. Você descobrirá o prazer do sucesso.
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10³
Thiago Silverolli - - 00:03
É como diz a música: Romário é rei! 20 de maio de 2007. Uma data pra ficar pra história. Eu estava no Olímpico quando o sistema de som anunciou que o baixinho chegara finalmente a marca de mil gols numa carreira gloriosa.

Eu sei que muita gente não gosta dele, que teve gente até torcendo contra e tudo. Tudo bem que o Romário é tão marrento quanto é goleador, que procura a polêmica com a mesma sede com que procura a rede. Mas é inegável a importância dele para o futebol.

1989. Eu, meu pai e o tio Toninho (lá em São Paulo é comum a gente ter tios emprestados.) assistíamos à final da Copa América. Brasil x Uruguai, Maracanã lotado, segundo tempo e zero a zero. Aquela sala estava tensa, as cervejas não desciam nos copos dos adultos e eu não sabia direito o que significava seleção nem copa. De repente, bola na área e Romário de cabeça faz o gol do primeiro título da minha vida.

Os dois berravam, se abraçavam e pulavam como loucos quando aquele gol saiu. Eu fiquei um pouco assustado na hora, mas normalmente é assim: a gente se assusta quando aprende alguma coisa nova, e eu acabara de aprender a comemorar gols.

Romário foi, dessa forma, o primeiro artilheiro em quem eu sabia que podia confiar.

Quatro anos depois, o teimoso Parreira parecia – ou fingia – não perceber o que eu já tinha descoberto com seis anos de idade. Por causa desse capricho a seleção quase ficou de fora de uma copa pela primeira vez na história. Mas na ultima rodada o técnico caiu em si e chamou o baixinho. Romário mais uma vez o herói, no Maracanã contra o Uruguai, do jeito que eu tinha certeza que ele podia fazer.

E na copa que seguiu... ok, Dunga, Taffarel e Bebeto jogaram muito, mas foram raras as vezes em que um jogador ganhou um campeonato para uma seleção como Romário fez em 1994. Sem dúvida e com sobras o melhor atacante que eu vi jogar, um craque ao cubo por excelência.

Com vocês, futebol:

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Sobre o jogo
André - 20 maio 2007 - 13:03
Estava vendo alguns arquivos antigos do blog quando me deparo com esse post.

Assisti o vídeo novamente e me arrepiei novamente: melhor campanha publicitária da história. Não tem como unir trilha e imagens de forma mais poderosa do que essa.

E a Copa do Mundo é uma das maiores invenções da história da humanidade, junto com a sexta-feira.

--

Por falar em U2 e futebol, achei um vídeo espetacular sobre a copa de 2006:

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ô gente sem vontade...
Anônimo - 18 maio 2007 - 21:11
É de dar pena, e ao mesmo tempo raiva, ver o pessoal ter tanta má vontade. A equipe do Defensor jogou contra o Flamengo em montevideo, dia 2, e eu não encontro o número de pagantes daquele jogo em lugar algum. Lembro de ter visto comentários no jornal aqui de Porto Alegre dizendo que haviam 8 mil pessoas talvez...

Tudo bem, o clube não tem muita torcida, até entendo o fato dos ingressos serem bem baratos...

Agora o Santos, o "todo-poderoso-santos-do-luxemburgo" fazer promoção pra vender ingresso de jogo das Quartas de Final de Libertadores???

Ah!! Que torcidinha de merda (desculpem o palavreado, é que é foda isso..)

(link para a notícia)

Abraços
Bruno
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Trabalhador
Thiago Silverolli - - 19:27
Seis da tarde. Todo mundo saindo do trabalho. Porto Alegre já sob a penumbra dos postes elétricos. No meio da multidão, passando pelos caminhos da Praça da Alfândega, avisto um SENHOR rato. provavelmente o pai do Ben. Uma ratazana daquelas não devia andar solta por aí, sem coleira e fucinheira!

O animal me olhou sorrateiramente, interrompeu sua caminhada assim que percebeu que eu o fitava levantou seu chapéu e dirigiu-me gentilmente a palavra:

- Boa noite, cavalheiro! Aproveite bem seu descanço.

Me envergonhei de meu preconceito. Aquele rato era potencialmente só mais um indivíduo comum, tentando levar sua vida comum em paz.
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[EXTRA] Será que agora democratiza?
Kleiton - - 14:52
Eu sei que sexta feira não é dia de Expressão Digital, mas achei a notícia relevante o suficiente para uma postagem extra.

Brasil Telecom terá banda larga pela rede elétrica a partir de setembro (do IDG Now!)
A Brasil Telecom está na fase final de testes técnicos para implantar a banda larga pela rede elétrica na casa do assinante. Dessa forma, todas as tomadas da residência do usuário se transformarão em um ponto de banda larga.

Ok, eu sei que pode ser um ataque de otimismo ridículo, e que as coisas podem não mudar muito. Mas o fato é que transformar cada tomada em um ponto de banda larga vai facilitar o acesso físico à internet rápida (conheço gente que passou meses esperando para que a Net, a GVT ou a BrasilTelecom ampliassem sua capacidade - e já fiquei sabendo que no centro de Porto Alegre não tem mais capacidade pra banda larga Virtua, por mais incrível que pareça).

Dólar baixo, cai o preço de computadores, periféricos e suprimentos. Somando isso à facilidade de acesso à banda larga, sei não. A coisa tende a melhorar.

Otimista demais?

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O futuro é agora
André - - 12:50
Submarinos, helicópteros, computadores, viagens espaciais, celulares... A ficção científica provou, ao longo dos anos, que enxerga muito além da sua época. E com os filmes não é diferente: muitos elementos vistos nesse tipo de produção podem acabar incorporados à nossa realidade daqui a alguns anos, sejam elementos tecnológicos, orgânicos ou, claro, elementos sociais:

- Em Matrix, as máquinas dominaram o mundo e a realidade é substituída por um 2nd Life estiloso;

- No espetacular Código 46, as sociedades se dividiram em grandes condomínios, com todo o conforto possível. Os que vivem fora deles são pobres e marginalizados;

- Nesse filme também há uma língua globalizada, ou seja, uma cultura importa aspectos da outra, incluindo aí palavras que não são traduzidas e se integram ao vocabulário;

- Em Filhos da Esperança, pelo medo de ataques terroristas o governo trata os imigrantes como lixo da pior espécie;

- Ah, e na mesma película as ONGs manipulam pessoas e situações para obter vantagens políticas;

- Em Gattaca – A Experiência Genética, a sociedade está dividida em duas classes sociais: os Válidos, produtos de engenharia genética, e os Inválidos, submetidos aos acasos da natureza. Quer dizer, há um controle para que uma pessoa de classe baixa jamais se torne uma de classe alta, que visivelmente desfruta de privilégios;

- Em Minority Report – A Nova Lei, o governo se acha no direito de julgar as intenções das pessoas e puni-las por isso;

- Na segunda trilogia de Star Wars (que na real é a primeira, mas... ah, vocês entenderam) a democracia, na tentativa de controlar diversos focos de confusão, dá lugar a um império, mais forte, estável e intolerante;

- Nova Iorque Sitiada não é exatamente uma ficção científica, mas enfim: preocupado em manter o controle sobre a cidade, o governo joga o exército na história, mesmo que os militares não tenham treinamento, planejamento e outros “ento” para isso.

Ainda bem que o futuro está bem longe, né?

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Ainda dá
Thiago Silverolli - 17 maio 2007 - 00:20
Jogo 9/14
Defensor 2 X 0 Grêmio
Estádio Centenário, Montevidéo
Gols: Sorondo (D) 1' 1t e Martinez (D) 42' 1t

Favoritismo e Grêmio realmente não combinam. O Defensor é o time mais fraco das quartas-de-final, o Tricolor já pode ir pensando em quem vai enfrentar na próxima fase. Tudo isso se ouviu nessa semana pós eliminação do São Paulo.

Mas Libertadores fácil não é com a gente! Se as coisas parecem tranquilas o Grêmio se encarrega de dificulta-las.

Começa o jogo! O Grêmio está escalado com... Ih! Gol do Defensor! [...] Começa o jogo! diferentemente do convencional, essa partida não começou 0 x 0; e o time visitante, nervoso por iniciar a disputa em desvantagem, não consegue impor seu futebol mais técnico e é exprimido em seu campo de defesa.

Na metade do primeiro tempo, o lateral direito Gonzales chuta a cara do menino Carlos Eduardo e recebe um cartão amarelo. Como já tinha outro - e só por isso - foi expulso.

Agora sim! Com um a mais vai ser barbada! A cartilha diz: se tu tem um a mais em campo, toca a bola de um lado para o outro, faz o time adversário correr atrás de ti que naturalmente os espaços aparecerão e os gols virão sem sobressaltos.

Mas se favoritismo e Grêmio não cabem na mesma frase, a palavra vantagem não pode sequer povoar o mesmo texto em que haja o nome do meu time! Além de não conseguir virar, o Tricolor foi capaz de piorar tudo tomando outro gol quase no intervalo.

Depois do jogo, uma última piada: Diego Souza, o responsavel pela classificação frente ao São Paulo, recebe um cartão vermelho, e está fora do jogo de volta.

Mas, sinceramente? Ainda dá! Esse resultado não me desesperou, ainda confio no Imortal! Semana que vem a gente ganha do jeito que só a gente sabe fazer e vive se gabando por isso.

(na minha visão gremista e parcial)



O Defensor já pode ser considerado a grande sensação da Libertadores de 2007. Apesar de ainda não ter enfrentado nenhum adversário realmente superior no mata-mata, enfrentou dois brasileiros e está indo bem. A última vítima foi o Grêmio, cuja derrota ontem por 2 a 0 decretou uma bela vantagem aos uruguaios.

O jogo já começou ruim para os gaúchos; antes de poder dizer Pindamonhangaba, já estavam atrás no marcador. Isso abala qualquer equipe e não foi diferente com o Grêmio. O time não conseguia imprimir seu ritmo, apesar de o Defensor também não assustar muito. O primeiro tempo estava indo embora de maneira bem chata até, quando os uruguaios ficaram com um jogador a menos (após um chamado "chute na cara" bem dado). Parecia então que teríamos um empate, talvez até uma virada. Foi quando, no fim do primeiro tempo, o Defensor decretou de vez a derrota tricolor, graças a uma saída do gol infeliz do caçador de borboletas Saja. No segundo tempo tivemos de um lado um time fazendo jus ao nome e se defendendo para garantir a vantagem e de outro um time que simplesmente não conseguiu traduzir a vantagem numérica em vantagem alguma.

Agora ficou difícil, mas não impossível, para o Grêmio. Afinal, até o Flamengo conseguiu fazer dois nos uruguaios. Por outro lado, o Defensor não é o Caxias e parece querer ser o Once Caldas e aprontar muito ainda na competição.

(na visão colorada e parcial do Valter)

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Olhos verdes são a arma do negócio
André - 16 maio 2007 - 12:13
Esses dias fui até o Praia de Belas comprar uma calça, já que o frio resolveu mesmo que vai acampar por aqui. Depois de procurar em vão nos depósitos (leia-se Renner e C&A), onde as coisas geralmente são baratas e decentes, resolvi dar o braço a torcer e fui até a Gang - apesar do público-alvo deles normalmente ser idiota adolescente.

Abre parênteses. Eu odeio entrar em lojas assim. Não tanto pelos vendedores ficarem te oferecendo coisas, mas principalmente porque uma loja "jovem" precisa ter funcionários "jovens", então contrata uma gurizada "jovem e estilosa" pra te atender de forma "descolada" e usando gírias "jovens". Isso me incomoda profundamente. Fecha parênteses.

Pois não é que a moça "jovem" que me atendeu era loira, olhos verdes, lábios carnudos e.. e.. bem, é melhor parar por aqui. O que eu achei uma tremenda sacanagem por parte da loja: não apenas o interesse fingido dela me deu vontade de ficar mais no estabelecimento como me partiu o coração dizer "não" pra uma beleza daquelas. E isso que ela tinha perguntado apenas se eu queria levar uma meia junto.
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2.0 is the new New
Kleiton - - 10:08
Não perca mais tempo. Se você quer aproveitar a grande onda e ganhar dinheiro com a Web2.0, esse é o momento. Faça você mesmo a sua empresa, de forma rápida e indolor. Acompanhe o passo-a-passo abaixo, fique milionário e pelo menos volte para me agradecer depois.

1. Defina o tipo do seu negócio e o nome da sua empresa;

2. Crie uma logomarca (confira o exemplo abaixo);

Generated Image

3. Incremente o seu vocabulário para entrar nesse mundo empresarial, utilizando termos adequados tanto no site quanto em possíveis entrevistas (ou declarações em podcasts e blogues);

4. Colha os louros do seu sucesso, fique famoso, depois venda sua empresa para alguma das grandes (Yahoo, Google e assemelhados).

5. Cague dinheiro pelo resto da vida, e não trabalhe nunca mais enquanto estiver vivo.

Chupado descaradamente (mas devidamente traduzido, adaptado e modificado) do Emptybottle.

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A tal Cauda Longa - parte 3
Leandro Corrêa - 15 maio 2007 - 23:55
Em outubro de 2004, o editor-chefe da revista Wired, Chris Anderson, publicou um artigo, entitulado "The Long Tail", pregando o fim da era dos mega sucessos na indústria do entretenimento e demonstrando o peso da internet no crescimento vertiginoso do mercado de nichos. Devido à grande repercursão, Anderson criou um blog para desenvolver e discutir melhor seu artigo. Com a contribuição dos leitores, colocou suas idéias à prova durante dois anos, compilando informações, colhendo opiniões, realizando entrevistas e analisando dados oficiais de empresas como Google, Amazon e iTunes. Em junho de 2006, o resultado deste trabalho foi publicado no livro "A Cauda Longa - Do mercado de massa para o mercado de nicho".

O livro tem vários aspectos positivos, a começar pelos diversos insights do autor. Por exemplo, é muito interessante a analogia que ele faz entre o comércio eletrônico e o antigo modelo de vendas por catálogo, onde a loja chegava até o consumidor através de uma enorme lista de produtos sem precisar exibi-los em uma vitrine (em 1897, cita Anderson, o "Wish Book" da Sears trazia mais de 200 mil itens e variações!). Outro exemplo é a análise de Hollywood nos anos 80, época do avento do aluguel de filmes; relutante inicialmente, a indústria demorou a aceitar que suas exclusivas salas de escassos campeões de bilheteria dividiria espaço com milhares de salas de TV dos lares americanos ("foi traumático aceitar que uma família de cinco pessoas poderia pagar menos de U$ 20,00 para ver um filme de sua escolha") . Em ambos os casos, a transição de um modelo de escassez para outro de grande diversidade de ofertas (exatamente como faz a Cauda Longa na internet hoje) simplesmente revolucionou seus mercados em suas épocas.

À maneira como Chris Anderson encaminha suas idéias nos leva a crêr que a internet, portanto, está reconfigurando a economia de varejo. Antes da web, havia uma grande demanda e poucas opções de consumo; o resultado: poucos mega-sucessos. Com a web, a oferta foi amplificada exponencialmente, fazendo a audiência se diluir em milhares de nichos.

"Hoje, mais de 99% dos CDs existentes no mercado não estão à venda no Wal-Mart. Dos mais de 200 mil filmes, programas de televisão, documentários e outros vídeos que foram lançados comercialmente, uma loja típica da Blockbuster oferece apenas três mil. O mesmo se aplica a outros importantes varejistas e a praticamente qualquer produto, desde livros até artefatos de cozinha. A grande maioria das mercadorias não está disponível nas lojas. Por necessidade, a economia do varejo tradicional, movida a hits, limita as escolhas.

Quando se é capaz de reduzir drasticamente os custos de interligar a oferta e a demanda, mudam-se não só os números, mas toda a natureza do mercado".

Assim, uma vez que o leitor entende a afirmação de que na internet a Cauda Longa é regra, todos os possíveis contra-argumentos à esta idéia são rebatidos, um a um, até o fim livro. O mérito de Chris Anderson foi ter acesso à números oficiais para comparar Amazon com Barnes & Nobble, Netflix com Blockbuster, iTunes com Wal-Mart, além de pesquisas de mercado e outros estudos comparativos.

É baseado na análise destes dados que o autor consegue formular, por exemplo, o que na minha opinião é a nata de suas idéias e o que há de melhor no livro -- o que ele chama de "As 3 forças da Cauda Longa":

Força nº 1 ) Democratização das ferramentas de produção
É o que povoa a Cauda. Dizer que tecnologia digital barateou os custos de produção é uma obviedade, mas explica o boom de fotos digitais, gravação de CDs independentes, produção de curta-metragens, etc. Nunca foi tão barato deixar de ser amador e tornar-se profissional. A tecnologia digital colocou abaixo o monopólio da produção de conteúdo.

Força nº 2 ) Democratização da distribuição
Com a internet, pode-se disponibilizar todas as ofertas. Todas. Desde suas fotos, vídeos e músicas até suas idéias, vida social e privacidade. Tudo de graça.

Força nº 3 ) Ligação da oferta e demanda
É o boca a boca na internet, proporcionado pela chamada "sabedoria das multidões" (wisdom of the crowds): o poder de guiar os consumidores baseando-se em seus próprios movimentos. É daí que o Submarino te indicica "Quem comprou este livro X também comprou este Y", que o Orkut relaciona as comunidades "Viajantes RS", "Mário Quintana", "Gaúchas têm o que elas gostam" e "Grêmio" quando você visita a comunidade "Chimarrão", e que o YouTube sugere uma lista de videos amadores de truques com uma bola de futebol quando você assiste "the best street soccer freestyler". Se o site de comércio eletrônico souber interpretar a folksonomia, ele pode encorajar o consumidor a explorar outros produtos de nicho -- músicas e gêneros musicais alternativos, filmes independentes, videos amadores, livros de autores desconhecidos, e assim por diante... Cauda abaixo...

Não faz sentido? ;)

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Mas esse campeonato é nosso!
Thiago Silverolli - 14 maio 2007 - 00:45
Começou nesse final de semana a 37ª edição do Campeonato Brasileiro. Talvez mais gente tenha a impressão que eu tinha: "Começou nesse final de semana 'só mais uma' edição do...".

Tá certo. Concordo que esse campeonato ta começando muito cedo. Que as equipes mal terminaram de disputar seus torneios regionais, e alguns times estão mais interessados em ganhar a Copa do Brasil ou a Libertadores, que é pra onde leva o campeonato nacional; e que isso tudo comprometeu demais essa primeira rodada. Mas esse campeonato é nosso!

Tá certo. Concordo que todos os craques que fabricamos geralmente disputam umas 5 ou 6 edições, sendo no máximo duas quando são revelados e as outras quando não vão mais ser aproveitados na Europa e voltam pra terra natal na hora de encerrar a carreira. Mas esse campeonato é nosso!

Tá certo. Concordo que a fórmula de pontos corridos, escolhida e aplicada já há 5 temporadas, não condiz com a cultura do futebol brasileiro. A falta de uma final - uma data em que dois times se encontram para disputar até o último segundo o título de melhor do país mobilizando todo mundo em torno de 22 protagonistas - tirou muito da graça da competição. Mas esse campeonato é nosso!

Tá certo. Concordo que um campeonato que reúne 20 times que representam nove estados brasileiros, os quais abrangem cerca de 90% da população; esse torneio de tantos sotaques não merece uma cobertura em TV aberta que enfatize apenas uns 2 ou 3 times de apenas duas cidades. Mas esse campeonato é nosso!

Só que fanatismo é assim mesmo. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na Copa do Mundo e no Estadual...

Com vocês, futebol:

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Quanta sorte!!
Anônimo - 13 maio 2007 - 21:18
O GP da Espanha, realizado na manhã deste domingo, na Catalunha, durou, na verdade, uma só curva. Ainda bem..


Logo na largada, os dois pilotos protagonistas da F1 este ano (pelo menos citados antes do início da temporada) pularam à frente. Felipe Massa (Ferrari), que largou à frente de todos, manteve a posição quando do ataque do bicampeão Fernando Alonso (McLaren). Com uma reta longa, até acho que a maior de todas as retas de largada da temporada, e os pilotos ainda colados, Alonso procurou o vácuo do piloto brasileiro ainda na reta, tentou colocar o carro pelo lado direito da reta (chamado de "lado de dentro da curva"), a fim de tentar a ultrapassagem. Massa, defendeu a posição e fechou o lado interno (ou seja, o lado direito), colocando o seu carro ali. Não tendo outra alternativa, Alonso logo colocou seu carro pelo "lado de fora" da reta, antes que outro piloto o fizesse. Chegando na freada, Massa estava com o melhor lado da pista a sua frente, pois a curva era pra direita. Mesmo assim, Alonso tentou passar pela esquerda, "por fora", o que fisicamente é bem complicado. Com meio carro à frente, Felipe Massa seguiu o traçado normal, deixando Alonso sem espaço para a próxima curva, que era pro lado esquerdo. Quando Massa virou o seu carro para a esquerda, a pista virou um "funil" para Alonso que tinha de um lado o piloto Brasileiro e, do outro, areia. Difícil nestas horas fazer algum milagre do tipo Moisés! Alonso preferiu então ir pra areia e Felipe Massa ficou na frente. E é isso!! Vitória de Felipe Massa no GP da Espanha. Agora o piloto brasileiro tem 27 pontos, 3 a menos que Lewis Hamilton (2º colocado no GP da Espanha) e 1 a menos que Fernando Alonso (3º no GP). O quarto agora é Kimi Raikkonen, com 22 (não completou a prova).

Uma pena que ninguém pode acompanhar isso ao vivo, a festa do 'pódium', a bandeirada, etc, já que a Globo resolveu mostrar a missa do Papa em Aparecida do Norte, quando ainda faltavam 28 voltas para o fim da prova. Realmente, algo muito importante. Eu confesso que não conseguiria ver a missa do Papa só na TV Bandeirantes, na TV Cultura, na RedeTV, na GloboNews e na RedeVida TV, eu realmente precisava ver a missa também na Globo! Na hora da corrida!

Quanta sorte!

;)

Abração!
Bruno

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Altas Horas
André - - 04:38
Acabo de ligar a tevê na Globo e peguei o finalzinho de um filme: um cara estava de cueca e amarrado numa parede enquanto uma loira, usando vestido de couro e chicote, sussurrava provocações e caminhava perto dele em uma coreografia que só poderia existir no cinema. Logo depois ela deu lugar a uma velha, que usava o mesmo vestido de couro (cena que eu preferia não ter visto) e tinha intenções visivelmente pornográficas.

Então corta pra quando um médico gordinho (os gordinhos são sempre losers) flagra sua namorada transando com duas enfermeiras em um leito de hospital. Ele fica puto da cara e xinga a moça de todos os palavrões possíveis - pelo menos até ela perguntar se o cara quer se juntar à putaria. Aí o gordinho solta gargalhadas de forma psicopática, arranca a roupa (cena que eu preferia não ter visto) e pula na direção delas. Fade out. The End. Créditos. Logo depois, começa o desenho Futurama.

O mundo não faz sentido nenhum às quatro e meia da manhã.
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Será um milagre!
Leandro Corrêa - 12 maio 2007 - 00:35
No Jornal da Globo, César Tralli fazendo trocadilho divino:
"Estamos aqui ao vivo de Aparecida, agora são meia-noite e meia, e o Papa Bento XVI está descansando. A cidade está sob forte esquema de segurança. O exército vigia todas as estradas e rodovias, por onde fiéis de todo o Brasil chegarão a partir de amanhã. Está prevista a chegada de 8 mil de onibus e mais de 2 milhões de pessoas. Onde vai caber tanta gente? Só Deus sabe!"
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The Importance of Being Idle
André - 11 maio 2007 - 21:54
If you give me a minute
A man's got a limit
I can't get a life if my heart is not in it
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Juízo
André - - 16:55
Um Crime Perfeito (Fracture)
4/5

Direção: Gregory Hoblit
Roteiro: Daniel Pyne e Glenn Gers, baseado em estória de Daniel Pyne

Elenco
Anthony Hopkins (Ted Crawford)
Ryan Gosling (Willy Beachum)
David Strathairn (Joe Lobruto)
Rosamund Pike (Nikki Gardner)

Achei que era só mais um filme de tribunal. Uma boa surpresa.

Anthony Hopkins é Hannibal Lecter Theodore Crawford, um milionário que mata sua esposa numa noite dessas aí. Com a confissão e a arma do crime na mão, o jovem advogado Willy Beachum acha que tem o caso encerrado, mas em dramas róliúdianos a coisa nem sempre é o que parece - e é claro que o ex-Hannibal vai dar um jeito de complicar as coisas.

A trama, longe de ser complexa, joga todos seus elementos na mesa para o espectador analisar. O diretor Gregory Hoblit (o mesmo do sensacional "As Duas Faces de um Crime") conta a história de forma bastante convencional (o que não é um demérito), utilizando movimentos de câmera para dinamizar a coisa toda (lembrem, é um filme de tribunal) e se apoiando nos talentosos atores para criar o clima (os closes no rosto de Hopkins são assustadores).

É na parte do roteiro, entretanto, que o longa se destaca: sem cair nas convenções que os produtores tanto curtem, arma uma história intrigante, confrontando dois personagens inteligentes e que estão dispostos a tudo para ganhar (bem, quase tudo, como mostra uma cena envolvendo Beachum). O centro do filme está na capacidade deles de provar o que aconteceu ou não, e conforme as saídas vão se esgotando percebemos que um dos dois precisa perder, e é um choque quando isso acontece, pois não existe aquela solução "miraculosa" que de certa forma redime ambos os lados. A derrota é um golpe e tanto para todos.

Mas claro que há um segredo, e é interessante notar o desdobramento da película, pois ela engana de forma convincente. Na verdade é algo bem simples, que o pessoal da promotoria (e os espectadores) deixam passar justamente por se apegar aos fatos em si, e ignorar a ligação entre eles. Nada de grandes reviravoltas, apenas um desfecho digno e coerente que, embora se alongue um pouco após revelado (se o filme terminasse quando Beachum recebe um determinado telefonema ia ser melhor), faria Hercule Poirot enrolar seu bigode em aprovação.

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Entre os oito
Kleiton - 10 maio 2007 - 10:43
Jogo 8/14
Grêmio 2 x 0 São Paulo
Estádio Olímpico Monumental, Porto Alegre
Gols: 17'1T Tcheco, 29'2T Diego Souza

46 mil gremistas e meu dedo indicador. Eu estava lá.

Foi injusto, o jogo de ontem. Muito injusto. Injusto porque, enquanto o tricolor paulista tentava jogar com 11 jogadores, o tricolor gaúcho jogava com os 11 no campo mais 46 mil nas arquibancadas. E foi a determinação desses 46 mil que, somada à determinação dos 11 em campo, levaram o Grêmio a estar entre os 8 melhores times da América do Sul.

No primeiro tempo, o Grêmio amassou o São Paulo, levando o time paulista a apelar para faltas violentas e para a única jogada que parece constar na lista de "estratégias" do Muricy: Aloísio faz o pivô pra cavar a falta pro Ceni bater (observação do André). Só que não deu certo, e depois do gol do Tcheco aos 19min, o time paulista nem sequer esboçava uma reação.

No segundo tempo, mais equilibrado, o Grêmio mostrou boa organização defensiva pra segurar as subidas de Dagoberto e Jorge Wagner (baaaaaita mascarado). O time paulista começou a ficar faceirinho, faceirinho... Até que se abriu tanto que tomou o segundo gol, numa bucha do Diego Souza, assistido pelo Tuta - gordo, lento, mas sempre fazendo a diferença. A frieza do tricolor paulista me impressionou: terminaram o segundo tempo tocando bola no campo de defesa, como um time classificado. Talvez não se lembrassem muito bem do primeiro jogo lá no Morumbi, vai saber.

A partida foi um típico jogo do Grêmio na Libertadores: fez o que precisava fazer, tomando um susto no fim do primeiro tempo (Leandro tocou à esquerda do gol de Saja) e outro no fim do segundo (Dagoberto, impedido, deu um balão em direção à torcida são-paulina - talvez solidário à situação deles). Durante a semana, ouvi muita gente dizendo "vocês vão ver, o São Paulo não é um Juventude". Certamente não. Mas precisa de muito mais para ser um Grêmio também.

Quartas-de-final com Thiago e André, volto nas semifinais.

(na minha visão gremista e parcial)



Parece que o São Paulo é freguês de gaúcho na Libertadores. Depois do Internacional ganhar o título em cima do tricolor paulista no ano passado, dessa vez foi do Grêmio a incumbência de derrotá-lo.

O jogo deve ter sido bom para torcer (o que não foi o meu caso), mas a verdade é que para assistir não foi tão bom assim. Isso porque as chances de gol foram poucas, principalmente no primeiro tempo, graças ao controle que o Grêmio teve na partida. Fez o primeiro gol, deu uma parada. Segurou o início do segundo tempo, fez outro gol e depois só garantiu a classificação. Só quando o técnico do São Paulo fez as alterações no intervalo, deixando seu time mais ofensivo, que os gaúchos foram um pouco ameaçados. Mas, mesmo assim, os paulistas foram tão assustadores quanto um monstro daqueles filmes de ficção científica da década de 50. Tá, teve uma bola no travessão, mas foi de escanteio... Na verdade, o que mais assustou o Grêmio foi a contusão de Tcheco, autor do primeiro gol.

Parabéns ao Grêmio, que finalmente jogou bem - considerando "jogar bem" fazer o resultado necessário, de maneira pragmática - contra um adversário qualificado no ano. Parabéns a sua torcida, que deu show de novo (para quem não assistiu a partida pela Globo, no intervalo da partida, enquanto Galvão Bueno falava sobre a Timemania os torcedores gritavam a pleno pulmão "Ei, Galvão, vai tomar no cu!", fazendo o narrador preferido de Roberto Marinho gaguejar ao dar a notícia). E parabéns ao Diego Souza, melhor jogador dos dois jogos, premiado com o gol da classificação. Os gremistas devem ter acordado felizes hoje com a sensação de derrotar o São Paulo pela Libertadores. Nós, colorados, sabemos bem o que é isso.

(na visão colorada e parcial do Valter)

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Negligência
Kleiton - - 09:56
[Coluna atrasada e feita nas coxas. Semana corrida dá nisso. Prometo compensar na próxima semana - ou não.]
Muito já se falou (e ainda se fala) em acessibilidade na web. Ainda se fala, sim, porque essa é uma área onde os webdesigners estão engatinhando, num mundo onde frescuras em flash são muito mais importantes que visitantes no site.

No meu tempo de estagiário do Via RS, aprendi que, principalmente se tratando de sites públicos, um site deve ser possível de acessar por qualquer pessoa. Leia-se aí: pessoas com qualquer tipo de necessidade especial, pessoas com qualquer tipo de conexão, pessoas com qualquer navegador. Por esse motivo, me irrito quando um site não abre direito no Firefox e alguém diz "ah, esses programas livres não abrem nada direito". Simplesmente porque a culpa não é do software, mas do webdesigner.

Trago a discussão à tona em função da notícia abaixo, encontrada no Terra:

Designer lança site pornográfico para cegos
Um novo website aposta num tema antigo voltado a um público novo para conseguir o sucesso. A página criada pelo designer Lloyd Chambers aposta em muito erotismo e pornografia. A novidade é que o site SoundsDirty.com é totalmente voltado para cegos e deficientes visuais.

Não riam. Ou melhor, podem rir, mas pensem também na revolução que é isso, e na fatia de mercado que esse tal de Chambers vai conseguir por atingir esse público específico. Cegos também trabalham, também ganham dinheiro, também são consumidores potenciais. Webdesigners, comecem a pensar mais nisso.

PS: Eu pensei em dizer que o site era tão bom que os visitantes iam ver estrelas, mas achei que seria um trocadilho mmmmmmuito infame.

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A tal Cauda Longa - parte 2
Leandro Corrêa - 08 maio 2007 - 23:38
Continuo hoje com mais um post sobre o livro "A Cauda Longa", de Chris Anderson.

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A Cauda Longa da Música

No Brasil, infelizmente, a venda de música em formato digital ainda não decolou. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, entretanto, com a popularização do iPod e outros MP3 Players, surgiu um imenso e lucrativo mercado - livre de pirataria.

As vantagens: Os custos de um site de venda de arquivos digitais é quase zero: não há CD para gravar, encarte para produzir, frete para transportar, nem cópias encalhadas no estoque. Nada. O site tem apenas um arquivo digital da música armazenado em seu computador, de onde tira uma cópia para vender o download, que trafega gratuitamente pela internet até chegar, em poucos minutos, ao computador do consumidor. Na iTunes, por exemplo, cada download custa U$ 1,99, e é possível selecionar quais faixas comprar de um álbum.

Os milhares de nichos musicais: Na teoria, o custo extremamente reduzido permite ao site comercializar milhões de músicas diferentes, de milhares de gêneros musicais. Aliás, em tese, poderia-se disponibilizar toda e qualquer música já gravada no mundo, desde que em formato digital e livre de problemas com direitos autorais. A Cauda Longa da música, assim, elimina a barreira que separa os poucos sucessos das grande gravadoras, dos milhares de desconhecidos de pequenos selos independentes.

Números que impressionam: Em 2005, o site Rhapsody possuía um catálogo on-line de 1,5 milhões de faixas musicais. O Wal-Mart, no mesmo ano, possuía apenas 55 mil faixas em seus estoques de CDs. O Rhapsody vende, mensalmente, cerca de 90 milhões de faixas, 40% delas não encontradas no Wal-Mart.


A Cauda Longa dos Filmes

A tendência é que, no futuro, se venda filmes digitais pela internet da mesma forma que se vende música. Por enquanto, devido a limitações da internet banda larga, esse mercado ainda não se formou. Entretanto, Chris Anderson apresenta o impacto da Cauda Longa na indústria de cinema através do mercado de aluguel de DVDs.

As vantagens: O modelo de negócios do Netflix parece bizarro, mas em 5 anos ele passou o faturamento da Blockbuster nos Estados Unidos. Funciona da seguinte forma: pagando uma mensalidade X, o consumidor tem direito a receber até 5 DVDs por vez, e ficar com eles quantos dias quiser. Os filmes são entregues e recolhidos pelos correios, sem custos. Toda a operação se dá pela internet e algumas poucas centrais de distribuição (envio e recebimento de DVDs).

Os milhares de nichos dos filmes: Pelo site do Netflix, o consumidor monta uma "fila de interesse": uma lista dos próximos DVDs que deseja receber assim que os anteriores forem devolvidos. No site, é possível ver as "fila de interesse" de outros usuários, seguir suas recomendações, ler e escrever resenhas de filmes, além de modificar sua "fila de interesse" a qualquer momento. O sucesso dessas listas é tão grande que o Netflix patenteou o modelo de negócios, e a Blockbuster, que tentou copiar, está sendo processada. Na Cauda Longa da Netflix, os gêneros mais populares são os documentários, séries de TV, filmes estrangeiros, independentes e clássicos do cinema; com o perdão do trocadilho, gêneros naturalmente não-blockbusters!

Números que impressionam: O catálogo da Blockbuster tem pouco mais de 3 mil DVDs. O Netflix, livre do "custo de prateleira", tem hoje 75 mil títulos. Do seu faturamento total, 21% vem do aluguel de DVDs que a Blockbuster não tem.


A Cauda Longa da TV

Em 2005, Chris Anderson achou melhor considerar irrelevante aquele site de videos que tinha acabado de surgir, chamdo YouTube. Dessa forma, o livro traz apenas poucos números (do Google Video, começando a crescer na época) da Cauda Longa da televisão.

Mas não é preciso de muitos dados para entender o que está ocorrendo neste caso: no momento em que escrevo, "Tapa na Pantera" já foi visto mais de 4,5 milhões de vezes no YouTube. "Homem-Aranha 3" talvez não seja visto mais de 3 milhões de vezes nos cinemas do Brasil. É claro que não podemos comparar laranjas com limões, mas que outro curta-metragem brasileiro foi visto tantas vezes antes do YouTube?

A Cauda Longa da televisão está em milhares de milhões de videozinhos amadores, que individualmente são pouco vistos, mas que juntos compõem uma significativa audiência que custa, segundo o Google, U$ 1,6 bilhões. Pode-se dizer que o Youtube explora um grande nicho de videos amadores, onde também há raros mega-sucessos ("Evolution of Dance" já foi visto 48 milhões de vezes) e milhares de fracassos (como "Tunel Floripa", visto apenas 4 mil vezes).


A Cauda Longa da Publicidade

Essa área, o Google domina. Sua receita não vem de poucas grandes anunciantes, que pagam bilhões de dólares para veicular suas campanhas publicitárias. Não. 98% da bilionária receita do Google vem milhares de pequenos anunciantes através do Google Adwords e Google Adsense, serviços de publicidade on-line de baixíssimo custo e grande retorno para pequenos negócios.

Outro exemplo de Cauda Longa na publicidade está na campanha para o comercial da Doritos no SuperBowl 2007, mas neste caso colocaram a TV tradicional no meio e gastaram rios de dinheiro para uma única veiculação. Mas é válido também, já que o comercial vencedor se espalhou pelo YouTube.

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Falarei sobre a Cauda Longa das notícias num post futuro, quando terminar de ler "Blog - Entenda a revolução que vai mudar seu mundo", de Hugh Hewitt. Mas encerro semana que vem os posts sobre a teoria de Chris Anderson com uma resenha do livro, destacando o que ele chama de "as três forças da Cauda Longa": produção, distribuição e boca-a-boca. Até lá :)

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Santa paciência...
Kleiton - - 17:02
Aproveitando a visita do nazista papa Bento XVI, trago à tona uma notícia que me impressionou - pela falta de bom senso dessa instituição, pela falta de adequação ao novo cenário mundial, por tentar tapar o sol com a peneira.

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal d. Geraldo Majella, disse que o programa de educação sexual do governo federal induz à promiscuidade, ao promover a distribuição de preservativos. [do Terra]

É por posições como essa que a igreja católica vem perdendo cada vez mais fiéis. Será que é tão difícil assim ver que os tempos são outros?
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Quadrado
André - 07 maio 2007 - 12:08
No ano 2000, pré-Homem-Aranha/X-Men/Hulk/Superman - O Retorno/Batman Begins, eu e o Guto fizemos um trabalho sobre Histórias em Quadrinhos para a cadeira disciplina de filosofia, no segundo ano do colégio. Entrevistamos um desenhista e professor (o
Daniel HDR) falamos sobre mangás e comics e discutimos aspectos que agora eu não me lembro (não sou de ferro também, pô).

Notem que, além de formadores de opinião (os filmes de super-heróis só viraram blockbusters depois do nosso trabalho), éramos adolescentes (por volta dos 16 anos). Época em que as regras sociais de convívio envolvem basicamente gostar do que está na moda e desprezar o resto. E quadrinhos definitivamente não estavam na moda.

Não que existisse algum tipo de discriminação contra nós dois ou algo do gênero, até porque jogávamos futebol com bastante frequência, mantendo por bem ou mal contato com a "elite" social do colégio. Mas existia um consenso geral (ou seja, verdade absoluta, tão indiscutível quanto a lei da gravidade) que ler "gibis" era coisa de criança ou nerd. Por isso, comentários do tipo "Quadrinhos? Vê se cresce" apareciam uma que outra vez, normalmente vindo do pessoal maduro que adorava brincadeiras inteligentes como, sei lá, ir em um grupo de 10 até um colégio 100 vezes maior e chamar todo mundo pra briga.

Pois aconteceu que a professora adorou a idéia e o trabalho em si. Inclusive havia uma apresentação marcada, mas foi cancelada por motivos que já não lembro (fiquei até decepcionado, pois tinha levado vários exemplares pra aula). Acredito que, com o entusiasmo que estávamos e o material disponível, não seria difícil fazer a gurizada olhar para esta mídia com pelo menos um pouco de simpatia. Mas, como falei, não houve a tal apresentação, então ninguém entrou em contato com o trabalho e alguns pré-conceitos continuaram.

O mesmo pessoal que correu ou vai correr até os cinemas para assistir Homem-Aranha 3. E gostar do filme. Embora, é claro, quadrinhos de super-heróis sejam coisa de criança.
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Trapalhadas Regionais
Thiago Silverolli - - 00:07
A maioria dos Campeonatos Estaduais acabou ontem. Quero parabenizar aqui os grandes campeões. Teve Atlético vencendo depois de 7 anos em Minas e depois de 19, em Goiás. Teve o debutante Paranavaí no Paraná e a surpreendente Chapecoense em Santa, além dos tradicionais Remo e Fortaleza. O Sport foi o primeiro, na semana passada e o Vitória se garantiu por antecipação, pra poder festejar junto com os outros campeões. O recordista ABC levantou sua 50ª taça com uma goleada por 5 a 2 na final. Teve o Bi de Grêmio e Santos e teve o Flamengo evitando o Bi do Botafogo nos pênaltis.

Festa em todos os cantos do país. Mas nem só de melhores momentos foram feitos os estaduais desse ano. O Cataclisma traz uma espécie de Hall da Fama. É o Top Five das lambanças nos campos de futebol em 2007. Divirtam-se!


Quinto Lugar:
Vitória X Colo Colo
Campeonato Baiano
08 de abril

O Vitória aplica a maior goleada do campeonato baiano. Esmagadores sete a zero contra o modesto Colo Colo. Na comemoração do último gol a câmera flagra um torcedor acordando na arquibancada. Ô torcida exigente!


Quarto Lugar:
Tupi X Democrata
Campeonato Mineiro
04 de março

O atacante do Democrata cai na área do Tupi. Atendendo a sinalização do auxiliar, o juiz marca pênalti. A defesa reclama e o árbitro desmarca a penalidade. Mas o ataque é mais persuasivo ainda em cima do bandeira e o pênalti é remarcado. Depois de muita discussão, a cobrança é desperdiçada, bola pra fora.


Terceiro Lugar:
Central X Vera Cruz
Campeonato Pernambucano
18 de março

Central e Vera Cruz eram adversários diretos na briga por uma vaga na Copa do Brasil. Em um jogo bastante disputado o Central vencia por 2 a 1 quando nos acréscimos, com uma bomba de fora da área, um zagueiro do Vera Cruz empata o jogo. O problema é que o chute foi tão forte que furou a rede, e o juiz na dúvida mandou o goleiro bater tiro de meta.


Segundo Lugar:
Rio Claro X Barueri
Campeonato Paulista
31 de janeiro

Quinta rodada do Paulistão. Os jogadores de Rio Claro e Barueri em campo, o árbitro consulta goleiros e bandeirinhas. Tudo pronto e ele autoriza a saída de bola, mas os jogadores num ato de aparente rebeldia não obedeceram o apito e ficaram todos os 22 olhando para o juizão. Na verdade não se tratava de nenhuma revolução, o detalhe que faltava para começar o jogo era... a bola.


Primeiro Lugar:
Souza X Esporte
Campeonato Paraibano
31 de janeiro

Resultado já esperado do Souza ganhando em casa. Partida completamente normal até os 12 minutos do segundo tempo, quando o juiz pára o jogo e abandona o campo em carreira desabalada rumo ao vestiário. Dez minutos de paralisação e o retorno do pobre homem com uma explicação plausível, “Foi um chamado da natureza.”, uma legítima cagada...


Prêmio Especial:
Cruzeiro X Atlético
Campeonato Mineiro
29 de abril

Primeira partida da decisão do campeonato mineiro. O Cruzeiro tem a vantagem do empate, mas o Atlético é arrasador e no final do jogo marca o terceiro num pênalti. Desolado, o goleiro do Cruzeiro vai lentamente buscar a bola nas redes. O que ele não percebe é que a nova saída de bola já foi dada, e quando ele vê já são duas bolas pra ele tirar de dentro de sua meta. 4 a 0. Já que não levou o caneco, o Cruzeiro leva o Prêmio Lambança Campeã, afinal essa valeu um título!


Com vocês, futebol:



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Pois é, já que se abriu uma vaga na segunda-feira a Suando a 14 vem pra cá. Deixando as quintas com a cobertura da Libertadores.

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Embolado como na chuva..
Anônimo - 06 maio 2007 - 12:07

Em um campeonato embolado como o de 2007, voltamos a pensar naqueles outros campeonatos em que tudo parecia se decidir só na última corrida... e não entre 2, mas 3 ou 4 pilotos... Procurando na internet e buscando do fundo da memória, cheguei a dados muito interessantes, como o campeonato de 1981, o primeiro conquistado por Nelson Piquet.

Piquet, em 1981, foi campeão pela Brabhan com exatos 50 pontos. Atrás dele, Reutemann (Argentina) com 49, Alain Jones (Austrália) com 46, Jacques Laffite (França) com 44, e Alain Prost (França) com 43 foram os coadjuvantes para a história. Show!

O oposto (na minha memória nenhum foi tão oposto), ainda foi Mansell em 1992. Que campeonato chato! Mansell campeão com 108 pontos, praticamente o dobro do segundo colocado, Ricardo Patrese, da mesma equipe, com 56.

Mas tem campeonato em que o "orgulho" foi maior que o piloto. Em 1984, ano de estréia de Arton Senna, o piloto francês Alain Prost, pilotando a McLaren, foi o vice campeão mais "orgulhoso" da história.

No GP de Mônaco daquele ano (quarto da temporada), tudo tranquilo para a vitória de Prost. Debaixo de muita chuva, Prost era o líder enquanto um tal de Senna, piloto da equipe Toleman, "fazia chover" (com o perdão do trocadilho) lá atrás e vinha passando todo mundo. Pouco antes da metade da prova, Senna já estava em 2º lugar, tirando uma diferença descomunal para o líder Prost muito rapidamente. Como a chuva não parava, a direção de prova deu a corrida por encerrada... Acontece que faltava muito pouco para se passar da metade da prova e, segundo o regulamento, se a corrida é encerrada antes da metade, cada piloto pontua apenas METADE do que deveria. Passada a metade da prova, os pontos são completos. Isso quer dizer que o vencedor, que na época ganhava 9 pontos, levaria 4,5.

Senna passou Prost na pista, mas depois de muito papo nos bastidores a corrida foi dada por encerrada na volta anterior a ultrapassagem de Senna em Prost, ou seja, ainda antes da metade da prova. Resultado: Alain Prost, em função de seu "orgulho", foi declarado vencedor do GP de Mônaco de 1984 levando pra casa 4,5 pontos. Se o EGO dele não fosse tão inflado, chegaria em 2º lugar, perderia para um novato, levaria os 6 pontos completinhos pela segunda colocação e teria uma semana de cabeça quente, porém.... seria campeão do mundo!

Classificação do campeonato de 1984:

1º: Niki Lauda: 72 pontos
2º: Alain Prost: 71,5 pontos
3º Elio de Angeis: 34 pontos

Pra provar que eu não estou mentindo, olha como o "omi" fazia chover na chuva.... hehehehe...



GP de Donington Park, 1993, Senna larga em 4º, cai para 5º na largada e ultrapassa todo mundo para terminar a primeira volta como líder!

Abração
Bruno

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Você sabe que está velho quando...
Thiago Silverolli - 05 maio 2007 - 14:02
... vira sócio e paga pra não pegar fila na compra de ingressos pro jogo do seu time. E o fato que impulsiona essa atitude é a iminente perda de validade da sua carteira de estudante.

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O amigo da vizinhança
André - 04 maio 2007 - 21:09
Homem-Aranha 3 (Spider-Man 3)
3/5

Direção: Sam Raimi
Roteiro: Alvin Sargent, baseado em estória de Sam Raimi e Ivan Raimi
Elenco
Tobey Maguire (Peter Parker/Homem-Aranha)
Kirsten Dunst (Mary Jane)
Thomas Haden Church (Flint Marko/Homem-Areia)
Topher Grace (Eddie Brock/Venom)


Adolescentes em raro momento de convívio social pacífico. Bípedes e Nikeevoros, andam sempre em pequenos bandos onde sua sensação de segurança é maior. Como o pavão, os machos costumam usar acessórios coloridos para chamar a atenção das fêmeas. Alimentam-se de iscas de cultura lançadas pela mídia.

Mais um que deixou a desejar.

Peter Parker é o Homem-Aranha, e tudo está dando certo na sua vida (desconfio que seja gremista). Mas quando os vilões surgem, ele vai ter que enfrentar novos desafios, novos conflitos e os clichês de sempre.

Visualmente o filme é irretocável: os efeitos especiais mesclam-se com perfeição aos atores/cenários. Sam Raimi deixa sua câmera em constante movimento nas batalhas aéreas, criando uma incrível sensação de "vôo" (e as vezes até de vertigem, no meu caso). Aliás, por mais absurdas que sejam as coreografias das lutas, o diretor não se perde, deixando sempre claro o que está acontecendo e como a coisa se desenrola (a briga com o Duende Verde é de tirar o fôlego).

Mas ao contrário de outros blockbusters, Homem-Aranha 3 tem histórias demais. E, o pior, nenhuma delas convence: nem a do Homem-Areia, nem a do Duende Verde, nem a do Parker badboy e Venom. Pra amarrar as tramas, o diretor usa coincidências demais, que soam como um remendo. Sem contar nas convenções e clichês do gênero, como o personagem que escolhe "fazer a coisa certa", o cara arrependido, o triângulo amoroso... as saídas são sempre forçadas, tentando comover o espectador.

E Desta vez o cotidiano do protagonista (responsável por grandes momentos dos primeiros filmes) é deixado de lado, e praticamente todas as cenas dão andamento à história - que infelizmente é um monte de convenções em sequência, surgindo entre fantásticas cenas de ação ou uma que outra sacada legal. Pena.

--

Sim, a partir desta semana os milhões de leitores da coluna encontrarão "Peliculosidade" às sextas-feiras, sempre com uma crítica mal-humorada e um trocadilho infame.

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Ao pessoal de Itapetininga!
Anônimo - 03 maio 2007 - 22:53
Respondendo a pergunta, caso alguém a tenha visto...

"Uma pessoa leva 120 minutos para cavar um buraco de 1 metro cúbico. Duas pessoas levam, simultaneamente, 60 minutos para cavar o mesmo buraco. Quanto tempo levam 64 pessoas para cavar, simultaneamente, esse mesmo buraco?"

Resposta: É impossível prever, pois é praticamente impossível colocar 64 pessoas para cavar, simultaneamente, um mesmo buraco de 1 metro cúbico!!! Já imaginou?? Todos ali se acotovelando na volta do buraco?? Viu só, nem tinha cálculo essa... moleza....

=)

Abração
Bruno
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(Des)Vantagem
André - - 12:57
Jogo 7/14
Grêmio 0 x 1 São Paulo
Estádio Morumbi, São Paulo
Gol: 13'2T Miranda (Miranda!!)

Depois do jogo o Leandro me ligou, cantando o hino do clube, gritando, xingando e todas essas coisas de torcedor.

Tudo bem, aceito a flauta, só não entendi o por que de tanta alegria. Quer dizer, na minha opinião, a existência de uma única jogada (bola no Aloísio, ele se atira no chão e reza pro juiz marcar a falta) não é motivo de comemoração. A torcida modinha, que só comparece na final (e se o São Paulo tiver vencido o jogo de ida por 4 ou 5 a 0), não é motivo de comemoração. As dificuldades que a equipe paulista encontrou jogando em casa não são motivo de comemoração. O controle que o Grêmio teve no jogo não é motivo de comemoração. Decidir a vaga fora de casa, com um placar magro de 1 a 0, contra uma equipe tão ou mais qualificada e que costuma crescer em momentos assim definitivamente não é motivo de comemoração.

Mas é claro, posso estar equivocado: talvez existam razões de sobra para comemorar, uma vez que 34 mil são paulinos não podem estar errados. Afinal, Rogério é o melhor goleiro do mundo, certo?

(na minha visão gremista e parcial)



Ontem, no Morumbi, aconteceu uma partida curiosa: as duas equipes jogaram como se deve jogar um jogo de Libertadores, mas cada uma de um jeito diferente. E o São Paulo saiu com a vantagem.

Para o Grêmio, foi a primeira partida verdadeiramente gremista na competição: teve garra, raça, pontapé, chutão para frente, essas coisas que fazem o torcedor soltar um "ééééhhh" bem grande (eu poderia dizer que teve derrota também - o que não deixa de ser gremista -, mas daí o comentário soaria colorado demais). Enfim, utilizaram a máxima da Libertadores que diz: esse torneio é para macho. Diego Souza foi o melhor em campo, com dribles desconcertantes e chutes perigosos que obrigaram Rogério Ceni a mostrar suas qualidades debaixo das traves.

Já o São Paulo se utilizou de outra máxima da Libertadores: a de que não precisa jogar melhor para vencer o jogo. Tá, o tricolor paulista até jogou melhor uma parte do segundo tempo, mas na soma da partida - e pelo fato de jogar no Morumbi - dá pra dizer que foram os gaúchos que jogaram mais.

Os são paulinos não jogaram melhor mas ganharam, e isso é o que conta num mata-mata. De quebra, restituiram parcialmente a confiança por parte da torcida, confiança perdida após os péssimos últimos resultados. Para o Grêmio restou a esperança de que sim, dá para ganhar dos "paulista" no Olímpico e se classificar. Afinal, para quem meteu quatro no Caxias, ganhar de dois do São Paulo não parece tão impossível. Portanto, teremos uma segunda partida no mínimo interessante na quarta que vem.

(na visão colorada e parcial do Valter)

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