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Janela de lançamento
Leandro Corrêa - 29 maio 2007 - 23:08
Na semana passada, países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Irlanda assistiram pela TV o final da 3ª temporada de Lost, uma das séries de maior sucesso dos últimos anos. No Brasil, a série é exibida com 10 semanas de atraso em canal fechado, e com mais de 1 ano em TV aberta. Este atraso, conhecido como "janela de lançamento", serve para explorar ao máximo a comercialização da série, com a venda de direitos de exibição e contratos de exclusividade, e pode variar ainda mais nos outros 200 países onde Lost é exibida atualmente.

Para a estréia de filmes, a "janela de lançamento" também é bastante comum e normalmente acontece nesta ordem: lançamento nos cinemas norte-americanos, alguns dias ou semanas depois no mundo inteiro, segue para o DVD (primerio pra compra, depois pra aluguel), depois é comercializado em canais do tipo pay-per-view, vai para TV por assinatura e, por último, chega à TV aberta alguns anos depois, com intervalo comercial e dublado! Vocês sabem do que eu estou falando...

Com a internet, porém, muitos dizem que a "janela de lançamento" deixou de ser vantajosa. Graças à banda larga, muitos brasileiros, milhões de pessoas do mundo todo e três blogueiros do Cataclisma 14 já assitiram a toda 3ª temporada de Lost, inclusive o sensacional último episódio, "Through the looking glass", onde os sobreviventes do vôo 815 da Oceanic Airlines finalmente conseguem pedir resgate para sair da ilha --- e aqui fica claro quem é 1 dos 3 blogueiros citados anteriormente.

Mas voltando ao assunto, com a internet é possível baixar Lost e séries como Heroes, 24 Horas, Prison Break, House, CSI e Greys' Anatomy algumas horas depois da exibição original nos Estados Unidos - todas devidamente legendadas. Será, então, que ainda é lucrativo para as produtoras praticar a "janela de lançamento"?



Vejam bem, estes downloads são ilegais e não geram um centavo de dinheiro -- nem para as produtoras, nem para as redes de TV. Além disso, é muito provável que estas séries não tenham seus DVDs comprados, nem alugados, por quem já assistiu os episódios pela internet alguns meses atrás. Depois, saber que o sensacional "seanson-finale" de Lost vai ao ar daqui 10 semanas em canal fechado, com intervalos comerciais, não anima nenhum fã da série a comprar um pacote de TV por assinatura, tampouco esperar pela exibição em TV aberta daqui alguns anos, quando a série for exibida dublada com sotaque carioca. De novo, vocês sabem do que eu estou falando...

Não se trata de discutir como barrar a pirataria na internet, até porque é impossível: os videos ilegais ficam espalhados entre milhares de computadores que os compartilham em redes como eMule ou via Bitorrent, pelo mundo todo. A indústria de entretenimento tem é que lidar com os fatos: pelo menos 100 mil pessoas faziam o download ilegal de "Through the looking glass" um dia depois do episódio ter sido exibido nos Estados Unidos. Milhares de outras tantas fizeram antes, milhares devem ter feito depois, e milhões vão continuar fazendo --- e cada vez mais.

E qual a saída, então? Vender download pra iPod? Transmitir ao vivo pela internet? Lançamento mundial? Pode ser. Já faz alguns anos que Hollywood leva seus filmes aos cinemas em estréias mundiais, sem "janela de lançamento". Dia 27 de agosto desse ano, por exemplo, "Simpsons - O filme" chega aos cinemas do mundo todo, com cópias dubladas em mais de 30 idiomas. De cabeça, me lembro que um dos "Homem Aranha" e um dos "Matrix" também tiveram estréias mundiais. Com apenas uma semana de atraso, chegaram ao Brasil os 3 "O Senhor dos Anéis" e alguns "Harry Potter", o que não deixa de ser uma estréia mundial...

Tudo bem - são exemplos de blockbusters (ou best-sellers?) com sucesso de bilheteria garantido, mas será que, na televisão, Lost, Heroes e 24h também não seriam?

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