Seis da tarde. Todo mundo saindo do trabalho. Porto Alegre já sob a penumbra dos postes elétricos. No meio da multidão, passando pelos caminhos da Praça da Alfândega, avisto um SENHOR rato. provavelmente o pai do Ben. Uma ratazana daquelas não devia andar solta por aí, sem coleira e fucinheira!
O animal me olhou sorrateiramente, interrompeu sua caminhada assim que percebeu que eu o fitava levantou seu chapéu e dirigiu-me gentilmente a palavra:
- Boa noite, cavalheiro! Aproveite bem seu descanço.
Me envergonhei de meu preconceito. Aquele rato era potencialmente só mais um indivíduo comum, tentando levar sua vida comum em paz. |