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Juízo
André - 11 maio 2007 - 16:55
Um Crime Perfeito (Fracture)
4/5

Direção: Gregory Hoblit
Roteiro: Daniel Pyne e Glenn Gers, baseado em estória de Daniel Pyne

Elenco
Anthony Hopkins (Ted Crawford)
Ryan Gosling (Willy Beachum)
David Strathairn (Joe Lobruto)
Rosamund Pike (Nikki Gardner)

Achei que era só mais um filme de tribunal. Uma boa surpresa.

Anthony Hopkins é Hannibal Lecter Theodore Crawford, um milionário que mata sua esposa numa noite dessas aí. Com a confissão e a arma do crime na mão, o jovem advogado Willy Beachum acha que tem o caso encerrado, mas em dramas róliúdianos a coisa nem sempre é o que parece - e é claro que o ex-Hannibal vai dar um jeito de complicar as coisas.

A trama, longe de ser complexa, joga todos seus elementos na mesa para o espectador analisar. O diretor Gregory Hoblit (o mesmo do sensacional "As Duas Faces de um Crime") conta a história de forma bastante convencional (o que não é um demérito), utilizando movimentos de câmera para dinamizar a coisa toda (lembrem, é um filme de tribunal) e se apoiando nos talentosos atores para criar o clima (os closes no rosto de Hopkins são assustadores).

É na parte do roteiro, entretanto, que o longa se destaca: sem cair nas convenções que os produtores tanto curtem, arma uma história intrigante, confrontando dois personagens inteligentes e que estão dispostos a tudo para ganhar (bem, quase tudo, como mostra uma cena envolvendo Beachum). O centro do filme está na capacidade deles de provar o que aconteceu ou não, e conforme as saídas vão se esgotando percebemos que um dos dois precisa perder, e é um choque quando isso acontece, pois não existe aquela solução "miraculosa" que de certa forma redime ambos os lados. A derrota é um golpe e tanto para todos.

Mas claro que há um segredo, e é interessante notar o desdobramento da película, pois ela engana de forma convincente. Na verdade é algo bem simples, que o pessoal da promotoria (e os espectadores) deixam passar justamente por se apegar aos fatos em si, e ignorar a ligação entre eles. Nada de grandes reviravoltas, apenas um desfecho digno e coerente que, embora se alongue um pouco após revelado (se o filme terminasse quando Beachum recebe um determinado telefonema ia ser melhor), faria Hercule Poirot enrolar seu bigode em aprovação.

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