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Entre os oito
Kleiton - 10 maio 2007 - 10:43
Jogo 8/14
Grêmio 2 x 0 São Paulo
Estádio Olímpico Monumental, Porto Alegre
Gols: 17'1T Tcheco, 29'2T Diego Souza

46 mil gremistas e meu dedo indicador. Eu estava lá.

Foi injusto, o jogo de ontem. Muito injusto. Injusto porque, enquanto o tricolor paulista tentava jogar com 11 jogadores, o tricolor gaúcho jogava com os 11 no campo mais 46 mil nas arquibancadas. E foi a determinação desses 46 mil que, somada à determinação dos 11 em campo, levaram o Grêmio a estar entre os 8 melhores times da América do Sul.

No primeiro tempo, o Grêmio amassou o São Paulo, levando o time paulista a apelar para faltas violentas e para a única jogada que parece constar na lista de "estratégias" do Muricy: Aloísio faz o pivô pra cavar a falta pro Ceni bater (observação do André). Só que não deu certo, e depois do gol do Tcheco aos 19min, o time paulista nem sequer esboçava uma reação.

No segundo tempo, mais equilibrado, o Grêmio mostrou boa organização defensiva pra segurar as subidas de Dagoberto e Jorge Wagner (baaaaaita mascarado). O time paulista começou a ficar faceirinho, faceirinho... Até que se abriu tanto que tomou o segundo gol, numa bucha do Diego Souza, assistido pelo Tuta - gordo, lento, mas sempre fazendo a diferença. A frieza do tricolor paulista me impressionou: terminaram o segundo tempo tocando bola no campo de defesa, como um time classificado. Talvez não se lembrassem muito bem do primeiro jogo lá no Morumbi, vai saber.

A partida foi um típico jogo do Grêmio na Libertadores: fez o que precisava fazer, tomando um susto no fim do primeiro tempo (Leandro tocou à esquerda do gol de Saja) e outro no fim do segundo (Dagoberto, impedido, deu um balão em direção à torcida são-paulina - talvez solidário à situação deles). Durante a semana, ouvi muita gente dizendo "vocês vão ver, o São Paulo não é um Juventude". Certamente não. Mas precisa de muito mais para ser um Grêmio também.

Quartas-de-final com Thiago e André, volto nas semifinais.

(na minha visão gremista e parcial)



Parece que o São Paulo é freguês de gaúcho na Libertadores. Depois do Internacional ganhar o título em cima do tricolor paulista no ano passado, dessa vez foi do Grêmio a incumbência de derrotá-lo.

O jogo deve ter sido bom para torcer (o que não foi o meu caso), mas a verdade é que para assistir não foi tão bom assim. Isso porque as chances de gol foram poucas, principalmente no primeiro tempo, graças ao controle que o Grêmio teve na partida. Fez o primeiro gol, deu uma parada. Segurou o início do segundo tempo, fez outro gol e depois só garantiu a classificação. Só quando o técnico do São Paulo fez as alterações no intervalo, deixando seu time mais ofensivo, que os gaúchos foram um pouco ameaçados. Mas, mesmo assim, os paulistas foram tão assustadores quanto um monstro daqueles filmes de ficção científica da década de 50. Tá, teve uma bola no travessão, mas foi de escanteio... Na verdade, o que mais assustou o Grêmio foi a contusão de Tcheco, autor do primeiro gol.

Parabéns ao Grêmio, que finalmente jogou bem - considerando "jogar bem" fazer o resultado necessário, de maneira pragmática - contra um adversário qualificado no ano. Parabéns a sua torcida, que deu show de novo (para quem não assistiu a partida pela Globo, no intervalo da partida, enquanto Galvão Bueno falava sobre a Timemania os torcedores gritavam a pleno pulmão "Ei, Galvão, vai tomar no cu!", fazendo o narrador preferido de Roberto Marinho gaguejar ao dar a notícia). E parabéns ao Diego Souza, melhor jogador dos dois jogos, premiado com o gol da classificação. Os gremistas devem ter acordado felizes hoje com a sensação de derrotar o São Paulo pela Libertadores. Nós, colorados, sabemos bem o que é isso.

(na visão colorada e parcial do Valter)

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