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A tal Cauda Longa - parte 2
Leandro Corrêa - 08 maio 2007 - 23:38
Continuo hoje com mais um post sobre o livro "A Cauda Longa", de Chris Anderson.

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A Cauda Longa da Música

No Brasil, infelizmente, a venda de música em formato digital ainda não decolou. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, entretanto, com a popularização do iPod e outros MP3 Players, surgiu um imenso e lucrativo mercado - livre de pirataria.

As vantagens: Os custos de um site de venda de arquivos digitais é quase zero: não há CD para gravar, encarte para produzir, frete para transportar, nem cópias encalhadas no estoque. Nada. O site tem apenas um arquivo digital da música armazenado em seu computador, de onde tira uma cópia para vender o download, que trafega gratuitamente pela internet até chegar, em poucos minutos, ao computador do consumidor. Na iTunes, por exemplo, cada download custa U$ 1,99, e é possível selecionar quais faixas comprar de um álbum.

Os milhares de nichos musicais: Na teoria, o custo extremamente reduzido permite ao site comercializar milhões de músicas diferentes, de milhares de gêneros musicais. Aliás, em tese, poderia-se disponibilizar toda e qualquer música já gravada no mundo, desde que em formato digital e livre de problemas com direitos autorais. A Cauda Longa da música, assim, elimina a barreira que separa os poucos sucessos das grande gravadoras, dos milhares de desconhecidos de pequenos selos independentes.

Números que impressionam: Em 2005, o site Rhapsody possuía um catálogo on-line de 1,5 milhões de faixas musicais. O Wal-Mart, no mesmo ano, possuía apenas 55 mil faixas em seus estoques de CDs. O Rhapsody vende, mensalmente, cerca de 90 milhões de faixas, 40% delas não encontradas no Wal-Mart.


A Cauda Longa dos Filmes

A tendência é que, no futuro, se venda filmes digitais pela internet da mesma forma que se vende música. Por enquanto, devido a limitações da internet banda larga, esse mercado ainda não se formou. Entretanto, Chris Anderson apresenta o impacto da Cauda Longa na indústria de cinema através do mercado de aluguel de DVDs.

As vantagens: O modelo de negócios do Netflix parece bizarro, mas em 5 anos ele passou o faturamento da Blockbuster nos Estados Unidos. Funciona da seguinte forma: pagando uma mensalidade X, o consumidor tem direito a receber até 5 DVDs por vez, e ficar com eles quantos dias quiser. Os filmes são entregues e recolhidos pelos correios, sem custos. Toda a operação se dá pela internet e algumas poucas centrais de distribuição (envio e recebimento de DVDs).

Os milhares de nichos dos filmes: Pelo site do Netflix, o consumidor monta uma "fila de interesse": uma lista dos próximos DVDs que deseja receber assim que os anteriores forem devolvidos. No site, é possível ver as "fila de interesse" de outros usuários, seguir suas recomendações, ler e escrever resenhas de filmes, além de modificar sua "fila de interesse" a qualquer momento. O sucesso dessas listas é tão grande que o Netflix patenteou o modelo de negócios, e a Blockbuster, que tentou copiar, está sendo processada. Na Cauda Longa da Netflix, os gêneros mais populares são os documentários, séries de TV, filmes estrangeiros, independentes e clássicos do cinema; com o perdão do trocadilho, gêneros naturalmente não-blockbusters!

Números que impressionam: O catálogo da Blockbuster tem pouco mais de 3 mil DVDs. O Netflix, livre do "custo de prateleira", tem hoje 75 mil títulos. Do seu faturamento total, 21% vem do aluguel de DVDs que a Blockbuster não tem.


A Cauda Longa da TV

Em 2005, Chris Anderson achou melhor considerar irrelevante aquele site de videos que tinha acabado de surgir, chamdo YouTube. Dessa forma, o livro traz apenas poucos números (do Google Video, começando a crescer na época) da Cauda Longa da televisão.

Mas não é preciso de muitos dados para entender o que está ocorrendo neste caso: no momento em que escrevo, "Tapa na Pantera" já foi visto mais de 4,5 milhões de vezes no YouTube. "Homem-Aranha 3" talvez não seja visto mais de 3 milhões de vezes nos cinemas do Brasil. É claro que não podemos comparar laranjas com limões, mas que outro curta-metragem brasileiro foi visto tantas vezes antes do YouTube?

A Cauda Longa da televisão está em milhares de milhões de videozinhos amadores, que individualmente são pouco vistos, mas que juntos compõem uma significativa audiência que custa, segundo o Google, U$ 1,6 bilhões. Pode-se dizer que o Youtube explora um grande nicho de videos amadores, onde também há raros mega-sucessos ("Evolution of Dance" já foi visto 48 milhões de vezes) e milhares de fracassos (como "Tunel Floripa", visto apenas 4 mil vezes).


A Cauda Longa da Publicidade

Essa área, o Google domina. Sua receita não vem de poucas grandes anunciantes, que pagam bilhões de dólares para veicular suas campanhas publicitárias. Não. 98% da bilionária receita do Google vem milhares de pequenos anunciantes através do Google Adwords e Google Adsense, serviços de publicidade on-line de baixíssimo custo e grande retorno para pequenos negócios.

Outro exemplo de Cauda Longa na publicidade está na campanha para o comercial da Doritos no SuperBowl 2007, mas neste caso colocaram a TV tradicional no meio e gastaram rios de dinheiro para uma única veiculação. Mas é válido também, já que o comercial vencedor se espalhou pelo YouTube.

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Falarei sobre a Cauda Longa das notícias num post futuro, quando terminar de ler "Blog - Entenda a revolução que vai mudar seu mundo", de Hugh Hewitt. Mas encerro semana que vem os posts sobre a teoria de Chris Anderson com uma resenha do livro, destacando o que ele chama de "as três forças da Cauda Longa": produção, distribuição e boca-a-boca. Até lá :)

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