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A tal Cauda Longa - Parte 1
Leandro Corrêa - 01 maio 2007 - 23:50
Começo hoje uma série de posts sobre o livro "A Cauda Longa - Do mercado de massa para o mercado de nicho", de Chris Anderson, à respeito do impacto que a internet está causando no comércio e na industria cultural. Minha idéia é fazer 3 posts: introdução do assunto, discussões e resenha do livro. Espero que gostem :)

A Cauda Longa - Introdução

Para introduzir a teoria da Cauda Longa, antes é preciso relembrar algumas novidades que a internet trouxe para o comércio.

Uma rede de lojas físicas de grande porte possui diversas despesas: muitos funcionários, comissão para vendedores, contas de água, luz, telefone, limpeza, manutenção, aluguel pro shopping, etc -- tudo para cada uma de suas lojas. O total destas despesas, dividido pelo espaço físico das lojas, gera o que se chama "custo da prateleira", ou seja, o quanto cada produto em exposição custa para as lojas.

Para cobrir este custo, é natural que as lojas coloquem em exposição apenas produtos que vendam muito. Em uma livraria, por exemplo, é de se esperar que os destaques sejam os best-sellers, e não os livros pouco procurados e desconhecidos. Pois estes nada vendem, ou vendem muito pouco para justificar seu espaço nas prateleiras ou em estoque. No mundo físico, portanto, a diversidade de produtos é limitada - mesmo em grande lojas, livrarias, magazines, etc.

Na internet, porém, esse negócio muda completamente. Os custos para um site comercializar o sucesso "O Código da Vinci" e o pouco conhecido "Até o dia em que o cão morreu" são os mesmos: praticamente zero! Basta fazer o cadastro do produto, mesmo que ele se encontre apenas no estoque da editora; o site vai se encarregar de apresentá-lo junto ao badalado romance sobre Leonardo da Vinci. E assim será com todos os produtos à venda, mesmo que ele atenda apenas um pequeno nicho de leitores atrás de "novos autores gaúchos". O resultado disso é que, pela internet, pode-se oferecer milhares, milhões de produtos que nas lojas físicas são deixados de lado por conta do "custo da prateleira". Nas palavras de Chris Anderson, na internet "a prateleira é infinita".

É neste ponto que entra em ação o fenômeno da Cauda Longa. Ao ter acesso a números de grandes sites de comércio eletrônico (Amazon, Rhapsody e Netflix) e começar a estudá-los, Chris Anderson reparou que estes milhares de produtos vendidos apenas na internet, de fato, vendem muito pouco: apenas algumas unidades por semestre e, dependendo do produto, uma ou duas vendas por ano. A grande surpresa, entretanto, foi consatatar que a soma das vendas de todos estes milhares de produtos, que individualmente são inexpressivas, chega à um total que representa, em alguns casos, até 50% do faturamento do site!

Esta constatação foi um choque para o autor, e tem sido para todos os gerentes de negócios desde o surgimento do comércio eletrônico: quanto maior a diversidade de produtos oferecidos na internet, mais os consumidores se "afastam" dos campeões de vendas e tendem a explorar os desconhecidos. O fenômeno da Cauda Longa, assim, jogou luz sobre o "mercado de nicho", cujo potencial fora ignorado até então devido ao "custo da prateleira" das lojas físicas.



O nome Cauda Longa surgiu a partir de gráficos como este, que relaciona o ranking dos produtos mais vendidos e o número de vendas pela internet. Nele, há uma curva que começa no topo à esquerda, representando os poucos produtos que vendem muito, e que desce e segue indefinidamente próximo ao eixo X, representando milhões de produtos que vendem muito pouco.

O fenômeno da Cauda Longa está sendo muito discutido atualmente porque a internet está crescendo e possibilitando a exploração do consumo de nichos não só de livros, mas também de filmes, músicas, notícias, televisão e até na publicidade. Mas, sobre isso, eu continuo na semana que vem :)

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