Tudo bem, o Oscar é o que há de mais badalado no cinema: tem as atrizes, a festa, é o palco do ato final de "Corra Que a Polícia Vem Aí 33 e 1/3"... mas na verdade o que os produtores realmente querem é dinheiro, grana, tutu, gaita, bufunfa, e não uns homenzinhos dourados e pelados - a menos, é claro, que um desses que o Shyamalan não ganhou tenha mais valor do que os mais de seiscentos milhões de dólares arrecadados mundialmente por "O Sexto Sentido".
Pensando nisso, compilei uma lista daqueles que disputarão o "inexistente" prêmio Bilheteria do Ano, ou seja, o blockbuster mais lucrativo da temporada (claro, alguns ignorados aqui poderão até se dar melhor graças às vendas do DVD, mas isso é papo de perdedor):
300 A gurizada do cuecão de couro começou bem, arrasando persas e bilheterias ao redor do mundo (embora o filme não seja grande coisa, como já falei), e não só fez mais dinheiro devido à censura alta. Mas podem ter certeza: enquanto os espartanos jantam no inferno, os produtores estão nas nuvens. Em cartaz.
Homem-Aranha 3 Os primeiros filmes do cabeça-de-teia foram sucesso absoluto de público e crítica, e agora ele está de volta com dois vilões (no melhor estilo "Batman dos anos 90"), duas minas gatas e um uniforme que é a versão aracnídea da camiseta Shadow do Grêmio. Resta saber se com tantos efeitos especiais e divulgação sobrou dinheiro no orçamento para uma boa história. Estréia dia 04/05.
Piratas do Caribe - No Fim do Mundo Aventura, humor, ação, romance, Keira Knightley molhada (eu disse Keira Knightley molhada!) e Jack Sparrow o Capitão Jack Sparrow são as apostas da Disney para liderar as bilheterias. Pesa contra só o fato de que o segundo filme deixou muitas amarras soltas e... bem, digamos que não seria legal se acabasse como um "Matrix Revolutions". Mas confio no diretor Gore Verbinski, e aposto nos piratas como o blockbuster do ano, tanto em dinheiro como em qualidade. Estréia dia 25/05.
Shrek Terceiro Shrek vira rei na animação, mas quem veste os louros é o pessoal da Dreamworks, que já tem no segundo filme a sexta maior bilheteria da história e busca mais uma boa colocação. Estréia dia 15/06.
13 Homens e um Novo Segredo O bando de assaltantes está de volta, liderado mais uma vez pela impagável dupla George Clooney/Brad Pitt - mas dessa vez o buraco é mais embaixo, porque do outro lado estáninguém menos que Al Pacino (é bom lembrar que ele já foi um Godfather, portanto tem a manha nesse tipo de situação). Estréia dia 29/06.
Quarteto Fantástico 2 O primeiro filme teve efeitos especiais, piadas bobas e uma loira gostosa - ou seja, tudo que um blockbuster adolescente precisa. Inevitavelmente vem a continuação, com mais efeitos, mais piadas bobas, a mesma loira gostosa e o Surfista Prateado que, aposto, muita gente vai achar cópia do "Homem de Gelo" dos X-Men. Estréia dia 29/06.
Ratatouille Desenho da Pixar = história boa + milhões de dólares arrecadados. Estréia dia 06/07.
Harry Potter e a Ordem de Fênix O quinto filme chega junto com o lançamento do sétimo livro (mas vai sair primeiro). Na história, o trio principal vai se complicar com a segunda aparição de Voldemort, que deseja matar o bruxo, dominar o mundo e todas essas coisas de vilão. Estréia dia 13/07.
Transformers O desenho era ducaralho, e certamente um filme sobre os automóveis mutantes tem capacidade para se transformar (com o perdão do trocadilho) na grande produção do ano. O problema na real está atrás das câmeras: com Michael Bay, pode-se esperar fotografia bonita, câmera lenta, explosões e... e.. e é isso. Estréia dia 20/07.
Simpsons - O Filme Estréia dia 17/08 (não preciso dizer mais do que isso, certo?).
Sin City 2 Mais violência estilizada, frases de efeito, bom uso das sombras e horas na sala de edição, by Robert Rodriguez e Frank Miller. Estréia dia 12/10.
I Am Legend Will Smith em uma ficção apocalíptica cujo orçamento é maior do que o PIB de alguns países. Sucesso. Estréia dia 23/11.
A Bússola Dourada Adaptação da coleção de livros Fronteiras do Universo, de Phillip Pullman, sobre um universo paralelo onde uma garota se encontra com criaturas assustadoras. Também conhecido como "síndrome cinematográfica pós-Senhor dos Anéis", conta com Nicole Kidman, o 007 e o Hulk no elenco. Estréia dia 25/12.
Já estão definidos confrontos, cruzamentos, mandos-de-campo, etc. da maior competição das américas. Agora é pra valer! O Cataclisma traz para seus leitores a chave da fase quente do torneio.
Ontem fui em um evento sobre internet aqui em Porto Alegre. Passeando pelos stands dos patrocinadores descolei vários brindes legais, como esta caneta do Google:
Certo que ela vem com um dispositivo GPS pro Google me localizar. Hein? Hein?
Vi um anúncio que tinha o desenho de um farol meio estilizado e, de cara, me lembrei que aquela cena era o DISTINTIVO de alguma produtora de cinema (aparecendo de vez em quando antes do filme começar). E, sem pesquisar, sabia que pertencia à Castle Rock Entertainment.
Somando isso ao fato de que posso citar de cor a escalação do Manchester United (pra não dizer vários outros times/seleções europeus) e que se eu souber mais do que cinco capitais de estados brasileiros é um exagero, faço a pergunta: isso é normal?
Jogo 6/14 Grêmio 1 x 0 Cerro Porteño Estádio Olímpico Monumental, Porto Alegre Gol: 24'2T Éverton (Grêmio)
A classificação já era esperada. Afinal, tem time que não nasceu para ser coadjuvante e o Grêmio cumpriu sua obrigação. Mas ela foi sofrida: chegando na última rodada, precisando vencer, sem poder pensar em qualquer coisa diferente de uma vitória. Fase sofrida, este ultimo jogo, nem tanto...
A partida começou como a maioria dos jogos dessa campanha de Libertadores, com o Tricolor fazendo as coisas ficarem mais dificeis do que realmente são. Mas nesta noite havia algo de diferente, os jogadores se mostravam serenos, com a consciência de que realmente tinham capacidade de superar mais esse obstaculo.
Só que as vezes serenidade demais atrapalha. A primeira meia hora de jogo caminhou da seguinte forma: Sabiamos que conseguiriamos, só não sabíamos exatamente como.
Aos 31 do primeiro tempo, o lance que mudou o panorama do jogo. Falta para o Grêmio, bola na área, cabeçada e GOOOOOOL! Tinhamos o que precisavamos! A vantagem era nossa! Foi nossa. Foi por uma fração de minuto até uma bandeira quadriculada ser percebida em riste, abafando o grito de 45 mil pessoas. Impedimento mal marcado que nao impediu o time de retomar o espírito brigador que sempre o empurra para conquistas inimaginaveis (o que nem era o caso da desta noite) o time agora ja sabia como fazer. Acordou, foi pra cima, sufocou o adversario que só fazia se defender expremido em um canto.
Mas o Cerro continuava cerrado. E as duas eliminações de Libertadores sofridas para paraguaios no Monumental começavam a passar pela cabeça de muitos dos 45mil que nao deixavam e cantar um segundo sequer.
Foi então que o dito retranqueiro Mano Meneses colocou o jovem e abençoado atacante Everton em campo. Sua primeira participação no jogo já foi descrita neste texto, mas eu repito: Falta para o Grêmio, bola na área, cabeçada e GOOOOOOL! Tinhamos o que precisavamos! A vantagem era nossa!
Entramos raspando, mas é melhor entrar raspando do que bater na trave. Daqui pra frente, o torneio que é a nossa cara vai incorporar a fórmula que é a nossa cara. Semana que vem começa o mata-mata, Kleiton na ida e André na volta, vejo vocês nas quartas-de-final.
(na minha visão gremista e parcial)
O Grêmio é agora o único representante gaúcho na Libertadores 2007. Ao vencer o Cerro Porteño, o tricolor garantiu sua participação nas oitavas-de-final. O problema é que parecem querer tapar o sol com a peneira no Olímpico. Digo isso menos por ser colorado do que por qualquer outra coisa, mas está se tentando criar um clima que, na realidade, não existe lá pela Azenha.
Vejamos: o Grêmio, a vitória "heróica" de sexta (4 a 0 no Caxias), que remeteu à Batalha dos Aflitos, evocou o espírito do time que vence nas condições mais impossíveis, etc. Até aí tudo bem, esse espírito parece ser legítimo. Agora, travestir a vitória sobre o Cerro com esse caráter milagroso é palhaçada. O tricolor conseguiu se complicar num grupo fácil, não conseguiu ganhar nenhum jogo por mais de um gol de diferença - parece até uma versão brasileira do saudoso Once Caldas - e se complicou inclusive nessa última partida, em casa, contra um adversário desqualificado (basta lembrar um lance ocorrido aos 40 do segundo tempo, quando Everton chutou, o goleiro paraguaio rebateu e um zagueiro foi dominar a bola e a colocou toscamente para a linha de fundo e você vai concordar com o "desqualificado").
Mas, enfim, o Grêmio ganhou e passou de fase, e é isso que importa. Além disso, é digno de nota o comportamento da torcida, lembrando os melhores momentos das torcidas argentinas. Uma pena que a equipe que ela empurra não pareça merecer tamanha devoção, a não ser no Gauchão ou na Série B do brasileiro.
O termo foi cunhado em 1997, por Jorn Barger, e hoje o número de veículos / diários / produtores de baboseira na web com esse formato chegam a 73 milhões no mundo todo. Os blogues tornaram-se os porta-vozes dessa web 2.0, que envolve participação do usuário, atualização em tempo real e pluralidade de informação, entre outras coisas.
No que diz respeito à participação do usuário, ela vem ganhando cada vez mais importância no cenário web. Basta dar uma olhada no Tá tudo interligado de ontem pra ver que o USA Today abriu espaço para comentários dos seus leitores. Assim, o site vira um grande blogue, cada notícia do site se transforma num post e todo mundo pode comentar - questione-se ou não a qualidade dos comentários, o fato é que, nessas ciscunstâncias, o leitor vira autor, podendo contribuir com o conteúdo.
A facilidade de atualização trazida por ferramentas como o Blogger permitiu que os blogueiros se aproveitassem disso para transformar os blogues em veículos de comunicação em tempo-real. Aconteceu alguma coisa, já tá em algum blogue por aí. Como bom quase-viciado em futebol que sou, não posso deixar de lembrar dos minuto-a-minuto do Impedimento, verdadeiras pérolas (não encontrei nenhum pra lincar, por favor, se manifestem).
Mas a pluralidade da informação é o que mais me entusiasma na blogosfera. Não fosse essa possibilidade, nunca teríamos a visão do Baghdad Burning sobre a invasão americana no Iraque, por exemplo. Escrito por Riverbend (pseudônimo), nos dá um tipo de informação que não passa pelo filtro da imprensa tradicional, um tipo de informação extremamente parcial, mas de uma parcialidade à qual não teríamos acesso não fosse o desenvolvimento do ambiente dos blogues. E essa possibilidade é fantástica.
Enfim, não foi à toa que os blogues cresceram, e ainda vão crescer mais, por tudo isso que eu falei acima. Vida longa ao blogue. Principalmente ao nosso.
Pela falta de tempo, hoje vou apenas comentar algumas notícias interessantes que vi esta semana sobre internet e tudo que tá interligado.
• G1 testando comentários O G1, portal de notícias da Globo, quer ficar mais participativo: está em testes para abrir espaço de comentários dos internautas. Na teoria, isso significa que o portal passaria a funcionar como um grande blog, onde cada notícia é um post. Assim, seus leitores deixariam de ser passivos e poderiam comentar os conteúdos publicados, gerar discussão, criticar, sugerir outros links, etc. Por enquanto, devem estar em fase de testes, pois vi apenas algumas notícias da editoria de Tecnologia aberta para comentários (e com moderação). Mesmo assim, uma ótima iniciativa. Mais alguns recursos web 2.0 e eles alcançam os pés do USA Today.
• Google matando a pau Primeiro veio a notícia de que o Google comprou a DoubleClick (por U$ 3 bilhões em dinheiro!) e se tornou o maior veículo de publicidade on-line do planeta. Depois, a divulgação de um estudo da Millward Brown, apontando que o Google ultrapassou Coca-Cola e Microsoft, e se tornou a marca mais valiosa do mundo. É impressão minha ou essa história de que os caras estão dominando tudo já está ficando muito clichê?
• Aneel pretende regularizar BPL Internet banda larga pela rede elétrica: como puderam demorar tanto? É a rede mais antiga e mais difundida que existe, e está ao alcance de quase todas as classes sociais. Não sei quanto tempo levou para se desenvolver a tecnologia, mas podiam ter investido nela primeiro antes de perder tempo instalando fio de telefone e cabo de TV pra tudo que é canto... não?
Todos os Corações do Mundo (Two Billion Hearts) 5/5
Direção: Murilo Salles Roteiro: Deuses do Futebol
"It's not the game. It's the people."
"Todos os Corações do Mundo" é o filme oficial da FIFA sobre a 15ª Copa do Mundo, realizada nos Estados Unidos em 1994.
O torneio mais importante do esporte mais popular do mundo. Ao contrário das atuais "Copa Fair Play", em 1994 bonito era dar sangue e suor pelo seu país. Afinal, é o mínimo que a torcida espera. A festa é de todos.
Consciente disso, o diretor Murilo Salles não aponta suas câmeras apenas para o campo: faz da torcida uma personagem importante (desnecessário dizer que aparece alguém com a camiseta do Grêmio, né?), desde a gritaria nos estádios até a tristeza na casa do goleiro Preud'homme, passando pela bela Amsterdam e mostrando a desolação de Roma. Os comentaristas dão lugar a fãs, e os "comentários técnicos" são substituídos por gritos, provocações, reclamações e cantos inspirados. Está criado o clima, uma vez que cada pequena drama de um torcedor é igual ao nosso.
Já dentro das quatro linhas, a equipe extrai o máximo possível de seu equipamento, arrancando closes de gestos, nuances dos dribles, das comemorações. Não se resume à Tele Cam do FIFA e dos replays comuns, buscando a dramaticidade de cada ação: o beijo de Pagliuca na trave; o indiscutível pênalti a favor da Bulgária não marcado na semifinal; a bicicleta de Balboa; a cobrança de falta perfeita de Stoitchkov. Ao invés de mostrar todos os gols, aposta nos eventos que teoricamente não são tão importantes, mas ajudam a construir o esporte e que ficam na memória (tem como esquecer a extravagância do goleiro Ravelli?). Somado a isso, surgem as belas escolhas de enquadramento e movimentos de câmera (quando a situação permite, claro), como o sensacional plano onde Brasil e Itália estão prestes a entrar em campo na final e Romário, em primeiro plano, é observado por Baggio ao fundo. Ou aquele que acompanha a entrada do time búlgaro antes da partida contra a Alemanha, pelas quartas de final: quase grudada nas costas do último jogador, a imagem não mostra quem está entrando pois no vestiário há pouca luz. Somente quando o campo surge e o sol aparece é que podemos ver, nas costas, o número oito com "Stoitchkov" escrito em cima.
Outro ponto que merece destaque é o texto da narração, nem jornalístico demais nem poeta demais (como o Pedro Bial na última Copa). É um texto apaixonado por futebol, seja para definir os confrontos com elegância("A Argentina é o passado, o presente, o futuro. A Nigéria, apenas o futuro. E não é bobo.", no momento que a Nigéria sai na frente dos hermanos), explicar situações ("O pênalti é uma sentença de morte na qual a vítima quase sempre é o carrasco") ou apresentar jogadores ("...jogador da linhagem dos canhotos históricos", sobre o romeno Hagi). Existe claramente uma admiração por todos os aspectos do jogo, revelando a intensidade dos sentimentos que esse esporte proporciona ("A Espanha se recolhe a uma longa noite de tristeza. Uma noite que irá durar quatro longos anos"). Peço licença para citar minha parte favorita: o número dez da Romênia avança com a bola, enquanto o narrador fala "A bola corre aos pés de Hagi. A bola corre com os pés de Hagi". O jogador enquadra o chute e bota a pelota no fundo da rede, saindo para comemorar enquanto a torcida grita "HAGI! HAGI! HAGI!" e o narrador completa: "A festa é dele". Arrepiante.
Com uma montagem eficiente, que imprime ritmo através das ótimas transições entre as seleções ("Win Germany...?"), os letterings inspirados ("Brasil: tática. Disciplina. Talento. Concentração. Romário.") e os cortes rápidos (muitas vezes em sincronia com a narração ou provando o contrário do que um torcedor afirma), o filme torna-se dinâmico, e os 108 minutos passam rapidamente. A trilha se divide bem entre o empolgante e o emocionante, aumentando o drama e o suspense conforme o que está acontecendo, e a edição se puxa tanto em alguns momentos que é possível ficar nervoso antes do último pênalti ser batido. Mesmo sabendo o desfecho.
Romário, Hagi, Baggio, Stoitchkov, Taffarel, Klinsmann, Maradona, Raduciou, Mathaus, Okocha, Letkov, Batistuta, Preud'homme, Maldini, Brolin, Jorge Campos, Dumitrescu, Bebeto, Baresi, Ravelli, Balakov, Voeller, Caminero e muitos outros. Todos heróis, forjados dentro das quatro linhas. Sabendo que a Copa do Mundo é o palco principal, proporcionaram um espetáculo de superação, raça, técnica, categoria e habilidade. Um torneio inesquecível que, registrado sob a lente de cineastas-torcedores, torna-se uma apaixonada declaração de amor ao futebol.
Nesta última semana, o presidente da organização "Campanha pelas crianças livres de tabaco", Matthew L. Myers, protestou à Philip Morris sua péssima conduta no último Grade Prêmio. O que ele alegou foi que a empresa quebrou um acordo que inibe a propaganda tabagista em eventos esportivos. Para quem não sabe, a marca "Malboro" estampada nos carros da Ferrari, pertence à empresa.
Agora, pelo menos por aqui, há muito tempo as propagandas tabagistas não fazem parte do nosso cotidiano. As propagandas saíram da televisão há alguns anos. Quem não lembra do cavaleiro da Malboro, fumando e andando... Essa medida do governo brasileiro não foi pioneira e não será o nosso governo o último a tomá-la. Acompanhando outros GPs de F1, em anos anteriores, foi possível perceber a saída de algumas marcas. A equipe BAR tirou o "Lucky Strike" do carro bem antes de se tornar Honda, mantendo apenas o desenho redondo vermelho da marca.
Entretanto, Myers acusa a Philip Morris de "ganância". Acusa a empresa, que tem diretores NADA santinhos, de violar as regras e blá-blá-blá. Mas se a empresa vende cigarros, ela vai veicular o que, se não cigarros? E se não fizer propagandas em eventos maiores, vai ficar só colocando plaquinhas nos bares? Quais os eventos que ela pode divulgar a marca?
Eu fico pensando: se eu sou dono da empresa eu vou buscar o meu público. Se o meu público gosta de fórmual1, eu vou divulgar lá, não? Se não for essa a maneira certa, as barreiras devem ser impostas para impedir que não só a minha empresa, mas a concorrência, não divulgue também, não?
Não é a Philip Morris que é gananciosa, pelo menos na minha visão (até certo ponto hipócrita no caso), mas sim dos responsáveis pelo controle da coisa. Se eu não posso divulgar ali, então nos cortem dali, todos nós tabagistas. Cada governo é um governo, cada país, um país. Se no Bahrein ninguém responsável criticou a minha divulgação, eu divulgo. Criticar depois é simples. Porque então que o comércio de cigarros não é proibido?? Porque Myers não fala disso então?? Caso Myers não queira propaganda de tabaco na fórmula 1, deve cobrar então do responsável pelo GP que ele não permita a coisa, além do tio Bernie Ecclestone, que é quem manda mesmo na categoria... não é?
O Grêmio enfim iniciou a temporada 2007, em jogo no Olímpico, vencendo ao Caixas pelo placar de 4x0 ontem. Os gols foram de Patrício (12), Tcheco (18), Diego Souza (41), todos no primeiro tempo, além de Tuta (23) no segundo, para fechar o placar. Com o resultado nada especial, o Grêmio segue para a final do campeonato, o que parece muito simples para a equipe de Mano que até agora só havia feito jogos treino, com leves corridinhas em campo.
O ataque jogou bem, pressionando o adversário desde o princípio. Logo aos 16 segundos de jogo, os olhos do goleiro Ricardo, do Caixas, já estavam bem arregalados. A zaga pouco trabalhou, mesmo assim, só quando atacava. Quanto ao goleiro Saja, sem quaisquer participações na partida, foi lembrado pelo narrador José Aldo Pinheiro, na metade do segundo tempo, para não ficar "chato", quando comentado sobre a mudança de cores em seu site particular, de vermelho para azul, com o início do contrato do jogador com o Grêmio este ano.
O adversário do Grêmio na final será conhecido este final de semana, após uma festa com muito vinho e polenta, em Caixas do Sul. "Buona sera!!".
Tecnologia acaba com fios e transmite eletricidade pelo ar Empresa norte-americana desenvolve tecnologia que transmite baixas voltagens pelo ar e recarrega pequenas baterias. (via IDG Now!)
Eu sabia que esse dia ia chegar! Essa notícia acaba de aniquilar uma das observações inúteis mais legais que eu tinha em meu arsenal de observações inúteis: a de que, apesar de toda a transformação por que passou a sociedade após a invenção da radiodifusão, com o rádio, a TV, o controle remoto, o celular, a internet sem fio, a câmera digital sem fio e tudo mais o que é sem fio, ainda assim existia um fio, um fundamental cabo sem o qual nada disso funciona, sem o qual nós não estamos completamente desplugados, sem o qual a mobilidade real e de fato simplesmente não existe, que era o maldito fio da energia elétrica!
Eu gostava dessa observação inútil por ela ser do tipo que combina muito bem com itens do arsenal de piadas, visto que, pô, energia elétrica pelo ar... impossível, né? "Seria chocante!", o trocadilho inevitável que alguém completava. Só que eu ia além.
Eu emendava essa: Imagina que loucura, tipo, como funcionaria, se você aponta o emissor de energia elétrica pra uma lâmpada? Ela acende? Aí tu desvia o esquema pro teu amigo e dá um choque nele! Poderia usar como um chicote, então, e ameaçar o mané "Olha... que eu vou te dar um chocão, hein!", já preparando terreno para o outro inevitável trocadilho "Te liga!!!"
E por aí seguia em frente, até acabar a graça e todos pensarem em seus próprios silêncios: "É, uma loucura mesmo... Eletricidade pelo ar, até parece...".
Apesar de perder esse item de observação inútil (valioso pelo combo observação+piada) do meu arsenal, achei boa a notícia. Pois ela é esperançosa! Se até energia elétrica pelo ar deram um jeito de inventar, isso quer dizer que podemos continuar sonhando com levitação, sabre-de-luz e mulher gostosa inteligente!
Internacional 1 x 0 Nacional Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul Gols: Fernandão (int)
E vai embora o atual campeão. Não há nada a glorificar nessa última partida: o Inter caiu em uma chave onde tinha plenas condições de se classificar - portanto, a sua eliminação se dá por méritos próprios. E por que não passou de fase? Existem muitos motivos, embora a maioria dos colorados insista em culpar apenas a direção. Motivos que vão desde a acomodação do Píffio até a falta de vontade dos jogadores, passando pelo salto alto de 90% dos colorados e as "Michelzices" do treinador Abel Braga.
Só não entendo a causa de tanto choro, comoção, desolação e etcéteras por parte dos torcedores. O colorado está fora da Libertadores? Nada demais. Até achei que já estavam acostumados.
(na minha visão gremista e parcial)
Libertadores é que nem vida em morro carioca: rateou, morreu. E o Inter rateou muito nesse ano. Foi praticamente X-9 de patrão* e morreu merecidamente.
Na sua última partida da Libertadores - e a primeira em que jogou bem -, o Inter conseguiu uma vitória simples em um jogo que precisava ser ganho por três gols de diferença. Fez um ótimo primeiro tempo, com várias chances desperdiçadas, mas só conseguiu marcar o seu golzinho num segundo tempo desesperado e já sem um jogador - Índio, expulso depois de utilizar um jogador do Nacional como tapete. O time uruguaio, por sua vez, veio para não levar mais de dois gols. Jogou com todos atrás, catimbando sempre que podia, e acabou levando a melhor.
Destaque para a torcida colorada, que apoiou incondicionalmente os noventa minutos, à exceção de quando Abel colocou Michel em campo (sacanagem, né, seu Abel?). É interessante lembrar que o Inter em nenhum momento ficou classificado ontem, já que o Velez fez um gol no Emelec antes do Inter abrir o placar.
Em suma, o Inter não saiu ontem da Libertadores. Ele só pagou pelos erros em jogos anteriores, quando por exemplo não foi capaz de vencer o Velez aqui ou quando tomou uma virada em dois minutos do Nacional, no Uruguai. A parte boa é saber que pelo menos a equipe foi desclasificada no grupo mais nivelado - por cima - desse ano na Libertadores. Na verdade isso só serve de consolo, porque X-9 que é X-9 tem que morrer.
As convocações feitas pelo Dunga vêm sendo tão polêmicas que ele se veste de um jeito excêntrico só para desviar a atenção. Mas observando melhor se pode desvendar os motivos pelos quais cada um dos jogadores tem seu lugar no time:
Julio César: goleiro tem que pegar bem. E ele pega a Suzana Werner.
Daniel Alves: esse foi o mais difícil. Eu descobri a função dele só depois da entrada faltosa em que ele tirou o Elano do jogo contra o Chile.
Lucio: conquistou seu espaço na cara e na coragem. Principalmente na cara, acredita-se que carranca espanta mal-olhado.
Juan: assim como o campeonato carioca tem que ser vencido por um time do Rio, a zaga da seleção tem que ser composta por zagueiros.
Gilberto: carisma. Ele agrada a gregos e troianos, hoje em dia é raro um flamenguista ser ídolo no sul.
Gilberto Silva: programa de cotas. A maior família do Brasil tem direito a pelo menos uma vaga entre os onze titulares.
Elano: compreendam: ele é o homem de confiança do Dunga. Mas poderia ser pior; o homem de confiança do Mano, por exemplo, é o Ramon.
Kaka: desde a Copa de 98 virou uma tradição a seleção brasileira ser a seleção dos R’s.
Ronaldinho: não é só mais um rostinho bonito na seleção. A camisa canarinho cai muito bem no Amarelinho Gaúcho.
Robinho: um novo Pelezinho! O do Maurício de Souza, não o do Feola.
Hoje eu estava fazendo o longo trajeto entre o térreo e o quinto andar - pelo elevador, obviamente - quando aparece um cara, mais ou menos 30 anos, terno, gravata e suando feito qualquer colorado antes de um jogo contra o Juventude. Ao entrar e me ver vestindo bermuda e camiseta de manga curta, ele comenta o óbvio:
- Cara, a tua roupa tá muito mais apropriada pro dia de hoje do que a minha.
Agora eu sei porque dizem que o mundo dos negócios é cruel. Pobre coitado.
Todo mundo sabe que a migração campo-cidade aconteceu em massa durante todo o século XX (vem acontecendo desde a formação das primeiras cidades, mas no último século esse crescimento foi ainda maior). "As cidades brasileiras abrigavam, há menos de um século, 10% da população nacional. Atualmente são 82%.", tirado diretamente do Ministério das Cidades. O fato de existir um ministério desse tipo já mostra a importância delas.
"O que raios a cidade tem a ver com essa coluna?", pergunta o leitor assíduo. Tudo, eu respondo. Isso porque a internet está cheia de representações urbanas, que de forma direta ou indireta auxiliam na contrução de um imaginário urbano acerca desta ou daquela cidade. E com o processo de virtualização geral rolando solto, essa forma de construção do imaginário ganha cada vez mais importância.
Para tentar deixar a coisa mais clara, proponho um desafio: visitar os primeiros 10 links que o Google oferece sobre Porto Alegre. Navegá-los, vasculhá-los, ver que termos esses sites usam para definir a capital dos gaúchos, o que eles destacam, o que eles escondem. Provavelmente esse trabalho seja mais interessante para visitantes de fora da cidade (e do próprio estado), que ainda não tem uma visão "viciada", provocada pelos anos de vivência nesse chão.
Indo além, no Google Maps dá pra conhecer a orla do Guaíba, o Olímpico ou a Praça da Matriz sem sair de casa. Isso também é representação urbana, isso também constrói o imaginário das pessoas sobre Porto Alegre.
Enfim, é pra entender um pouco mais como funciona esse processo de construção do imaginário urbano na internet que eu vou fazer a minha monografia sobre esse assunto. Vai sair só no segundo semestre, eu sei, mas já dá pra ir tendo uma idéia. E eu prometo pra esse período um texto mais claro, mais completo e menos amador. Até porque as promessas que eu fiz de começar a mono esse semestre assim, sem compromisso, não saíram do chão.
Que atire a primeira pedra quem nunca negligenciou o seu TCC pelo menos uma vez na vida.
Ontem estive completamente alheio às notícias sobre os assassinatos na Universidade Técnica da Virgínia. Fiquei sabendo pela TV só de noite, quando cheguei em casa. Por isso, não pretendo comentar ou refletir aqui sobre o quão horrível e lamentável são estas tragédias; a imprensa faz isso melhor. O que acho interessante destacar aqui é como a tragédia repercutiu pela internet.
Em 2005, os ataques terroristas ao metrô de Londres renderam uma cobertura praticamente ao vivo em diversos blogs. Na época, pipocaram pela rede várias fotos e videos amadores de celular, feitos por pessoas que estavam próximas a locais onde bombas explodiram. Boa parte desse material foi explorado pela mídia no mundo todo, entregando à internet, aos blogs e aos cidadãos-quase-vítimas um troféu pelas "imagens impressionantes".
Ontem não foi diferente. Registrado por um celular no momento do 2º tiroteio, um video que não mostra quase nada (e impressiona muito pouco apenas pelos barulhos dos disparos) foi exibido à exaustão em telejornais pelo mundo inteiro, algumas vezes acompanhado de entrevistas com Jamal Albarghouti, estudante autor do vídeo. Durante as 4 horas que foram obrigados pela polícia a ficar trancados nos prédios, muitos estudantes atualizaram seus blogs (via internet sem-fio, acredito) para dar sinal de vida aos familiares, pois as linhas telefônicas estavam congestionadas. Uma foto, feita dentro de uma sala de aula onde vários alunos aguardavam o fim do toque de recolher, é publicada por um blog e, em poucos minutos, é replicada em vários sites de notícia. Ao longo do dia, milhares de outros blogs discutiam a tragédia trazendo novas informações, relatos de massacres anteriores, opiniões de especialistas buscando culpados, enfim, todo tipo de tarefa que há 10 anos atrás só jornalista fazia (fonte: Tiago Dória Weblog, em excelente cobertura).
Sem dúvida, a internet mudou muita coisa no jornalismo. Não sou nenhum especialista no assunto e conheço poucos estudos sobre isto, mas não há como negar que, hoje, é um potencial reporter qualquer pessoa com um celular na mão e uma tragédia ao seu redor. Lembram das imagens do Tsunami no leste asiático? Ou mesmo as imagens do 11 de setembro? Boa parte feita por pessoas comuns, que passaram de testemunhas para produtores e distribuidores de "conteúdo amador". Imagine se um blogueiro estudante da Universidade Técnica da Virgínia, capaz de transmitir vídeos ao vivo do celular para seu blog, tivesse feito imagens de Cho Seung-Hui, o atirador, durante o massacre em sala de aula...
Muita ficção? É baseado em premissa parecida que surgiu Shooting War, novela gráfica pela internet (pra não dizer web graphic novel!) desenhada por Anthony Lappé. Na história, que se passa no ano de 2011, o jovem Jimmy Burns se torna famoso depois que o canal de TV Global News coloca no ar o videoblogging que ele fazia, ao vivo, de um atentado terrorista que explodiu um prédio em Nova Iorque. Com a fama que adquire e sem nada a perder (no mesmo prédio ficava o apartamento onde morava), Jimmy aceita o convite da Global News e vai para o Iraque fazer videoblogging da guerra, que em 2011 ainda não havia acabado. Além do enredo, os desenhos (colagens de foto com ilustrações digitais) de Shooting War também são muito bons, e o autor faz uma bela crítica à mídia sensacionalista que espalha o "terror" entre os americanos; vale a pena dar uma conferida.
Voltando ao assunto jornalismo-cidadão, cada vez mais os blogs, nos Estados Unidos, se dedicam em apurar fatos, divulgar notícias e refletir sobre elas, fazendo frente ao jornalismo e às mídias "tradicionais". Estas, muitas vezes, buscam apenas explorar os fatos pra gerar audiência. Em 2005, por exemplo, o vôo 292 da companhia JetBlue, que estava com problemas no trem de pouso, foi acompanhado ao vivo por todos os canais de notícias como uma "tragédia em potencial " até que fizesse o pouso de emergência em Los Angeles. A transmissão das TVs, ao vivo, chegou ao cúmulo de motivar troca de mensagens de despedida, via celular, entre os passageiros do vôo e seus familiares. Somente depois de todo o alarde foi divulgado que o procedimento de aterrisagem adotado é padrão em aviação, previsto e treinado pelos pilotos, e que o risco de acidentes nestes casos é quase nulo.
Enfim, acho que já escrevi de mais. Para uma próxima vez falarei do Twitter, ferramentinha de "blog rápido" atualizável via web, GTalk e celular que está popularizando o chamado live-blogging pela web. Por hora, lanço a pergunta: se você tivesse a oportunidade, teria sangue-frio para entrevistar Cho Seung-Hui via videblogging em meio ao massacre?
Esse blog tá crescendo. A cada dia descobrimos novas qualidades nele. Tenho orgulho de participar de um veículo de comunicação capaz de conseguir um furo de reportagem como esse! Um ano a frente dos fatos!
Se você atende mal alguém, ou resolve a coisa pela metade, você é, na hora, recriminado, taxado por não fazer as coisas direito e, muitas vezes, acaba levando outros contigo com o mesmo rótulo. Parece que, para certas pessoas, o outro nunca pode ter um dia ruim. Mas ao fazer as coisas certas, parece que você só faz o padrão, o óbvio, "aquilo que de você esperam" e quase ninguém lembra de elogiar.. quase ninguém. São as exceções que justificam a regra e nos surpreendem. Hoje foi o meu dia. Fiquei até sem jeito ao abrir os e-mails da agência hoje e falar com o pessoal.
Queria compartilhar com vocês este texto pra mostrar que ainda tem gente bacana que, diferente da regra, têm consciência de que, no fundo, todos trabalham para todos, e que a exceção também existe e é legal.
Email: "Enviado para: Agencia Assunto: Detalhamento de Ocorrência Externa
Manifesto: Gostaria de elogiar o funcionário Bruno da ag Bom Fim, Porto Alegre, por sua eficiência, rapidez e cortesia no atendimento. É de funcionários assim que a instituição precisa. Cliente."
No Terra: Base de celulares no Brasil chega a 102,13 milhões [ver] A base de celulares no Brasil atingiu 102,13 milhões de unidades em março, avanço de quase 1 milhão de unidades sobre fevereiro, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
No IDG Now!: Número de assinantes de celulares no Brasil cresce menos de 1% em março [ver] A base de celulares ativos no Brasil atingiu os 102,1 milhões de assinantes em março, crescendo menos de 1%, segundo dados preliminares da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Direção: David Bowers e Sam Fell Roteiro: Dick Clement, Ian La Frenais, Christopher Lloyd, Joe Keenan e William Davies, baseado em estória de Sam Fell, Peter Lord, Dick Clement e Ian La Frenais
Elenco (vozes) Kate Winslet (Rita) Hugh Jackman (Roddy) Ian McKellen (Toad) Andy Serkis (Spike) Bill Nighy (Whitey)
Preparem-se para uma enchente de trocadilhos envolvendo "água".
Roddy é um rato de estimação que vive em uma gaiola-mansão dentro de um puta apartamento. Um dia recebe a visita inesperada de um roedor do esgoto - e, na tentativa de livrar-se dele, o próprio Roddy acaba literalmente indo por água abaixo. Achando que está na merda, ele acaba descobrindo uma cidade subterrânea habitada por seus semelhantes, além de se envolver com uma roedora gatinha que está sendo perseguida por gângsters.
Produzida pelo estúdio britânico Aardman, "Por Água Abaixo" difere um pouco das outras obras da empresa (como os excelentes "A Fuga das Galinhas" e "Wallace e Grommit"): não utiliza a técnica do stop motion, conhecida popularmente como "massinhas", e sim a tradicional animação 3D. No entanto, mesmo sendo criadas por Afters Effects da vida, as personages possuem um visual muito similar aos outros trabalhos da produtora - e, o que é melhor, a história mantém o padrão de qualidade: original, divertida e muito engraçada.
Isso porque apesar da trama relativamente simples e de cada personagem ter sua função determinada, o roteiro foge de caricaturas. Aliás, vai além: brinca com os estereótipos, utilizando-se bastante da metalinguagem e procurando sempre romper com os clichês do gênero. Mantendo uma narrativa dinâmica, prende a atenção do espectador desde o início, com a câmera sempre ágil e beneficiada pelo ótimo visual da animação (a Londres subterrânea é de tirar o fôlego).
Mas o melhor é que, ao longo dos 90 minutos de filme, a inteligência do público nunca é subestimada. Até mesmo a tradicional mensagem sobre os valores de amizade, família e união são desenvolvidos de forma sutil, mais sendo assimilados do que explicados (a cena em que Roddy diz "Boa noite" a Rita é um exemplo). A história flui, e nenhuma piada soa deslocada ou forçada, mantendo assim o ritmo da produção. "Por Água Abaixo" é uma animação que reúne ótimas sacadas, personagens cativantes, ação frenética e (muitos) momentos de humor inspiradíssimo, evitando apelar para convenções ou saídas fáceis - tirando sarro delas, inclusive. Ou seja, tudo que uma obra precisa para agradar adultos e crianças.
O mau desempenho do filme nas bilheterias fez com que a Dreamworks acabasse a parceria de mais de seis anos com a Aardman. No entanto, depois de assistir o longa e perceber que a qualidade da produtora inglesa continua lá em cima, só posso concluir que a ex-empresa de Steven Spielberg entrou pelo cano.
Comer chocolate dá sensação mais forte que beijar [ver] Comer chocolate meio-amargo provoca uma sensação mais longa e intensa na pessoa do que beijar na boca, de acordo com um estudo da Universidade de Sussex, na Grã-Bretanha.
...aquele machucado, pisão, alergia, gripe, queda, roxo, batida, arranhão, destroncamento e fratura, entre outros, precisa ser realmente tratado - porque o tradicional "Ah, amanhã quando eu acordar já vai ter passado" não funciona mais.
Felipe Massa foi o grande vencedor do GP, e isso você talvez já saiba. Então vamos contar a corrida, caso você não tenha acordado as 8:30 neste domingo: Massa larga na pole, Massa passa a primeira curva em primeiro e.... quase todas as outras também, cruzando a linha de chegada em primeiro!! Acredite se quiser!! Aêêê... Podia inclusive ter subido ao 'pódium' e feito aquele gesto de lavar o corpo do "xó satanás", sabe?
Simples assim. Outros detalhes da prova:
Dava pra sentir que David Coulthard estava num dia muito bom. Estava curtindo fazer o trabalho hoje. O piloto escocês largou em 21º e saiu passando todo mundo, sobraram poucos. Quando estava em 7º, aí o pessoal da Globo, enfim, reparou que a corrida do escocês estava realmente muito boa, e é claro que isso deu azar. Coulthard parou sua RBR nos boxes e poucas voltas depois estava de volta ao Pit, aí definitivamente, com vazamento de oleo. Uma pena. Pra mim, foi o melhor da prova.
Passou sem nenhuma cerimônia inclusive por Jarno Trulli (Toyota), uma "mala" de passar "pós Villeneuve". Trulli deixou os dois médios pilotos da Williams (Rosberg e Wurz) de cabelo em pé a prova toda, tadinhos.. tão verdinhos..
Coulthard é o segundo mais "velho" em números de GP na F1 atual, só perde para o nosso queriiiiido Barrichello, enfim, primeiro colocado em um dado da F1. Falando nele, correu dentro do possível, num carro realmente muito ruim. Button, companheiro de Honda, nem chegou ao final. Barrichello foi o 13º colocado entre os 16 carros que terminaram a prova. Largou em 15º, atrás de Mark Webber, que nem completou a prova.... mas enfim, o final foi como ter ganhado uma posição na pista... \o/
Um parabéns ao Nick Heidfeld (BMW) que soube manter o ritmo das Ferraris e McLarens e, de 5º colocado e coadjuvante na prova, deixou pra trás Fernando Alonso após a segunda parada nos boxes para finalizar na quarta colocação. Não foi à toa que apostei nele como um dos destaques deste ano, isso lá no dia 04 de março (ver). Heidfeld vem se mostrando muito constante, mesmo com os problemas que os carros da BMW têm apresentado e vem se firmando como o primeiro da lista pós Ferraris e McLarens.
Lewis Hamilton foi o segundo. Com os 8 pontos de hoje, embolou a ponta do campeonato, agora empatado com Alonso, Hamilton e Raikkonen, todos com 22 pontos. Sem o Galvão hoje, nada de "Robinho" pra cá e pra lá. Muito bom \o/. Felipe Massa vem logo atrás com 17, seguido de Heidfeld, com 15. Diferente de todos, eu estou achando a McLaren melhor acertada até aqui... ta no ar...
Próximo GP é Barcelona, Espanha, dia 13 de maio. Num horário mais acessível a todos. Vai valer a pena conferir se Felipe Massa embola mais ainda a ponta da tabela, agora com a sorte de volta. Eu aposto que sim. Abração!
Não! A gente não é e nunca vai ser igual! Graças a Deus! Que graça teria? A Albany tem uma campanha nesse sentido, "Viva as diferenças" . Concordo plenamente.
Essa reportagem do portal do MSN sobre o Suco de Luz me chamou a atenção de uma forma diferente do que chamaria a de seu público-alvo, vale a pena conferir os comentários da sessão o que você achou? com comentários de 'civís' espalhados ao longo do texto, eles ilustram bem essas diferenças entre homem e mulher.
Menina de no máximo 5 anos - Quantas pessoas mãe! Sua mãe - É. Menina de no máximo 5 anos - Que ônibus pessonhento! Sua mãe - O quê, minha filha!? Menina de no máximo 5 anos - É mãe! Tu não sabe que pessonhento é cheio de pessoas?
Na volta, sabedoria popular:
Passageira - Qual a parada da Fabico? Cobradora - Fabico? O que que é isso??? Passageira - a faculdade. Cobradora - tu tá falando da escola técnica? Motorista (solucionando o impasse) - Fabico, Escola Técnica, UFRGS... é tudo a mesma coisa. Cada um chama de um jeito, já ouvi chamarem até de comércio.
Jogo 5/14 Cúcuta 3 x 1 Grêmio Estádio General Santander, Colômbia Gols: Bustos 42'1T, Blás Perez 28'2T, Del Castillo 42'2T (Cúcuta); Diego Souza 5'2t (Grêmio)
De novo. Pela quarta vez seguida na Libertadores, o Grêmio amarelou - e, assim, deixou-se vencer pelo Cúcuta, time para o qual "Ridículo" seria um grande elogio.
Sem jogar 1/10 do que pode, a equipe tricolor(?) foi completamente apática. O time colombiano, por sua vez, brincava de bobinho no meio de campo e não tinha qualidade o suficiente pra fazer algo além disso. Porém, o Grêmio é foda: apenas o fato de ser o Grêmio foi o suficiente para fazer um gol, já que o time não ajudava. Mas o Cúcuta conseguiu dois tentos que, aposto, nunca mais nenhum jogador desse time vai fazer. Somando isso à lerdeza dos gaúchos e à arbitragem - que insistia em ROUBAR descaradamente para os donos da casa - temos o resultado escrito.
E, infelizmente, nem todo time ruim consegue ajuda do juiz para vencer.
(na minha visão gremista e parcial)
Antigamente, a TV Globo costumava passar filmes na quarta à noite. Hoje ainda é assim, mas apenas nos raros dias em que não há jogo de futebol. Eu lembro que os que eu mais gostava de assistir eram os filmes de terror. Bem, ontem a Globo - no caso, a RBS - transmitiu um terror, mas encarnado em uma partida de futebol.
Jogo chato, tentando fazer o telespectador trocar de canal ou dormir, Grêmio e Cúcuta era uma daquelas partidas em que o empate parecia servir às duas equipes. O pior é que não servia direito à nenhuma. O terror de todos os espectadores se tornou apenas um terror mais para os gremistas quando, aos 43 do 1º tempo, os colombianos abriram o marcador, numa falta bem cobrada - aliás, a única coisa digna de elogio da primeira etapa.
No segundo tempo o Grêmio até esboçou uma reação empatando o jogo e até quase virando, mas assim como Jason a equipe não decepcionou os amantes do terror. O jogo voltou a testar a paciência de quem o assistia e logo viriam os dois fatídicos gols colombianos, justo na semana em que teremos sexta-feira 13. Resultado: todo mundo embolado e com chance de se classificar no grupo 3. Até o Grêmio.
O Grêmio conseguiu se complicar em um dos grupos mais fáceis da Libertadores. Agora, é ganhar em casa. Caso contrário, o clima no Olímpico será de permanente Halloween.
Sem dúvida, a internet é uma puta ferramenta pra agilizar o nosso trabalho. Programas de mensagem instantânea, e-mail, intranet, pacotes de software online: tudo isso torna a execução de tarefas em equipe extremamente mais ágil e fácil, e as rotinas das empresas muito mais eficientes. Mas ninguém é de ferro.
A web tá cheia de conteúdo divertido. Coisas estúpidas, engraçadas, enfim, todo aquele tipo de conteúdo que reduz a eficiência de qualquer profissional, mesmo os mais exemplares. Fazendo aqui as vezes de cristão arrependido (pff!), confesso que meu pecado é ser viciado em tirinhas. E que a minha admiração por esse tipo de humor curto, rápido e indolor não é de hoje.
Desde a época em que eu lia jornal, eu sempre buscava afoito pela seção de tirinhas. Diariamente, algo em torno de 8 tirinhas eram uma dose suficiente. Hoje já não dá mais. Culpa da facilidade de acesso que a internet nos permite. Apesar de estarem online também as mais clássicas e consumidas (como Dilbert, genial), acho muito mais interessante falar dos novos talentos.
Isso porque autores como o Dahmer (dos Malvados) ou o Gurewitch (do PBF) não encontrariam espaço para os seus tipos de humor nas mídias tradicionais (o primeiro, sarcástico demais; o segundo, non-sense demais). Então a internet é o que sobra, e crescer e ficar famoso não depende de estar nas páginas de um grande jornal, mas sim do próprio talento. Quanto mais pessoas simpatizam com o teu trabalho, mais acessos tu tens e mais chances de ganhar notoriedade tu adquires. Simples assim.
Assim como em todo ambiente de produção excessiva, a internet tem muito lixo, mas sempre se consegue garimpar boas coisas novas que surgem. Dentre elas, o PhD Comics, o Linha do Trem e o xkcd, indicação mais recente.
Fico ansiosamente no aguardo de novas boas indicações nos comentários. Vício é foda.
Emelec 1 x 2 Internacional Estádio George Capwell, em Guayaquil, Equador Gols; Yarlei (int) 37’ 1ºt; Arroyo (eme) 46’ 1ºt; Alexandre (int) 6’ 2ºt.
Jogo fraco entre as duas piores equipes do grupo 4. Deu sono. E não foi pelo horário, pois pra quem não sabe eu assisti ao vivo na Copa de 2002 a Tunísia 0 x 0 Rússia as 3h30 da matina. Agüentei no osso mas não adiantou secar: o colorado ganha uma sobrevida e seguirá agonizando pelo menos até a sexta e derradeira rodada, chega na decisão da vaga para as oitavas tão vivo quanto estava em Veranópolis na semana passada.
No primeiro tempo, o lance mais emocionante aconteceu aos 13’, quando o árbitro solicitou que trocassem a bola que estava murcha e retratava fielmente a partida. Depois disso, em um lance parecido com o gol contra o Al Ahli em dezembro, numa grande jogada da zaga adversária, os vermelhos abriram o placar. Mas teve que ser no rebote, de forma sofrida e irregular (leia-se roubada).
Quando o intervalo se aproximava de forma desanimadora para mim, o Inter mais uma vez me fez feliz. Numa cobrança de falta a defesa executou com maestria a linha burra, debilóide, imbecil, indiana (camisa 3) e cearense (camisa 2); e deixou quatro jogadores (?) do Força e Luz livres dentro da pequena área, o que seria uma covardia tremenda contra um goleiro, que se dirá contra o Clemer!
Clemer que aliás desde 1992 – ano da proibição do recuo - goza de ser o único indivíduo autorizado a segurar com as mãos uma bola passada por um atleta de sua própria equipe. Nas brincadeiras de colégio a turma costumava dar esse tipo de regalia para os chamados “café-com-leite”.
No segundo tempo, a trupe de Abel pensou que talvez não fosse tão vantajoso golear o Emelec, e por conta dessa atitude terá que golear o Nacional para continuar no torneio. Isso ou então a torcida do Inter terá de fazer o que mais está acostumada: imitar a do Grêmio. Desta vez cantando em castelhano, para “Bêlez” Sarsfield nesta quinta.
(na minha visão gremista e parcial)
Às vezes, no futebol, só o resultado interessa - na verdade, na maioria das vezes. Ganhamos e estamos vivos. Foi um jogo ruim, mas os três pontos - que valem simbolicamente uns cem - estão garantidos.
Se o Emelec jogasse o gauchão provavelmente seria rebaixado, e ontem não fez nada mais do que provar essa tese. Jogou mal, deu espaços demais e proporcionou cenas bizonhas. Porém, o Inter ainda assim não jogou bem: nervoso, errou muito, mas foi capaz de pelo menos fazer mais gols do que levar, o que já é um avanço em relação aos últimos jogos.
Resumindo o jogo: o Emelec começou muito mal e o Inter começou nervoso, dando oportunidades de graça para os adversários. O primeiro gol colorado, aind no primeiro tempo, nasceu de uma bela jogada de Pato e Fernandão para a conclusão de Iarley, em impedimento - o que sempre torna o gol mais bonito, pelo menos na Libertadores. No fim da primeira etapa o colorado fez a linha burra mais burra dos últimos jogos - e olha que eles estavam há tempo tentando fazer uma assim - e cederam o empate. Porém, logo no início do segundo tempo Pato deu um toquinho com categoria para desempatar, o que levou o Emelec a sair com tudo e deu muitos espaços para os gaúchos. Estes não souberam aproveitar e ainda quase tomaram um sufoco no final da partida, mas os adversários eram tão desqualificados que nem com o Clemer no gol a sua torcida acreditava em alguma coisa.
Enfim, três pontinhos que mantém o time vivo. Ainda ligado nos aparelhos, mas vivo.
"Estamos achando que você talvez seja um hacker e, por isso, sua conta de e-mail estará desativada pelas próximas 24 horas até que investiguemos se você feriu nossos Termos de Uso." Não foi bem nessas palavras, mas foi isso que o Google me disse quando tentei acessar meu Gmail no último domingo. Nunca precisei tanto usar meu e-mail como aquele dia -- e aqui temos uma prova da Lei de Murphy. O resultado: me ferrei.
Essa nossa vida moderna e interligada tem disso. Eles nos oferecem mil e uma vantagens de graça e a gente aceita os Termos de Uso, cedendo informações sobre nossa vida, interesses pessoais, hábitos de consumo, rede de amigos, planos pro futuro etc. Em troca, confiamos no serviço que não é cobrado (já falei sobre isso antes). Mas como contornar um "uso irregular dos nossos serviços" se você não fez nada de errado?
"Que sirva de exemplo!", dirão. Mas quem nunca teve o mesmo tipo de problema com serviços pagos? Aquela assinatura de jornal difícil de cancelar, aquela conta de telefone que veio um assalto, aquele cheque debitado no dia errado... Você fica na mão do mesmo jeito. Se os robôs do Google são burros e/ou loucos, os atendentes de telemarketing também são.
Mas eu e o Gmail já fizemos as pazes, apesar de ter levado mais que as 24 horas previstas. O problema é que estamos cada vez mais botando a mão no fogo em troca de serviços maravilhosos e grátis, como este blog por exemplo. Aos poucos estamos aprendendo a lidar com a internet, estabelecendo nosso limite de uso, nosso grau de confiança nos sites, experimentando aqui e ali. Mas é óbvio que, se tudo funcionasse corretamente sempre, poderíamos pular essa fase e estarmos todos eficientemente interligados, vivendo melhor, trabalhando melhor, produzindo melhor e nos entretendo melhor.
Eu quero armazenar meus e-mails, minhas fotos, meus videos na internet com a certeza de que não irão desaparecer do nada. Eu quero comprar um ingresso pro show do U2 sem ficar achando que vai dar merda. Internet é progresso; desconfiança é atraso. Está claro que este problema precisa ser resolvido. A pergunta é: como faremos?
Continuar assim é que não dá. Vejam: um hora o Blogger pode dar uma de louco (ou burro) e apagar todos os arquivos do seu blog. E aí?
Ontem apareceu um rato gigantesco aqui na área de casa. Igual aos dos filmes: cinza, orelhas vermelhas, rabo comprido... praticamente um estereótipo.
Matar o bicho com uma chinelada está fora de cogitação. Caso eu encontre com o roedor de novo - uma vez que ele se esconde mais do que o Ronaldinho em jogo decisivo - qual seria a atitude mais adequada?
- Deixar a coisa por isso mesmo, afinal a natureza tá na moda e blá blá blá;
- Esperar o rato entrar debaixo da máquina de lavar e ligar a dita-cuja, gravando tudo com uma câmera pra botar no Utube depois;
- Chamar umas gatas;
- Apelar para a ignorância e dar uma bicuda no bicho, no melhor estilo "Bola de pêlos pro mato que o jogo vale campeonato".
Direção: Zack Snyder Roteiro: Kurt Johnstad, Zach Snyder e Michael Gordon, baseado na graphic novel espetacular de Frank Miller e Lynn Varley
Elenco: Gerard Butler (Rei Leônidas) Lena Headey (Rainha Gorgo) David Wenham (Dilios)Vincent Regan (Capitão) Michael Fassbender (Stelios) Rodrigo Santoro (Xerxes)
Já aviso: esse post vai ser comprido. Muito comprido.
No ano 480 a.C. os persas querem fazer que nem o Grêmio entre 95/98 e conquistar tudo. Então se bandeiam pros lados da Grécia (que ainda não tinha sido campeã da Euro) na tentativa de subjugar a gurizada lá, mas o Leônidas FODÃO (rei de Esparta) se mete no meio do caminho - no desfiladeiro das Termópilas, pra ser mais exato - com seus 300 soldados bróders e diz que só vão avançar por cima dos cadáveres deles.
Vamos otimizar a coisa: todas as cenas que envolvem a "subtrama política" da rainha são ridículas e deviam ser eliminadas. O narrador é ruim - soa como aqueles velhos dos filmes de terror que sempre avisam os adolescentes dos perigos e nunca são ouvidos. Rodrigo Santoro torna Xerxes uma bixona, e a sua voz alterada por computador soa como o "Saddam Hussein" de Top Gang 2 falando que nem o Darth Vader. A trilha sonora é um lixo. Heavy Metal pra um filme épico? Por favor.
O diretor Zack Snyder coloca a história em ordem cronológica: primeiro explica passo-a-passo como os espartanos formam seus soldados, para depois jogar Xerxes, os persas e o quebra-pau em cena. Uma mudança acertada pois, embora "apresse" o resto, esclarece as coisas para o público (afinal, estamos falando de um blockbuster). O problema é que logo nas brigas entre as crianças começa a fórmula "câmera lenta + sangue jorrando", utilizada de forma exagerada ao longo do filme.
Aliás, parece que a proposta do filme foi essa: fazer uma coisa "estilosa", um balé violento e estilizado. O problema é que muitas vezes o Sr.Snyder não sabe posicionar sua câmera. Se vocês repararem, os melhores enquadramentos são chupados da arte de Frank Miller na graphic novel, enquanto no resto do tempo mantém uma posição "clássica", sempre no mesmo ângulo(exceto nas batalhas, como irei falar adiante). E isso muitas vezes resulta em algo teatral: quando Stelios corre para avisar Leônidas de que há um contingente de persas chegando, não há um plano dele correndo, outro do rei observando para depois ambos contracenarem. Ele simplesmente surge em cena, como se tivesse saído da parte de trás do palco em um espetáculo da Broadway. É ridículo.
Apenas quando os exércitos se enfrentam o diretor resolve se mexer um pouco. E aí volta a sequência "câmera lenta + sangue jorrando". E lá se vai sangue. Mais sangue. E de repente o diretor aperta o FF e dá uma acelerada rápida. Depois, câmera lenta de novo. Ou seja, ele quer por que quer te mostrar que aquilo não é uma história, e sim um filme - e esses "efeitos modernos" é tudo que um épico cujo objetivo é emocionar o público não precisa. Então cenas bem coreografadas como um sequência que envolve Stelios e o filho do capitão acabam perdendo força (para ver uma luta fantástica e que não apela para efeitos ridículos na tentativa de soar "cool", clique aqui).
Ah, bem lembrado: a única parte que realmente chega perto de emocionar é o discurso de Dílios no final, onde direção, atuação e trilha sonora convergem de forma admirável. Mas logo vem o Sr.Snyder estragar tudo, utilizando zooms escrotos que cortam completamente a empolgação.
No entanto, o pior é a róliudinização das personagens. Para se render a algumas convenções, Leônidas e seus soldados falam e agem de forma contraditória. Se "apenas os fortes e ásperos" podem ser espartanos, porque fazer um drama na morte do filho do capitão? Aliás, quando os soldados se reúnem e o rei fala "Capitão, seu filho é jovem demais para ter provado o sabor de uma mulher", já sabemos que ele vai morrer. E de onde saiu aquele discurso depois que o guri bateu as botas? Um capitão "forte e áspero" não iria sair desabafando para os outros como se estivesse em um consultório. A luta entre Leônidas e um cover do Ajax do filme Tróia é outro ponto baixo, pois não há suspense ali, e serve apenas para enfraquecer a imagem do rei. E nem vou começar a falar do colarzinho...
Tentei fazer um apanhado mais genérico das muitas falhas do filme, pois poderia usar mais mil palavras aqui e não ia ser o suficiente para dizer tudo. Por que, então, não dei nota zero? Porque realmente tiro o chapéu para algumas cenas. A árvore de cadávers, a frota persa afundando no mar, o ataque de Stelios ao cortar o braço de um mensageiro ou enfiar uma lança no peito de outro, os espartanos empurrando os persas para o mar... são sequências de tirar o fôlego, e que infelizmente tornam-se a exceção. Elas me lembram do potencial dessa história, e do espetáculo que este filme poderia ter sido. Mas, embriagado pelas modernas técnicas computadorizadas, o diretor castrou toda e qualquer emoção que a película poderia ter, tentando transformar uma batalha épica em uma obra estilosa, algo tipo "quero-ser-Sin-City".
Por mais que tenham tentando, não existe como o espectador se identificar com os espartanos. Eram de outra sociedade, outros tempos. Eram cruéis, sanguinários, militares... nosso único elo de ligação é a admiração pela sua luta por liberdade. Pelo seu sacrifício. Pela sua paixão por Esparta.
Mas isso não existe em 300. Não há glória nestas duas horas de filme. Tomando a liberdade de citar Xerxes, "Esparta não será lembrada".
Finalzinho de Páscoa, muitos de vocês lerão este texto quando a data já tiver passado. Mas levando em consideração o abismo em que se precipita nossa audiência nos finais de semana, nosso departamento de mídia julgou que a pontualidade não faria a menor diferença nesse caso.
Esse post foi produzido em conjunto, os integrantes do Cataclisma14 foram intimados a fazer um brainstorm sobre o Espírito Pascoalino (variação do natalino (?)) em forma de frases de caminhão. O resultado foi esse amontoado de pérolas, ou ovos, enfim:
- Tem empresa que tira o cara pra Cristo, botando pra trabalhar até no feriado.
- Se água fosse bom, Jesus não tinha transformado em vinho.
- O negócio, na Páscoa, não é se comportar como os cristãos, mas sim como os coelhos...
- Depois de um porre na semana santa, qualquer cristão fica PREGADO.
- Na sexta-feira santa, Cristo não conseguiu pregar os olhos. Só as mãos.
- É nessa época que o pessoal morre de vontade de comer chocolate
- Porre na semana santa é tão violento que o cara só ressuscita no Domingo.
- "Coelhinho da páscoa / o q trazes pra mim / picanha, chuleta, costela e afins"
- Aos 12 anos deixei de acreditar no coelhinho, conheci as coelhinhas...
- Comerciante que abre sua loja na sexta-feira santa, visa lucrar com os pagãos
- Chocolate? O último que eu me lembro foi um que o São Bento levou do Guaratinguetá
Mais do que arte, acho que dá pra chamar a música de droga lícita. Sem dúvida as músicas regem nossas vidas. Elas nos empolgam, nos animam, nos deixam nostálgicos, nos trazem lembranças.
Nesta sexta, um exemplo que aconteceu comigo: Indo pro sítio passar a Páscoa, entro na RS-040 com o CD Floripa 2007 tocando no aleatório; começa a seqüência mais cataclismática da minha carreira de motorista: Born to be Wild - Livin'on a Player - Vertigo.
Três músicas concebidas em momentos tão distantes numa combinação tão perfeita, é como se uma chamasse a outra. Pra quem for dirigir, recomendo. Só precisei das três pra terminar a viagem.
Foi o número de GPs que a McLaren não subia ao topo mais alto do 'pódium'. Fernando Alonso foi o mais ágil no momento certo e foi, sem dúvida, o mais constante no Grande Prêmio da Malásia nesta madrugada de domingo aqui no Brasil.
Logo na largada, as McLarens passaram voando por Felipe Massa, o pole. Até a sétima volta, Felipe buscou a ultrapassagen sobre Lewis Hamilton, em busca da seguda colocação, enquanto Alonso abria praticamente um segundo por volta, lá na frente. Foi bonito, lembrou grandes momentos da Fórmula 1. Mas a Fórmula 1 sem graça de hoje em dia não admite erros, e Felipe passou muito do ponto de freada, na quarta curva da pista, e acabou achando a brita. Perdeu a chance de vencer, voltou na quinta colocação e se aquietou pelo resto da prova, assim como o restante dos pilotos. Até ali, meu sono já tinha passado, uma pena, não foi dessa vez.
De mais a mais, Alonso foi tranquilo do início ao fim. O que espanta é a semelhança de corrida em relação ao GP de Melboune. Lá, Raikkonen largou na ponta e abriu muito. Aqui foi Alonso. Aquele tal sistema de largada, quando bom, dá uma mão, rapaz...
Buenas, foi lá na sétima volta que o Galvão lembrou de chamar Hamilton de Robinho. Mas foi bem mais discreto desta vez. Lá pela volta número 22, o Barrichello, que largou em último, apareceu pela primeira vez. Segurava o (Ralf) Schumacher e um grupo de mais 4 pilotos. Estava em 14º. Muito bom para quem largou em último. Na volta 31, destaque para o "grande duelo" de Kovalainen (9) X Wurz (10) que não rendeu em absolutamente nada e sangrou meus olhos por longos 60 segundos. Aliás, grande evolução do piloto da Renault, só duas escapadas de pista neste GP!!
Enfim, assim como comentou o Thiago semana passada, está muito mais fácil torcer para o cara que enche o tanque dos carros, nos Pit Stops, errar, do que qualquer outra coisa. Aliás, tem Brasil nessa briga, no carro da Williams (Uh! Petrobrás!, Uh! Petrobrás!). Enquanto o Massa brigava com o Hamilton, a corrida deixou o pessoal ligado, mas foi só. É horrível o desastre que a tecnologia é capaz de fazer com a emoção. A evolução tecnológica foi tanta de anos para cá, que os tempos passaram a ser contados em "milésimos de segundo". O absurdo disso é que a vantagem dos números não existe ali, aos olhos do espectador. O cara tira 200 milésimos de vantagem.... 200!!!! Nossa, ele ficou um "piscar de olhos" mais próximo do cara...
Com isso, todos andam praticamente no mesmo ritmo. E isso é o certo. Felipe deve ter pensado depois do erro: "Bom, erro outra e o chefe cai de pau em cima de mim, como o Briatore fez com Kovalainen antes..". Com todos andando no mesmo ritmo, não há emoção. Não importa se você está a 80km/h ou a 300 km/h. Se todos estão a 300 km/h, não há graça, nada muda, ninguém ultrapassa ninguém...
Sobre aquela linha branca nos pneus, pra mostrar quando as equipes utilizam o tipo mais mole, nada a dizer. Todas usaram o mesmo tipo, ao mesmo tempo.
Buenas, acho que o título do post até poderia ser "Sem Graça", mas eu me esforço pra convencer que vale a pena acordar as 4 da manha por isso. Pelo menos para informar, em primeira mão.
Pois é. Talvez quem apareça por aqui esporadicamente não tenha reparado. Talvez até nossos leitores mais assíduos (se é que existem) tenham achado que o leiaute de cabeça pra baixo e a promiscuidade nas colunas tenham sido apenas resultado do acaso, de um ímpeto que passou pela cabeça desses blogueiros, um tanto loucos, um tanto desocupados.
Mas não. A verdade é que toda essa bagunça tem uma explicação (perfeitamente racional). Aqueles que tiverem acesso a um calendário, por favor, tome-o em mãos. Desde janeiro, vá contando o número de semanas. 1, 2, 3... Pois é. Dia 1º de abril deu início à 14ª semana do mês, a semana mais importante para esse blogue desde que ele foi criado.
Foi por isso que o Thiago escreveu a "A 14km/seg", o Leandro escreveu a "Peliculosidade", o André escreveu a "Tá tudo interligado", o Bruno escreveu a "Expressão Digital" e o Kleiton escreveu a "Suando a 14". Cada um com seu estilo, com as suas palavras, mas invadindo terreno alheio e bagunçando a vida dos leitores, que não faziam a menor idéia do que estava acontecendo.
Enfim, foi uma idéia pra tentar algo novo e mostrar diferentes pontos de vista. Afinal, um pouco de confusão não faz mal a ninguém.
E de repente essa movimentação toda chamou a atenção dos anunciantes. Cruzem os dedos.
Todos esperavam o milésimo gol do Romário, e o que viram foi um Gama aguerrido, que matou o Vasco aos 48 do segundo tempo. A festa vascaína já tava pronta: só não avisaram isso aos Deuses do Futebol
Veranópolis 2 x 1 Internacional Antonio Davi Farina, 04/04
O empate dava a classificação ao Inter. O VEC se segurou do jeito que pôde, principalmente nos últimos 15 minutos de jogo. Até conseguir seu segundo gol, aos 48 da etapa complementar. Inter fora da fase final do gauchão.
Palmeiras 2(3) x 0(4) Ipatinga (pênaltis) Palestra Itália, 05/04
Levando a decisão para os pênaltis, o Ipatinga consegue, com dois erros em cobranças do Palmeiras, a sua vaga para a próxima fase da Copa do Brasil.
Aviso anexado sobre a pia do banheiro do shopping Praia de Belas:
"Para garantir maior conforto de nossos clientes e usuários é proibido neste local realizar atos de asseio pessoal, tais como escovar os dentes, lavar-se na pia ou secar os cabelos."
O título do post faz referência a uma época distante, onde a roupa dos juízes de futebol contribuía com a sua discrição (e coadjuvância quase completa), juntamente aos seus gestos, atitudes e decisões. Juízes de preto vêm de uma época da qual pouco se ouvia falar deles. Eles faziam o seu trabalho. E bastava.
Hoje não. Não satisfeitos em serem meros complicadores em meio a um espetáculo do qual não são as estrelas, eles surgem definindo partidas. Dão gols a quem não os fez, anulam tentos perfeitamente legais e bagunçam tudo na hora de decidir. Infelizmente, não posso culpá-los. Convenhamos: apesar de xingá-los com muito gosto quando marcam uma falta contra o Grêmio (qualquer falta, ressalte-se), o Big Brother onde eles atuam é um terreno muito mais complexo do que se pode imaginar.
Tentemos entrar na mente de um auxiliar (conhecido antigamente como bandeirinha, termo infinitamente mais preciso) naquela fração de segundo que antecede a marcação de um impedimento. Tudo que passa pela sua cabeça: os anos de lições tomadas na escola de arbitragem; a imagem do trio completo que apita a partida, que pode sair manchada após o erro de apenas um deles; uma possível convocação para a Copa do Mundo, atestando de vez a sua competência; as câmeras, essas vilãs que vigiam de perto cada movimento dos jogadores. Mais do que essas últimas, os tira-teimas, esses mecanismos perversos que transformam simples homens em monstros incompetentes (ou mal-intencionados) por menos de 10cm.
Vamos mais longe. Entremos na cabeça de um juiz que, ao apitar um jogo decisivo, está prestes a marcar um pênalti, digamos, não completamente explícito. Imaginem então se a marcação ocorre contra o time da casa. Que está com 10 em campo, e que consegue segurar com valentia o empate em 0x0 até os 43min do segundo tempo. O conflito existente aí acontece entre os princípios de honestidade e moral do árbitro e o seu senso de auto-preservação. Tem que ser muito macho pra usar o apito num momento desses.
Apesar disso, vou continuar xingando quando marcarem falta contra. Vou vaiar quando eles entrarem em campo, porque sei que são humanos e errarão, e quando saírem, mesmo que tenham feito uma arbitragem impecável. Porque a torcida não ficará satisfeita, jamais, com a atuação de um trio de arbitragem. E porque, convenhamos, juiz em jogo de futebol serve é pra isso mesmo.
Com vocês, futebol:
Amanhã, venham conferir a explicação dessa bagunça toda.
O que faríamos sem o IE, ou o Firefox (e seus derivados)?
Não são poucos (mesmo) os idosos que me "felicitam" com suas presenças todas as manhas na agência bancária onde realizo o meu "exercício laboral". Pois bem. Idosos são, sem dúvida, o maior número de pessoas que vejo durante o dia e o maior número de clientes do Banco no qual trabalho. E o Banco sabe disso. Noventa porcento (90 / 100) destas pessoas são consideradas pelo "senso comum" como pessoas um tanto..... hm.... lentas, o que nada tem haver com velocidade de raciocínio lógico.
Dizer que um idoso realiza tarefas num ritmo um pouco menos acelerado não é uma ofensa. O mundo interligado, globalizado, tem feito as relações e ações muito mais dinâmicas, complexas e... rápidas. E cada pessoa em sua época, certo? Meu avô sempre diz que se nega a mexer em um computador. É compreensível, já que o próprio celular dele, um Nokia 1100 (daqueles que tu ganha de graça habilitando uma linha barata) é um dilema sem solução. O namoro dele, em meados dos anos 50, mantinha duas pessoas separadas há, pelo menos, uns 2 metros de distância, atrás de um portão. Só o casamento mudava as coisas. Já o meu namoro, mantém as pessoas distantes 1200km, porém não há cerimônia nenhuma que impossibilite a privacidade do casal quando estamos na mesma cidade...
Voltando a lógica dos meus queridos visitantes matinais, queria apenas chegar no óbvio: raciocínio lógico não tem idade. Ou você é esperto, ou não é. O que eu digo para um menino de 12 anos, craque do Orkut e do MSN, é o mesmo que digo a um idoso todos os dias: "Sinto informar, mas o nosso sistema está muito lento hoje". E não é só isso: "Olha só, o site da previdência está lento de novo!", ou "O sistema está pensando...". E isso é rotina. É triste ficar ali olhando para um belo monitor LCD que te castiga com a expressão "Aguarde a atualização dos dados do cliente". E o mais irritante é ver que tudo, absolutamente tudo, que fazemos está atrelado à máquina e, cada dia mais, ao formato "intranet", o que torna o trabalho mais lento (já explico). Um menino de 12 anos, ou um idoso de 65, podem ter diferentes velocidades de ação, mas a mesma velocidade de raciocínio. O Banco não.. está ficando muito velho..
Durante o dia, nosso trabalho é realizado, em sua marioria, através do IE (Internet Explorer). Entretanto, os nosso problemas não são, de todo, culpa exclusiva do IE; o Firefox, por exemplo, não faria melhor. Acontece que tudo hoje em dia parece estar migrando para o formato internet. O formato que é mais "visual", mas nem um pouco "eficiente". As empresas acham que fazendo as coisas pela "intranet", sem instalar sistemas tipo DOS, tudo fica melhor, mais bonito, mas, ali no Banco, fica claro que não é assim. O sistema mais agil é sem dúvida o chamado de "Rede", aquele que tem um fundo preto, nenhum "design" interessante, mas resolve os problemas mais rapidamente. Lembram do fundo preto nos computadores?
Penso, às vezes, que a empresa enxerga o que quer, mas não sabe se auto avaliar. Não posso crer que uma empresa tão grande quanto àquela não veja que para montar todo um aparato via "intranet" (e seguir a moda do mundo todo), não basta ter monitores LCD, é preciso atualizar a tecnologia das agencias, modernizar servidores, etc.. Uma pena. No caso específico da empresa em questão, seguir o contrário da modinha, parecia a melhor solução. O Banco está ficando muito velho..
...
Todo esse desabafo porque descobri que vou ter de fazer um trabalhinho de verificação de CPF que leva, normalmente, uns 30 segundos no "Rede", num novo sistema em intranet, com a desculpa de "unificar e dar maior eficiencia aos sistemas da empresa" e (quem sabe) para mostrar um ambiente mais agradável na tela de LCD. Assim, a partir de 30 de Abril, mais uma novidade no Banco: uma nova frase ao estilo "Aguarde a atualização dos dados do cliente"...
De segunda à sexta, passo o dia inteiro conectado no MSN. Aliás, não só eu: na agência, todos ficamos. Será que é graças à popularidade que o programa alcançou nos últimos anos?
É. Mas usamos principalmente por se tratar de uma ferramenta de comunicação. Através dela posso, por exemplo, enviar um arquivo pra alguma colega minha sem que ela perca tempo procurando na rede ou esperando um e-mail chegar. Através do MSN, podemos conversar com clientes/fornecedores de outros estados sem gastar nada com interurbanos.
De uma cópia malfeita do ICQ o MSN passou, então, a ser útil. Não mais uma brincadeira, mas sim uma forma de conter gastos, trocar idéias e arquivos. E facilita bastante as coisas.
O mais legal, porém, é que a coisa não se resume ao Messenger: conheço pessoas que utilizam o Skype para falar com clientes de fora. Os vídeos do You Tube já começam a ser utilizados em palestras e seminários motivacionais, de comunicação interna. Second Life virou mídia para anúncios. Até mesmo o Orkut entrou na dança, pois algumas empresas, quando estão fazendo entrevistas, entram no site para bisbilhotar verificar o perfil de seus candidatos - o que eu acho uma idiotice, mas não deixa de ser mais uma forma de avaliação (se é correta ou não é outra história). O mesmo deve acontecer com o MySpace, imagino.
Questionamentos como "Então até onde o nosso perfil na internet seria verdadeiro quando essa história de bisbilhotar verificar se tornar moda?" são meio irrelevantes, já que a idéia dos sites de relacionamentos é justamente passar uma imagem. No entanto, no futuro isso pode limitar ainda mais as opções, uma vez que ninguém gostaria de perder uma boa oportunidade de emprego por estar na comunidade "Bebo pra caraleo sim, e daí?".
É interessante então se perguntar quais os próximos programas/softwares/conceitos/idéias que serão acolhidos pelas empresas mundo afora. Possivelmente o Gúgol Docs, ou o "Photoshop Online", algo no estilo da Wikipédia, coisas do gênero. Mas se depender de mim, cada computador precisará ter instalado a versão mais atual de Winning Eleven para jogar na rede. Tudo com objetivos de aumentar a produtividade, claro.
Com a proximidade da formatura (não só minha, mas de boa parte dos membros desse blogue), resolvi compartilhar com vocês essa tirinha. Na minha opinião, acertaram na mosca.
De vez em quando a gente passa por situações em que tem certeza de que o mundo não foi feito pra gente. Sabado foi um dia desses. shopping com a família, programão!
Eu queria comprar uma bermuda, como eu andei ostentando dia desses no Mesquinho Sarcástico Nefasto, o cara que inventou a bermuda deveria ser cultuado todas as manhãs.
Percorri as mais diversas lojas, das de grife às de departamento, de surfwear, skateware, patinetewear, todos os weares possíveis. Cheguei a uma desanimadora conclusao: Ninguém fabrica bermuda pra mim.
Estou na melhor fase da minha vida. Mas é uma fase intermediária, ainda não sou tiozão, mas também não sou mais piá. Consequencia: me obrigam a vestir calça jeans.
Havia antigamente a expressão moleque de calças curtas, que impunha que um cara para ser responsável, ou ao menos parecer, devia imprecindivelmente trajar calças. E parece que as malharias pararam nos anos 40 e ainda levam a sério esse paradigma.
Minhas opções contra o calor: uma bermuda de sarja, estilo pescador aposentado; uma bermuda com florais, estilo óuauêaíô; ou uma bermuda sóbria, bem cortada, com detalhes bem-pensados.
A terceira opção seria perfeita naõ fosse o seu único detalhe não-tão-bem-pensado-assim: Não se coloca bolso nas bermudas! É incrivel! Eu, com no mínimo chaves de casa, chaves do carro, documentos do carro, carteira e celular para carregar necessito de bolsos.
Os esteriótipos são tão predefinidos que se um cara é responsável ele não pode ser despojado. E eu, se quiser usar bermuda, só com uma mochila de acessório, ou então eu escolho a bermuda de pescador, que deve vir com uma polchete de brinde.
Direção: Robert Zemeckis Roteiro: Robert Zemeckis Elenco: Michael J. Fox (Marty McFly), Christopher Lloyd (Doc. Emmet Brown), Lea Thompson (Lorraine), Crispin Glover (George).
- Hey, McFly! Acho que disse para você nunca mais voltar aqui! - Todos na lanchonete ficam em silêncio enquanto Biff atravessa a porta procurando encrenca com o desengonçado George McFly. Sempre covarde, George pede desculpa e concorda em dar seu dinheiro para Biff.
- Quanto você vai querer, Biff? - pergunta o baixinho Marty McFly, colocando a perna no meio do caminho, fazendo Biff tropeçar e cair no chão. Cresce a tensão na lanchonete. Biff levanta rapidamente e Marty o encara sem medo. Pelo menos até perceber que Biff é um gigante!
- Olha só... o que é isso, Biff? - pergunta Marty e dá-lhe um soco! A gangue de Biff tenta, mas Marty consegue escapar e sai correndo. Começa a trilha sonora de ação.
Lá fora, Marty quebra o patinete de umas crianças, improvisa um skate, pega impulso e corre. Biff e sua gangue atravessam a praça atrás de Marty, que dá um cavalo de pau no skate e pega carona num carro. Biff pega um conversível e começa a perseguir Marty. Ele consegue escapar, mas dá de frente a um casal que passava pela calçada. Biff alcança Marty novamente, e desta vez acelera para atropelá-lo. Sobre o skate, McFly é empurrado pelo carro em direção a um caminhão logo à frente. Colisão iminente.
É então que Marty McFly, com muita habilidade e destreza, no melhor momento da melhor cena de ação do melhor blockbuster dos anos 80, realiza uma manobra incrivelmente absurda, quase impossível, que faz o espectador vibrar com tamanha ousadia: ele abandona seu skate, pula sobre o capô do conversível em movimento, passa por Biff, pisa sobre os bancos, desce pela traseira e salta ao reencontro do skate, que passou ileso por debaixo do carro! Mcfly freia e recupera o fôlego são e salvo.
- Meeerdaaa!!! - grita a gangue enquanto Biff tenta, sem sucesso, desviar o conversível de um caminhão carregado de esterco. Ele bate de lado, derruba todo o esterco sobre o carro cobrindo Biff de merda! Marty vira o herói da cidade.
Produzido por Steven Spielberg, o filme não poderia deixar de ter cenas de ação divertidas e empolgantes como esta, ou um roteiro fraco com uma história monótona e repleta de clichês, ou personagens irrelevantes encenados por atores pouco convincentes. Não. Este é um baita filme, uma grande aventura com o tema viagem no tempo, estrelada pelo carismático e então guri Michael J. Fox, lançada nos cinemas em 1985 e exibida em várias sessões da tarde da nossa infância. Como não lembrar do maluco Doctor Emmett Brown, aquele hiperativo e obstinado cientista de longos cabelos brancos que usa Plutônio roubado de terroristas líbios como combustível para o Capacitor de Fluxo da máquina do tempo que construiu em uma DeLorean?
- Da maneira como vejo, se você vai construir uma máquina do tempo dentro de um carro, porque não fazê-lo com algum estilo? - elucida Doc, personagem eternizado por Christopher Lloyd.
O diretor Robert Zemicks ("Uma cilada para Roger Rabbit") é também responsável pelo ótimo roteiro, bem estruturada do início ao fim. Ou do fim ao início, como queira. Seu grande trunfo é rechear o filme de detalhes que, à primeira vista irrelevantes, tornam-se essenciais no decorrer da trama. Por exemplo, a informação de que o relógio da torre da cidade fora atingido por um raio 30 anos atrás, tranforma-se no clímax final do filme. Outro destaque do roteiro fica por conta das inúmeras referências pop da época, todas importantes para caracterizar o universo de Marty: ele usa tennis All Star e Nike, pede Pepsi Free, imita Darth Vader, toca Johnny B. Goode, veste Calvin Klein e por aí vai. As piadas são inúmeras e contam muitos pontos para o quesito diversão.
À medida que os personagens são introduzidos, a trama ganha volume com os conflitos: apesar de virar o herói da cidade após o episódio do caminhão de esterco, Marty está em 1955 e acaba de acidentalmente comprometer sua existência ao impedir que Lorraine (sua mãe) se apaixone por George Mcfly (seu pai). Além disso, Marty precisará encontrar o Doc do passado, a única pessoa capaz de dar um jeito no Capacitor de Fluxo que o levará numa DeLorean "De volta para o Futuro"!