Emelec 1 x 2 Internacional Estádio George Capwell, em Guayaquil, Equador Gols; Yarlei (int) 37’ 1ºt; Arroyo (eme) 46’ 1ºt; Alexandre (int) 6’ 2ºt.
Jogo fraco entre as duas piores equipes do grupo 4. Deu sono. E não foi pelo horário, pois pra quem não sabe eu assisti ao vivo na Copa de 2002 a Tunísia 0 x 0 Rússia as 3h30 da matina. Agüentei no osso mas não adiantou secar: o colorado ganha uma sobrevida e seguirá agonizando pelo menos até a sexta e derradeira rodada, chega na decisão da vaga para as oitavas tão vivo quanto estava em Veranópolis na semana passada.
No primeiro tempo, o lance mais emocionante aconteceu aos 13’, quando o árbitro solicitou que trocassem a bola que estava murcha e retratava fielmente a partida. Depois disso, em um lance parecido com o gol contra o Al Ahli em dezembro, numa grande jogada da zaga adversária, os vermelhos abriram o placar. Mas teve que ser no rebote, de forma sofrida e irregular (leia-se roubada).
Quando o intervalo se aproximava de forma desanimadora para mim, o Inter mais uma vez me fez feliz. Numa cobrança de falta a defesa executou com maestria a linha burra, debilóide, imbecil, indiana (camisa 3) e cearense (camisa 2); e deixou quatro jogadores (?) do Força e Luz livres dentro da pequena área, o que seria uma covardia tremenda contra um goleiro, que se dirá contra o Clemer!
Clemer que aliás desde 1992 – ano da proibição do recuo - goza de ser o único indivíduo autorizado a segurar com as mãos uma bola passada por um atleta de sua própria equipe. Nas brincadeiras de colégio a turma costumava dar esse tipo de regalia para os chamados “café-com-leite”.
No segundo tempo, a trupe de Abel pensou que talvez não fosse tão vantajoso golear o Emelec, e por conta dessa atitude terá que golear o Nacional para continuar no torneio. Isso ou então a torcida do Inter terá de fazer o que mais está acostumada: imitar a do Grêmio. Desta vez cantando em castelhano, para “Bêlez” Sarsfield nesta quinta.
(na minha visão gremista e parcial)
Às vezes, no futebol, só o resultado interessa - na verdade, na maioria das vezes. Ganhamos e estamos vivos. Foi um jogo ruim, mas os três pontos - que valem simbolicamente uns cem - estão garantidos.
Se o Emelec jogasse o gauchão provavelmente seria rebaixado, e ontem não fez nada mais do que provar essa tese. Jogou mal, deu espaços demais e proporcionou cenas bizonhas. Porém, o Inter ainda assim não jogou bem: nervoso, errou muito, mas foi capaz de pelo menos fazer mais gols do que levar, o que já é um avanço em relação aos últimos jogos.
Resumindo o jogo: o Emelec começou muito mal e o Inter começou nervoso, dando oportunidades de graça para os adversários. O primeiro gol colorado, aind no primeiro tempo, nasceu de uma bela jogada de Pato e Fernandão para a conclusão de Iarley, em impedimento - o que sempre torna o gol mais bonito, pelo menos na Libertadores. No fim da primeira etapa o colorado fez a linha burra mais burra dos últimos jogos - e olha que eles estavam há tempo tentando fazer uma assim - e cederam o empate. Porém, logo no início do segundo tempo Pato deu um toquinho com categoria para desempatar, o que levou o Emelec a sair com tudo e deu muitos espaços para os gaúchos. Estes não souberam aproveitar e ainda quase tomaram um sufoco no final da partida, mas os adversários eram tão desqualificados que nem com o Clemer no gol a sua torcida acreditava em alguma coisa.
Enfim, três pontinhos que mantém o time vivo. Ainda ligado nos aparelhos, mas vivo.
(na visão colorada e parcial do Valter)Marcadores: Libertadores 2007 |