Foi o número de GPs que a McLaren não subia ao topo mais alto do 'pódium'. Fernando Alonso foi o mais ágil no momento certo e foi, sem dúvida, o mais constante no Grande Prêmio da Malásia nesta madrugada de domingo aqui no Brasil.
Logo na largada, as McLarens passaram voando por Felipe Massa, o pole. Até a sétima volta, Felipe buscou a ultrapassagen sobre Lewis Hamilton, em busca da seguda colocação, enquanto Alonso abria praticamente um segundo por volta, lá na frente. Foi bonito, lembrou grandes momentos da Fórmula 1. Mas a Fórmula 1 sem graça de hoje em dia não admite erros, e Felipe passou muito do ponto de freada, na quarta curva da pista, e acabou achando a brita. Perdeu a chance de vencer, voltou na quinta colocação e se aquietou pelo resto da prova, assim como o restante dos pilotos. Até ali, meu sono já tinha passado, uma pena, não foi dessa vez.
De mais a mais, Alonso foi tranquilo do início ao fim. O que espanta é a semelhança de corrida em relação ao GP de Melboune. Lá, Raikkonen largou na ponta e abriu muito. Aqui foi Alonso. Aquele tal sistema de largada, quando bom, dá uma mão, rapaz...
Buenas, foi lá na sétima volta que o Galvão lembrou de chamar Hamilton de Robinho. Mas foi bem mais discreto desta vez. Lá pela volta número 22, o Barrichello, que largou em último, apareceu pela primeira vez. Segurava o (Ralf) Schumacher e um grupo de mais 4 pilotos. Estava em 14º. Muito bom para quem largou em último. Na volta 31, destaque para o "grande duelo" de Kovalainen (9) X Wurz (10) que não rendeu em absolutamente nada e sangrou meus olhos por longos 60 segundos. Aliás, grande evolução do piloto da Renault, só duas escapadas de pista neste GP!!
Enfim, assim como comentou o Thiago semana passada, está muito mais fácil torcer para o cara que enche o tanque dos carros, nos Pit Stops, errar, do que qualquer outra coisa. Aliás, tem Brasil nessa briga, no carro da Williams (Uh! Petrobrás!, Uh! Petrobrás!). Enquanto o Massa brigava com o Hamilton, a corrida deixou o pessoal ligado, mas foi só. É horrível o desastre que a tecnologia é capaz de fazer com a emoção. A evolução tecnológica foi tanta de anos para cá, que os tempos passaram a ser contados em "milésimos de segundo". O absurdo disso é que a vantagem dos números não existe ali, aos olhos do espectador. O cara tira 200 milésimos de vantagem.... 200!!!! Nossa, ele ficou um "piscar de olhos" mais próximo do cara...
Com isso, todos andam praticamente no mesmo ritmo. E isso é o certo. Felipe deve ter pensado depois do erro: "Bom, erro outra e o chefe cai de pau em cima de mim, como o Briatore fez com Kovalainen antes..". Com todos andando no mesmo ritmo, não há emoção. Não importa se você está a 80km/h ou a 300 km/h. Se todos estão a 300 km/h, não há graça, nada muda, ninguém ultrapassa ninguém...
Sobre aquela linha branca nos pneus, pra mostrar quando as equipes utilizam o tipo mais mole, nada a dizer. Todas usaram o mesmo tipo, ao mesmo tempo.
Buenas, acho que o título do post até poderia ser "Sem Graça", mas eu me esforço pra convencer que vale a pena acordar as 4 da manha por isso. Pelo menos para informar, em primeira mão.
Semana que vem já tem GP de novo, é no Bahrain. Abração Marcadores: A 14km por segundo |