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Anônimo - 04 abril 2007 - 20:12
O que faríamos sem o IE, ou o Firefox (e seus derivados)?

Não são poucos (mesmo) os idosos que me "felicitam" com suas presenças todas as manhas na agência bancária onde realizo o meu "exercício laboral". Pois bem. Idosos são, sem dúvida, o maior número de pessoas que vejo durante o dia e o maior número de clientes do Banco no qual trabalho. E o Banco sabe disso. Noventa porcento (90 / 100) destas pessoas são consideradas pelo "senso comum" como pessoas um tanto..... hm.... lentas, o que nada tem haver com velocidade de raciocínio lógico.

Dizer que um idoso realiza tarefas num ritmo um pouco menos acelerado não é uma ofensa. O mundo interligado, globalizado, tem feito as relações e ações muito mais dinâmicas, complexas e... rápidas. E cada pessoa em sua época, certo? Meu avô sempre diz que se nega a mexer em um computador. É compreensível, já que o próprio celular dele, um Nokia 1100 (daqueles que tu ganha de graça habilitando uma linha barata) é um dilema sem solução. O namoro dele, em meados dos anos 50, mantinha duas pessoas separadas há, pelo menos, uns 2 metros de distância, atrás de um portão. Só o casamento mudava as coisas. Já o meu namoro, mantém as pessoas distantes 1200km, porém não há cerimônia nenhuma que impossibilite a privacidade do casal quando estamos na mesma cidade...

Voltando a lógica dos meus queridos visitantes matinais, queria apenas chegar no óbvio: raciocínio lógico não tem idade. Ou você é esperto, ou não é. O que eu digo para um menino de 12 anos, craque do Orkut e do MSN, é o mesmo que digo a um idoso todos os dias: "Sinto informar, mas o nosso sistema está muito lento hoje". E não é só isso: "Olha só, o site da previdência está lento de novo!", ou "O sistema está pensando...". E isso é rotina. É triste ficar ali olhando para um belo monitor LCD que te castiga com a expressão "Aguarde a atualização dos dados do cliente". E o mais irritante é ver que tudo, absolutamente tudo, que fazemos está atrelado à máquina e, cada dia mais, ao formato "intranet", o que torna o trabalho mais lento (já explico). Um menino de 12 anos, ou um idoso de 65, podem ter diferentes velocidades de ação, mas a mesma velocidade de raciocínio. O Banco não.. está ficando muito velho..

Durante o dia, nosso trabalho é realizado, em sua marioria, através do IE (Internet Explorer). Entretanto, os nosso problemas não são, de todo, culpa exclusiva do IE; o Firefox, por exemplo, não faria melhor. Acontece que tudo hoje em dia parece estar migrando para o formato internet. O formato que é mais "visual", mas nem um pouco "eficiente". As empresas acham que fazendo as coisas pela "intranet", sem instalar sistemas tipo DOS, tudo fica melhor, mais bonito, mas, ali no Banco, fica claro que não é assim. O sistema mais agil é sem dúvida o chamado de "Rede", aquele que tem um fundo preto, nenhum "design" interessante, mas resolve os problemas mais rapidamente. Lembram do fundo preto nos computadores?

Penso, às vezes, que a empresa enxerga o que quer, mas não sabe se auto avaliar. Não posso crer que uma empresa tão grande quanto àquela não veja que para montar todo um aparato via "intranet" (e seguir a moda do mundo todo), não basta ter monitores LCD, é preciso atualizar a tecnologia das agencias, modernizar servidores, etc.. Uma pena. No caso específico da empresa em questão, seguir o contrário da modinha, parecia a melhor solução. O Banco está ficando muito velho..
...
Todo esse desabafo porque descobri que vou ter de fazer um trabalhinho de verificação de CPF que leva, normalmente, uns 30 segundos no "Rede", num novo sistema em intranet, com a desculpa de "unificar e dar maior eficiencia aos sistemas da empresa" e (quem sabe) para mostrar um ambiente mais agradável na tela de LCD. Assim, a partir de 30 de Abril, mais uma novidade no Banco: uma nova frase ao estilo "Aguarde a atualização dos dados do cliente"...
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