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Reflexos, reflexões
André - 31 maio 2009 - 22:30
Sinédoque, Nova Iorque (Synecdoche, New York)
5/5

Direção: Charlie Kaufman
Roteiro: Charlie Kaufman

Elenco
Phillip Seymour Hoffman (Caden Cotard)
Samantha Morton (Hazel)
Michelle Williams (Claire Keen)
Catherine Keener (Adele Lack)

Um diretor de teatro insatisfeito com sua vida recebe verba ilimitada para produzir um espetáculo. Buscando algo que seja real e relevante, ele resolve juntar uma pá de gente e fazer uma montagem da própria vida (no caso, a dele) em um galpão de Nova Iorque.

Sinédoque, Nova Iorque é um filme coeso. Suas qualidades técnicas e narrativas (principalmente o design de produção e a presença de Phillip Seymour Hoffman, em mais uma atuação digna de final de Libertadores) parecem extensões do roteiro, como se tudo tivesse sido concebido e produzido ao mesmo tempo - o que pode soar estranho, já que em diversos momentos (mas diversos MESMO) o filme soa propositalmente confuso. Pra vocês terem uma idéia: a certa altura do torneio, o diretor Caten Cotard percebe que, pra fazer uma montagem "real" da sua vida, precisa contratar alguém para interpretar a si mesmo. E logo percebe também que precisa contratar alguém para interpretar a pessoa que ele contratou para interpretar a si mesmo. Sabem aquela história que se alguém for desenhar um mapa perfeito de uma cidade em uma calçada, precisaria desenhar o mapa dentro do mapa, e assim sucessivamente? É por aí.

Só que essa "confusão" tem um motivo: de certa forma, estamos vendo as coisas pelos olhos do próprio Caden. É como se o diretor (do filme) tivesse contratado um diretor (interpretado por Phillip Seymour Hoffman), que contrata um diretor pra viver ele mesmo... E essa subjetividade, essa idéia de que nada ali é exatamente factual, dá à película uma gama de significados tão distintos e abrangentes que seria impossível colocar tudo em uma análise, ou mesmo hierarquizá-los. A verdade é que ao longo das duas horas de projeção, as mais diferentes reflexões vão lentamente se formando na cabeça do espectador, passando pelo simples "entendimento" da história (a nossa necessidade de colocar tudo linearmente e claramente) até pensamentos que inevitavelmente deságuam nas nossas próprias questões. Os temas abordados jamais são expostos artificialmente. É como se cada um fosse interpretando a trama de sua forma particular, enxergando no filme diferentes idéias. E, tenho certeza, assistir à obra pela segunda vez é uma experiência completamente diferente da primeira.

O termo sinédoque faz referência a uma metonímia cuja definição é mais ou menos "entender o todo a partir de uma parte". E assim como a Nova Iorque construída no galpão acaba abrangendo toda a cidade real, a mente de Caden Cotard, que nos é apresentada durante todo o filme, com suas qualidades e defeitos, abrange aspectos relativos a todos nós. A película começa com Caden se olhando no espelho, e de certa forma ela faz com que o espectador veja uma espécia de reflexo de si mesmo na telona.

Sinédoque, Nova Iorque é uma obra ambiciosa, confusa, coerente, contida, racional, passional, tocante, carente, divertida, dramática, uma pequena obra-prima que dá voltas e mais voltas, assim como as nossas cabeças. Até porque, por mais que as pessoas tentem fugir de si mesmas, vão acabar sempre se encontrando.

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Sujou de vez
André - 29 maio 2009 - 22:08
Tem uma marca de papel higiênico (ou umas, aí já não sei) onde a embalagem vem com a seguinte informação: "indica onde cortar" (junto tem um CARTOON ilustrando).

É o tipo de coisa que faz o cara pensar sobre a questão de ter filhos. Digo, filhos são aquelas pessoas especiais que vamos querer ver crescer, aprender e construir um futuro. Mas uma sociedade que não apenas precisa de um lugar determinado para cortar o papel higiêncio, como também torna necessário que algúem diga onde cortar, logo logo vai acabar indo pelo ralo...
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Onde a noção foi brutalmente assassinada
André - 28 maio 2009 - 13:03
Caracas 1 x 1 Grêmio
Gols: Cichero, 2'1°T (Caracas); Fábio Santos, 28'°T (Grêmio)
Local: Estádio Pseudo-Gramado Olímpico de la Ciudad Universitaria de Caracas

Aos trinta minutos do segundo tempo, Tcheco cobrou uma falta e fez a bola aterrisar (sim, a palavra é aterrisar) com perfeição na cabeça de Fábio Santos, que mandou para o fundo das redes. Foi o primeiro gol do Grêmio. Foi também a primeira jogada de perigo do Grêmio, e a primeira jogada do Grêmio que funcionou, e o primeiro lance que não fez os torcedores gremistas chutarem a parede de raiva, e o primeiro minuto da partida onde nenhum jogador gremista arrefeceu intensamente as possibilidades de ataque do time. Pra todos os efeitos, o Grêmio entrou em campo aos trinta do segundo tempo.

Antes disso, aos dois minutos de jogo, durante uma GREVE DOS CONTROLADORES AÉREOS na zaga tricolor, o Caracas aproveitou uma cobrança de falta e marcou de cabeça com Cichero. O gol durante as preliminares deu à fraca equipe venezuelana a chance de exibir sua teatralidade: os jogadores dançavam o quebra-nozes ao menor contato físico, os gandulas faziam a mágica do sumiço da bola, o estádio se gabou de seu sistema de drenagem acionando os chafarizes logo após o tento do Grêmio. Uma putaria sem fim. À total ausência de coerência na equipe gaúcha durante a partida (principalmente no primeiro tempo) somam-se o gramado que aparentemente havia sido palco de uma guerra civil no dia anterior e as atitudes do árbitro Roberto IRMÃO METRALHA Silveira, que claramente roubou (sim, a palavra é roubou) a favor do time da casa (embora não tenha influenciado em nenhum lance capital - alguns anos de serviço comunitário seria uma pena adequada).

No entanto, minha análise pode estar equivocada, uma vez que ontem fui submetido à maior demência televisiva que um pessoa pode presenciar. A RBS TV interrompia a partida para mostrar lances importantes(risos) de Inter x Coritiba pela Copa do Brasil. Que mostrem os gols, tudo bem, é algo lógico. Agora, a certa altura, quando Souza irrompia em um ataque veloz pelo lado direito, a emissora(?) cortou para o Beira-Rio e mostrou o peladeiro Taison sendo entrevistado. Quando voltou à Venezuela, o goleiro do Caracas estava cobrando tiro de meta. Souza poderia ter sido alvejado por uma metralhadora que ninguém ficaria sabendo.

Independente de questões puramente práticas (o jogo do Inter estava sendo transmitido em dois canais - uma deles da televisão aberta), fui obrigado a digerir a informação subjetiva de que a Copa do Brasil e a Libertadores estão no mesmo saco. Tive que segurar o vômito ao ver manchetes como "Noite de emoções para a dupla Gre-Nal". Que o Grêmio vença essa Libertadores, e desmembre o Barcelona na final do Mundial Interclubes, e depois fuja do Brasil e passe a disputar torneios argentinos ou europeus. Sério. O futebol aqui caminha para se tornar uma paródia de si mesmo.

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Na direção certa
André - 26 maio 2009 - 19:03
Sempre achei meio besta essa história de lançar trailers de jogos de videogame - soa mais ou menos como funcionários das lojas de brinquedos deixando os clientes fazerem test drive no Jogo da Vida e no Banco Imobiliário, por exemplo.

Entretanto, não pude deixar de me empolgar com o TEASER (isso mesmo, teaser) de Blur, jogo que pretende deixar de lado a vertente simuladorística e enfadonha que atualmente rege a indústria eletrônica para esfregar nas nossas caras enrugadas o conceito de diversão absoluta.

Peço apenas que cuidem para não derrubar seus monitores ao erguerem os braços em comemoração:

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Religião + polêmica = bilheteria
André - 24 maio 2009 - 20:40
Anjos e Demônios (Angels & Demons)
3/5

Direção: Ron Howard
Roteiro: David Koepp e Akiva Goldsman, baseados em livro de Dan Brown

Elenco
Tom Hanks (Robert Langdon)
Ewan McGregor (camerlengo Patrick McKenna)
Ayelet Zurer (Vittoria Vetra)

Um professor de simbologia é chamado pela Igreja para investigar uma ameaça no Vaticano envolvendo sociedades secretas e mistérios. Quem falou que missa é um negócio monótono?

Dan Brown é um sujeito com uma imaginação batuta, que usa ela para criar histórias misteriosas e, mais do que isso, faz um trabalhão de pesquisa para que os "segredos históricos" de suas tramas soem minimamente críveis ao leitor. Infelizmente essa preocupação não encontra respaldo em seu texto, que é superficial e abraça convenções dos romances policiais assim como bêbados agarram gordinhas em festas às quatro e meia da manhã.

Isso ficou claro na adaptação do famoso Código DaVinci, onde o livro foi praticamente socado dentro de um roteiro do jeito que dava, resultando em um filme verborrágico, que não confia em suas imagens e muito menos em sua história. A real é que o Código meio que se baseava só em um grande secreto, e depois que ele era revelado a galera percebia que ainda havia uma trama a seguir. Não se decidindo por um lado (um filme mais centrado no segredo do Cálice Sagrado) nem por outro (um thriller de ação), o diretor Ron Howard fez uma adaptação que não pegaria nem vaga na Sulamericana.

Anjos e Demônios, apesar de vestir as mesmas cuecas que seu sucessor (mudando apenas a roupagem), não tem uma grande fofoca a ser revelada. Então é barbada pro diretor se concentrar apenas na caça ao tesouro intrincada história envolvendo sociedades secretas, códigos e personagens ambíguos. Pois ação é o que a continuação de Código DaVinci tem de sobra: logo nos primeiros minutos de projeção já somos apresentados ao primeiro assassinato da noite, e também à idéia de que roubar um tubo de antimatéria é o maior exemplo de facilidade que a história da humanidade já produziu. A partir daí é uma correria tresloucada, com Langdon descobrindo os esconderijos através de pistas astutas e convenções cinematográficas. Acompanhado pela doutora e por uma câmera sacolejante que provavelmente encheu a cara de Red Bull, o professor se envolve em tantas maracutaias que ninguém tem muito tempo pra prestar atenção nos eventuais furos do roteiro.

Isso beneficia a produção, que acaba se tornando um thriller eficiente e coeso, estruturado em uma montagem ágil (os planos são curtos, mas claros e adequados à linguagem narrativa proposta, com raras exceções). Ron Howard já é macaco velho, faz apostas seguras de enquadramento, de coreografias, e por aí vai. Sabe que o blockbuster é dirigido a um público que exige certo conservadorismo narrativo (curiosamente, a única cena mais "livre", um plano sequência que sobe por dentro de um cano no final do filme, é plasticamente muito semelhante ao penúltimo plano de Código DaVinci). Somam-se a isso sets e locações muito bacanas, habilmente fotografados, que levarão à loucura os pobres que não tem grana pra europear.

Como Robert Langdon, Tom Hanks pouco pode fazer além de ser sujeito das cenas de ação e uma enciclopédia de informações quando as coisas não estão em DEFCON 1. Mas o ator consegue dar um pouco mais de vida ao protagonista aqui e ali, e sua persona já é o suficiente para encararmos o professor sabe-tudo como um cara legal. Já Ewan McGregor retrata bem a calma e a fé de sua personagem, fazendo o público realmente acreditar em suas intenções (que são avacalhadas pelo roteiro depois). O resto do elenco se limita a jogar a história pra frente quando necessário.

No final das contas, Anjos e Demônios realiza o que se propõe a fazer, e de lambuja ainda mostra coisas interessantes que acontecem na eleição de um novo Papa. Se por um lado não acrescenta nada de novo ao gênero e é descartável, por outro não surra a inteligência do espectador com um bastão de beisebol, como anda comum em blockbusters. Um filme nem muito bom, nem muito mau.

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Cartão nada tri
André - 22 maio 2009 - 18:24
Hoje, ao subir em um ônibus, aproximei o meu cartão do validador(sic) para passar, como sempre faço. Mas a infame máquina retribuiu minha gentileza com um "Uso Indevido" sorridente, escrito em fonte quadradona e fundo verde, mais parecendo um comando de DOS digitado em um quadro-negro. Ciente de que meu cartão possui carga suficiente para comprar uma empresa de ônibus, aproximei-o novamente, obtendo a mesma resposta. Ligeiramente alterado, esfreguei o cartão na fuça daquela caixa de circuitos prepotentes, e... o validador(sic) teimoso e provavelmente na TPM continuava de birra. A essas alturas, a cobradora falou que havia esquecido de desbloquear o dito-cujo. Ela fez o que devia ser feito, e aí sim a máquina colaborou.

Existem alguns pontos que chamam a atenção nesse pequeno causo. Primeiro: quem aquela maldita CAIXA DE PANDORA acha que é pra dizer que eu estou usando indevidamente o MEU cartão? Se o cartão é MEU, eu posso até escovar os dentes com ele e ninguém tem nada a ver, muito menos um Pense Bem recauchutado com ilusões de grandeza e poder. Chega a ser irônico o homem ter construído máquinas justamente pra impedir o seu livre arbítrio. Consigo imaginar uma nova adaptação de Senhor dos Anéis onde Gandalf, mostrando para o Balrog enfurecido um validador(sic) com a mensagem "Uso indevido", grita "You shall not pass".

Segundo: se tivesse algum problema com o meu cartão - que possuía sim carga suficiente -, eu teria que pagar com dinheiro. Mesmo deixando de lado a paranóia que me atinge toda vez que abro a carteira em público, imaginando que os olhares alheios convergem na direção dela para ver quantas notas saltitam alegremente ali, ainda assim poderia ter problemas. E se o dinheiro guardado ali fosse pro almoço? E se eu tivesse a quantia exata para adquirir algum objeto de consumo pelo qual tenho muito apreço? E se estivesse levando o dinheiro para ajudar entidades carentes, como o Grêmio?

Fosse o transporte coletivo old school, era só dar uma outra fichinha e papo encerrado. Nada de burocracias eletrônicas. Mas vieram as máquinas, e veio o futuro, e é tudo tão limpo e brilhante e piscante que não tem como dizer "não". Pelo menos os assentos dos bancos ainda não são virtuais. Ainda.
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Carga explosiva
André - 20 maio 2009 - 00:01
Anteontem eu estava assistindo um programa sobre os sete sinais do fim do mundo (além do ocorrido em dezembro de 2006, digo), analisados do ponto de vista científico. No meio daquele monte de catástrofes e tudo mais, surgiu alguém falando de uma tal de explosão de raios gama. Basicamente o negócio é o seguinte: após uma estrela explodir e virar uma supernova, ela libera uma quantidade de partículas vaporizantes espaço afora, e quando elas encontram alguma coisa pelo caminho a situação fica bastante chata pra essa coisa. Tipo, imaginem uma estrela cem por cento composta de Coca Light, e alguém chega e joga um Mentos gigante na dita-cuja. É mais ou menos isso.

Enfim, parece que temos um corpo celeste logo ali dobrando a esquina (leia-se oito mil anos luz de distância) que está prestes a abotoar o paletó. E se isso acontecer, nossa pequena bolinha azul pode ser violentamente alvejada pela explosão de raios gama, com chances de não sobrar ninguém pra anotar a placa do caminhão. O mais legal, entretanto, é que essas partículas viajam à velocidade da luz, ou seja, não tem como prever o fenômeno - só vamos saber na hora em que o planeta virar uma grande bolinha de Natal dourada.

Então eu pergunto, pra que fazer um programa sobre isso? O sujeito sai na rua e já tem que se preocupar em não ser assaltado, não ser atropelado, não ser sequestrado, e agora tem que se preocupar também se vai levar uma RAIOGAMADA na fuça? Depois do terrorismo jornalístico, acho que é bom começar a me preocupar com o terrorismo científico...
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There we weren't, now here we are
André - 18 maio 2009 - 22:08
Quando Liam Gallagher aprochegou-se do microfone e disse "I'd like to call Wonderwall", a certa altura do evento destruidor do universo chefiado pelo Oasis, pude perceber o incrível milagre da multiplicação das câmeras digitais: de todo canto alguém sacava sua Sony n64 play2 pra gravar a canção. As máquinas procriaram como coelhos, espraiavam-se pelo ginásio todo, cheguei a imaginar que os ambulantes estavam distribuindo tais objetos como brinde na venda de broches. Fenômeno semelhante ocorreu também no show do R.E.M., quando as primeiras notas de Losing My Religion reverberaram pelo lugar. Simplesmente, ao invés de um mar de pessoas, havia um mar de flashes porcamente utilizados.

Há apenas uma explicação racional e plausível para tamanha desfaçatez para com nossos estrangeiros cantores: a total ausência de noção das pessoas. Essa é a parte em que vocês falam que cada um curte o show do seu jeito, mas sou obrigado a lançar meu punho violentamente contra a mesa e gritar "não"! Tudo bem que alguém queira gravar uma ou outra canção, ou tirar algumas fotos, mas por favor, parem com essa mania de PRECISAR mostrar pros outros que estiveram lá e fizeram aquilo. O Oasis e o R.E.M. estavam espanando a fuça da galera com roquenrol dos melhores, e as pessoas queriam captar digitalmente o momento pra assistir depois, como se a vida fosse um maldito videocassete. Ao invés de fazer parte daquilo, elas preferiram fabricar uma prova de que fizeram parte daquilo.

Claro, exagero um pouco, mas situações drásticas exigem argumentos colocados com intensidade desproporcional e beirando o ilógico. Há vinte anos, as pessoas não pegavam suas Nikons, que mais pareciam metralhadoras, e saíam por aí fotografando músicos bêbados enquanto eles tocavam canções dignas de um prêmio Nobel. A tecnologia facilitou as coisas, trazendo essa questão de "ver para viver". Registro, logo existo. E com as maiores bandas do mundo ali, ali bem na nossa frente, tem gente que prefere botar o olho atrás de uma telinha só pra dizer depois que esteve lá e gravou um vídeo. Acho que é isso que os filmes de ficção científica dizem quando mostram que trocamos o real pelo virtual. No final das contas, parece que esse mundinho cavalga nessa direção, e os incrivelmente chatos fãs de Matrix vão sair por aí com banners contendo a inscrição "eu já sabia". Francamente.
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LOST in space
André - 17 maio 2009 - 20:01
Star Trek
4/5

Direção: J.J. Abrams
Roteiro: Alex Kurtzman e Roberto Orci, baseado em série de TV criada por Gene Roddenberry

Elenco
Chris Pine (James T. Kirk)
Zachary Quinto (Spock - o cara orelhudo e tal)
Eric Bana (Nero)
Leonard Nimoy (Spock - o cara orelhudo e tal)
Karl Urban (Dr. McCoy)

O filme mostra como o (futuro) capitão James Kirk, seu amigo elfo vulcano Spock e o resto da tripulação original de Jornada nas Estrelas (aliás, por que o título não foi traduzido? George Lucas anda fazendo escola?) chegaram até a Frota Espacial, tornando-se os motoras responsáveis pela famosa USS Enterprise.

Após assumir as rédeas desse projeto, o diretor/produtor J.J. Abrams assumiu não ser fã da série original. Isso deve ter causado alguns dos momentos mais angustiantes na vida dos trekkers, pois alguém que não é fã tem culhões suficientes pra mexer como quiser na história, certo?

Pois foi o que o diretor fez: mandou as convenções e obrigações para a ilha de LOST , deu CTRL + Alt + Del na franquia e, utilizando-se do artifício das viagens no tempo, construiu uma base sólida para pegar as personagens originais e jogá-las em novas aventuras nos próximos anos. Se o recurso utilizado para isso foi um tanto, como vou dizer, falcatrua (pessoalmente, prefiro as complexidades dos paradoxos temporais quando as linhas do tempo precisam se complementar), não há como negar que o filme funciona como REBOOT da série. E funciona bem.

Utilizando a tramóia que envolve o capitão Nero como pano de fundo, o roteiro dá em cima mesmo é das personagens, preocupando-se em apresentar cada sujeito já com suas peculiaridades. No entanto, longe de atirar estereótipos pra lá e pra cá, a narrativa confere personalidade própria ao TIME da USS Enterprise. Claro que uns possuem mais tempo em cena, outros menos, mas é divertido ver a gurizada (sim, gurizada, literalmente) se reunindo na turminha que vai aprontar de montão espaço afora.

Mas a coisa mais batuta de película fica mesmo na relação entre a impulvisidade e arrogância (geralmente certas) de Kirk e a lógica fria (geralmente certa, também) de Spock. Mesmo quem não conhece a série original (como eu) sabe que o capitão e o cara orelhudo eventualmente vão se tornar bróders. Então os conflitos entre ambos engrandece a história, pois de certa forma já conhecemos de antemão a capacidade e a importância daquelas personagens. E o pequeno traço de cumplicidade exibida entre os dois, no final, quando um é nomeado primeiro oficial, já dá indícios do respeito que existe/vai existir por parte daqueles dois fanfarrões.

Se os mistérios de LOST deixam a galera revirando-se na cama, descobrir como J.J. Abrams fez para reiniciar uma das séries mais queridas da história sem, com isso, ser alvo de uma multidão furiosa armada com tochas é uma experiência divertida, agradável e que promete ainda mais blockbusters inteligentes em um futuro próximo.

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Sobre o Oasis 2
André - 15 maio 2009 - 18:19
Quando posso presenciar um show evento de proporções inacreditavelmente desconcertantes, como a apresentação do Oasis, tudo que acontece ali fica em um plano separado na minha cabeça, um onde as palavras não conseguem chegar, onde adjetivos não são nada além de vácuo, onde conceitos e definições não podem ser aplicados.

Após passar por Curitiba, Noel GODLLAGHER criticou a idéia de fazer muitas apresentações pelo país, ao invés de uma grande no Rio e em São Paulo, atraindo maior número de fãs para o mesmo show. De acordo com o guitarrista e suas expressivas sobrancelhas, Curitiba foi ótimo. O show foi, de qualquer forma. Não entendo o que estamos tentando provar quando tocamos em um lugar como aquele e como este de Porto Alegre. Por que não fazer apenas dois puta shows no Rio e em Sao Paolo [sic]?

Depois de visitar a cidade do campeão do mundo, entretanto, Noel mudou um pouquinho sua opinião. E como minhas capacidades textuais estão aquém do necessário para expressar sequer uma noção do que foi o show aqui, deixo vocês com as palavras do próprio Gallagher mais velho, mais carrancudo, mais engraçado e mais talentoso:

Retiro tudo o que disse ontem. Sobre levar a montanha a Maomé (pode falar o nome de Maomé?). O show de ontem foi incrível. Eu digo show, mas não tenho certeza de ter ouvido alguma coisa do que tocamos, mas a noite foi incrível. Incrível, incrível.

A gente também achou que a noite foi supersônica, Noel. A gente também achou.

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Onde os fracos não têm vez
André - 14 maio 2009 - 02:14
Grêmio 2 x 0 San Martín
Gols: Jonas, 17' 1°T, Herrera, 29 2° T (Grêmio)
Local: Estádio Olímpico Monumental

Com a caixa d'água colossal que São Pedro derrubou em Porto Alegre, o Grêmio se limitou a dar um caldinho no San Martín, nada muito além. O time dos peruanos, que de tão ruim é digno não apenas de pena, mas também de assistência social e merece uma ONG para cuidar de seus negóciso, assistiu enquanto Adílson e Souza irrompiam pelo meio com facilidade assustadora, criando tramóias envolventes graças à boa movimentação de Xuxa Lopez e Jonas, o Errante. Destaque também para a velocidade de Tcheco, que ao invés de correr como uma garotinha de 10 anos, correu como um garotinho de 10 anos. Alguns pilotam melhor na chuva, mesmo.

Mas a chuva intensa previa acontecimentos inexplicáveis - e isso ficou claro quando Fábio Santos acertou um cruzamento perfeito, amaciando a redonda na cabeça de Jonas, que testeou para o fundo das redes. Somado à vantagem obtida na partida passada, o 1 a 0 e a fragilidade do San Martín deixavam o Grêmio na posição de juntar umas cadeiras e fazer um torneiozinho interno de poquer durante a partida.

O segundo tempo começou sem chuva, e também sem futebol empolgante. O San Martín obtinha tanto sucesso em suas empreitadas ao gol tricolor quanto o cinema brasileiro em arrecadar Oscars. A sonolenta lenga-lenga continou até que Jadílson, em outro fenômeno inexplicável, alçou a bola na área, na direção de Xuxa Lopez. A loira pulou, rebolou o quadril e, em um belo lance, usou o pé esquerdo fazer a pelota flanar em direção à Herrera. O outro argentino do grupo acossou o goleiro adversário, finalizando com precisão insuspeitada e marcando o segundo gol do tricolor. O Grêmio, aos poucos, vai abrindo seu caminho para o tri de América sem ter dó nenhuma dos fracos. Resta saber o que vai acontecer quando os valentões aparecerem pelo caminho.

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Pra não dizerem que deixei de fazer piadas fracas
Anônimo - 13 maio 2009 - 19:42
Dos confrontos de quartas de final da Copa do Brasil deste ano, apenas um deles está certo:
Vitória x Vasco.

Os demais deveriam ser:

Corinthians x Coritiba
Fluminense x Flamengo
Inter x .... "Macaca!!"

Abraços
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Sobre o Oasis
André - - 11:37
Quando a banda entrou no palco, ao som de Fuckin' in the Bushes, o Gigantinho começou a ruir. As estruturas quebraram, o teto desabou, as vigas despencaram, o concreto não resistiu e cedeu, foi tudo pro chão de uma vez só.

De pé ficaram apenas a música, a sintonia, o delírio, a diversão, as guitarras certeiras, os vocais emocionados, o coração batendo mais forte e o maior refrão da história do universo em Don't Look Back in Anger, que de tão intenso é capaz de criar vida.

Eu queria encontrar palavras pra descrever, eu realmente queria. Mas "cast your words away upon the waves / sail them home with acquiesce", como cantou Noel na arrebatadora The Masterplan. Tudo que sei é que ontem algumas notas alcançaram o inacreditável, e tocaram o impossível. Eu estava certo, o Gigantinho não resistiu e foi ao chao. No lugar dele, a música do Oasis construiu seu mundo próprio. E eu estava lá.

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Free Fallin
André - 11 maio 2009 - 00:35
Gosto muito das músicas que o diretor Cameron Crowe escolhe para seus filmes. Normalmente ele acerta em cheio, criando algumas passagens cinematográficas que me fazem deitar no chão em posição fetal e chorar de emoção - a cena do ônibus em Quase Famosos é um ótimo exemplo.

Trinta segundos. Menos que isso, até. É nesse pequeno intervalo de tempo que o espectador é conquistado de vez pelo protagonista de Jerry Maguire. Após ser demitido da agência onde trabalhava, mesmo sendo o agente esportivo mais requisitado, Jerry Maguire acaba perdendo todos os seu clientes e ficando apenas com dois, sendo um deles a mais nova estrela do futebol americano.

E a cena seguinte àquela onde esse jogador de futebol americano garante que vai continuar como cliente de Jerry é rápida, porém marcante. Um pequeno e sincero EQEL!


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Uma boa encaminhada
André - 07 maio 2009 - 15:51
San Martín 1 x 3 Grêmio
Gols:
Gordinho Arzuaga, 33' 1°T (San Martín); Souza, 8' 1°T, Maxi López, 1' e 16' 2°T
Local: Estádio Alejandro Villanueva, Lima, Peru

Passada a primeira fase com seus times surrealmente ruins e fatalmente destinados ao esquecimento na história da competição, o tricolor gaúcho começou mais uma vez sua escalada na montanha que separa os homens das crianças. Mas a primeira partida das oitavas de final reservaram para o Grêmio um adversário tão bonzinho que faz juz ao seu nome.

Já no início, aos oito minutos, Souza saltitou por cima de seu marcador, engatilhou a chuteira amarela bagaceira e despejou uma pedrada contra o arqueiro adversário, que nada pôde fazer. Um a zero. Mesmo assim, a equipe gaúcha continuava dando piques pelo imenso campo e botando o San Martín na roda. O tipo de jogo que o torcedor relaxa com sua cerveja e espera para se dar ao trabalho de contar os gols apenas ao final da partida.

Mas o futebol, esse guri travesso, sempre apronta das suas. Aproveitando uma chulapeada completamente sem sentido da zaga gremista, o gordinho Arzuaga recebeu um belo lançamento dentro da área. Mostrando inteligência e velocidade até então insuspeitadas, o atacante de ossos largos cortou Fábio Santos e arrematou no canto, vencendo até mesmo Victor, The Wall. Um empate que nem o Grêmio nem Nostradamus haviam previsto.

Por isso a equipe gaúcha voltou para o segundo tempo com ganas de reverter o resultado ruim revertido. E a um minuto do início, após um cruzamento de Souza, que claramente estava com a setinha do Winning Eleven apontada para cima, o argentino Máxi Lopes e seu rabo de cavalo irromperam na pelota, jogando a dita-cuja para o capim no fundo das redes. O gol abalou o já abalado San Martín, que trocava passes e tentava investir em vão, como um cavalheiro que corteja uma donzela mesmo sabendo que não vai rolar sexo no final da noite. Aproveitando-se disso, Jonas, o Errante, ultrapassou o marcador na ponta direita, pegou uma trena, mediu a distância entre a bola e a cabeça de Máxi Lopez, e cruzou. O argentino zombou da gravidade e flanou no ar, desferindo uma poderosa rabodecavalada na redonda e conferindo seu segundo tento na noite.

A partir daí, o Grêmio apenas administrou a situação, embora Tcheco quase tenha marcado um belo gol após driblar três(!) adversários. E com uma vantagem folgada, tudo que se espera do tricolor é que não flamenguize no jogo de volta, esse sim valendo a classificação definitiva para um degrau mais alto na almejada competição sul-americana.

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Casa comigo, futebol?
André - 06 maio 2009 - 17:56
Ao vencer o Real Madrid por 6 a 2, o Barcelona não se ligou que estava cavando sua própria desclassificação na Liga dos Campeões contra o Chelsea. Isso porque, apesar das grandes atuações ao long do ano, foi quando blitzkrieguiou o rival que os catalães se tornaram a bala que matou o Kennedy, a guria nova do colégio, a sensação d0o momento. E, no futebol, a sensação do momento nunca sai campeã - se vocês não acreditam em mim, podem ir bater um papinho com a seleção da Holanda.

Isso ficou claro no início da partida de hoje quando aos nove minutos Essien acertou um chute desumano, colocando os Blues na frente. E um a zero classificava o Chelsea. Ficou mais claro ainda quando, após Anelka tropeçar em uma lufada de ar, o juiz, completamente alucinado, expulsou Abidal, deixando o Barcelona com um a menos. E embora os catalães insistissem, a defesa dos ingleses cafungava no cangote dos atacantes, dificultando o toque de bola dos adversários - vamos dizer que não seria absurdo se, na linha do meio de campo, colocassem uma placa de "Cuidado, cães ferozes". Como eu coloquei no parágrafo acima, as circunstâncias indicavam que a equipe de Guardiola não teria cadeira pra sentar quando acabasse a música.

Mas outro fator acabou igualando a balança. Ninguém esperava pelo penteado SACOLA DE FEIRA utilizado pelo francês Malouda, do Chelsea. E se por um lado o Barcelona tinha que ser eliminado, também era futebolisticamente impossível um time com um jogador capilarmente absurdo chegar na final. A indiferença do juiz ao lance onde o zagueiro Piquet agarrou a redonda dentro da área como se estivesse bêbado em uma festa às quatro e meia da manhã, não marcando pênalti a favor do clube londrino, indica isso. Graças à Malouda, o Barça jogava livre da maldição de ser a sensação do momento.

O bom de precisar de apenas um gol é que não é necessário jogar bem. Para se fazer um gol, basta uma bola espirrada, um erro, um lance incomum.

Após uma atuação digna de um Framboesa de Ouro, Dani Alves pegou a bola aos 47 do segundo tempo. E cruzou. E errou. Entretanto, a redonda sobrou para o camaronês Eto'o, que não havia feito nada até ali. Reconhecendo isso, ele logo tocou para Messi, que também não ganharia uma estrela no Winning Eleven. Ciente de tal fato, o argentino rapidamente rolou para o espanhol Iniesta, pois as bolas eventualmente acabavam nele de qualquer jeito.

E aí percebe-se a diferença: 47 do segundo tempo, o Barcelona precisando de apenas um gol para se classificar, a chance de um chute fatal, defesa ligeiramente aberta, bola rolada certinha. Era de se esperar que um jogador fechasse os olhos e desferisse um trator em direção à goleira adversária. Mas Iniesta sabia que do outro lado havia o monstro Petr Cech. Então a parte de fora do pé do espanhol beijou com força a orelha da bola, e todos sabemos que beijos nas orelhas da ala feminina causam efeito. A pelota curvou-se para a direita em reverência à tecnica do jogador, e atingiu com uma firmeza indefensável o ângulo. Uma trivela irretocável. Um chute perfeito. Uma obra-prima.

Enquanto eu estava de pé comemorando, vi os jogadores e comissão técnica do Barcelona se atirarem um sobre o outro, vi o Chelsea atacar novamente e reclamar um pênalti, vi o princípio de confusão. Vi um lance mudar conceitos: o ataque catalão, tido por muitos como o melhor do mundo, não havia arremessado a bola em gol nenhuma vez. Todas as tentativas haviam encontrado o ar ou o colorido zombeteiro das placas de publicidade. O lance de Iniesta foi o primeiro chute na direção certa. Um chute. Um gol. Cem por cento.

Noventa minutos como esses não podem ser comprados, não tem preço. O Barcelona não passou para a final porque foi melhor: passou para a final porque foi mais futebol.
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Um Domingo Qualquer
André - 04 maio 2009 - 23:43
Idéia pra um curta: um cara jogando futebol com os amigos, como faz toda semana. Ele recebe a bola. Mas quando olha para os lados, o campo se estende até o horizonte, as goleiras passam da linha que divide o céu e a terra. Não há adversários por perto, nem companheiros de time. Não há quem driblar, não há pra quem lançar. Ele gira sozinho com a bola, procurando em vão uma jogada, um objetivo. Com o semblante pesaroso, ele pára e olha para os lados, sem saber o que fazer, lágrimas começando a brotar dos olhos. Ao virar o rosto para um dos lados onde o campo infinito ecoa o inescapável silêncio, ele apenas vê o placar eletrônico, e sua tristeza inicial começa a amadurecer para o pânico: o relógio continua contando. Toca ao fundo uma música melancólica, de três notas, pois botar mais do que três notas ali seria tentar colocar beleza onde ela não existe. O diretor termina com um fade out, pois é o caminho mais fácil e seguro, livre de julgamentos, desnudo de segundas intenções, um simples tijolo colocado em cima de outro, a fortaleza da mediocridade celebrada. The end.

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Tem dias em que eu queria ver o mundo da mesma forma que eu vejo o campo.
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É Oscar ou oitenta
André - 03 maio 2009 - 22:54
Atendendo mais ou menos às exigências do Valter nesse post aqui, coloco abaixo mais ou menos como seriam os indicados ao Oscar desse ano se fossem produzidos na década de oitenta, e visando o inesgotável mercado da Sessão da Tarde

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