Quando posso presenciar um show evento de proporções inacreditavelmente desconcertantes, como a apresentação do Oasis, tudo que acontece ali fica em um plano separado na minha cabeça, um onde as palavras não conseguem chegar, onde adjetivos não são nada além de vácuo, onde conceitos e definições não podem ser aplicados.
Após passar por Curitiba, Noel GODLLAGHER criticou a idéia de fazer muitas apresentações pelo país, ao invés de uma grande no Rio e em São Paulo, atraindo maior número de fãs para o mesmo show. De acordo com o guitarrista e suas expressivas sobrancelhas, Curitiba foi ótimo. O show foi, de qualquer forma. Não entendo o que estamos tentando provar quando tocamos em um lugar como aquele e como este de Porto Alegre. Por que não fazer apenas dois puta shows no Rio e em Sao Paolo [sic]?
Depois de visitar a cidade do campeão do mundo, entretanto, Noel mudou um pouquinho sua opinião. E como minhas capacidades textuais estão aquém do necessário para expressar sequer uma noção do que foi o show aqui, deixo vocês com as palavras do próprio Gallagher mais velho, mais carrancudo, mais engraçado e mais talentoso:
Retiro tudo o que disse ontem. Sobre levar a montanha a Maomé (pode falar o nome de Maomé?). O show de ontem foi incrível. Eu digo show, mas não tenho certeza de ter ouvido alguma coisa do que tocamos, mas a noite foi incrível. Incrível, incrível.
A gente também achou que a noite foi supersônica, Noel. A gente também achou.Marcadores: fim do mundo, oasis |