uno, dos, tres...
André
Bruno
Kleiton
Laura
Leandro
Rafael
Thiago
14

hello, hello!
Cão Uivador
Dilbert blog
Forasteiro RS
GPF
Improfícuo
La'Máfia Trumpi
Limão com sal
Malvados
Moldura Digital
Notórios Infames
PBF archive
Wonderpree

hola!
Elsa estava certa
Diário de Leitura: Graça Infinita - 12/01/2015
Breves comentários sobre os últimos livros que li
O dia em que eu fiquei trancado no elevador
Os sanduíches às duas da manhã
O dia em que eu fui à Copa do Mundo
Ginástica de hardware
Samson
Breves comentários sobre os últimos livros que li.
Entendendo o Super Bowl

Swinging to the music
A 14 Km/seg
Expressão Digital
Peliculosidade
Suando a 14
Tá tudo interligado
Cataclisma14 no Pan
Libertadores 2007

dónde estás?
03/201501/201511/201409/201408/201406/201405/201404/201403/201402/201401/201412/201311/201310/201309/201308/201307/201306/201305/201304/201303/201302/201301/201312/201211/201210/201209/201208/201207/201206/201205/201204/201203/201202/201201/201212/201111/201110/201109/201108/201107/201106/201105/201104/201103/201102/201101/201112/201011/201010/201009/201008/201007/201006/201005/201004/201003/201002/201001/201012/200911/200910/200909/200908/200907/200906/200905/200904/200903/200902/200901/200912/200811/200810/200809/200808/200807/200806/200805/200804/200803/200802/200801/200812/200711/200710/200709/200708/200707/200706/200705/200704/200703/200702/200701/200712/200611/200610/200609/200608/200607/200606/200605/200604/200603/200602/200601/200612/2005

all this can be yours...





RSS
2007 Sob as lentes
André - 28 dezembro 2007 - 01:48
No final do ano, começam as premiações do mercado cinematográfico - e nenhuma delas é tão importante, nenhuma é tão relevante, nenhuma é um termômetro tão preciso do Oscar quanto o post do Cataclisma14 com os melhores filmes da temporada.

(se a sua película favorita não saiu na lista, é porque eu provavelmente me esqueci. Ah, e tem alguns filmes de 2006 que eu só vi esse ano)

Decepção do Ano: 300 (300, Zack Snyder), seu exército de clichês róliúdianos e seu videoclipe de metal que dura cerca de duas horas.

Destaques do Ano:
Cartas de Iwo Jima (Letters from Iwo Jima, Clint Eastwood)
O Segredo de Berlim (The Good German, Steven Soderbergh)
O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias (idem, Cao Hamburguer)
Caché (idem, Michael Haneke)
Os Simpsons - O Filme (The Simpsons Movie, David Silverman)
Duro de Matar 4.0 (Live Free or Die Hard, Len Wiseman)
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (Pirates of the Caribbean: At World's End, Gore Verbinski)
13 Homens e Um Novo Segredo (Ocean's Thirteen, Steven Soderbergh)
Ratatouille (idem, Brad Bird)
Harry Potter e a Ordem de Fênix (Harry Potter and the Order of the Phoenix, David Yates)
O Sobrevivente (Rescue Dawn, Werner Herzog)

Todos esses citados merecem, pelo menos, ser conferidos. Já o Top 3 abaixo é obrigatório. São eles:

3° lugar - O Labirinto do Fauno (El Labirinto del Fauno, Guilhermo del Toro)

Tá, esse foi lançado em 2006, até concorreu ao Oscar. Mas como ficou pouco tempo em cartaz aqui em Porto Alegre, pude conferir apenas esse ano. Uma história linda e triste, constatando que no mundo cruel em que vivemos, a fantasia é apenas um sonho: a realidade consegue esmagar qualquer escapismo.

2° lugar - Tropa de Elite (idem, José Padilha)

Poucos filmes conseguem reunir questionamentos, reflexão e espetáculo de forma divertida. Pois a película de José Padilha tem tudo isso, aliada a elementos cinematográficos em perfeita harmonia (iluminação, direção de arte, fotografia, etc...). Privilegiado pela polêmica em torno de seu "vazamento" na www, Tropa de Elite trouxe uma à tona uma discussão pertinente sobre a violência enquanto "solução" para o problema da... violência.

1° lugar - Zodíaco (Zodiac, David Fincher)

O roteiro absolutamente brilhante de Zodíaco (que só não vai ganhar o Oscar porque não há justiça no mundo) é só o ponto de partida: tudo no filme, desde as atuações, até as subtramas e a direção sóbria de Fincher, passando pelas excepcionais reconstituições de época, é trabalhado com uma coesão admirável. Aliás, uma película recheada de informação e que, mesmo assim, consegue envolver o espectador na história (ao ponto de o cara ficar raciocinando em cima das pistas que aparecem na telona, tentando descobrir quem é o assassino), só merece elogios. Depois de Se7en e Clube da Luta, mais uma obra-prima dessa diretor. Eu tiro meu chapéu. David Fincher é foda.

Corram para as casas de aposta, e não digam que eu não dei as dicas. Um 2008 com muitos filmes bons pra todos.
Comentários: 6
 
Na Veia
André - 27 dezembro 2007 - 12:02
Sonhei que Tom Cruise morria de forma cruel no início de Top Gun (uma picada de aranha; não lembro se era radioativa), sendo substituído no cargo por Chalie Sheen - o que é curioso, visto que Sheen participou da sátira Top Gang (do primeiro e do segundo, ambos geniais).

Enquanto Ed Harris tentava deixar o buffet pronto antes do por-do-sol, um amalucado Leslie Nielsen, no aeroporto, revistava com um espanador qualquer passageiro remotamente muçulmano. Shyamalan não gostou muito da história e, ao perguntar como escolhiam quem seria revistado, recebeu do eterno Frank Drebin um inspirado "através do meu Sexto Sentido".

Acho que ando assistindo filmes demais. O pior, entretanto, é que apenas celebridades masculinas resolveram aparecer: Scarlett Johansson que é bom, nem em sonho.
Comentários: 0
 
Pizza, refri e Play2
Leandro Corrêa - 26 dezembro 2007 - 21:38
Leandro, Thiago, André e Bruno

Foto feita na correria e com um resultado final de qualidade duvidosa - igual 2007. Pior que isso, a cena está incompleta: faltaram algumas cevas e 1 Kleiton!

Enfim... Feliz Natal atrasado, bróóóders!
Comentários: 3
 
So this is Christmas
André - 24 dezembro 2007 - 17:34
Tem a história desse Cara, cuja família viajou pra passar o Natal em uma praia quente e cheia de pessoas sem paciência para tirar férias. Por questões de trabalho, o sujeito não pôde viajar como havia planejado - e se ficar sozinho já é ruim, ficar sozinho nas festas de fim de ano é mais deprimente do que ligar o rádio esperando ouvir música boa.

Mas enquanto todo mundo pendurava o espírito natalino nas árvores, colocava ele em sacolas de marca para dar de presente ou utilizava como apelo de venda, o Cara encontrou a solução: a festa de uma amiga de sua irmã. Tudo bem, a única coisa que ele conhecia a respeito do evento era que, de acordo com as Leis da Probabilidade, novas definições de “chatice” seriam criadas lá. No entanto, até mesmo o tédio é mais interessante do que a tristeza de assistir os especiais de final de ano na TV.

Decidiu arriscar tudo e ir até a festa. Após uma hora de celebração, a anfitriã anunciou o início do buffet. A passos rápidos, mas fingindo desinteresse, embora fosse a parte da festa que mais lhe interessasse, o público se dirigia para os pratos. O Cara foi com eles, esperando na fila até o momento em que, finalmente, poderia desfrutar da bela ceia que fora montada.

No entanto, enquanto cortava um pedaço de presunto, uma coisa lhe ocorreu: alguém havia dedicado tempo e esforço para montar esse prato. E fez um belo trabalho. E simplesmente deixou ali, para qualquer um que quisesse pegar. Alguém havia feito seu melhor, e estava colocando à disposição sem cobrar nada em troca, para um bando de pessoas que sequer conhecia.

O Cara raciocinou um pouco, e decidiu que isso estava soando muito como espírito natalino – o que era ridículo, pois tratava-se apenas de uma culinária. Como é que uma comida iria despertar uma sensação dessas? Não, ele pensou, algo está errado, e olhou em volta procurando uma pessoa que parecia sábia, um cartaz com frases de Natal, uma citação de algum filósofo... Qualquer coisa que pudesse lhe despertar esse espasmo de solidariedade, altruísmo e boas ações de forma plausível.

Em vão. Era uma festa de Natal como todas as outras, com convenções sociais demais e preocupações solidárias de menos. Foi só o presunto, mesmo. O Cara não pode deixar de soltar um sorriso ao perceber que todos aqueles comerciais de televisão e livros de auto-ajuda poderiam estar certos, pois as pequenas coisas da vida realmente fazem a diferença – afinal, em uma festa vazia de significado, uma simples receita o lembrou de tudo que ninguém deveria esquecer.

Seus pensamentos foram interrompidos por um sujeito gordinho e afobado, que em um tom de voz agressivo mandou ele se apressar, pois tinha gente na fila, porra, e todos queriam se servir. O Cara olhou pra ele um tanto surpreendido. Mas, com calma e sorrindo, cortou uma fatia de presunto, largou educadamente no prato do gordinho e desejou um Feliz Natal.

Após ouvir a resposta, um solene “eu quero uma fatia maior, droga”, se dirigiu com certa expectativa aos pratos principais. A ceia estava apenas começando, e agora o Cara sentia-se com fome de Natal.
Comentários: 0
 
Um jogo muda tudo
André - - 13:48
Quando eu ainda trabalhava, eu passava dez horas dentro da agência. Somando-se a isso o tempo de ida e volta de ônibus, o total ficava em cerca de onze horas e meia/doze horas fora de casa - isso sem contar, claro, os dias que eu ia à academia.

Ainda assim, entre junho e julho de 2006, eu assisti 53 dos 64 jogos da Copa do Mundo (sendo que oito foram jogados simultaneamente, ou seja, na prática perdi apenas três partidas). Como? Eu assistia alguns no meu horário de almoço, outros eu gravava pra ver quando chegasse em casa... evitava olhar qualquer noticiário ou entrar em qualquer site de notícias pra poder desfrutar dos jogos sem saber o resultado. Pra poder torcer.

Não há explicação lógica para tal atitude. Eu poderia até falar aqui sobre a relevância social do futebol - e é idiotice dizer que isso não existe, uma vez que o esporte se tornou um negócio multibilionário, interferindo em diversos aspectos da sociedade -, mas não é isso. Poderia falar que, enquanto publicitário, preciso estar atento às questões em destaque na mídia, mas não é isso. Poderia até dizer que sou fã de esportes em geral, mas não é isso.

A grande verdade é que não escolhemos por quem vamos nos apaixonar. Simplesmente acontece. Da mesma forma, desde pequeno fui fisgado de forma irrecuperável por uma bola de futebol. Por que é simples: em dois tempos de quarenta e cinco minutos, tudo que um time precisa é fazer a pelota atravessar uma linha. E é dessa simplicidade que se originam as obras de arte com passes harmoniosos, jogadas que são uma pintura, gols cinematográficos. É dessa simplicidade que se originam as estratégias romanas, a força de vontade espartana, as decisões em milésimos de segundo que mudarão vidas. É dessa simplicidade que se originam heróis, craques, gênios, lendas.

É dessa simplicidade que vem aquele arrepio na espinha, que sobe até os olhos encherem de lágrimas, libertados por um grito de alívio que almeja alcançar o infinito.

Por isso, toda vez que vou tentar definir o que é o futebol, e o quanto ele significa, eu acabo falhando. Não por falta de capacidade, mas porque, no final das contas, é o futebol que me define.

Com vocês, a paixão:

Marcadores:

Comentários: 1
 
Casualidades - Parte 1
André - 22 dezembro 2007 - 14:25
Carlos viu apenas um borrão branco antes de pisar no freio. Teve tempo para girar o volante e torcer pelo melhor - uma surpresa para alguém que coloca o pessimismo acima de tudo. O carro virou, enquanto seu motorista estava preso no lento espaço de tempo que antecede o inevitável. E só então bateu.

As pessoas saíram do mercado ali perto para ver o que tinha acontecido. O cenário não era exatamente de tragédia – o choque fez muito mais barulho do que estrago -, mas foi o suficiente para fazer com que aquela gente toda tivesse algo a dizer quando chegasse em casa. Carlos abriu a porta e desceu cambaleando, mais afetado pela tensão do que pela batida em si. Apenas depois de passar alguns minutos recostado no veículo é que conseguiu se recompor e raciocinar, verificando se existia alguma dor forte em seu corpo, algum osso quebrado ou uma ferida fatal. Nada, a não ser um leve corte no pescoço feito pelo cinto de segurança, equipamento que mostrou não ser nem um pouco superestimado como ele pensava.

Caminhou em direção ao outro carro, que já estava rodeado de gente. Uma mulher estava sendo escorada para fora, com alguns cortes no rosto e caminhando com certa dificuldade, mas visivelmente consciente e bem. Carlos sentou-se no meio fio, tremendo ainda, e aceitou o copo de água que lhe ofereceram. As pessoas continuavam falando e perguntando sobre o acidente, mas ele mal ouvia as vozes: estava perdido em pensamentos, lembrando de todas as coisas ruins que aconteceram no último ano e agradecendo por ter saído ileso de um acidente – por um momento, imaginou que a batida seria a cereja do bolo em um ano que já estava particularmente ruim com o divórcio, a perda da custódia das crianças e a morte de sua mãe. De repente, tudo pareceu vir à tona, e ele se deu conta de que não havia realmente estado lá quando as coisas aconteceram, tudo que fez foi sobreviver aos fatos da melhor forma que conseguia, e muitas vezes isso incluía distanciar-se.

Lembrou de tudo isso e perdeu o fôlego, de tão forte que foi o golpe. A multidão já estava se dissipando quando uma mulher se aproximou, botou a mão em seu ombro e perguntou com um sorriso se ele estava bem mesmo. Carlos não resistiu e começou a chorar.

-----

Conto em seis partes, que vão ao ar todo sábado.
Comentários: 2
 
BFK
André - 21 dezembro 2007 - 19:46
Bobby
3/5

Direção: Emilio Estevez
Roteiro: Emilio Estevez

Elenco:
Emilio Estevez (Tim Fallon)
Laurence Fishburne (Edward Robinson)
Anthony Hopkins (John Casey)
Helen Hunt (Samantha)
Lindsay Lohan (Diane)
William H. Macy (Paul Ebbers)
Martin Sheen (Jack)
Sharon Stone (Miriam Ebbers)

Não é a continuação do excelente JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar, de Oliver Stone (sabem como é, não podemos duvidar de Hollywood, é sempre bom avisar).

Bobby mostra a história de diversas personagens que estavam no Ambassador Hotel, no dia 4 de Junho de 1968, esperando para ouvir o discurso do candidato à presidência - e também testemunhando o atentado que acabaria tirando a vida do então senador dois dias depois.

Desde o início, Robert F. Kennedy é mostrado como o salvador da pátria: ele quer acabar com a guerra, quer direitos iguais para todos, trata todo mundo com cortesia... O que não é um demérito, já que o objetivo é comover a platéia com a morte do senador, trazendo à tona questionamentos sobre os valores de um país que se vangloria mais de seu poderio bélico do que qualquer coisa.

É interessante, portanto, a idéia de expor a situação das outras pessoas que estavam no mesmo lugar naquele dia, seja através dos preparativos para o discurso, das opiniões que as personagens possuem ou até mesmo da imagem do senador na televisão, que eventualmente acaba surgindo nas diferentes subtramas (e sempre com discursos que evidenciam sua postura política de tolerância e paz).

Infelizmente o roteiro não aproveita bem o plot, acabando por utilizar-se de histórias que não acrescentam muito à trama: o marido casado que trai a mulher, o imigrante que é alvo de preconceito por parte do chefe, a mulher que se preocupa mais com sua aparência do que outra coisa... Não que haja algo errado com isso, mas como o tempo de projeção para cada uma delas é curto, não há espaço para que se desenvolvam além do convencional. O espectador, então, acaba se distanciando dessas subtramas, e cada uma delas acaba soando episódica demais, como se estivesse preenchendo espaço antes do ato final.

Por outro lado, Emilio Estevez confere um clima de apreensão à película, pois suas câmeras sempre em movimento criam uma atmosfera de que algo está para acontecer - e, de quebra, somos brindados com belos planos sequência em "passeios" pelos corredores do hotel. E se alguns cortes parecem desnecessários e o filtro noturno é mal utilizado em algumas cenas, o excelente elenco é bastante homogêneo, matendo atuações de alto nível ao longo do filme.

Com altos e baixos, Bobby acaba sendo um bom filme, mas nada memorável. Utilizando imagens de guerra e violência durante um discurso pacifista do Kennedy caçula, o diretor busca cativar o espectador e fazê-lo refletir sobre tais temas. No entanto, acaba perdendo uma chance de ouro: se colocasse cenas da guerra no Iraque, racismo nos dias de hoje e intolerância no século XXI, provaria que nada mudou, e que aquele belo discurso de Robert F. Kennedy, infelizmente, serve apenas para fechar um filme com uma mensagem bonita.

Marcadores:

Comentários: 0
 
Infectados pelo Vírus do Orkut - grandes merdas
Leandro Corrêa - 19 dezembro 2007 - 23:30
Se o cara explode uma bomba num avião sob alegação de monstrar o quanto o esquema de segurança do aeroporto é furado, então ele deve ser idolatrado? Explico:

O que aconteceu?

De ontem pra hoje rolou um vírus lá no Orkut. Bastante engenhoso, não precisava clicar nem nada, era só ver o scrap e ele entrava em ação: adicionava seu perfil à comunidade "Infectados pelo Vírus do Orkut" e disparava o mesmo scrap pra todos os seus amigos, numa reação em cadeia que travou o Orkut e bloqueou o perfil de várias pessoas. Em 30 minutos, essa comunidade foi de 0 a 390 mil membros (perfis atacados).

E quem fez isso?
Rodrigo Lacerda, do blog Ctrl+C. Ele descobriu como fazer, foi lá e fez. Pelo que entendi, o tal vírus não se instala no computador da pessoa - apenas usa a plataforma do Orkut como meio de propagação. Portanto, independe do navegador de internet ou sistema operacional para se propagar. Pois é, engenhoso. Rodrigo disse que a intenção não era se promover (nem hacker ele é), mas sim demonstrar o quanto o Orkut é vulnerável e se divertir com a merda que deu. Acredito no cara.

E o Orkut, o que fez?
Nos bastidores: passou a madrugada corrigindo a falha e apagando os scraps maliciosos. Hoje de manhã, aparentemente, tava tudo resolvido. Publicamente: até agora não se pronunciou, lá ninguém sabe, lá ninguém viu. Se eu fosse o Relações Públicas, assumiria a falha e ainda faria um convite para Rodrigo conhecer o escritório do Google em São Paulo; ele viria todo animado, faria várias fotos e nos acharia o máximo; as pessoas com perfil bloqueado também.

E eu com isso?
É neste ponto que eu queria chegar. Não aconteceu nada com meu perfil, só fui saber hoje através da repercursão na "blogosfera": muita gente relatando o fato e uma enxurrada de comentários que vão desde "Rodrigo seu idiota travou meu Orkut vai pra PQP!" até "Rodrigo você é o novo rei da internet eu te amo parabéns!".

Na minha honesta opinião, quem acha que o cara devia ir pra fogueira são pessoas que confiam na internet tanto quanto em suas mães e são incapazes de perceber que a rede é uma baita prostituta que todo mundo "usa" (em todos os sentidos), e que, portanto, devem tomar cuidado para não se apaixonar: uma hora ou outra (às 3 da manhã, por exemplo) o romance pode acabar e o coração do teu perfil será quebrado. Uma recomendação: desista de tentar fazer o Orkut sair desta vida - uma vez rede social, pra sempre rede social (diz um outro ditado). É isto - e apenas isto - que ele é.

Aqueles que idolatram o cara por sua "fantástica façanha", todavia, são uns idiotas incapazes de perceber que o ato nem foi lá grande coisa. Tudo bem, por algumas horas ele importunou o Google e tirou do ar o site mais acessado no Brasil, ok, reconheço que deve haver mérito pra isso. Mas... e daí? Isto não tem a menor importância. Que vá desmantelar o crime organizado, que vá desvendar os mistérios do DNA humano, que vá estudar como galáxias se chocam com buracos negros (vocês viram isso?). Derrubar o Orkut pode ser divertido, mas é tão relevante pra humanidade quanto saber como foi o último show Sandy & Junior juntos (a mãe deles chorou, pobrezinha).

E além do mais, até onde eu me lembro invadir sites é crime.

Marcadores:

Comentários: 4
 
Rápido como um Tuta!
André - - 18:25
O cara da NET chega aqui pra instalar o Virtua, puxa uns cabos, emenda outros, faz piadas com as palavras "cabo", "buraco" e "vaselina", e apenas oito horas depois já estou desfrutando de uma internet de alta velocidade.

Mais impressionante do que a rapidez, apenas a comunicação interna dentro da empresa: enquanto o sujeito estava aqui providenciando acesso à rede mundial de computadores, recebi uma ligação da empresa citada pedindo para "confirmar a instalação do Virtua para amanhã de manhã".

E olha que eu moro na frente da NET. Literalmente atravessando a rua. Ou seja, estou pensando seriamente em pegar um fio, amarrar uma latinha em cada ponta e jogar um dos lados para o prédio deles, mais especificamente no setor do Departamento Técnico. Isso deve agilizar um eventual processo de manutenção.
Comentários: 3
 
Zero porcento!
Leandro Corrêa - 18 dezembro 2007 - 21:40
DADOS DO ALUNO - Créditos Obtidos
Obrigatórios: 158
Eletivos: 44
Complementares: 11
Taxa de créditos ainda não integralizados: 0%

Zero porcento! Está concluída! Está quitada! De agora em diante, quando perguntarem o quanto falta pra terminar a faculdade, é isto que vou responder: zero porcento!
Que venha a colação, o grau de bacharel e principalmente um longo período de sossego, porque não tô afim de contrair outra dívida tão cedo!
Comentários: 3
 
A (não tão) nova ordem mundial
André - 17 dezembro 2007 - 16:25
A palavra privação, eventualmente, vem acompanhada de sua companheira oxítona provação. Em determinadas ocasiões, ao não poder usufruir de elementos cotidianos, o ser humano é colocado à prova. Os sobreviventes do acidente de avião nos Andes, por exemplo, sem perspectivas de alimentação ou abrigo, apelaram para atitudes extremas a fim de garantir sua continuidade nesta vida.

Pois agora é a minha vez. Sem internet desde sexta passada (por isso não postei a coluna), fui forçado pela necessidade à recorrer a uma lan house - local que, na minha visão preconceituosa e estereotipada, reúne gordinhos de óculos que ficam jogando Counter Strike e discutindo sobre os sanduíches do McDonalds. O esforço se deu porque fiquei com medo de alguém da comissão de formatura mandar uma mensagem do tipo "responda esse email até hoje ou não vai se formar". Ou que o Orkut deletasse minha conta após dias de inatividade. E também, claro, pesou a curiosidade para ver o que anda acontecendo nos blogs aí do lado e, principalmente, no Cataclisma.

O mais interessante, no entanto, é que a ausência da world wide web em casa me deixou limitado. Como faço pra procurar um emprego sem internet? E se eu quiser escrever um texto, onde vou pesquisar (mesmo existindo apenas no plano virtual, a Wikipédia tomou o espaço da Enciclopédia Barça lá em casa)? E quando não há absolutamente nada a fazer, e o tédio se impõe, de que forma poderei acessar joguinhos de futebol online?

A triste verdade é a seguinte: acho que estou apaixonado pela rede mundial de coputadores, pois não sei mais viver sem ela. A internet não veio para mudar o mundo, veio para dominá-lo. Subjugá-lo. Uma vez que o cara é pego na web, não tem mais escapatória.
Comentários: 1
 
Verossimilhança
Kleiton - 14 dezembro 2007 - 09:54
Pra começar, posso dizer que acho impossível não parecer esnobe ao dizer, confortavelmente sentado no banco de um carro, "não tenho nada" a qualquer pedinte. Responder dessa forma sempre me soa como se eu dissesse "não, não vou te dar nada porque acho que tu não merece, porque se eu fosse me importar com todo mundo iria à falência", essas coisas. São situações que me deixam realmente constrangido.

Esses tempos mais, em uma sinaleira próxima ao Iguatemi, o pedinte ficou na esquina. Disse com um tom de voz nervoso, quase choroso: "Eu não vou chegar perto. Eu sou de Barra do Ribeiro, trabalho com panfletagem aqui em Porto Alegre e perdi o dinheiro da passagem, por isso estou pedindo aqui na sinaleira". Já eram mais de 6 horas da tarde de um sábado. Me comovi com a história do cara, saquei uma moeda de 1 pila da carteira e contribuí pra passagem do infeliz. Afinal de contas, o relato parecia bastante verídico e o cara parecia realmente angustiado com a idéia de não voltar pra casa naquele mesmo dia.

Ontem à noite, eu e a Renata a caminho da casa, paramos na sinaleira da junção da Cristiano Fischer com a Protásio Alves. Um rapaz bem arrumado pedia dinheiro, achamos estranho. Ele chegou perto do carro. Começou a falar. "Eu não vou chegar perto. Eu sou de Barra do Ribeiro, trabalho com panfletagem aqui em Porto Alegre e...". O sinal abriu, arranquei meio incrédulo.

Sim, era o mesmo cara.

Ou o cara ainda não tinha conseguido juntar o dinheiro da passagem, ou é um baita dum golpista. Agora, a segunda hipótese me parece mais provável. Por essas e outras que eu nunca mais vou dar moedas na sinaleira, por mais verossímil que seja a história ou o sofrimento alheio. Nunca se sabe.
Comentários: 2
 
"Essa vai pro blog!"
Leandro Corrêa - 13 dezembro 2007 - 20:13
Daquelas sacadas que vêem instantaneamente, sem muito esforço, e nos faz orgulhoso

(3)
- Olha esse video da Fergie, é com o Peter Petrelli, de Heroes.
- Será que ele vai absorver os poderes dela e também ficar gostosa?

(4)
- Alguém sabe onde está o redator desta agência?
- Está ali na sacada - tentando ter uma.
Comentários: 1
 
Mas o que é um blog?
Leandro Corrêa - 12 dezembro 2007 - 21:24
Aos poucos essa coluna vai voltando ao normal...
Abaixo um vídeo bem simples e didático, de 3 minutos, sobre o que é um blog. Legendado em português.



[via Tiago Dória]

Marcadores:

Comentários: 3
 
Músicas do Mês
André - - 19:49
As canções que eu mais escutei no mês. Vou tentar fazer disso uma coisa mais ou menos regular, mas não prometo nada (idéia do post descaradamente copiada do Valter).

Thunder Road - Bruce Springsteen

De longe a música que eu mais escutei nos últimos três ou quatro meses. Talvez pelo pianinho otimista, ou pela guitarra certeira, ou pelo fato do Springsteen cantar como se fosse teu vizinho dizendo "ah, esquece isso, bora comer um churrasco e tomar umas cervejas". Enfim, a questão é que Thuder Road fala sobre pegar a estrada e fugir, algo com o qual eu não posso me identificar muito. Mas tem alguma coisa ali que me pegou de jeito, e assim como acontece quando o cara se apaixona por alguém, se apaixonar por uma música não precisa de motivo aparente: quando a tu se dá conta, já aconteceu.

Green Fields of France - Dropkick Murphys

Também conhecida como No Man's Land ou Willie McBride, essa canção escrita em 1976 pelo cantor Erig Bogle fala sobre uma pessoa que senta ao lado do túmulo de um jovem soldado, falecido na Primeira Guerra Mundial - no caso, o tal Willie McBride. A regravação dos Dropkick Murphys, uma banda de "punk celta", conta com belos arranjos de piano, acompanhados por um vocal poderoso que traz força e emoção aos contundentes versos ("Bem, o sofrimento, a tristeza, a glória e a dor / A matança e as mortes foram todas em vão / Pois Willie McBride, aconteceu de novo / E de novo, e de novo, e de novo e de novo"). Misturando tudo isso com instrumentos como gaita de foles e acordeões, a banda consegue fazer uma canção estupidamente linda e diferente, que passa sua mensagem de forma cativante.
Comentários: 1
 
Os Melhores Dias de Nossas Vidas
André - 10 dezembro 2007 - 22:02
Renato e Alice eram pessoas casadas normais. Viviam suas vidas normalmente, faziam compras como pessoas normais, iam a shows de pessoas normais e, como todas as pessoas normais, tentavam não parecer normais.

Um dia, tiveram a oportunidade de sair daquela "normalidade". Depois de muita dedicação no trabalho, Renato ganhou uma passagem e estadia em Tóquio por alguns dias, com tudo pago. O problema é que Alice precisava ficar no Brasil para trabalhar. Combinaram, então, que Renato iria sozinho, que aproveitaria ao máximo a viagem e que traria pelo menos dois presentes pra esposa.

Ao pisar em solo japonês, ele se maravilhou com a cidade. Todas aquelas luzes, aquela cultura completamente diferente. Tudo era muito novo, e ele sentiu que tinha muito ainda a descobrir. Dando voltas a pé pela cidade, ficava maravilhado com as tecnologias disponíveis, apesar de se sentir meio perdido, pois não sabia falar japonês e ainda não havia se acostumado com a mudança de fuso horário.

No seu segundo dia lá, estava descendo uma rua quando parou pra olhar a vitrine de uma loja da Toyota. Seu interesse era apenas momentâneo, e já estava pra sair quando algo lhe chamou a atenção: junto ao carro mais bonito, tinha uma modelo, daquelas que ficam sorrindo pra chamar ainda mais a atenção pro produto principal. Renato nunca havia visto mulher mais linda: ela vestia uma saia de colegial, e o menor top que Renato vira na sua vida. Possuía pernas compridas, bem delineadas. Seus seios eram firmes, tenros, apontando sempre para a frente. Possuía um corpo espetacular, nem muito magra, nem muito gorda, com curvas sensuais onde qualquer piloto gostaria de derrapar, e um rosto belíssimo, angelical, com fios de cabelo caindo sobre os olhos puxados, passando pelo nariz delineado e chegando na boca carnuda. Em suma, uma mulher esculpida por Michelangelo e pintada por DaVinci.

Porém, havia algo que Renato realmente não conseguia acreditar: ela estava olhando pra ele. Uma mulher daquelas, que podia ter quem quisesse, estava olhando pra ele, Renato, um cara que saía pela primeira vez da América Latina e ainda não conhecia nada da cultura local. Mas era isso mesmo, ela não apenas o estava encarando como o chamou para entrar na loja. Renato limpou a baba do casaco e entrou. Meio hesitante, fingia que olhava os carros, mas foi na direção dela. A mulher o encarava, e ele não conseguia nem devolver o olhar. Chegou perto dela e, de cabeça abaixada, soltou o "Hi.." mais abafado da história da língua inglesa.

Ela falava inglês. Disse que seu nome era Sayuri. Não disse mais nada. Apenas entregou um papel a Renato, com que tinha o nome de um bar e um horário, meia-noite. Depois disso, virou o rosto e não deu mais atenção a ele.

Renato chegou um pouco atrasado no bar, a meia-noite e quinze. Sabia que estava fazendo algo errado, não esquecera que tinha uma esposa no Brasil, mas aquela japonesa não saía de sua cabeça.

Ao entrar, logo viu ela. Mas havia algo errado. Tinha um cara conversando com ela, com pinta de ser alemão. Renato se aproximou, e viu que, apesar das investidas, ela não queria mais conversar com o alemão. Renato interviu, mas o homem se irritou, dizendo que era de Hamburgo e que lá quem chegasse primeiro era quem ficava com a mulher. Renato então acertou o rosto do alemão com uma direita poderosa, mas logo sofreu o revide. Meio cambaleante, acertou um gancho no rosto do alemão, que voou pra cima do balcão, quebrando todos os copos e garrafas. Rapidamente, Renato e Sayuri saíram dali. Ela o convidou pra ir a seu apartamento. Disse que iria cuidar dos machucados dele.

O que se passou nas duas horas seguintes, Renato não esqueceu. Não poderia, mesmo que quisesse. E não queria, mesmo que pudesse. Fez sexo com Sayuri de uma maneira que nunca havia imaginado antes. Ela conhecia todos os movimentos, todas as técnicas, todos os segredos. Renato se deliciava passando a mão naquele corpo escultural. Nunca havia tido uma experiência igual. Nuca havia tido uma experiência nem mesmo remotamente semelhante. Sentiu como se tivesse ido ao espaço e voltado. Naquele momento, sentiu-se poderoso. O mundo era dele.

Ao voltar ao Brasil, Alice o recepcionou no aeroporto. Estranhamente, não sentia culpa nenhuma, apenas uma certa melancolia por saber que Sayuri agora iria atrás de outros homens, que fossem geograficamente mais acessíveis.

Assim, voltaram à normalidade nos doze anos subseqüentes (exceto por uma briga que tiveram, que acabou jogando Renato nos braços de uma morena feinha, uma mulher de segunda mão, mas que foi resolvida). Mas o destino ainda estava pra pregar uma peça nele.

Alice conseguiu também uma passagem pra Tóquio, doze anos depois daquela noite maravilhosa que Renato teve. Dessa vez, foram os dois, mas como a viagem de Alice era a negócios, Renato teria muito tempo pra circular sozinho pela cidade. E foi o que fez. Passou o tempo inteiro procurando Sayuri. Foi à loja da Toyota, mas ela já tinha saído e só voltaria no outro dia. Procurou ela por toda parte, por todos os cantos da ainda mais iluminada Tóquio. Aliás, eram tantas luzes, neons e coisas do gênero que Renato sentiu-se tonto. Sentou-se num banco em frente a um estádio de futebol, pra relaxar. Respirou fundo, tomou um pouco de água e, ao levantar o olhar, não acreditou no que viu: Sayuri estava ali, na sua frente, tão linda e escultural quanto estava doze anos antes.

Dessa vez, não perdeu tempo e foi direto falar com ela. Ela se lembrava dele, e deram caminhadas agradáveis por um parque que tinha ali perto. No entanto, ao começar a dar investidas, o mundo de Renato caiu: ela estava namorando um holandês. Depois de todo aquele trabalho, todo aquele tempo, ele não conseguiria beijar aqueles lábios carnudos, nem passar a mão naqueles cabelos macios. A exaltação inicial deu lugar à mesma melancolia que teve ao desembarcar no Brasil doze anos antes. Conversaram por mais um tempo. Ela lhe deu o número de seu telefone no Japão pra ele, mas logo depois disse que precisava ir pra encontrar o holandês. Renato ficou abatido, inconsolável.

Ao voltarem pro Brasil, a tal "normalidade" não foi atingida de novo. Renato sempre pensava em Sayuri. Onde quer que fosse, procurava uma maneira de tentar ir até ela de novo. Não dava valor ao que não pudesse ter alguma ligação com ela. Foi então que Alice, irritada, terminou tudo. Não queria mais viver assim. A tristeza levou Renato a voltar para os braços da mesma morena de segunda que o acolheu da outra vez. Porém, decidiu não desistir. Decidiu que iria reconquistar Alice. Sayuri saiu então de sua cabeça, e, ao longo dos últimos seis meses, ele tem tentado incessantemente reconquistar Alice.

E é aí que ele está errado. Mesmo que volte a reconquistar Alice, nunca será plenamente feliz com ela. Não depois daquela noite em Tóquio. Não depois de ter corrido no corpo macio, quente, adorável de Sayuri. Essa busca de Renato o levará a anos de uma vida "normal", de uma vida que não é mais o suficiente pra ele.

Renato só precisa fazer uma coisa. De alguma maneira, tem que voltar a Tóquio e conquistar Sayuri de novo. Depois dela, nenhuma será tão boa, nem tão relevante. Pois Renato jamais irá se esquecer daquela note memorável, daquela noite onde as horas diluíram-se em minutos de prazer puro. Daquela noite onde ele teve a melhor sensação de sua vida, algo que ele não chegou perto de alcançar mais uma vez. De como Sayuri fez parecer que ele, de alguma forma, estava no espaço, com estrelas a sua volta, com o sol quente o aquecendo, com a lua embelezando tudo.

Não, ele nunca esquecerá aquela noite em que ele foi o dono do mundo. E, lá do topo, ele pôde se virar pra baixo e gritar, com todo o ar em seus pulmões, gritar para o planeta inteiro ouvir: "A TERRA É AZUL!"

Marcadores:

Comentários: 8
 
Movimentação financeira
André - - 16:15
Se tem uma coisa mais irritante do que passar uma hora no banco são aquelas pessoas que, distraídas, não percebem que a fila está andando e permanecem no mesmo lugar. Aí tu vê que tá todo mundo se mexendo, sente uma pontada de esperança de que talvez não demore tanto, e logo recebe um banho de água frio porque um sujeito qualquer está parado assistindo "Vale a pena ver de novo" (e novelas da Globo NUNCA valem a pena ver de novo).

Banco é que nem quando o cara precisa revezar no gol no futebol de domingo: ele sabe que cedo ou tarde será obrigado a ficar debaixo das traves mas, quando chega sua vez, quer sair de lá o mais rápido possível. E ninguém vai pagar uma conta porque acha divertido, ou porque pode ficar assistindo televisão. Se ficar na fila já é ruim, ficar parado quando há espaço suficiente para praticar o direito de ir e vir é agoniante.

Na verdade, estou começando a achar que é tudo uma metáfora desse país que não anda pra frente.
Comentários: 1
 
Lançamento: Revista Monos
Leandro Corrêa - 08 dezembro 2007 - 16:40
Chegou a revista Monos - a revista de futilidades monográficas dos blogueiros do Cataclisma 14! Nesta edição de lançamento, todo luxo e glamour por trás de "Análise Comparativa entre os formatos Banner e Link Patrocinado no portal Yahoo Brasil"



Em breve nas melhores bibliotecas do ramo!
Comentários: 1
 
Cultura em série
André - 07 dezembro 2007 - 15:51
Assassinos por Natureza (Natural Born Killers)
5/5

Direção: Oliver Stone
Roteiro: David Veloz, Richard Rutowski e Oliver Stone, baseado em história de Quentin Tarantino

Elenco
Woody Harrelson (Mickey Knox)
Juliette Lewis (Mallory Knox)
Tom Sizemore (Detetive Jack Scagnetti)
Robert Downey Jr. (Wayne Gale)
Tommy Lee Jones (Warden Dwight McClusky)

Uma obra ainda relevante.

Mickey e Mallory Knox são um casal de assassinos em série, que cruzam os Estados Unidos fazendo vítimas. O filme acompanha a trajetória deles e o crescente interesse da mídia em torná-los produto vendável, ou seja, celebridades.

A polêmica obra de Oliver Stone não é exatamente um filme fácil: com uma narrativa quebrada, por vezes não-linear e repleta de invenções visuais (enquadramentos tortos, filtros verde, vermelho, cenas em preto e branco, cenas que parecem rodadas em 8mm, etc..), Assassinos por Natureza foge do padrão hollywoodyano de linguagem cinematográfica, utilizando a força das imagens para mostrar ao espectador o que está acontecendo.

O que parece ser apenas uma brincadeira estética, na verdade tem seus motivos - e, paradoxalmente, a aparente dispersão que os diversos formatos trazem acaba convergindo para o foco da história. Digo isso porque, ao passear por todos esses estilos, Stone acaba mostrando que não importa a época ou o gênero: a obsessão da mídia pela violência está sempre presente (isso fica claro quando, por exemplo, o diretor mostra o casal se conhecendo em uma cena com atmosfera de sitcom). Não é à toa que casos de serial killer acabam chamando a atenção e recebendo maior espaço nos noticiários (e até mesmo a quantidade de obras sobre o assunto que Hollywood produziu, como Se7en, O Silêncio dos Inocentes, O Colecionador de Ossos e Jogos Mortais, entre outras, reflete essa questão).

Pois a partir do momento em que Mickey e Mallory - que, claro, ganham uma atenção especial dos jornais - viram celebridades, passam a ditar um tipo de comportamento. Tornam-se ídolos. Se a própria mídia não consegue (ou não quer) enxergar o perigo disso tudo, focando-se apenas na audiência e visibilidade, então ela acaba criando um cultura em torno dessa violência. Será que, cedo ou tarde, alguém não vai buscar esse tipo de "fama"?

A melhor resposta para isso quem dá é o próprio Mickey. Quando informado de que o programa sobre ele e sua companheira só não teve mais audiência do que o protagonizado por Charles Manson, o assassino dispara: "É, não se pode superar o mestre".

Marcadores:

Comentários: 1
 
Melô do formando 14
André - - 01:16
(Favor cantar com a melodia da música Bebendo Vinho)

Refrão:
Finalmente estamos nos formando
Na Fabico
Depois de anos

A banca fez perguntas, mas já era
Tchau monografia
A festa nos espera

Nada mais apaga essa nota
Estamos passados
Não há mais derrota

Refrão

Então pega esse diploma sem frescura
E vamo pra festa
Tequila à uma

Então pega esse diploma sem demora
Um Cataclisma?
Só se for agora
Comentários: 2
 
Crime e Castigo
Thiago Silverolli - 06 dezembro 2007 - 00:38
Antes de tudo, quero me livrar do peso de fazer qualquer tipo de relação com a obra de Dostoievski. Não a li. Mas é que os acontecimentos futebolísticos do final de semana me remeteram diretamente a esse título. Crime e Castigo, ou mais popular, Aqui se faz, aqui se paga.

O Corinthians foi rebaixado! E a menos que você seja um corintiano, deve estar sorrindo com isso. Não se trata de perseguição gratuita. As pessoas não gostam mesmo do clube paulista. E isso se deve muito pela superexposição na mídia.

Esse time nunca foi muito alem de campeonatos brasileiros, ganhou alguns campeonatos paulistas e é o único time sul americano campeão do mundo que nunca conquistou a Libertadores. Ou melhor, campeão do mundo não, campeão FIFA.

Conseguiu reunir a segunda maior torcida do Brasil (?) talvez por um fato bem simples: brasileiro é um povo que gosta de sofrer. Como diz o final da letra do seu hino, o clube mais brasileiro.

Na realidade, o clube mais odiado pelos brasileiros. E não é um ódio motivado por inveja como no caso de seu rival São Paulo, por que o Corinthians não coleciona feitos de que possa se orgulhar. A principal glória de sua história foi quebrar um jejum de mais de década sem ganhar nem campeonato de par ou impar, quando derrotou a Ponte Preta por 1 a 0 no Paulistão de 77.

Eu ia dizer agora que é um time que nunca fez mal pra ninguém, mas não posso deixar de citar o título mais injusto e desqualificado da história do futebol. Sinceramente, se eu fosse corintiano, não sei se comemoraria o titulo brasileiro de 2005.

Mesmo assim, tudo que o Corinthians faz é grandioso. Digno de coberturas minuciosas por parte da imprensa. Até o meu Word entrou nessa onda de puxa-saquismo exagerado agora: acabei de escrever Corinthians com C minúsculo e o petulante me corrigiu. Aposto que a mídia vai continuar tratando eles dessa forma também: o Timão vai continuar sendo maiúsculo na serie B, serie B com B maiúsculo!

Por toda essa supervalorização inexplicável, fenômenos até então impensáveis, como gremistas e colorados lado a lado comemorando numa tarde em que nenhum de seus times venceu, aconteceram quando o Corinthians foi castigado pelos seus crimes.

Com vocês, futebol:

Marcadores:

Comentários: 10
 
Dois meses
Kleiton - 04 dezembro 2007 - 16:05
A imagem abaixo pode parecer apenas um singelo cronograma, mas olhos apurados podem identificar, ali, um ser humano em dois momentos abslutamente distintos.


O cronograma foi elaborado em 03/10, dois meses atrás, no auge do desespero do processo monográfico. Eu queria me formar. Eu pretendia me formar. Eu TINHA que me formar, depois de 5 anos dentro da Fabico. Naquele momento, eram algumas poucas páginas a formar meu trabalho de conclusão.

Ontem, 03/12, foi a minha banca, como vocês puderam notar no cronograma. O calendário simples, feito em excel, agora conta com muitos e muitos Xs a marcarem a passagem rápida desses últimos dois meses. E aquele OK no dia 03/12 representa, obviamente, o alívio absoluto.

Acho que fui o primeiro desse blog a apresentar, e para deixá-los a par: agora, é definitivo. A luz no fim do túnel aparece cada vez mais nítida.
Comentários: 4
 
Sensacional(ismo)
André - 03 dezembro 2007 - 11:34
Quando o juiz apitou o final da partida Grêmio x Corinthians, uma galera invadiu o campo. Foi correria pra todos os lados, os jogadores não conseguiam sair do gramado, cada um fugia para onde tinha um mínimo de espaço, a multidão não dava descanso... De onde eu estava no estádio, inclusive, a primeira sensação foi a de que um arrastão estava acontecendo lá dentro.

Acho que os jornalistas deviam se controlar mais.
Comentários: 3
 
Sua mãe é tão gorda...
Leandro Corrêa - 01 dezembro 2007 - 14:29
Al Bundy era mestre em insultar mulher gorda. Por mais degradante que fosse, era impossível não rir de declarações do tipo:

- Uma mulher gorda esteve hoje na sapataria. Disse que precisava de algo para fazer trilha na floresta. Brincando, eu sugeri uma placa dizendo "Não atire! Olhando de frente eu pareço humana!".

- Uma mulher gorda esteve hoje na sapataria. Ela era tão gorda que tinha 4 planetas orbitando ao redor dela.

Al Bundy era o porco chauvinista preconceituoso que todo mundo gostava de assistir, enfim. Lembrei-me dele depois de ver esta lista com as melhores piadas/insultos de um programa da MTV chamado "Yo Momma", que consiste basicamente em um concurso onde ganha o cara quem for mais criativo ao xingar a mãe do adversário. Apesar da idéia idiota do programa, alguns insultos são realmente muito engraçados. Como estes da modalidade "Yo momma is so fat":


Sua mãe é tão gorda...

... que ela foi batizada no Sea World.

... que ela tem um CEP só pra ela.

... que quando ela fala com ela mesma, tem que fazer um DDD.

... que ela nasceu nos dias 14, 15 e 16 de março.

... que o umbigo dela dá eco.

... que ela sentou numa nota de 1 dolar e, quando levantou, haviam 4 moedas de 0,25.

... que quando ela veste uma capa de chuva amarela, as pessoas chamam "Taxi!".

... que quando ela entre num elevador, ele só desce.

... que quando ela veste uma camiseta escrito Malcom X, helicópteros tentam pousar em suas costas.

... que ela não é capaz nem de "pular para a conclusão".

... que o nome do cargo que ela ocupa é "Operador de garfo e faca".

... que ela passa o cinto com um boomerang.

... que quando era criança, ela não brincava com bonecas; ela brincava com anões.

... que a sombra da bunda dela pesa 100 Kg.

... que quando ela vai ao zoológico, elefantes atiram amendoim pra ela.

... que ela é metade italiana, metade irlandesa e metade americana.

... que quando ela vai ao cinema, ela senta ao lado de todo mundo.

... que ela caiu de ambos os lados da cama dela.

Comentários: 8