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Cultura em série
André - 07 dezembro 2007 - 15:51
Assassinos por Natureza (Natural Born Killers)
5/5

Direção: Oliver Stone
Roteiro: David Veloz, Richard Rutowski e Oliver Stone, baseado em história de Quentin Tarantino

Elenco
Woody Harrelson (Mickey Knox)
Juliette Lewis (Mallory Knox)
Tom Sizemore (Detetive Jack Scagnetti)
Robert Downey Jr. (Wayne Gale)
Tommy Lee Jones (Warden Dwight McClusky)

Uma obra ainda relevante.

Mickey e Mallory Knox são um casal de assassinos em série, que cruzam os Estados Unidos fazendo vítimas. O filme acompanha a trajetória deles e o crescente interesse da mídia em torná-los produto vendável, ou seja, celebridades.

A polêmica obra de Oliver Stone não é exatamente um filme fácil: com uma narrativa quebrada, por vezes não-linear e repleta de invenções visuais (enquadramentos tortos, filtros verde, vermelho, cenas em preto e branco, cenas que parecem rodadas em 8mm, etc..), Assassinos por Natureza foge do padrão hollywoodyano de linguagem cinematográfica, utilizando a força das imagens para mostrar ao espectador o que está acontecendo.

O que parece ser apenas uma brincadeira estética, na verdade tem seus motivos - e, paradoxalmente, a aparente dispersão que os diversos formatos trazem acaba convergindo para o foco da história. Digo isso porque, ao passear por todos esses estilos, Stone acaba mostrando que não importa a época ou o gênero: a obsessão da mídia pela violência está sempre presente (isso fica claro quando, por exemplo, o diretor mostra o casal se conhecendo em uma cena com atmosfera de sitcom). Não é à toa que casos de serial killer acabam chamando a atenção e recebendo maior espaço nos noticiários (e até mesmo a quantidade de obras sobre o assunto que Hollywood produziu, como Se7en, O Silêncio dos Inocentes, O Colecionador de Ossos e Jogos Mortais, entre outras, reflete essa questão).

Pois a partir do momento em que Mickey e Mallory - que, claro, ganham uma atenção especial dos jornais - viram celebridades, passam a ditar um tipo de comportamento. Tornam-se ídolos. Se a própria mídia não consegue (ou não quer) enxergar o perigo disso tudo, focando-se apenas na audiência e visibilidade, então ela acaba criando um cultura em torno dessa violência. Será que, cedo ou tarde, alguém não vai buscar esse tipo de "fama"?

A melhor resposta para isso quem dá é o próprio Mickey. Quando informado de que o programa sobre ele e sua companheira só não teve mais audiência do que o protagonizado por Charles Manson, o assassino dispara: "É, não se pode superar o mestre".

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