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André - 21 dezembro 2007 - 19:46
Bobby
3/5

Direção: Emilio Estevez
Roteiro: Emilio Estevez

Elenco:
Emilio Estevez (Tim Fallon)
Laurence Fishburne (Edward Robinson)
Anthony Hopkins (John Casey)
Helen Hunt (Samantha)
Lindsay Lohan (Diane)
William H. Macy (Paul Ebbers)
Martin Sheen (Jack)
Sharon Stone (Miriam Ebbers)

Não é a continuação do excelente JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar, de Oliver Stone (sabem como é, não podemos duvidar de Hollywood, é sempre bom avisar).

Bobby mostra a história de diversas personagens que estavam no Ambassador Hotel, no dia 4 de Junho de 1968, esperando para ouvir o discurso do candidato à presidência - e também testemunhando o atentado que acabaria tirando a vida do então senador dois dias depois.

Desde o início, Robert F. Kennedy é mostrado como o salvador da pátria: ele quer acabar com a guerra, quer direitos iguais para todos, trata todo mundo com cortesia... O que não é um demérito, já que o objetivo é comover a platéia com a morte do senador, trazendo à tona questionamentos sobre os valores de um país que se vangloria mais de seu poderio bélico do que qualquer coisa.

É interessante, portanto, a idéia de expor a situação das outras pessoas que estavam no mesmo lugar naquele dia, seja através dos preparativos para o discurso, das opiniões que as personagens possuem ou até mesmo da imagem do senador na televisão, que eventualmente acaba surgindo nas diferentes subtramas (e sempre com discursos que evidenciam sua postura política de tolerância e paz).

Infelizmente o roteiro não aproveita bem o plot, acabando por utilizar-se de histórias que não acrescentam muito à trama: o marido casado que trai a mulher, o imigrante que é alvo de preconceito por parte do chefe, a mulher que se preocupa mais com sua aparência do que outra coisa... Não que haja algo errado com isso, mas como o tempo de projeção para cada uma delas é curto, não há espaço para que se desenvolvam além do convencional. O espectador, então, acaba se distanciando dessas subtramas, e cada uma delas acaba soando episódica demais, como se estivesse preenchendo espaço antes do ato final.

Por outro lado, Emilio Estevez confere um clima de apreensão à película, pois suas câmeras sempre em movimento criam uma atmosfera de que algo está para acontecer - e, de quebra, somos brindados com belos planos sequência em "passeios" pelos corredores do hotel. E se alguns cortes parecem desnecessários e o filtro noturno é mal utilizado em algumas cenas, o excelente elenco é bastante homogêneo, matendo atuações de alto nível ao longo do filme.

Com altos e baixos, Bobby acaba sendo um bom filme, mas nada memorável. Utilizando imagens de guerra e violência durante um discurso pacifista do Kennedy caçula, o diretor busca cativar o espectador e fazê-lo refletir sobre tais temas. No entanto, acaba perdendo uma chance de ouro: se colocasse cenas da guerra no Iraque, racismo nos dias de hoje e intolerância no século XXI, provaria que nada mudou, e que aquele belo discurso de Robert F. Kennedy, infelizmente, serve apenas para fechar um filme com uma mensagem bonita.

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