uno, dos, tres...
André
Bruno
Kleiton
Laura
Leandro
Rafael
Thiago
14

hello, hello!
Cão Uivador
Dilbert blog
Forasteiro RS
GPF
Improfícuo
La'Máfia Trumpi
Limão com sal
Malvados
Moldura Digital
Notórios Infames
PBF archive
Wonderpree

hola!
"Essa vai pro blog!"
Mas o que é um blog?
Músicas do Mês
Os Melhores Dias de Nossas Vidas
Movimentação financeira
Lançamento: Revista Monos
Cultura em série
Melô do formando 14
Crime e Castigo
Dois meses

Swinging to the music
A 14 Km/seg
Expressão Digital
Peliculosidade
Suando a 14
Tá tudo interligado
Cataclisma14 no Pan
Libertadores 2007

dónde estás?


all this can be yours...





RSS
Verossimilhança
Kleiton - 14 dezembro 2007 - 09:54
Pra começar, posso dizer que acho impossível não parecer esnobe ao dizer, confortavelmente sentado no banco de um carro, "não tenho nada" a qualquer pedinte. Responder dessa forma sempre me soa como se eu dissesse "não, não vou te dar nada porque acho que tu não merece, porque se eu fosse me importar com todo mundo iria à falência", essas coisas. São situações que me deixam realmente constrangido.

Esses tempos mais, em uma sinaleira próxima ao Iguatemi, o pedinte ficou na esquina. Disse com um tom de voz nervoso, quase choroso: "Eu não vou chegar perto. Eu sou de Barra do Ribeiro, trabalho com panfletagem aqui em Porto Alegre e perdi o dinheiro da passagem, por isso estou pedindo aqui na sinaleira". Já eram mais de 6 horas da tarde de um sábado. Me comovi com a história do cara, saquei uma moeda de 1 pila da carteira e contribuí pra passagem do infeliz. Afinal de contas, o relato parecia bastante verídico e o cara parecia realmente angustiado com a idéia de não voltar pra casa naquele mesmo dia.

Ontem à noite, eu e a Renata a caminho da casa, paramos na sinaleira da junção da Cristiano Fischer com a Protásio Alves. Um rapaz bem arrumado pedia dinheiro, achamos estranho. Ele chegou perto do carro. Começou a falar. "Eu não vou chegar perto. Eu sou de Barra do Ribeiro, trabalho com panfletagem aqui em Porto Alegre e...". O sinal abriu, arranquei meio incrédulo.

Sim, era o mesmo cara.

Ou o cara ainda não tinha conseguido juntar o dinheiro da passagem, ou é um baita dum golpista. Agora, a segunda hipótese me parece mais provável. Por essas e outras que eu nunca mais vou dar moedas na sinaleira, por mais verossímil que seja a história ou o sofrimento alheio. Nunca se sabe.
Comentários: 2