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Pontaria falha
André - 16 maio 2010 - 19:21
Robin Hood
2/5

Direção: Riddley Scott
Roteiro: Brian Helgelend

Elenco
Russel Crowe (Robin Hood)
Cate Blanchett (Lady Marion)
William Hurt (William Marshall)
Mark Strong (Godfrey)
Max von Sydow (Sir Walter Loxley)

Robin Longstride, também conhecido como Robin Hood e MAXIMUS, liga o modo "politicamente correto" e enche o saco de surrar muçulmanos em nome do rei Ricardo Coração de Leão. Então, quando este ABOTOA O PALETÓ no meio de uma peleja, Robin vê uma chance de dar no pé com sua trupe de amigos - entretanto, o destino, esse grande roteirista preguiçoso, coloca no caminho da galera a coroa do tal rei, o que leva Robin a conhecer Marion enquanto o rei da França arma uma conspiração pra tomar a Inglaterra de assalto.

Riddley Scott inconscientemente aderiu à moda hollywoodiana de refilmagens, pois Robin Hood nada mais é do que um Gladiador recauchutado. Estão ali os mesmos temas: o herói involuntário, a mina idealista, alguém da família assassinado, o vilão caricato, as cenas de ação decepcionantes, a falta de destreza do diretor e a necessidade de assistir ao filme bêbado pra achar alguma graça.

Russel Crowe caracterizado como Robin

Isso porque a trama de Robin Hood é rechada de momentos que fogem completamente à qualquer lógica de qualquer dimensão conhecida e desconhecida pelo homem. É como se houvesse uma cartilha de normas a serem seguidas nos filmes épicos, e o roteiro simplesmente jogasse elas ali. Tipo, não basta os vilões serem adversários do herói (e é com a visão deste que o espectador se identifica), eles precisam ser maus. Rir enquanto botam fogo em mulheres e crianças. Convocar o Josué pra seleção brasileira. Da mesma forma, Robin, o herói involuntário, precisa fazer um discurso comovente, embora absolutamente NADA tenha dado a entender que ele tinha as características para tal feito. E como não tentar morder o próprio cérebro quando uma personagem subitamente aparece de armadura e espada e com um batalhão que surgiu Deus sabe de onde e parte pra pauleira desenfreada, se até ali ela mal dava conta de conduzir cavalos pelo PLANTIO? Parece que o roteiro de Robin Hood faltou à aula de desenvolvimento da história, onde se aprende que, antes de botar centenas de figurantes tocando o terror uns nos outros em grandes planícies, é preciso que a trama que conduz a esses momentos cative o público ao menos um pouquinho. Uma história apressada não leva a lugar nenhum - como disse o filósofo MAURÍCIO SARAIVA, "a pressa apressa o erro".

Já Riddley "MÃOS DE PARKINSON" Scott, embora acertadamente mantenha as cores desta sua cria sempre em tons dessaturados buscando uma imagem mais sóbria e realista (a exceção é a vila de Nottingham, cuja relva é tão verde e bonita que dá até vontade de PASTAR), e deixe as sombras se acomodarem como quiserem (afinal, é uma história tensa, e as sombras ajudam a dar um climão), novamente cai no mais desprezível de seus vícios: nas cenas de ação, a câmera se remexe tanto que é impossível distinguir qualquer coisa. Simplesmente não dá. Sei que a câmera chacoalhando tenta conferir um tom mais realista e blá blá blá, mas como o sujeito vai torcer pelo Robin Hood se ele sequer consegue ver quem naquela MASSA DISFORME é o Robin? Não ajudam muito os cortes rápidos, feitos como se o montador estivesse fatiando CENOURAS e que buscam fortemente proporcionar ao espectador uma intensa experiência de dor de cabeça. Por outro lado, a direção de arte recria muito bem os trambolhos da época, e, junto com a trilha, é responsável por qualquer resquício de heroísmo que porventura apareça na tela.

Como Robin Hood, Russe Crowe limita-se a a fazer de novo a mesma fala mansa e olhar cabisbaixo que usou como Maximus em Gladiador. De resto, Cate Blanchett nada pode fazer com uma personagem, bem, chata pra caralho, enquanto os outros elementos do elenco nada são além de caricaturas desenhadas por crianças de 6 anos de idade. Salvam-se apenas William Hurt, que confere dignidade total ao William Marshall, e Max von Sydow, único representante da expressão "carisma" ao longo da projeção.

Imagino que a ideia aqui, assim como em Batman Begins e Sherlock Holmes, foi criar uma base para que se pudesse desenvolver uma franquia em torno de Robin Hood. Infelizmente tudo que Scott fez foi pegar uma figura clássica e empanturrá-la de clichês de seus próprios filmes - prova disso é que a imensa habilidade de Robin com o arco e flecha quase não aparece, e, quando o faz, vem acompanhada de uma solução visual burocrática. Parece que, ao contrário de seu protagonista, Riddley Scott errou o alvo de vez.

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