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Série "Todo Mundo em uma Ilha"
André - 29 abril 2010 - 01:11
Essa semana não teve episódio de LOST (e, devido a esse fato, muitos fãs da série fatalmente tiveram uma semana com duas segundas-feiras), o que obviamente impossibilita a postagem de um resumo dos eventos aqui - eu até pensei em inventar alguns, só de avacalhação mesmo, mas eram muito grandes as chances de eu acertar o final da série e ser linchado depois.

Então, a solução foi citar aqui alguns dos vícios narrativos do seriado, coisas que ocorrem com frequência, e que, bem, e que simplesmente são mais inexplicáveis do que alguns mistérios da Ilha:

O suspense aguarda atrás da mata
Uma personagem caminha. Está escuro. Ela tem apenas uma tocha na mão, tirada de algum lugar secreto onde fazem tochas infinitas. Então se ouve um movimento. A mata começa a mexer. E então, de repente, surge a pessoa mais improvável de todas, uma que sequer estava na Ilha e, de preferência, tenha sido morta oito vezes e enterrada doze.

O grande problema é o seguinte: qualquer pessoa que tenha assistido a pelo menos três episódios do seriado saberá quem está atrás da moita (sem pensamentos impuros, por favor). É apenas uma questão de fazer x = pe - pp + tc, onde "pe" é "pessoa evento" (quem a câmera acompanha na cena), "pp" é "pessoa provável" (a pessoa que mais faria sentido estar ali) e "tc" é "tensão da cena" (o nível de suspense que os produtores querem botar pra fazer um final inesperado). Resumindo: espere o inesperado e o suspense da cena terá a intensidade de um mosquito raquítico.

Porque sim
Alguém, digamos, Kate, caminha pela mata, quando surge Locke CO2. Ele diz que precisa da ajuda dela para seguir uma trilha, fazer uma fogueira, lavar, passar, cozinhar e dar banho no Vincent. Ela faz cara de capitão Nascimento e pergunta por quê deve fazer isso. E o Locke Fumacê responde "porque a Ilha ainda não terminou com você".

Este é, provavelmente, o argumento mais utilizado para convencer alguém - e quando não dá certo, resulta em uma frase de efeito cuja construção surge apenas da troca de ordem dos elementos, como "Ah é? Mas eu já terminei com a Ilha", e aposto que vocês podem imaginar o Sawyer falando isso. Tudo bem que é pra manter o mistério, mas pô, que tal um pouco de discussão lógica? De uma troca de diálogos rica e informativa para ambas as partes? De botar a BOCA NO TROMBONE?

Meu nome é "eu não sei responder diretamente"
Então Jack, o mocinho, encontra o Locke Gás Carbônico e chama ele no cantinho pra prosear. É uma cena tensa. Algo importante está para ser revelado. Jack pergunta a Locke SMOKE ON THE WATER o que diabos ele é. Locke Fumacê pára, pensa, caminha, e calmamente começa a resposta com um "Você sabe como as árvores nascem, Jack?".

PORRA, Locke! É claro que ele sabe, ele tem diploma! E mesmo se não soubesse, pra que CHULEAR tanto antes de dar uma simples resposta? Locke, Jacob, Richard, Faraday, Ben e Juliet devem ter feito uma aula de conversação na ESCOLA DE MULHERES FAZIDAS. Quer escrever um roteiro de LOST? Então aprenda a iniciar todos os diálogos importantes com um verbete da Wikipédia. Francamente.

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