Olhando os arquivos antigos do blog esses dias, me deparei com o seguinte post, intitulado I'm Out of Control, que diz exatamente o seguinte:
Mais uma vez meses de concentração, esforço, trabalho, dedicação e fé convergem em um único fim de semana, que de novo não irá terminar no domingo tedioso, mas sim em uma indescritível noite de segunda. Um desfecho grandioso, espetacular, com direito a luzes que cegam, batidas mais fortes que as do coração e uma saudação simples: "Hello, hello".
Se alguém perguntar por nós, estamos em um lugar chamado Vertigo.
Então me dei conta: hoje faz três anos que a turnê Vertigo aterrisou no Brasil. E não só o show, como a antecipação, o nervosismo, as reviravoltas na odisséia para chegar lá, a mistura de felicidade e tristeza ao final, tudo isso deu ao espetáculo, já grandioso, uma aura mítica. E eu não teria chegado lá se não fosse pelo Bruno, pelo Leandro e pela Márcia, que em nenhum momento reclamaram de cansaço ou stress ou falta de grana ou um dos tantos obstaculos que tivemos que enfrentar.
Acho que foi a maior coisa que eu já fiz na vida, em termos de aventura, de jornada, de riscos. Não à toa a viagem rendeu um post do Leandro e uma narrativa minha dividida em seis partes (parte um, parte dois, parte três, parte catorze, parte cinco, parte seis). Eu nunca tinha viajado de avião, nem ido à São Paulo, nem conhecido Sorocaba, nem caminhado pela Paulista, nem botado uma mochila nas costas e partido pro tudo ou nada, nem virado a noite no aeroporto para trabalhar na manhã seguinte. Nós chegamos um dia antes do show sem os três ingressos na mão, por exemplo, e tivemos que nos separar antes de entrar no estádio - mas, no final, nos reencontramos praticamente na frente do palco. Os três. E deu tudo certo, de uma forma que eu só tinha visto nos filmes. Porque, na boa, ninguém merecia estar lá mais do que nós. E isso tudo pode até parecer pouco perto de quem arruma as malas e se manda pra algum canto do mundo a esmo, mas éramos apenas três estudantes mal remunerados que tentavam realizar um sonho. E conseguiram.
Por isso, toda vez que assisto um vídeo como esse abaixo, sinto vontade de fechar os olhos, abrir os braços e correr pra longe, bem longe. Lá onde as ruas não tem nome.
Se olharem com cuidado, entre 1m46s e 1m49s do vídeo, verão o leandro pulando no canto esquerdo da tela, na frente de uma caixa de isopor.