uno, dos, tres...
André
Bruno
Kleiton
Laura
Leandro
Rafael
Thiago
14

hello, hello!
Cão Uivador
Dilbert blog
Forasteiro RS
GPF
Improfícuo
La'Máfia Trumpi
Limão com sal
Malvados
Moldura Digital
Notórios Infames
PBF archive
Wonderpree

hola!
Curtas
The Oscar is (not) on the table
Semi-considerações futebolísticas
Back in the USSR
Dom Quixote
Notícias Comentadas
Man of constant sorrow
Gafe do Terra é de outro planeta
Me joga na parede e me chama de Diego
Oasis - Flashbax

Swinging to the music
A 14 Km/seg
Expressão Digital
Peliculosidade
Suando a 14
Tá tudo interligado
Cataclisma14 no Pan
Libertadores 2007

dónde estás?


all this can be yours...





RSS
Dente por dente
André - 19 fevereiro 2009 - 21:58
Uma inevitável ida ao dentista essa última semana me lembrou de alguns aspectos. Pequenos eventos que, quando somados, constroem aquela fascinante atmosfera, parecida com um mascarado e sua serra elétrica perseguindo adolescentes em um filme de terror:

- O ventinho. Todo mundo odeia as brocas e pinças, mas isso já é esperado quando se vai ao dentista. Agora, aquele ventinho quieto ali no canto, quando se empolga, dá um choque nos dentes e um frio na espinha que dura horas;

- O fato do dentista puxar conversa enquanto ta com uma broca alojada na tua boca. A lógica é mais ou menos o seguinte: tu tá com uma broca na boca, certo? E tem um cara tentando conversar contigo ao mesmo tempo, certo? E apenas o fato de tentar dialogar enquanto seu interlocutor está com a LARINGE exposta mostra que o sujeito não bate muito bem da cabeça, certo? Pois é esse sujeito que não bate muito bem da cabeça que tá controlando o objeto giratório e cortante dentro da tua boca;

- A anestesia. Começa que a expressão implica na existência de uma seringa, o que já não é nada louvável. Aí quando a agulha dessa seringa tem dois centímetros e meio de tamanho e IRROMPE (sim, a palavra é IRROMPE) inteira na tua bochecha, o desembarque na Normandia parece uma partida de Banco Imobiliário. E quando o dentista finalmente PRONUNCIA que "essa anestesia é ruim, a agulha tem que entrar inteira na bochecha e ela não funciona 100%", tua cabeça já começa a inventar palavrões - como "filho de um CUZARALHUTASEFODER". Então, o cara solta "ok, já deve estar anestesiado... se doer tu grita, certo?";

- O medo de morrer envenenado. É tanta substancia e algodão e metal e etc que tu simplesmente fica com medo de engolir saliva para evitar uma possível morte por ENVENENAMENTO DENTAL dez minutos após deixar o consultório.

- A indescritivelmente repulsiva sensação de sofrer por tanto tempo e, ao final, desembolsar uma grana para pagar o cara.
Comentários: 3