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Frases impactantes e pertinentes
André - 31 março 2006 - 13:40
"Clássico é clássico e vice-versa"

Pérola de Jardel, ex-atacante, centroavante, trombador, carrasco e GOLEADOR da verdadeira força tricolor instalada neste país.

Amanhã o Grêmio não terá Jardel, nem Renato, Anderson, Ronaldinho, Marcelinho ou nenhum dos talentos produzidos no Monumental ao longo de mais de cem anos de história.

Mas Gre-nal é Gre-nal. É surpreendente, ilógico, irracional. Então, se for pra apostar, aposto no meu tricolor do coração. Sempre.
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A Terra é... Verde e amarela?!
Kleiton - 30 março 2006 - 11:53
Então foi. Ontem de noite partiu a primeira missão espacial que levava junto um astronauta brasileiro. O tenente-coronel da Aeronáutica foi pro espaço, pleno de sorrisos e sinais de positivo, com câmeras e flashes ao redor.

Pela bagatela de US$10 milhões, em função de uma parceria entre Brasil e Rússia.

Minhas lembranças às criancinhas passando fome.

Beijos nas gurias, abraços pro resto.
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O Fantástico transforma qualquer opinião em merda
Kleiton - 29 março 2006 - 10:08
A la putcha.

Beijos nas gurias, abraços pro resto.
Comentários: 2
 
31 canções
André - 28 março 2006 - 13:27
É, eu sei, imitei o cara de novo... mas é uma idéia tão boa que eu não podia deixar passar - e seria bala se eu não fosse o único. Não são necessariamente as minhas canções favoritas, ou as melhores. Apenas algumas músicas e o que eu associo com elas.

1. Baba O'Riley - The Who

Pra qualquer momento de qualquer vida

2. Acquiesce - Oasis

Pra amizade

3. Long May You Run - Neil Young

Pra tocar sozinho no violão

4. Flake - Jack Johnson

Pra tocar numa roda de violão

5. Breath - Pearl Jam

Pra tocar na guitarra

6. Rádio Pirata - RPM

Pra tocar numa banda

7. Where the streets have no name - U2

Pra pular

8. Yellow LedBetter - Pearl Jam

Pra despedidas

9. Piano Bar - Engenheiros do Hawaii

Pra amores que não deram certo

10. Substitute - The Who

Pra mandar esses amores que não deram certo tomar no c*

11. After the Gold Rush - Neil Young

Pra apertar o coração

12. Bad - U2

Pra rasgar de vez o coração

13. Black - Pearl Jam

Pra triturar, amassar, pisar em cima, jogar o coração na privada e dar a descarga

14. The Rising - Bruce Springsteen

Pra se levantar

15. Bonehead's Bank Holiday - Oasis

Pra ficar feliz sem motivo aparente

16. Tiny Dancer - Elton John

Pra ficar com vontade de cantar sem motivo aparente

17. Run Like Hell - Pink Floyd

Pra sair correndo sem motivo aparente

18. Drift Away - Uncle Kracker

Pra fugir

19. Rockin' In The Free World - Neil Young

Pra perder a noção

20. Cochise - Audioslave

Pra perder completamente a noção

21. Vertigo - U2

(Pra perder completamente a noção)²

22. February Stars - Foo Fighters

Pra olhar o céu de noite

23. Stairway to Heaven - Led Zeppelin

Pra chover no molhado

24. Roadhouse Blues - The Doors

Pra qualquer viagem de carro

25. Wish You Were Here - Pink Floyd

Pra saudade

26. Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town - Pearl Jam

Pra reencontros

28. Sometimes You Cant Make it On Your Own - U2

Pra viver

28. November Rain - Guns'n Roses

Pra alguém

29. Don't Look Back in Anger - Oasis

Pra fazer um coro de vozes

30. Free Fallin - Tom Petty

Pra gritar

31. Given to Fly - Pearl Jam

Pra voar sem sair do chão
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Esse post é uma bomba
Kleiton - - 08:56
Mil desculpas, mas não resisti ao trocadalho (do carilho). Na real, é um post sério: no bLog Baghdad Burning, temos o outro lado sobre a invasão do Iraque - o lado do povo que não tinha nada a ver com a história.
=====
The Beginning...
So this is the beginning for me, I guess. I never thought I'd start my own weblog... All I could think, every time I wanted to start one was "but who will read it?" I guess I've got nothing to lose... but I'm warning you- expect a lot of complaining and ranting. I looked for a 'rantlog' but this is the best Google came up with.

A little bit about myself: I'm female, Iraqi and 24. I survived the war. That's all you need to know. It's all that matters these days anyway.

Riverbend
=====
Riverbend é um pseudônimo. E cada linha desse bLog é um tapa na cara - mais ou menos que nem Os Malvados, mas sem a menor graça.

Beijos nas gurias, abraços pro resto.
Comentários: 4
 
Resumo cinematrográfico dos filmes vistos em DVD
André - 27 março 2006 - 13:07
Breves comentários sobre os filmes que vi nesse último fim-de-semana:

Harry Potter e o Cálice de Fogo

Ah, esse me arrependo de não ter visto no cinema. Quem diria que são os mesmos personages do bobinho (mas legal) Harry Potter e a Pedra Filosofal? No quarto filme da série, o piá tem seu nome misteriosamente escolhido para participar do Torneio Tribuxo, ao mesmo tempo que lida com evidências da volta de Voldemort (o vilão da história).

A aventura é bem conduzida, fluindo de maneira incrível. Os desafios do Torneio Tribuxo não estão lá apenas para encher linguiça, e o protagonista sai deles realmente machucado e com cicatrizes (físicas e emocionais). O filme prende a atenção do espectador, seja pelos mistérios, pela aventura ou pelas ótimas tiradas cômicas. No entanto, a sequência que começa com os participantes do torneio entrando em um labirinto e termina com Potter de volta ao estádio merece ser citada. Dramática e assustadora, ela possui uma intensidade desconcertante, e choca de uma maneira cruel e seca. Quando a situação "foi resolvida" (é com aspas mesmo), me surpreendi ao perceber que ainda sentia a angústia e a tensão que o filme passou. Definitivamente Harry Potter não é mais uma franquia para crianças. Definitivamente.

Herói

Deu início ao I Movimento do Parnasianismo Cinematográfico (proposto pelo Kleiton), se não me engano. Falar do visual é chover no molhado: fotografia, figurino, direção de arte, etc... são espetaculares. Os cenários são de tirar o fôlego. Cada plano foi pensado como uma obra de arte. É realmente impressiontante. Mas fora isso...

Bem, fora isso não sobra nada. A história é pífia, os diálogos muitas vezes risíveis ("as chamas das minhas velas captaram suas intenções assassinas"), o ritmo é trancado... Além do mais, as lutas são de uma chatice impressionante, um "mais do mesmo" do que foi visto em Matrix e O Tigre e o Dragão. Em nenhum momento elas conseguem empolgar, (para assistiram a um combate REALMENTE foda, sugiro a batalha Heitor x Aquiles no filme Tróia)e foi difícil resitir à tentação de apertar o FF enquanto eles ficam pulando e batendo espadas sem vontade nenhuma (o que é uma pena, já que aquele cenário do lago é impressionate e poderia resultar em uma luta inesquecível). Com uma bela e edificante mensagem de que a paz só se consegue através da guerra e da imposição cultural, Herói é bonito visualmente, mas não consegue passar disso.

Crimes em Wonderland

Baseado em fatos reais. Em 1981, o brutal assassinato de quatro pessoas na rua Wonderland leva ao envolvimento do astro pornô dos anos 70 John Holmes. Será? Duas pessoas diferentes (e ambas envolvidas de alguma forma) contam seus lados da história, e fica a cargo do espectador decidir em quem acreditar.

Maluco, frenético, diferente e com uma PUTA trilha sonora, o filme consegue ao mesmo tempo ser pesado e divertido, despreocupado e intenso. Uma grande película, que entra pros melhores da lista de Filmes Bacanas dos Quais eu Nunca Tinha Ouvido Falar (ou "Aqueles Que Eu Vi Na Locadora E, Na Falta De Outro Que Chamasse Mais A Atenção, Resolvi Levar"), cujo topo ainda é ocupado por Donnie Darko.

Fiquem atentos. Sempre que for possível, mais cinema em DVD analisados de maneira curta, seca e preconceituosa.


PS: alguém conhece o trabalho da cantora Aimee Mann? Eu ouvi o disco Lost in Space (não, não é do filme e muito menos do seriado) e gostei. Gostei muito.
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Fase Negra!!
Anônimo - - 12:20
(Aí André, vou te dar uma força..)

Estava sentado no banco do passageiro do Gol do meu pai, quando, nao lembro por qual motivo, o carro parou no acostamento. Não posso dar detalhes pois a minha memória é fraca. Naquela época, por volta de meus 9 anos de idade, ainda achava algo irreal dirigir um carro, portanto ficava bem quietinho no banco do passageiro, na frente, quando meu pai permitia.

Eis que quando o carro parou no acostamento, meu pai saiu. Foi até o porta-malas e voltou com o LP azul do "Zezé di Camargo e Luciano" na mão. No auge da minha breguice infantil, não sabendo absolutamente nada da vida, brilhei meus olhos ao ver aquele bolachão preto, que vinha com um encarte interno contendo as letras de todo o disco e algumas fotos da dupla, com aquelas calças que subiam até doer os fundilhos e uns cinturões com cavalo lapidado.

Aquela foto do Zezé, na capa, é uma coisa que até hoje não sai da minha cabeça, com aquele cabelo curtinho nas laterais da cabeça, praticamente raspado e tomado de gel e uns "mullets" atras da cabeça. Fora a franja dos dois na capa, com uma leve simulação de penachos.

É, me lembro bem do momento em que minha alegria veio à tona. Era um presente de aniversário da época que pouco via meu pai, e nós ouvíamos LP em casa e rádio, apenas rádio, no carro.

Mas é um momento brega que eu não posso negar que tive. Ainda nessa época, fui cortar o cabelo lá no Pedro e, sentando na cadeira, com o Pedro perguntando o que eu queria e meu pai sentando ao lado, eu disse: Quero igual àquele do Zezé.

Agradeço todos os dias ao meu pai que, ao olhar desconfiado do Pedro, fez um leve sinal de reprovação com a cabeça. E eu saí dali ainda como gente normal. Graças a Deus.

Abraços

PS: Alguém leu a história do David Coimbra desde último domingo em ZH? Muito boa!
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Aula de Design de Embalagem
Kleiton - - 09:04
Pensei em fazer um baita texto falando desse vídeo, mas não precisa. Só assistam. É muito bom - além de ser extremamente real.
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A Dança da Impunidade
Kleiton - 24 março 2006 - 00:27
O texto abaixo eu enviei ao email da deputada federal SP Angela Guadagnin, após ler o post do Noblat (o título inclusive foi roubado dele), que por sua vez eu encontrei no Martelada, do Träsel. Ter que assistir a isso foi o pior de tudo.



Vergonha

Prezada Senhora Angela Guadagnin

É com horror que presenciamos - nós, cidadãos brasileiros - o festival de corrupção e impunidade que assola o Brasil nos últimos meses.

É com horror que, perplexos, acompanhamos o surgimento de - cada vez mais - dinheiro desviado, obscuro, oculto, ilegal. É dessa forma que, aos poucos, vemos brotar na população a indignação que, mesmo existindo há muito tempo, ainda não foi capaz de mobilizá-la.

É com horror que assistimos, uma a uma, às absolvições dos envolvidos em um dos maiores esquemas de corrupção que esse país já viu. 2006 é o ano que marca a minha completa decepção - e talvez a de todos os cidadãos conscientes desse país - com a política brasileira e com os MEQUETREFES e SALAFRÁRIOS que, ano após ano, buscam apenas seu próprio sustento. Provavelmente não conhecem o significado real de palavras como "democracia", "república" e "decência".

Infelizmente a senhora é farinha desse saco. A prova está na DANÇA VERGONHOSA que a senhora protagonizou ao COMEMORAR A ABSOLVIÇÃO DE UM ENVOLVIDO NO JÁ FAMOSO VALERIODUTO. A prova real de que a impunidade não é a exceção neste pobre país terceiro-mundista, mas a regra. E pessoas como a senhora só fazem aumentar o desapontamento de todos com esse CIRCO chamado Brasília.

Espero realmente que a senhora tome uma atitude digna - ao menos uma - e deixe o seu cargo de deputada federal. Porque definitivamente não é para pagar o salário (abusivo) de pessoas como você que o povo brasileiro paga seus impostos.

Atenciosamente,

Kleiton Semensatto da Costa
Porto Alegre / RS



Beijos nas gurias, abraços no resto e bastante gasolina para incendiar Brasília. Com todos eles lá, é claro.
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Vejam se eu entendi
Leandro Corrêa - 23 março 2006 - 20:44
Um breve estudo sobre a inerte ausência de idéias [1] para meu [2] projeto de monografia [3] do semestre 2006/1 [4], através do conceito de enlouquecimento homeopático [5].

1. tema 2. ator 3. suporte 4. recorte 5. método
Comentários: 5
 
Lista Negra
André - - 13:14
No ótimo "31 Canções", o escritor Nick Hornby faz uma lista das músicas mais relevantes da vida dele e diz o porquê. Como são as mais relevantes, e não as que ele mais gosta, surgem "pérolas" como Nelly Furtado no meio de Beatles e Bob Dylan. Como cada um de nós gosta de pelo menos uma dessas musiquinhas fracas, resolvi copiar a idéia de "Alta Fidelidade" (também escrito por Hornby) e fazer a lista das cinco músicas mais palhas que eu curto. E que atire a primeira pedra quele que não curte pelo menos UMA música palha.

1 - This Time Around (Hanson): Sim, sim. A bandinha de meninos(?) que faz as gurias gritarem feito loucas pode ser um lixo, mas essa música me conquistou. Começa lenta, com um pianinho bacana, e vai crescendo. Os vocais são altos, com um acento sulista gospel, e a vontade de cantar junto é grande. Sei que não é uma grande canção, mas é embalada. E o refrão é cativante, daqueles que passam dias na cabeça. Só não comprei o disco porque fiquei com vergonha de pedir pro vendedor.

2 - Papo Reto (Charlie Brown Jr.): Eu sei, a banda é ridícula, a letra é tosca, a parte instrumental é bastante óbvia... mas a música é empolgante. Ela possui uma força inegável, e faz com que eu sinta vontade de pular, ainda mais quando estou bêbado. E a gritaria do refrão ("Se for JÁ ERAAAAAAAAA") só instiga mais o ouvinte. Longe de ser uma obra-prima, essa música pelo menos te coloca no clime. E um clima bastante animado, tenho que admitir.

3 - Olhos Certos (Detonautas Roque Clube): Bom, se o Charlie Brown tem uma música que me agrada, então o Charlie Brown cover também precisa ter, certo? Bem distante das baboseiras que eles costumam fazer, esta bela canção é cadenciada, uma balada triste que soa extremamente agradável. A banda(?) não perde o compasso, e em nenhum momento ela explode em uma baboseira "furiosa" (o que não me surpreenderia). É simples, óbvia e datada, mas é muito bonita. Quase emocionante, eu diria. Talvez seja pelo videoclipe bacana...

4 - Lady Marmelade (Mya, Pink, Li'l Kim e Christina Aguilera): Já posso começar a ficar com vergonha? A música já é mais antiga, mas essa versão do filme "Moulin Rouge" é empolgante (mas não, não faz com que eu fique com vontade de dançar). Tirando a parte de rípróp - extremamente dispensável - ela segue em um ritmo frenético, exalando sensualidade (e não, não sei como uma música pode exalar sensualidade, mas essa o faz) e luxúria. E ouvir quatro mulheres cantando "Voulez-vous couchez avec moi, cet soir?" ("Você quer dormir comigo?") sempre é uma boa terapia.

5 - Stop (Spice Girls) - Ahhhhh, agora chutei o balde. As quatro meninas inglesas sumiram com a mesma rapidez que apareceram, mas essa musiquinha pelo menos merece atenção. Bem embaladinha, popzinha, cantadinha, ela bate no ouvido de um jeito agradável. Contribuem para isso a melodia alegre e a letra boba, que tiram qualquer ar de pretensão, deixando apenas uma música legal para escutarmos. E, uma vez que essas meninas não possuem os mesmos atributos bem esculpidos da Britney Spears, isso é uma coisa boa, já que o videoclipe não vai trazer nada a mais que valha a pena.


Pronto. Taí a minha lista negra. E por favor, não me cruficiquem: quando forem me julgar, lembrem-se que eu ouço Beatles, Bob Dylan e The Who, hein? The Who!!
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segundo turno
Leandro Corrêa - 18 março 2006 - 22:30
clique para ampliar

Votem. Ainda que, de antemão, eu esteja adiantando que o pleito será fraudado.
Comentários: 7
 
Pérolas
André - 17 março 2006 - 14:20
"Só não tiro o Liam da banda porque minha mãe ia brigar comigo!"
Noel Gallagher

"Aquilo que os presidentes não fazem com suas esposas fazem com seus países."
Liam Gallagher
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Have a Nice Day
André - 15 março 2006 - 13:24
Quando Noel pegar a guitarra, eu não vou estar lá. Quando as pessoas cantarem o refrão de "Don't Look Back In Anger" com o coração na boca, eu não vou estar lá. Quando os irmãos Gallagher dividirem os vocais na espetacular "Acquiesce", eu não vou estar lá.

Vi Pearl Jam, o show da minha vida, e U2, o maior espetáculo que já presenciei de luz e som. Ninguém nunca vai conseguir medir o quanto esses dois shows significaram pra mim. E, da mesma forma, ninguém vai conseguir medir a minha frustração por não estar em São Paulo hoje pra cantar "Little By Little" com cinco músicos de Manchester. Por isso, realmente espero que as pessoas que vão lá só pra VER o show ao invés de CURTIR acabem a noite na putaquepariu.

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Essa aqui é sobre o final de 2005, milhares de vezes menos importante que o show do Oasis, mas que ainda tá entalado na garganta:

"Found an island in your arms
A Country in your eyes
Arms that chain, eyes that lie"

E não, eu não estou chateado com isso ainda, apenas puto da cara - aliás, ficou muito fácil não se importar depois que eu rapidamente reduzi ela ao estereótipo "MENINA-de-25-anos-que-parece-adolescente-de-17-anos". O tipo de besta que ouve Franz Ferdinand pra se fingir de inteligente, que acha Bush e os estadunidenses os vilões do mundo só pra se fingir de politizada. Enquanto eu ia percebendo que a inteligência dela era tão limitada quanto a imaginação, percebi que ela não faz mais diferença nenhuma. Não falo apenas por falar, eu realmente não me importo mais. Mas o show do Oasis - e, principalmente, o fato de eu não estar lá - liberou algumas coisas que estavam trancadas na garganta, e decidi botar tudo aqui. Na verdade, a coisa toda se limita a uma frase que eu deveria ter dito pra ela - caso eu tivesse feito isso, esse post só existiria da metade pra cima.

Guria, vai tomar no cú.

Eu realmente queria ser uma pessoa pior.
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Não dá mais
André - 14 março 2006 - 14:31
Como se a beleza nórdica das norueguesas não fosse suficiente, ainda acontecem milagres por lá.

E eu com calor, sem cerveja, em um país aonde as minas gatas ou são casada ou se fazem demais (ou os dois), e uma mísera garrafa de Skol na noite custa no mínimo R$ 4... Ô vida de cão...
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Frases impactantes do dia-a-dia
André - 13 março 2006 - 11:51
De uma doce senhora, após uma luta infrutífera contra a gravidade quando o ônibus fez uma curva e o posterior desabamento (sim, a palavra é desabamento)no banco ao lado de onde eu estava sentado:

- Putaquepariu! Cacete do cú!!
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Post de utilidade pública, gratuita e de qualidade
André - 08 março 2006 - 13:47
- A partir de hoje, está disponível para download no site do Pearl Jam o último single da banda, World Wide Suicide. Ao contrário da péssima Crapshoot (que já nem sei mais se vai fazer parte do novo álbum), a música ficou ducaralho - ácida e poderosa na medida certa. No entanto, não chega ao nível ESPETACULAR de outra música nova já apresentada, Gone. O disco sai dia 2 de maio e promete muito.

- Como fazer para divulgar a nova temporada dos Simpsons? Simples: da maneira mais improvável possível. Genial.
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... in the City of Blinding Lights
André - 05 março 2006 - 15:56
A melodia era constante, até The Edge pegar a guitarra e começar a abafá-la. Os pratos soaram e o teclado surgiu, tornando a canção épica, olímpica. No telão, as primeiras luzes surgiam, como estrelas caindo do céu. O público rugia, furioso e emocionado, pulando como um. Quando a guitarra entrou definitivamente, City of Blinding Lights já havia levado os resquícios de sanidade, frieza e perplexidade que ainda estivessem latentes, e cantar "Oh, you, look, so, BEAUTIFUL tonight" foi de arrepiar até o mais descrente fã, levando às pessoas a um choro emocionado. Sem um momento pra respirar, a bateria entrou constante. Junto com a guitarra, novamente abafada, só silenciou para ouvir o mundo parar e gritar "Uno, dos, três, CATORZEEEEE!!!!!". Os acordes de Vertigo explodiram, enquanto uma verdadeira bomba era lançada em direção ao público que, extasiado, nada podia fazer a não ser pular e gritar com toda a força dos pulmões.

As pessoas ainda cantavam o refrão quando The Edge puxou Elevation, a bateria e o baixo esperando pra entrar. Os gritos de "woo-oo" dominavam o estádio. "Oi Galera!", cumprimentou Bono, "Agora é a nossa vez". O coro de 70 mil pessoas gritando "ELEVATION!!" é quase inacreditável, e o meu espanto só não continuou porque logo a música encaixou e aí não tinha mais como pensar em outra coisa.

Primeira grande surpresa: Until The End of The World. Uma das minhas favoritas, e uma das que é menos tocada ao vivo. Lágrimas saiam dos olhos, enquanto eu abria os braços e gritava "You, you said you'd wait, until the end of the world". Um baixão pulsante depois e a obrigatória "New Year's Day" começou, levando a gurizada ao delírio e trazendo um coro emocionado de "I will be with you again".

Bono agradeceu e mandou: "Copa do Mundo: prontos para o Hexa" em português. Continuou, dando boas vindas - também em português - às pessoas de todos os estados do país. Quando a música começou, jurei que fosse Bad - porque eu REALMENTE não achava que iam tocar "I Still Haven't Found What I'm Looking For". Não apenas a beleza da música, ou a alegria das pessoas quando o vocalista deixou só o público cantar o refrão, mas também o modo como ela se tornou emblemática, por tudo que eu e esses dois amigos malucos que eu tenho fizemos para estar lá, naquela noite, naquele momento, foi algo tocante. "Nós escalamos as montanhas mais altas, corremos pelos campos". Mais uma vez, foi difícil conter as lágrimas. E eu não consegui. Nem ao menos tentei.

Para descontração geral, Bono puxou o famoso coro "Ai, ai, aiai... tá chegando a hora..o dia já vem, raiando meu bem, e eu tenho que ir embora". O público acompanhou com entusiasmo, e tudo fez sentido quando "Beautiful Day" começou. Cadenciada, a música foi cativando, até o momento em que o estádio tremia quando o refrão "It's a beautiful day!" era cantado por Bono, The Edge e mais umas setenta mil vozes. Ele ainda imitou seu amigo Ronaldo, chutando uma bola imaginária em direção ao céu, resultando em gritos de "Hexacampeão". Mais uma surpresa? The Edge no violão, e eu não acreditei quando as notas de "Stuck In a Moment" começaram. Uma música sobre ficar bem, sobre ultrapassar os problemas. Uma versão acústica espetacular, uma música fenomenal, que o público cantou com vontade.

Eu sabia que eles iam tocar "Sometimes You Can't Make It On Your Own", mas na correria toda até esquecei e bateu um "Bah, é mesmo" quando Bono falou "Esta é para o meu pai... Bob Hewson... eu te amo". A canção foi composta para o pai dele, que morreu de câncer há uns poucos anos. A música é absurdamente linda, mas no entanto não é triste, e realça os valores de união entre pais e filhos e como algumas lutas não precisam ser solitárias. De repente me veio à cabeça tudo o que meu pai está passando, e a música tomou uma dimensão gigantesca. Eu podia sentir a melodia e a letra me envolvendo, podia sentir que era parte de mim. Lágrimas jogavam do meu rosto quando eu gritava com o coração frases como "Let me take some of the punches for you tonight" e "You don't have to go it alone", não apenas pela mágica do momento, mas porque eu queria que o meu pai em Porto Alegre ouvisse. Eu queria que ele fizesse parte daquele momento, e de certa forma fez. Nunca senti nada parecido em toda a minha vida, nunca uma música tocou tão fundo em mim, e por mais que eu tente nunca vou conseguir explicar para ninguém como aquele momento foi significativo, e como a música tem um poder de cura que transcede qualquer obstáculo.

Entrou "Love and Peace or Else", e a parte política do show junto. Performático, Bono vestiu uma faixa que dizia "Coexista" usando os símbolos das religiões. Emendada com a esperadíssima "Sunday Bloody Sunday", foi uma experiência fenomenal. E certamente alcançou as pessoas - quanto "Bullet the Blue Sky" entrou na dança, o discurso foi ilustrado por um avião de guerra que voava no telão ao fundo. Bono vendou os olhos com a faixa e caminhou assim até uma das passarelas, para cantar junto do público a belíssima "Miss Sarjevo". A emoção já estava à flor da pele, mas quando o vocalista chamou um menino ao palco, o público foi ao delírio. Ao fundo, artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos iam aparecendo no telão. "Todos tem direito de serem reconhecidos como pessoas, em qualquer lugar".

Foi só acabar o último texto que The Edge puxou "Pride (In the Name of Love)", música feita para Martin Luther King. Não sei se Bono cantou bem, pois no refrão o público superava a voz dele, pulando animado. Ao final, ficaram todos cantando "Ô-ô-ôô" repetidamente, alto, muito alto. "Not only an american dream, but an european dream, an irish dream, an latin american dream..." - Bono foi falando enquanto o público cantava por trás. Pediu para que todos cantassem pelo Peru, pelo México, pela... Argentina? (tomou uma vaia gigantesca). Mesmo assim, todos continuavam cantando. Mesmo quando o teclado entrou. Mesmo quando dava pra ver qual seria a próxima música. Na verdade, só pararam quando dezenas de bandeiras do Brasil começaram a correr pelo telão. Era inacreditável. Aos primeiros acordes de "Where the Strees Have no Name", duas bandeiras do Brasil ilustravam o telão, enquanto as bandeiras dos outros países da América Latina iam passando. Era inacreditável. Como se fosse preciso, Bono ainda incentivou "Vamos lá BRASIL!!!!". Quando a música começou, as pessoas foram tomadas por uma sensação de energia tão grande que não conseguiam ficar paradas. Era inacreditável. Todos juntos ali, cantando por um só. "Where the streets have no naeme, we're still building then burning down love!". Mesmo se eu quisesse parar de pular, parar de cantar com toda a força, não ia conseguir. A parada estretágia pós-segundo refrao resultou em um jogo de iluminação espetacular, frenético. Quando a canção engatou de novo, eu continuava pulando, e as luzes haviam tomado conta da minha visão, a música havia tomado conta do meu coração, e quando ela acabou parecia que uma vida inteira havia passado em cinco minutos.

O vocalista pediu que todas as luzes se apagassem. Depois, que todos levantassem seus telefones celulares ligados e, emocionado, não pode segurar um "uau" ao ver o resultado. Ao me virar pra trás, percebi que estava no espaço, e milhares de estrelas brilhavam ao meu lado, ou a centenas de metros de distância. Mais do que bonito, foi um momento inesquecível. Começou a falar como gostava do Carnaval, pois todos podiam comemorar juntos, velhos e jovens, direita e esquerda, agindo como um só. Ao ouvir as primeiras notas da música seguinte, milhares de pessoas - eu entre elas - caíram em prantos. Tudo bem, "One" tem esse poder mesmo. Os celulares continuaram ligados durante toda a música, que causou uma verdadeira catarse coletiva. Dizer que o estádio inteiro se transformou em um seria cair no clichê, apostar em um trocadilho óbvio. Mas foi o que aconteceu, e quando a banda se despediu e saiu do palco, pude perceber: as pessoas, TODAS elas, estavam felizes.

Alguns já saiam, mas eu tinha certeza que não tinha acabado. Logo o imenso telão atrás do palco tomou vida novamente: como uma espécie de "caça-níqueis", quatro imagens diferentes iam aparecendo, aleatoriamente. O público delirou quando a sequência de imagens foi: uma foto do Ronaldo - o texto "6?" - uma imagem da taça da Copa do Mundo - uma foto do Pelé. Mas tudo mudou rapidamente, e tiramos o "jackpot", pois as quatro imagens eram o desenho de um menino que chamava "Bono! Bono! Bono!". A banda entrou, com o vocalista vestido como o astro de rock que encarnava na turnê "Zoo TV". Veio a empolgante "Zoo Station", adornada com os efeitos do palco. Depois, com uma guitarra na mão, o vocalista irlandês cantou um pedaço de uma música sozinho. Aplaudido, perguntou calmamente "Where's the Fly?". E então começou, "The Fly", poderosa e frenética. Sempre achei que ia ser uma música legal entre as grandes, mas foi muito mais. Os telões passavam frases como "Não quer ver", "Não quero ouvir", "O segredo é se desprender". Não pude conter um arrepio sempre que cantava o refrão com Bono e The Edge. "The Fly" botou tudo abaixo, sendo sucedida pela dançante "Misterious Ways", onde uma mulher foi chamada ao palco e dançava conforme a música.

A seguir, mais uma das grandes: "With or Without You". Mais uma catarse coletiva, e conforme a música ia crescendo, a voz do público crescia junto. Não tinha como não se emocionar, principalmente quando todas luzes do mundo se acenderam no refrão, cantado pelo vocalista e gritado por dezenas de milhares de pessoas. Indescritível. Inesquecível. A banda se despediu mais uma vez, e muitos levaram a sério. Mas não, não, ainda faltava. Voltaram rapidamente, com a rápida "All Because of You". Como as pessoas conseguiam pular ainda? Como EU conseguia pular ainda?

Veio uma rápida canção dos Beatles, e a belíssima "Original of The Species" logo depois. Ao fundo, no telão, traços aleatórios formavam desenhos de um coração, de um criança, de seres humanos. A música, cativante, ecoava no coração de cada um. Mesmo sendo uma das lentas, pulei como poucas vezes na vida. Eu TINHA que pular.

Foi então que, vendo The Edge e Adam Clayton trocarem os instrumentos, percebi que tudo estava para acabar. "40" começou, um salmo da Bíblia, uma melodia cadenciada e contundente ao mesmo tempo. O refrão? O refrão quem cantava era eu, o Leandro, o Bruno, e todos ali presentes. No final, apenas nós ficamos entoando "HOOW LONG... SING THIS SONG". Bono agradeceu, acenou. Pendurou um terço no microfone e, lentamente, saiu. Adam Clayton largou a guitarra, e calmamente saiu do palco também. O publico continuava, cantava com tudo que tinha. The Edge, visivelmente emocionado, parou de tocar. Ergueu um dos braços em triunfo e também saiu do palco, deixando apenas Larry Mullen, a bateria e setenta mil vozes. E, quando ele parou, o coração apertou um pouco. Ficou olhando, admirando o efeito que a música podia ter. E começou de novo, dando mais um gostinho, fazendo os gritos se encaixarem com as batidas. Mas parou. E saiu, foi em direção à passarela. O último integrante do U2 no palco, sorrindo, acenou pra todos nós. E, calmo, deixou o show. Não havia mais nada. Nada a não ser as pessoas, apaixonadas, extasiadas, cantando "How long... sing this song?". Os sentimentos eram uma mistura de alegria pelo que acabara de acontecer e decepção porque tinha acabado. Mas uma coisa era certa: ninguém jamais esquecerá daquela segunda-feira quente, daquela noite estrelada. Por quanto tempo continuaremos a cantar esta cação? Pra sempre.

"Blessings are not just for the ones who kneel.
Luckily."
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But we found what we where looking for... - parte 5
André - 03 março 2006 - 14:34
Sentado na padaria, na segunda de manhã, já fui pegando um Gatorade (bebida que NUNCA tomo) porque sabia que ia me desidratar no show. Um não: dois (três? catorze? ainda não...). A torrada da padaria foi o nosso café, e de lá fomos caminhando até o Morumbi.

Chegando lá, duas coisas saltaram as olhos: a primeira foi um BAITA adesivo do GRÊMIO colado na janela de um caminhão da produção, dentro do estádio. A outra foi a morena linda, espetacular, CATACLÍSMICA que estava na frente do estádio querendo trocar ingresso. Obviamente, fomos direto a ela, pois também estávamos interessados na troca de ingressos (ou em qualquer troca, nesse caso). Infelizmente os dela eram de estudante, e continuamos nossa busca. Ela caminhou junto por um pedaço, e eu até ensaiei uma trova, mas logo a guria - carioca - parou pra tentar trocar com um cara e nós seguimos nossas vidas. Não sem algum aperto no coração, admito.

Pra resumir o post: conseguimos dois ingressos pro portão 02 e um pro portão 04, ficando eu e o Leandro em uma fila e o Bruno na outra - mas não se preocupem, a Márcia (heroína, salvadora de almas!!!!) ficou com ele até a hora de entrar.

Com a abertura dos portões, às 15h, as mãos começaram a tremer. O portão 04 começou a andar antes do nosso, o que causou uma certa preocupação, mas logo a gurizada do portão 02 resolveu se mexer. O esquema era assim: antes mesmo de entrar no estádio, dois policiais cuidavam da fila, liberando em pequenos grupos de seis ou sete. Com a nossa sorte, bem na nossa vez nos barraram, mas foi questão de segundos: logo estávamos correndo na direção do estádio, mais faceiros que guri com brinquedo novo. Fora da fila, uma mulher e um câmera da Band estavam entrevistando os fãs. Ela apontou o microfone pra mim:

- De que cidade? De que cidade?
- Porto Alegre!!! Porto Alegre!!! – disse eu, sem parar de correr.
- De que cidade?
- Porto Alegre... NÃO! SOROCABA!!!! – disse o Leandro, parando de correr por um segundo pra pensar mas logo retomando a pernada.

A fila continuava dentro de uma câmara escura, onde o pessoal verificava se os ingressos não eram embuste. A mina pegou meu ingresso, olhou, e olhou, e olhou... “Pronto”, pensei eu, “É falsificado”. Já tava bolando alguma escapatória pra dentro do estádio quando ela me liberou. Beleza! Depois fomos revistados, passamos por mais uma catraca e – era difícil até de acreditar – estávamos correndo para dentro do Morumbi,. Estávamos correndo para ver o U2!!!!

Uma vez dentro do campo, nos dirigimos para o símbolo do São Paulo – local de encontro que havíamos combinado com o Bruno. No entanto, assim que pisamos no gramado, o segurança mais BROTHER da história gritou “Por aqui, por aqui”. Ao ver que ele estava perto do palco, ninguém hesitou, e logo eu e o Leandro estávamos cruzando a grade de proteção em direção à... nossa, até me arrepio em lembrar... em direção à HOT AREA!!!!!!!!

Isso mesmo. Nós, que penamos para comprar os ingressos, estávamos sendo agora recompensados. Estávamos a uns cinco metros do palco e a uns três metros da passarela por onde a banda chega perto do público. Mas a localização exata era a seguinte: PERTO PRA CARALHO! Depois que consegui me recuperar da emoção, liguei desesperado para o Bruno, que não atendia o telefone. A solução era mandar mensagem dizendo onde estávamos e rezar. Mas deu certo: logo o Leandro avistou ele vindo em nossa direção. Ensaiamos um coro de “Bruno! Bruno!”, mas a galera não foi na onda. Foda-se. Quando ele chegou, o pessoal nos olhava curioso, pois nos abraçamos e começamos a pular como nunca.

A partir daí, foi só uma questão de agüentar a fome, a sede, o calor e a vontade de mijar. Aliás, a sede nem tanto, já que a organização do show distribuía saquinhos de água, que o pessoal abria e ficava jogando pro alto pra refrescar todo mundo. E a tarde passou tranqüila, com todos os fãs conversando, ninguém se amontoando na frente do palco. Quer dizer, pelo menos até a hora do Franz Ferdinand. Os caras entraram no palco pulando, tocando, gritando, com uma empolgação que refletiu na platéia. Até eu ensaiei uns pulos. Mas, infelizmente, o som dos caras é MUITO ruim, e acabou cansando. Pelo menos não chegou a esfriar a gurizada, já que na finalera eles colocaram três caras pra tocar na mesma bateria (isso sim foi muito bala). Mais um intervalo. Tensão. Apreensão. Nervosismo. Dezenas ou centenas de sentimentos que sumiram completamente quando as luzes se apagaram. Um mar de mãos se ergueu, e a gritaria começou, com uma força que eu jamais havia ouvido.

O U2 estava pisando no palco.
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Only to be with you- parte 4
André - 02 março 2006 - 13:40
O domingo começou frenético: acordar de ressaca, ir até a rodoviária e debandar pra São Paulo (capital), onde o esquema todo ia acontecer. No caminho, percebi mais uma vez que o Tietê fede pacas. Ao desembarcar ao meio-dia, esperamos pelo último ingresso, o único que faltava - o cara ia nos encontrar na rodoviária mesmo. Pela uma, ele apareceu. Pela uma e quinze, estava feito: éramos donos de três ingressos para assitir ao U2 no dia vinte.

A questão agora era ir pra casa da Márcia. Sabíamos o ônibus, mas não tínhamos a exata localização do final da linha. Depois de muito ir em uma direção, descobrimos que era na direção oposta. Caminhamos, e caminhamos, e caminhamos, com as malas na mão. Finalmente, após um certo tempo caminhando, fomos informados de que na verdade tínhamos que virar 180º e caminhar na direção que havíamos ido inicialmente. Toca pra lá de novo, porque a fome já mostrava os dentes. Achamos o tal do ônibus, nos certificamos que era esse mesmo e embarcamos.

Parênteses: putaquepariu, São Paulo é uma cidade muito feia. Essa foi a primeira impressão que tive, ao sairmos da rodoviária. Depois de rodar um pouco com o ônibus, refiz meus pensamentos: não só é feia como é poluída e suja pra caralho. Obrigado. De volta ao relato, então. Fecha parênteses.

Descemos perto do shopping BUTANTÃ (sem comentários) e aproveitamos para almoçar ali. Almoçar o que? Churrasco, é claro. E lá se foram dezesseis contos num churras sem cerveja. Eram umas três horas quando saímos e fomos até o Habibs encontrar a Márcia, a heroína, a salvadora de almas que conseguiu os ingressos. Bruno e ela trocaram um beijo cinematográfico (não me surpreenderia se as pessoas começassem a aplaudir), mas o tempo era curto. Toca pra casa dela. Caminhando, é claro - porque aparentemente não havíamos caminhado quase nada e as malas estavam leves.

Resumo: chegamos. Pulamos abraçados comemorando a conquista dos ingressos. Conhecemos a casa. Reclamamos que estávamos cansados. Tomamos banho. Saímos.

Mais um busão depois e lá estávamos na famosa avenida Paulista. E devo confessar: apesar da cidade ser feia, gostei bastante da tal avenida. Os prédios são gigantescos, gurizada. E não é um ou outro: TODOS são grandes. Menos o museu da MASP, que sabe-se como fica de pé. Entramos na FNAC também, uma Saraiva maior e com Vertigo no chão. Depois de nos distrair um pouco por lá, pegamos o TRENSURB pra ir até outro ponto da cidade encontrar uns amigos do Leandro. Depois de penar um pouco, chegamos na casa do cara. Pessoal gente fina, comida do Habib's, ambiente legal... foi uma noite agradável, e o amigo do Leandro não apenas deu carona de volta pra nós como lançou um Smirnoff Ice pra gurizada. Quente, mas ainda assim um Smirnoff Ice. Pela meia noite, fomos dormir. A segunda estava para chegar.
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