  Assim como cada reality show tem personagens pré-arranjadas, cada filme épico tem aquele momento onde o líder de um exército/rebelião/time de futebol/turma de estudantes ergue sua voz acima das nuvens e faz um monstruoso discurso, motivando sua GALERA a lutar até a última gota de sangue artificial espirrar na tela. Aconteceu em  Avatar, aconteceu em  Gladiador, aconteceu em  Alexandre (um pouco diferenciado, pois mostrava o discurso de ambos os lados), aconteceu até na quase-paródia  Rei Arthur, onde um Clive Owen com olheiras despeja palavras de engajamento para um exército de numerosos cinco bróders seus. 
 
 E é claro que o maior épico de todos (tanto em duração, quanto em produção, em orçamento e em fãs chatos),  O Senhor dos Anéis, não poderia passar sem tais obrigatoriedades - e de fato,  O Retorno do Rei não possui apenas um, mas dois discursos emocionantes. Um deles é quando O Rei Théoden (melhor nome) chega em Minas Tirith com uma pá de cavaleiros seus e vê a cidade sendo atacada por violentos CGIs. Então ele saca sua espada, discursa alucinadamente e faz a galera descer a lomba pra atacar com SANGUE NO ZÓIO. Um momento fatal, onde espectadores arrancam as poltronas no cinema e atiram elas contra a tela, pois é impossível não se empolgar com a oratória do rei. Uma cena que rompe com todos os limites de grandiosidade. Apesar do perigo iminente, um inevitável  EQEL!. 
 
 Marcadores: Peliculosidade  |