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all this can be yours...





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As melhores de 2005
Leandro Corrêa - 31 dezembro 2005 - 10:14
Então hoje é o último dia do ano, certo? Ainda no clima de Retrospectiva, fiz uma lista das melhores frases/tiradas nossas em 2005, organizadas mais ou menos em ordem cronológica.
A idéia deste post surgiu no dia daquele último churrasco lá em casa e, desde então, a quantidade de itens não parou de crescer. Resultado: a lista ficou gigante.

---

"Dizem que lá tem mulher aos bandos. Aos bandos, cara!"
Thiago, argumentando a favor de uma experiência na desconhecida casa noturna Rose Place.

"Aos bandos... de urubu!"
Thiago, no dia seguinte, sarcástico e arrependido ao mesmo tempo.

"Cara, já reparou que os peitos daquela guria são vesgos?"
Rafael e seus rigorosos critérios de avaliação.

"Atenção proprietário do veículo Monza: seu carro está com as portas abertas. A galera tomou conta!"
Comentário irônico do DJ em uma festa à fantasia na ESEF.

"Aj pessoaj fem se difertir e são roubadaj! Famo pegá essej caraj!"
Bruno, bêbado e querendo justiça na mesma festa em que invadiram o Monza.

"E o 1° lugar vai para *****"
****** revelando o resultado de uma criteriosa e ainda hoje polêmica apuração.

"Devolve isso aqui, ô!"
Thiago reavendo celular que acabara de ser roubado por um pivete inexperiente e mentiroso.

"Só estava vendo que horas são"
Rafael se explicando para um segurança enquanto devolvia um cone que... iluminava as horas em seu relógio.

"Hei! Aann... Ah!"
Thiago ofegante, em mal sucedida tentativa de contribuir para uma tomada perfeita durante gravação de comercial.

"Memories..."
Zé imitando Barbra Streisand no último dia em Leandro fora seu vizinho.

"Ca-ta-clis-ma!"
Adjetivo designativo da união impossível de coisas improváveis, sendo estas uma, duas, três, catorze.

"Pode deixar que eu faço com o dedinho"
Declaração infame de Leandro, quererendo ajudar na gravação de uma cena de sexo entre bonecos.

"Completamente embrigaaado!"
Thiago, quando completamente embriagado.

"Ela tem uma sobrancelha feia"
Rafael e seus rigorosos critérios de avaliação.

"Bah, tu vem aqui toda semana, né?"
Tia do Cabaret acabando com a noite do André.

"Eu amo a Sharapova..."
Bruno, compreesivelmente rendido.

"Faz tanto frio em Porto Alegre..."
Leandro insistindo em uma série impopular.

"ME dei cotna: to bêbado" (sic)
Zé, aparentemente ainda bêbado, narrando suas desventuras direto de Londres.

"Vou ficar, cara"
Rafael e seus rigorosos critérios de avaliação na Zap.

"Mas olha o tamanho da criança que tu pegou!"
Thiago, na minha opinão, com a melhor tirada de 2005.

"Azamamuti!"
Vanesca, vizinha top do Thiago, ao chegar ligeiramente alta do Azimute.

"Eu tenho 3 buracos e faço milagre"
Puta da Farrapos, argumentando a favor de sua venda para 3 amigos de André.

"Eu sou muito ninja!"
Leandro, após habilidosamente salvar seu celular de uma queda fatal.

"Rogério Ceni, Rogério, "Juan", Roque Junior, Roberto Carlos, Rockemback, Ricardinho, Ricardo Kaká, Ronaldinho, Robinho e Ronaldo"
Seleção dos Érres, escalada com 11 garrafas vazias de Polar em menos de 1h30 de jogo.

"Vamo fazer roda punk!"
Kleiton, na sugestão que desencadeou uma série de ações idiotas - mas indubitavelmente hilárias - no sítio do Bruno.

"Vamos brincar de lutinha!"
Leandro, bêbado e empolgadíssimo com a idéia que teve.

"Trouxe! Tá aqui, ó!"
Rafael mostrando quais ovos trouxe para o aniversário do Bruno.

"Não sai de lá, cara, que de mamata eu entendo"
Thiago, citando o período em que "trabalhou" na Reitoria para justificar a permanência de Leandro em seu novo estágio.

"Aquilo era mais fedido que ***** mal lavada"
*****, conduzindo a discussão para outro patamar: o mais baixo.

"One love... One life..."
Primeiro registro autista de Bruno que, durante festa à fantasia da Fabico, com os braços aberto e os olhos cerrados, declamava emocionado um refrão do U2 em direção ao teto.

"O que que é isso!"
Thiago apavorado no banheiro do Opinião, após confundir Halls com cálculo.

"Tequila à uma?"
Código criado para tomar sempre a mesma bebida, sempre no mesmo horário.

"Glamurosa-ah... rainha do funk!"
Thiago de volta da festa-mamata em São Paulo, ainda deslumbrado com mulheres sem pudores vergonha.

"Eu tentei exportar, mas vocês sabem, o Premiere é foda"
Rafael utilizando programa de computador e vocabulário inadequados.

"Essa foi por pouco, Dartagnan!"
Thiago improvisando falas de um sarcástico figurante em imperdível curta-metragem a ser lançado em 2006.

"Eita"
Chico Bento com saudades da roça.

"Ela quase quebrou meu *****"
*****, alcoolizado, detalhando uma experiência que quase termina em tragédia.

"Aquela ali eu ainda limpava na cara!"
*****, junto aos parceiros, em momento de completa descontração proporcionada por dúzias e dúzias de latinhas de cerveja.

"Busquete"
Neologismo criado por Kleiton, cujo significado agora não vem ao caso.

"Meu conceito formulado por situações adversas perante a uma certa casa noturna mudou hoje."
Zé, rendendo-se a dois atrativos do Opinião: tequila e gurias.

"Não pára, não pára..."
André acabado durante último solo de guitarra da última música do show do Pearl Jam, Yellow Ledbetter.

"Hoje não, cara, estou com dor na perna"
Bruno inventando a desculpa mais fraca que já se ouviu para não sair fazer festa.

"O Bruno não vai sair porque vai no kart amanhã. E o Thiago vai sair porque vai no kart amanhã"
André, refletindo sobre como cada indivíduo sofre diferentemente os efeitos da mesma causa.

"Tá aqui o cinto!"
Questionado por Leandro sobre a colocação do cinto-de-segurança, Thiago responde com o entusiasmo de uma criança, levantando a correia que cerca a cintura de sua fantasia de Peter Pan.

---

Após a última revisão, concluí que a lista ficou gigante porque tivemos um ano altamente produtivo. Tudo bem que a maioria foi só bobagem mas, no fim das contas, é isso o que importa, é isso o que nos une e é isso o que ficará na memória.

Valeu por 2005, amigos.
Comentários: 6
 
Qual o melhor filme que você viu em 2005?
Leandro Corrêa - 30 dezembro 2005 - 15:07
E aí gaúchada, beleza? Por aqui está tudo certo :)

Bora falar de cinema. Vamos supor o seguinte cálculo: pegue o número total de filmes que você viu esse ano (aproximadamente) e divida por 365 dias. Estava pensando nisto e fiquei bem contente por ter chegado perto de uma média de 0,7 filme por semana. Sem dúvida minha melhor pontuação em 22 anos, ou seja, a minha vida inteira!
Inspirado nos comentários do post do André sobre o Top 10 da Rolling Stones, resolvi também pegar carona nessa onda de "Retrospectiva" que todo jornal, revista e canal de TV estão fazendo para eleger um Top 3 "Os Melhores Filmes que eu vi em 2005".
Além daqueles que eu certamente devo estar esquecendo, também ficam fora da minha lista os filmes que eu não vi - apesar da média alta. Dividi em duas categorias: Filmes Antigos e Filmes Novos (de 2005). Como a idéia era falar só dos melhores deste ano, não vou perder muito tempo com os antigos. São eles:
- Zellig
- Bons Companheiros
- Platoon
- Kill Bill Vol. 2
- Jerry Maguire
- American Graffiti
- Irmãos Cara-de-Pau
- O Anti-Herói Americano
- South Park, O Filme
Recomendo todos com muito entusiasmo.

Pois bem. Quanto aos Filmes Novos, na minha opinião a safra de blockbusters foi muito boa. Destaco os que eu mais curti: Star Wars 3, Batman Begins e Guerra dos Mundos.

Star Wars Episódio III - A Vingança dos Sith
O maior arrasa-quarteirão do ano, sem dúvida. E olha que todo mundo que viu já sabia o final. George Lucas foi competente ao finalizar a trilogia que propunha, além de encher mais ainda seus bolsos, explicar como Anakin Skywalker transformou-se no maior vilão do cinema (depois de Don Corleone, ressalto).
Se Star Wars já era uma franquia de sucesso na indústria de entretenimento de Hollywood, o sombrio Episódio 3 fez com que virasse grife.
Três momentos: a aguardada-por-mais-de-20-anos luta entre Anakin e Obi-Wan no planeta vulcânico Mustafar; a emblemática cena em que Anakin reaparece respirando através da máscara de Darth Vader; e a trilha sonora do filme inteiro, fantasticamente orquestrada pra fazer chorar.

Batman Begins
A origem deste super-herói não envolve energia atômica, mutação genética nem substâncias tóxicas. O cara apenas aprendeu a lutar treinando muito e descolou uns acessórios pra usar de arma. Tudo bem que escondeu a verdadeira identidade vestindo fantasia inspirada nos morcegos da sua caverna, mas isso foi só pra se diferenciar do McGyver.
O que me agradou foi justamente esta proximidade com a realidade. Explorar sem firulas o lado humano do personagem foi uma ótima idéia: ele ora tem medo, ora tem coragem, ora sente dor e ainda se apaixona - como todo mundo. O filme tem uma boa trama, muita ação, as cenas de lutas são ótimas e Gothan City ficou tão podre quanto seus políticos.
Três atores: Christian Bale fez, ao longo do filme, o personagem Bruce Wayne transformar-se num Batman de botar medo; Michael Caine como o mordomo Alfred roubou a cena várias vezes; e Gothan City está tão viva que é quase uma personagem.

Guerra dos Mundos
Tensão, suspense, robôs alienígenas, catástrofes e efeitos especiais super realistas. Não é o melhor do Spielberg, mas ainda assim um filme bem dirigido.
Três cenas: o plano seqüência impossível na rodovia, durante a primeira fuga da família em um carro; o pai e a filhinha atrás do espelho escondendo-se do olho-robô-cobra; e o caos durante a perseguição dos gigantescos robôs aos civis pelas ruas, casas e prédios da cidade.

Além destes três, ressalto menção honrosa para duas cinebiografias que me impressionaram: Ray e A Queda. (Ray é de 2004, eu sei, mas todo mundo viu em 2005 por causa do Oscar, então merece um desconto, vai!)

Ray
Tudo que o filme tem de impressionante se deve ao próprio Ray Charles: a história da sua vida é fantástica (pianista pobre, negro e cego enfrenta o preconceito da sociedade americana dos anos 50), o seu talento é monstruoso (tocava e cantava frenéticamente sem perder ritmo) e sua música é genial (o cara misturou R&B com música gospel, criando o Soul). Foi o que bastou pra entrar na minha lista.
Três cenas: flashback da tragédia na infância; flashback da mãe ensinando Ray a conviver com a cegueira; e a seqüência envolvendo os negros na Georgia, onde o ator Jamie Foxx, durante a primeira apresentação em seu estado natal, faz por merecer todos os prêmios que ganhou interpretando Ray Charles.

A Queda - As últimas horas de Hitler
Chocante e horrível, retrata a adoração absurda e irracional ao líder totalitário nazista no final da 2ª Guerra. Um capitulo da história da Alemanha, contada pelos próprios alemães, que a humanidade nunca deveria ter visto.
Um ator: Bruno Ganz está idêntico a Adolf Hitler, e tão monstruoso quanto.

E finalmente o motivo principal deste post: o Top 3 "Melhores Filmes que eu vi em 2005".

Bronze

Elizabethtown
Música boa e pé na estrada, uma redescoberta sobre valores como o amor, a família e o sucesso. Inspirador do começo ao fim, o filme conseguiu definir numa pernagem, Claire Colburn, todas as características do tipo de mulher para quem eu realmente me entregaria por completo. Dane-se todos os outros aspectos do filme! Medalha de bronze só porque eu estou apaixonado até hoje!
Três frases da Claire: "I don't know a lot about everything, but I do know a lot about the part of everything that I know, which is people"; "I'm going to miss your lips, and everything attached to them"; e a mais verdadeira de todas: "I'm hard to remember, but impossible to forget".

Prata

Sideways
Música boa e pé na estrada, uma redescoberta sobre valores como a vida, o amor e a amizade - acho que estou virando fã do gênero road movie. Mas com um filme desses, a simpatia é justificável. Afinal, a idéia de pegar o carro e cair na estrada, percorrer a rota das vinículas e dividir o volante com um amigo em seus últimos dias de solteiro é realmente atraente.
Três momentos: Miles e Jack provando vinhos; o episódio em que Jack perde sua carteira; e Maya ouvindo Miles divagar sobre sua preferência pela frágil uva Pinot sem perceber que fala de si mesmo.

Ouro

Sin City
Medalha de ouro por vários motivos. A começar pelo aspecto visual, onde a fotografia surpreende do começo ao fim, misturando atores reais com desenho animado e cenários 3D - tudo em alto contraste. É ver para crêr, e chorar.
Em seguida vêm os personagens de Frank Miller, que cativam muito. Cinco minutos para conhecê-los e você não só os compreende, mas torce por eles.
Além disso, o filme relata três ótimas histórias que, apesar de independentes, se cruzam pelas ruas da tal cidade do pecado - um lugar violento onde em cada beco, segundo o brutamontes Marv, "espere encontrar qualquer coisa".
Resumindo, nunca havia assistido nada parecido. Ganhou-me pela originalidade, e por isto é o Melhor Filme que vi em 2005.
Cinco destaques: a cena da morte do canibal Kevin; a carnificina provocada pelas prostitutas para lavar Oldtown; Jessica Alba como Nancy, dançando em movimentos cataclismáticos sobre uma mesa de bar; a cena da cela em que John Hartigan está preso, pensando em Nancy; e a brutalidade de Marv, o personagem mais cruel e violento do cinema (depois de Don Corleone, insisto!) e a sua motivação, Goldie, por quem se apaixonou por ter o perfume que os anjos devem ter...
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Só pra postar então...
André - 29 dezembro 2005 - 18:02
Alguns dias se arrastam como um amistoso entre Andorra e País de Gales...

Se bem que pelo País de Gales o Ryan Giggs podia fazer alguma jogada afu. Levo fé no cara.
Comentários: 0
 
O que aconteceu com o mundo???
André - - 09:24
Lembram daquela menina pura, inocente e ingênua, que nutria um amor verdadeiro pelo Kevin Arnold em Anos Incríveis? Pois é, parece que a Winnie ficou puta da cara porque não terminou a série com o guri e resolveu
se entregar pra vida.

Por isso eu sempre gostei mais da Cara, a loirinha do Lago. Além de mais gata, ainda não se vendeu em troca de dinheiro. Ainda.

____________________________________________________

Caralho, eu to ficando velho. Depois de apenas cinco (5) chopes, cheguei em casa cansado, tomei banho e fui dormir. Acordei na correria, saí de casa sem tomar café e peguei o T2 lotado - pra variar. Ao descer e caminhar no sol da Protásio, no entanto, minha garganta secou, minha cabeça se abriu (pelo menos foi essa a sensação) e meus olhos começaram a ver pontinhos. Não fosse a garrafa de Coca Cola que tinha aqui na agência eu estaria jogado no chão, implorando por pelo menos um último gole de cerveja. Porque eu morro seco mas não me entrego...
Comentários: 1
 
Papai Noel é brasileiro
André - 26 dezembro 2005 - 08:46
Rá! Acabo de cruzar com o bom velhinho aqui na protásio, mas fui o único que reconheceu ele porque o cara tava sem o seu tradicional uniforme vermelho (patrocínio da Coca-Cola, dizem alguns).

A parte triste é que, como muitos brasileiros, o Papai Noel depende de dois empregos - além de entregar os presentes no Natal, trabalha durante o ano em uma assistência técnica. É, a vida é cruel com todos nós. Não se surpreendam caso vejam o Coelho da Páscoa virando churrasco...
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1 letra
Anônimo - 23 dezembro 2005 - 16:43
Parece que não é o bastante algumas pessoas se aproveitarem de acordes de canções famosas, ou de uma mesma materia-prima de idéia para montar uma propaganda...

Li hoje sobre uma propaganda de uma empresa tal que se aproveitou da campanha tão criticada da Gang aqui em Porto. A tal empresa permitiu que sua agência (que agora também nao lembro mais o nome, mas sei que a Nova Forma tá metida nisso, seja com a campanha da Gang ou com essa nova) veiculasse cartazes onde diz "Funk You, 2005".

Agora me diz qual é o lado criativo desse negócio? Pegar carona numa peça que foi polêmica (se vc nao sabe, os outdoor da Gang diziam em letras garrafais "Fuck You, 2005" e uma liminar impediu a continuidade da Campanha, que mudou para "Welcome, 2006") para lembrar uma concorrente?

Ok! ainda nem vi o cartaz, mas fico imaginando que isso só vai chamar a atenção pro lado da Gang.

...

O mesmo raciocínio vale para o que o Zé Pedro falou ontem no Pinguim sobre a Globo não permitir que seus artistas apresentem-se nos canais concorrentes. Uma bobagem que impede a divulgação da própria emissora em outros meios.

Uma burrice.

Aliás, burrice mesmo é esse "Funk You", que pra mim não diz nada com nada... e só, existe em função de uma outra campanha que ficou muito pouco nas ruas. Daqui uma semana provavelmente ninguém lembre dela e aí a tal empresa do "Funk" ainda vai ser lembrada pela confusa peça.. se é que vai ser lembrada (eu ja esqueci).

Bora contratar gente mais criativa, faz favor!
Comentários: 4
 
A Rolling Stone ainda tem crédito?
André - 21 dezembro 2005 - 09:22
Como a "maior revista de música e cultura pop" do mundo coloca, em uma lista dos 50 melhores discos do ano, Mariah Carey e 50 Cent, deixando de fora a obra-prima que o Oasis lançou esse ano?

Cada vez mais a necessidade de ser ao mesmo tempo popular e cool interfere nos pensamentos das pessoas. Só isso poderia explicar White Stripes entre os dez primeiros. Só isso.
Comentários: 5
 
Debutando
Anônimo - 20 dezembro 2005 - 11:15
Ainda nao havia escrito aqui. Na real, ainda não há nada de mais interessante pra dizer, fora dar os meus parabéns ao meu amigo Leandro pela excepcional (é assim qque escreve?) vitória de 1x0(3) deste domingo.

Ah! O Thiago enquanto não se decidir de time, nao merece nem balinha "7 belo"!

Bom, na falta do que fazer, nesta segunda feira montei um layout novo pro meu blog - sim, o blog pessoal - e queria mostrar aos interessados.

Sim, eu sou um baita sem vergonha, babaca e egoísta. Sim, deveria fazer algo por este blog aqui (mas o Leandro disse que o Zé tinha um template pronto já..). Sim, eu sou um merdinha individualista.. mas fazê o que? Eu ja ouvi isso tudo antes, então.. olhem lá e pronto.

http://www.forasteiro_rs.blogger.com.br/index.html

No mais era isso.
Abraços a todos
Comentários: 2
 
Can you see them?
André - 19 dezembro 2005 - 23:15

O show continua com a paulada Save You, que injeta ainda mais adrenalina no ginásio. Os riffs rápidos carregam o público, que canta e pula enquanto Vedder grita "Help Yourseeeeeeelf!!!!!" mostrando que mantém a voz ainda potente.


Assim que a música acaba, o vocalista pega sua guitarra e começa a tocar.... Rearview Mirror! A gurizada vai ao delírio, acompanhando a música que fica cada vez mais rápida. "Head at your feet.... fool to your crown". Pelo menos até depois do seguno refrão, quando os instrumentos se separam, e cada um fica improvisando como quer sobre a mesma nota. A música diluída torna-se um pouco psicodélica, e o ginásio escuro só aumenta o clima. Aos poucos a canção vai tomando a forma original. Aos poucos. Mas esse caminho é interrompido, é escancarado quando subitamente a banda toda explode em uma parede de som, com Eddie Vedder gritando "Saw things...saw things" por cima dos instrumentos, ao mesmo tempo que as luzes se acendem com força total atrás do palco. Eletrizante! Eletrizante! Eddie continua com força, até chegar ao "REARVIEW MIRROR!" enquanto o público empolgado aplaude e participa com um entusiasmo inigualável. "Rearview Mirror" é uma música única e, quando tocada quando perfeição, atinge niveis perigosamente altos de adrenalina. A banda se despede e sai do palco, mas todos sabem que eles vão voltar e incentivam aos gritos de "Pearl Jam! Pearl Jam!". Logo eles voltam, e Eddie Vedder cumprimenta os portoalegrenses novamente. "It's a very nice time to be out of the U.S.", diz ele. "Thanks for give us a place to go". Mais algumas palavras de agradecimento ao Mudhoney.
O vocalista pega uma camiseta que jogaram ao palco. "I Got Shit" está escrito nela.

"This song is a request" diz ele, mostrando a camiseta e começando as primeiras notas da música. Os celulares e isqueiros se acendem, mas quando a música engata ninguém fica parado. "I..walked the line" diz o refrão, um daqueles pra agitar toda a galera. Mesmo quem não conhece a canção entra no clima. Mesmo quem não conhece se rende ao talento de uma das maiores bandas do mundo.


Stone pega o violão e toca lentamente um lá menor. E eu não acredito. Crazy Mary! "She lived on a curve in the road..." entra Vedder. O público, entusiasmado, entra junto. Aos poucos a banda toda entra, e a música fica ainda mais linda. Ainda mais linda, se é que é possível. Lenta, cadenciada. Até acabar o refrão, e Vedder e Stone dão conta da segunda parte sozinhos. A gurizada vai cantando mais alto, e mais alto, e cada vez mais alto. A voz de todos chega a me arrepiar, e arrepia o vocalista também que deixa só o público cantar "And Mary rising all above it all". No final, o tecladista Boom Gaspar divide o solo com Micke McCready, um solo longo e psicodélico, que remete aos melhores do Doors. Eddie Vedder passa sua garrafa de vinho para o público. A essas alturas, o que era pra ser um show de rock vira uma celebração à musica, um ambiente quase familiar onde músicos e fãs se reconhecem, percebem uns nos outros o mesmo amor pelas canções, os mesmos receios, o mesmo olhar que indica que aquela noite era realmente especial.


O vocalista, falando em portugues, diz que a primeira vez que esteve no país foi em 96 com os Ramones. Fala que perdeu um amigo que amava, Johnny Ramone. E, num momento inesperado e emocionante, dedica a próxima música a ele e chama ninguém menos que Marky Ramone pra tocar bateria. Ninguém menos que Marky Ramone pra tocar bateria. "I've never tried this", ele confessa. A próxima música é óbvia: I Believe In Miracles. Antes dela começar, o público já canta "Hey Ho, Let's Go". Fora do palco, o que se vê é uma euforia: fãs chorando, agradecendo, cantando a música de olhos fechados. No palco, o que se vê é uma banda emocionada, tocando de coração e dando tudo o que pode, fazendo o melhor que consegue fazer, que não vai muito além do espetacular. Eddie Vedder chega a lacrimejar ao sair do microfone e ouvir o público cantar "I...believe...in miracles!". Inesquecível.


Stone assume as rédeas agora. Faz o que todos no ginásio esperavam pra ouvir. Toca a nota que muita gente esperou ansiosa por quinze anos. Stone pega a guitarra e começa Alive! O público, eufórico, pula, se bate, canta, chora... o público, eufórico, torna-se parte da música, parte da banda. Canta o refrão por cima da voz de Vedder. As lágrimas saem incessantemente do meu rosto, enquanto minha voz já rasgada e minha garganta rouca fazem o possível para acompanhar. Em Alive, a união entre público/banda/música beira o impossível. Ao chegar no terceiro refrão, o clímax, o pessoal continua com a mesma força, com a mesma vontade. Tanta energia só pode sair de um coração apaixonado, um sentimento inigualável de felicidade, de ver um sonho sendo realizado. Mike começa a solar, e alguém joga uma bandeira do Brasil no palco. Eddie Vedder enrola o guitarrista na bandeira, levando o público a uma catarse coletiva. Em uma voz, um coro de "Hey" começa a cada nota tocada por Jeff, Matt e Stone. Os braços balançam no ar, um grito de liberação, de euforia. E o público não descansa. A banda olha, incrédula. O ginásio treme, a cidade treme, o mundo inteiro treme. No meio daquela cacofonia de vozes, daquele mar de braços, percebo a filha de Vedder no colo da mãe levantando os braços e sorrindo, exatamente como o público estava fazendo. Em Alive, não houve meio-termo: mas não há também como explicar o que aconteceu. Em Alive, o impossível foi realizado. Em Alive, um ginásio inteiro, milhares de pessoas, tornaram-se uma só, uma só voz. E um só coração.


A banda se despede e vai embora de novo, mas agora ninguém quer parar. Começa um coro de "Happy Birthday" para Matt Cameron, aniversariante da noite. Eles logo voltam, e Vedder agradece em português: "Obrigado por nos dar uma linda noite para lembrar." Ele começa: "one tow three four... I seem to recognize". "Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town" começa, e as primeiras lágrimas já são vistas. O público canta com vontade. "Small Town" é uma música para cantar com vontade. "Hearts and thoughts they fade... fade away". As notas penetram em cada um, enchem todos com um otimismo inabalável. As vozes já desgastadas cantam ainda mais alto, tocadas por uma melodia absurdamente linda. As luzes estão meio apagadas, e o mundo é iluminado por celulares e isqueiros. Mas elas se acendem quanto todos gritam "Hello". Todos cantam com os braços levantados, com os olhos marejados, com os corações na boca. Cantam mais alto que Vedder. Cantam sozinhos. O ginásio inteiro canta sozinho. É impossível, é impossível não chorar. É impossível, é impossível não chorar. É impossível não chorar!! É impossível ouvir e permanecer impassível. "Small Town" enche o Gigantinho de vida, e quando acaba deixa aquela sensação de "O que foi que acabou de acontecer?" em cada um dos que estavam presentes.


Vedder pega a guitarra de novo, e começa a dedilhar "Corduroy". Putaquepariu! Putaquepariu! "Hey, hey, hey, hey" grita o público durante a introdução. Entra a banda toda e a gurizada sai pulando. "The waiting drove me mad" tem um significado totalmente novo. Corduroy é animada, e as pessoas começam a se abraçar, pulando e gritando ao som da música. O clima agora é de energia pura. A banda, com a competência habitual, cativa, joga a alma no palco, faz com que todos participem. O Pearl Jam sobe no palco e joga com a mesma garra que nós, gaúchos, estamos acostumados a ver e a ter. Mais uma surpresa: as primeiras notas de "Blood" são tocadas. Depois do espanto inicial, o pessoal já volta a entrar no clima e gritar "IT'S... MY...BLOOOOOOOOD!". Uma música paulada, um petardo no final do show pra mostrar pra todos "Ainda estamos aqui, então nem pensem em descansar". Eddie Vedder parabeniza o aniversariante, Matt Cameron, e chama um intérprete para pedir a todos que cantam "Parabéns a você" - isso mesmo, em português - para o amigo. O coro é geral, e o baterista fica visivelmente emocionado. Mas tudo bem, é compreensível. Ele agradece, enquanto um bolo aparece no palco. Sem pensar duas vezes, a banda arranca pedaços com a mão e começam a jogar uns nos outros. Depois, na platéia. E que show é esse? Onde mais se encontra essa descontração, esse conexão entre fãs e banda? Os caras do Pearl Jam estavam mais do que à vontade no palco do Gigantinho: estavam em casa.


Começa mais uma música que eu esperava muito ouvir. Fãs de The Who, não deixaram de tocar Baba O'Riley, em uma versão completamente ESPETACULAR! "Out here in the fields". Eu olho pro lado, e tá todo mundo cantando. Tá todo mundo curtindo. Tá todo mundo tendo o melhor momento da vida deles, um daqueles que vão conosco pra sempre. Na parada, o vocalista larga o microfone. O verso "Don't cry... don't raise your eyes... it's only teenage wasteland" é cantado pelo público. A música volta, e carrega o pessoal para mais uma daquelas sensações inesquecíveis, inesplicáveis. Gritos de "The Who, The Who" surgem. Ali em cima, os caras sorriem, pulam também, fazem tanta festa quando seus fãs, que não acreditam no que estão ouvdindo. Eu ouço e não acredito. Baba O'Riley me leva pra outro mundo, outro lugar, outra vida.


O Eddie agradece com um "see you next time", e chega o inevitável: ecos de Jimi Hendrix ressoam pelo ginásio quando Mike toca as primeiras notas de Yellow Ledbetter. Uma das melhores músicas, uma das mais emocionantes. E justo aquela que todos sabemos que é a última. Não consigo conter lágrimas. Meu coração sai pela boca junto com a minha voz, junto com toda a minha força, todo o meu pensamento. Naquela hora, não existe mais nada no mundo, só a música, e a celebração à ela. O cara canta alto, canta com vontade. Os braços se erguem, e um mar de mãos dá adeus a eles. Cada vez a música toca mais fundo, cada vez ela bate com mais vontade, nos deixando aquela sensação magnífica. Um arrepio sobe pela espinha e se espalha por todo o corpo. As luzes já estão todas acesas, mas eu mal enxergo as coisas por entre as lágrimas. Eu nem consigo pensar, nem nada. Só sentir. E cantar, com toda a força que me resta, esgotand o todo o ar dos meus pulmões em versos emocionantes. "And I know, and I know... I don't wanna stay". Mas eu quero ficar, quero que todo mundo fique. A banda para, e só o Mike continua. Não pára, não pára, não pára. O som da guitarra vai baixando. O público aplaude. O som da guitarra vai baixando. Eu aplaudo. Choro compulsivamente, como uma criança. Acabei de ter as melhores sensações da minha vida. Acabei de fazer parte de algo único, especial, que não vai se repetir. Não pára, velho, não para. Continua tocando. A última nota ecoa, e o público agradece. Eu ainda grito "Não pára, não pára!". Boom veste a imortal camiseta tricolor, o que acarreta muitos aplausos e algumas vaias. Os caras tocam as últimas palhetas pro palco, e pegam alguns objetos que são jogados pra eles. O clima foi todo assim: cinco caras normais em cima do palco, fazendo o possível para compensar os quinze anos de espera que aquelas treze mil pessoas tiveram. E conseguiram. O que o Pearl Jam fez no Gigantinho foi além do inesquecível, além do indescritível. Só estando lá pra saber. Em cima do palco, aqueles caras fazem mais do que música, mais do que rock, mais do que um show. Em cima do palco, eles fazem mágica.

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Inusitado ou Idiota? 1ª edição
Leandro Corrêa - 16 dezembro 2005 - 00:28
Human Clock
O site é: um relógio que mostra fotos de pessoas com números, ou números ajeitados por pessoas, ou simplesmente qualquer coisa que lembre números. Combinados, eles informam a hora certa. As imagens do Relógio Humano são enviadas por pessoas de todas as partes do mundo, e cada minuto é uma foto nova. 60 minutos x 24 horas = 1.440 imagens por dia, mas um minuto tem, em média, mais de 4 fotos diferentes, que o site escolhe aleatoriamente. No meio de tanta foto de bobagem, em alguns casos as fotos até são criativas. Em outros, acaba sendo divertido ter um minuto para encontrar o relógio na foto.
A pergunta que eu me faço: onde diabos querem chegar com isso?
A segunda pergunta que eu me faço: como é que tem tanta gente que se presta?
Resumindo: nada além de curioso.

Million Dollar Home Page
O site: vende pixel a U$ 1,00. O objetivo do seu criador, o inglês Alex Tew, 21 anos, é vender 1 milhão de pixels de sua página e, assim, pagar as despesas que terá nos próximos 3 anos de faculdade. Para comprar, a oferta mínima é de U$ 100,00 por um bloco de 100 pixels, e você pode escolher a posição do seu bloco entre os ainda disponíveis. O comprador preenche seus pixels com uma imagem e escolhe um link para ela remeter.
A idéia da Página de Um Milhão de Dólares pode ser meio idiota, mas o cara certamente não é. Até o momento, ele já vendeu 864 mil pixels. Ou seja, U$ 864.000,00.
A pergunta que eu me faço: porque diabos eu nunca pensei nisso antes?
A segunda pergunta que eu me faço: se tem tanta gente que se presta a pagar 1 dólar por 1 pixel até que eu fique milionário, então... trabalhar pra quê?
Resumindo: O cara é meu herói.
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COOOONNNEEEEE!!!!
Leandro Corrêa - 11 dezembro 2005 - 12:45
CAAAVAAALEEETTTTEEEE!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Can I wait for so long?
André - 06 dezembro 2005 - 20:42
Cheguei na fila às 15h, mas teve gente que chegou bem antes. Não importa: a verdadeira espera durou muito mais. Seis anos, no meu caso. A fila foi só a reta final, a ansiedade antes de abrirem os portões, a alegria de ver o Mudhoney e o nervosismo antes da maior banda do mundo subir ao palco.

E eles apareceram, com as luzes escuras ainda. Eu, que não acreditava nos boatos, um cético até o último momento, não pude deixar de sorrir. Principalmente quando Eddie Vedder pegou a guitarra, o que significava três coisas: Corduroy, Love Boat Captain ou Long Road. Torcendo pela última - uma das mais belas músicas que já ouvi - não consegui segurar as lágrimas ao ouvir Vedder cantando de coração "And the winds are rowling/ And the skies keep turning grey". A catarse tomou conta do público, que balançava os braços, tanto os mais fãs como os que não conheciam a música. Long Road beirou a perfeição, carregando o show com uma energia quase palpável no ar. Em seguida, Matt Cameron começou a bater forte, prenunciando a paulada Last Exit. As pessoas pulavam, se empurravam, e eu lá no meio cantando... na verdade gritando "Let the sunshine burn away my mask!", até o berro final "My Last Exit". Então veio Animal, com seu riff furioso e o vocal gritado, e o público cada vez mais empolgado. Queria saber o que eles sentiram ao ouvir a galera cantando "I'd rather be with an animal" por cima da voz do Eddie. Se olhasse para o lado, tenho certeza que veria muita gente completamente louca, mas eu mesmo já estava em outro mundo. Em cima do palco, Mike corria de um lado pro outro e o Jeff pulava como se estivesse no meio do público.

Imaginei que, depois de duas músicas assim, a próxima seria uma balada, até porque os próprios caras da banda suavam. Então as primeiras notas de Do The Evolution preencheram o ginásio - e aí eu não sei mais o que aconteceu. Pulei como se a minha vida dependesse disso, como se ficar parado fosse um crime hediondo. Quando Stone começa o segundo riff e o Eddie manda "Admire me/ admire my home..." todo mundo se abraça, gritando juntos. Do The Evolution leva o público a uma catarse coletiva, uma mistura de emoção e raiva, que só teve um momento pra respirar: as luzes se acendem e todos, com as mãos levantadas, gritam "Hallellujah!". Mas em Do The Evolution, é só um segundo de ar. A música volta e o chão volta a tremer, e eu volto a gritar, cada vez mais, ficando sem voz, até expulsar todo o ar dos meus pulmões tentando acompanhar o Eddie no "DO THE EVOLUTION!!!!!!!". E veio Green Disease, com seu discurso anti-comercial, seus versos ritmados e empolgantes e seu refrão pegajoso. Desconhecida do grande público. Mas todo mundo continuou participando, pulando e cantando "Tell the captain, this boat is not safe/ And we're drowning", mesmo depois de um início poderoso como o que o Pearl Jam fez. Definitivamente, Green Disease é música de show. Definitivamente.

Aí vem aquele riff no baixo. AQUELE riff. As primeiras notas de Jeremy deixam o público estupefato... estupefato não, emocionado... na verdade muito mais que isso. "FATHER didn't give attention" canta Eddie Vedder. E o público responde, em uma só voz: "Jeremy spoken...class today!". Jeremy é a música que todos esperavam, um antigo sucesso que ainda tem força pra ser atual, ainda tem força pra colocar um ginásio inteiro abaixo. Cantar a música com os braços abertos em V, com 13 mil pessoas, é impagável. E meu Deus, COMO todos continuamos pulando? De onde vem essa força que, mesmo depois de Animal, Do The Evolution, Last Exit nos mantém com energia? "OOOOOOHHHHHHHHHH!" canta o público, para delírio da banda. O público canta tudo, para delírio da banda. A banda toca com alma, com raça, para delírio do público. Os caras se matam em cima do palco. E Eddie Vedder ainda fala em português, levando o público à loucura pela quinta ou sexta vez na noite. "Sentimos muito que vocês esperaram tanto tempo pra nos ver", diz ele. Tudo bem. Depois de um início de show assim, estão mais do que desculpados.

Mais uma vez Matt assume as rédeas, e a banda larga Grievance para manter o ritmo. Quem não queria pular foi obrigado, pois a massa se deslocava para todos os lados, todos pra cima e pra baixo como um só. Grievance é uma das minhas favoritas, não nego. Pulei mais que todo mundo, por cima das pessoas, ao ouvir "Progress! Taste it! Invest it all! Champagne, breakfast for everyone!". Ainda não sei de onde vieram as forças pra fazer isso, mas estava lá. "I will feel alive as long as I am free". Mais uma do Riot Act: Cropduster. E lá estava eu, rindo sozinho. Cropduster. Em momento algum achei que eles fossem tocar essa. Mas o que mais impressionou foi meu amigo - (ainda) não tão fã - pulando com vontade no refrão. E percebi que conhecer a música não era essencial: quem estava lá havia sido contaminado pela energia local, pela paixão demonstrada por fãs, por banda, por todos. Afinal, "Turns out the world thought me", certo?

Como se não fosse bastante, um dos riffs mais conhecidos entra em cena. Começa Even Flow, mais rápida que o normal, não deixando que ninguém ficasse parado ou que o público descansasse. Não dá pra explicar a sensação ao gritar "Even Flow" junto com a minha banda favorita, junto com milhares de pessoas. É hora do Mike, depois de correr e empolgar o público durante toda a música, fazer um daqueles solos. Even Flow é a música do cara, é ali que ele bota tudo abaixo. É em Even Flow que a guitarra pega fogo, que ele desfila uma série de frases rápidas e poderosas. Mike McCready é foda. Even Flow é foda.

E então...me arrepio só de lembrar... e então Eddie pega a guitarra e vai até o microfone, com as luzes escuras. Calmo, começa a tocar Betterman, sozinho. Aliás, sozinho não: ele, sua guitarra e treze mil vozes. "Waiting, watching the clock...". Lentamente a voz do público vai sobrepujando a de Vedder. Isso até o refrão, quando ele sai de lado para ouvir "She lies and say she's in love with him/ Can't find a better man" em uníssono, milhares de vozes cantando no mesmo tom, em um momento cativante, indescritível. As luzes as pulseiras e dos celulares brilham como estrelas. O ginásio assume uma atmosfera olímpica, enquanto as lágrimas jorram do meu rosto ao cantar com todo o coração "Can't find a better man!". O que aconteceu naquele momento não pode ser posto em palavras. É aquele arrepio que sobe pela espinha, preenche cada espaço do teu corpo e tem tanta força que te faz chorar, liberando tudo de uma vez. E as pessoas choravam, muitas compulsivamente, enquanto a música lentamente ia crescendo. "The world to come along", canta ele. Podemos não ser o mundo, mas certamente vamos junto. Todos pulando abraçados, todos participando, todos com a alma e o coração em cima do palco. Como não chorar ao ver isso? Como segurar as lágrimas cantando com toda a força dos pulmões, e ouvir que as pessoas ao teu lado fazem o mesmo? Como não se emocionar ao ver que a banda, também emocionada, torna o público parte do show, envolve cada um dos presentes, criando um clima indescritível, impagável, inacreditável? Em Betterman, um mundo inteiro se concentrou naquele pequeno ginásio, se espremeu entre os corações e as lágrimas de 13 mil vozes que cantavam um sonho.

Como se não fosse o suficiente, a próxima música é State of Love and Trust, voltando ao set mais rápido e deixando muitos (eu inclusive) estupefatos de surpresa, mas foi só por um segundo. No momento seguinte, já estávamos com as mãos pra cima, as (roucas) vozes soando alto e os pés saindo do chão. O público, em extase, começa a gritar "Pearl Jam", depois "Jeff" e depois "Matt".

Stone troca a guitarra. A próxima música devia ter uma afinação diferente. "Daughter", chutei. E chutei certo. Os primeiros acordes soam, o público grita, pula, Eddie Vedder canta com emoção. Não dá pra explicar o que realmente aconteceu em Daughter. "She will rise above" teve um coro acompanhando, e milhares de mãos apontando para o alto conforme as luzes se acenderam. Daughter é mais uma que entra pra lista de músicas onde o público cantou mais alto do que o vocalista. Principalmente no final quando Vedder, soltando a pista de um surpresa que viria mais tarde, canta "Hey ho!" seguido pelo público, para depois emendar "Let's go!", também seguido pela gurizada. Se estar num show desses já é inacreditável, fazer parte dele então não tem precedentes, muito menos comparações. O público ainda gritava quando a música acabou, fazendo a banda toda sorrir e Vedder dizer "And so it goes". Veio Habit, mais uma surpresa. Mais uma paulada que o público, mesmo cansado, suado e sem voz, acompanhou. Nem todos cantavam "Never thought you'd habit!", mas quem não cantava compensava com empolgação.

Foi a vez do Mike trocar a guitarra. Antes de começar, já sabia: Given to Fly. Antes de começar eu já estava praticamente em lágrimas. Olhava ao lado e via as pessoas também emocionadas, também chorando. "He made it to the ocean, had a smoke in a tree..." e a música foi crescendo, foi ganhando cada vez mais vida, até o seu refrão apoteótico, homérico, quando o chão tremia e o ar parava com o coro de vozes. Todo mundo pulava em Given to Fly. Todo mundo estava presente de corpo e espírito, e eu não conseguia mais parar de chorar. Abraçado com meus melhores amigos, pulava como nunca, gritava com tudo o que podia, uma emoção que eu não saberia descrever exatamente, mas sei que vocês sentiram o mesmo. Esperei seis anos pra ouvir Given to Fly, e os braços abertos, as mãos levantadas, as vozes rasgadas tornaram a música ainda mais inesquecível e grandiosa, a ponto de Vedder agradecer ao público pela empolgação. Given to Fly, na verdade, fez todos voarem, até outro lugar, até os limites da emoção. Given to Fly foi espetacular. Arrebatadora.

Immortality. Começaram a tocar Immortality. Com os olhos ainda marejados de água, não acreditava no que via e ouvia. NUNCA pensei que fossem tocar Immortality. Já não cantava: gritava. "A truant finds home/ And a wish to hold on to/ But there's a trapdoor in the sun". "Immortality". Putaquepariu, que música linda. Mais uma vez, os olhos cheios de água em todo o público mostravam: aquele era o maior show que havíamos visto. Putaquepariu. O ar estava carregado de emoção, a banda carregada de emoção, a música carregada de emoção. Alguns poderiam pensar que "Immortality" foi um descanso entre os vários petardos que a banda soltou. Ledo engano: a música tocou as pessoas tanto quanto qualquer outra. Se Given to Fly fez todos voarem, Immortality fez todos sentirem um pouco mais de vida. Putaquepariu!
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