Percebo uma necessidade constante de corporativizar expressões. Palavras outrora legais como "experiência", "conteúdo", "produção", "impacto", "relevância" e mais algumas foram vítimas dessa epidemia tresloucada que sai por aí castrando as coisas de qualquer significado que não possa ser medido com estatísticas.
O que eu acho mais curioso é que as pessoas não se dão conta que tiraram a graça dessas expressões e acabam utilizando elas sem piedade nenhuma, apenas atirando cadáveres linguísticos ali na esperança de que o status deles frente ao mundo corporativo sobrepuje a completa falta de tesão do texto, um relato tão morto e vazio, tão cuidadosamente desinteressante, que parece quase uma vingança da própria gramática sua inevitável jornada rumo ao esquecimento completo. |