A gente acha que nunca vai acontecer conosco, mas aí vem o destino, esse pirralho que apita a campainha das casas e sai correndo, e PLOFT, dá uma rasteira desleal por trás. Porque hoje a maior tragédia de todas abateu-se em nossa casa: ficamos sem luz. Exatamente, vocês não leram errado, enfrentamos quatro desesperadoras horas sem energia elétrica (mas não se preocupem, estamos todos bem. De alguma forma sobrevivemos. Foi a força e a união, acredito. E também um pedacinho de bolo que havia sobrado, e que serviu para alimentar nossos temerosos corações).
Quando as luzes se esvaem, tudo que fica é a escuridão e silêncio. As outroras regozijantes alegrias da vida, como videogame, televisão, computador, ar-condicionado, ventilador, cedê player e por aí vai, tornam-se apenas objetos inanimados. O mundo fica estático e não há o que fazer. Até pensei em ler um livro à luz de velas, mas com relação à minha pessoa pode-se aplicar o famoso ditado "quem brinca com fogo acaba queimado, e queimando outros, e a casa inteira, e metade da cidade, e mergulhando milhares de pessoas em um pesadelo flamejante".
Felizmente a benção da piedade deu uma PISCADELA para nós, e eu pude ouvir de novo aquele barulho mágico, lírico, olímpico, aquele inesquecível e incomparável CLICK de quando os aparelhos se ligam. Música para os meus ouvidos. |