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André - 09 outubro 2007 - 13:09
Viajar de avião é, sem dúvida, uma das coisas mais estranhas que já fiz. Primeiro porque o avião é mais pesado do que o ar, ou seja, o lógico seria ele não sair do chão (a não ser que alguém fique controlando lá do céu com cabos - apagados depois na pós-produção, claro), e também porque eu, que já fico tonto ao subir em elevador panorâmico, não tive vertigem mesmo a milhares de pés de altura.

Talvez o medo de altura só apareça quando eu consigo enxergar o nível do mar. Tipo aquela vez em Santa Catarina, na Praia Brava, quando a gurizada subiu a trilha que tinha de um morro e eu só fui até a metade, sendo forçado pelos meus instintos a descer quase engatinhando e esperando que os bombeiros aparecessem com um helicóptero. Pelo menos pude ficar admirando as belezas naturais - e algumas claramente siliconadas - da praia do Guga.

E, acreditem, é até compreensível que ele não tenha voltado à velha forma com tanta coisa pra se ver naquela praia. Se bem que não faria diferença, já que no tênis masculino o ciborgue produzido pela Skynet e apelidado de Roger Federer (já repararam como ele é parecido com o Tarantino?) tornou-se o Schumacher dos tenistas. Qualquer torneio do esporte terá raquetes, bolinhas, redes e o Federer na final.

Por falar em final, sigam o meu raciocínio: se um campeonato não tem final, ele não tem fim, ou seja, não acaba. A prova é esse Brasileirão que vem se arrastando há meses, com um jogo mais chato e irritante do que outro. E agora que o time do Pernalonga vai ser campeão com oitocentas rodadas de antecipação, o que sobra pro resto do torneio? Uma vaga na Sulamericana? Uau.

A grande verdade é que logo os clubes farão planejamento para conseguir vaga na Libertadores, e não o título. Pelo menos é um torneio de verdade, com final, e na pior das hipóteses dá um pouco de grana pros participantes - e, convenhamos, é legal ver o teu time jogar contra adversários internacionais. Melhor ainda seria se eu tivesse grana pra pegar um avião e acompanhar todos os jogos do Grêmio na Libertadores 2008.

Se bem que viajar de avião é, sem dúvida, uma das coisas mais estranhas que já fiz.
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