Conforme aprendemos (?) na faculdade, sempre que surgiu um novo meio de comunicação houveram tentativas de se adaptar a ele linguagens já usadas em otros meios. Foi assim dos impressos para o rádio, do rádio para a TV, e agora de todos eles para a internet. Estas tentativas são naturais, pois leva tempo até que o novo meio encontre uma linguagem própria. E no momento que estamos na Web, é interessante ver o que já fracassou e o que está dando certo.
Entre os fracassos, destacam-se os banners do tipo pop-up (interromper o conteúdo pra mostrar publicidade) e o modelo de pagamento de assinatura (em troca de acesso a conteúdos exclusivos); ambos tem aceitação e eficiência questionáveis. Entre os sucessos, uma das coisas mais legais que estão surgindo são os infográficos interativos.
Vejam os do G1, por exemplo. Desde sua estréia um ano atrás, o portal de notícias tem investido em infográficos interativos para ilustrar e várias reportagens: como se abriu a cratera do metrô de São Paulo, como estavam envolvidos os políticos do mensalão, como o aeroporto de Congonhas se transformou no que é, como foi o eclipse lunar, como se deu o acidente que matou a princesa Diana, como bandeirinhas enxergam um impedimento, e assim por diante.
Seja em jornal ou revista, nos infográficos existe sempre a relevancia com a pauta das notícias do momento (acidentes, tragédias, escândalos políticos, fenômenos naturais, etc) e o intuito de contextualizar as informações, enriquecendo-as. Porém, só na Web os infográficos podem ter audio, video e interatividade, além de links para outros sites com mais informações.
No Brasil, a Superinteressante e a Mundo Estranho se destacam entre as revistas com ótimos infográficos mas, na internet, é preciso que se reconheça o G1 como um dos únicos - senão o único - portal de notícias que aprendeu a falar a lingua do meio em que se encontra. Vale a pena ver como são feitos os infográficos do G1, principalmente se você for jornalista, ilustrador, designer ou webdesigner e se interesse por este tipo de criação. E pra quem não se interessa, vale a pena também, afinal, duvido que você saiba como a Rússia treina seus astronautas antes de enviá-los a Marte.Marcadores: Tá tudo interligado |