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Jules Rimet
André - 08 outubro 2007 - 21:43
A vida é feita de momentos, já dizia o velho clichê. Momentos bons, ruins, de euforia, de tensão, de alívio... e, por mais batido que isso possa parecer, apenas um grande momento pode transformar o memorável em inesquecível.

Pois a cada quatro anos, esses grandes momentos se multiplicam na velocidade de (no mínimo) quatro ou cinco craques por noventa minutos (4 ou 5 C/j): é a Copa do Mundo de futebol.

Parece simples, certo? Uma bola, duas goleiras, onze pra cada lado e seja o que Cruyff quiser. Mas, muito mais do que um torneio, a Copa do Mundo é um acontecimento (não um evento, um acontecimento, pois "evento" são aqueles jantares para a terceira idade) que consegue fazer o planeta inteiro realmente gostar de sofrer, chorar e se desesperar.

A cada quatro anos, presenciamos a maior invenção da história da humanidade. Dentro de campo, apenas os melhores, aqueles que em milésimos de segundo conseguem deixar a sua marca na história. Fora de campo, uma festa emocionante, normalmente pacífica e que celebra os valores de vitória, luta, superação e patriotismo.

Afinal, a Copa do Mundo é praticamente uma utopia: dá chances a todos (Américas, Europa, Ásis, Oceania, África e 24 territórios a sua escolha) , eterniza os bons além dos vencedores (Holanda 74), premia tanto a inspiração (Brasil 70) como a transpiração (Itália 06), cria mitos (Maradona), heróis (Hagi, Felipão), lendas (O Carrossel Holandês), derruba pré-conceitos (Camarões 90), transforma um esporte que já é por si só memorável em algo inesquecível.

Senão, como explicar as ruas pintadas? As bandeiras e faixas? O país todo parando? Certo, o futebol é o ópio do povo, mas também não é a toa: como ficar indiferente quando o time de Kaká e Ronaldinho enfrenta, por exemplo, a França de Zidane e Henry? Uma Copa do Mundo é o equivalente a colocar Jaspion e Changeman juntos, lutando contra o mal, em três episódios diários durante um mês, obrigando as professoras a interromper a aula para que a gurizada possa assistir.

E o mais incrível é que mesmo com a coisificação do futebol, mesmo com a transformação do glorioso esporte bretão em um negócio, a busca pela taça Jules Rimet ainda reserva um pouco de putaquepariulidade, como a prorrogação do jogo Itália x Alemanha e a partida Portugal x Holanda demonstraram em 2006. Há algo de surreal em reunir tantos talentos sob um único sol, e isso nem mesmo a publicidade consegue matar. Pois qualquer minuto de uma Copa do Mundo é promessa de emoção, e cada lance, cada carrinho, cada comemoração, cada gol, cada imagem pode acabar sendo eternizada. No maior torneio do maior esporte já inventado, cada segundo pode ser um momento inesquecível, seja Taffarel fazendo o V com os dedos após defender o pênalti de Massaro, Zidane saindo de campo e passando ao lado da taça ou Dennis Bergkamp - conhecido como "Homem de Gelo" por sua frieza - se atirando no gramado após classificar a Holanda para a final.

Mais do que grandes imagens, são momentos. Inesquecíveis.

Com vocês, Copa do Mundo:

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