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Não sou marrento, sou Foda!
Thiago Silverolli - 01 março 2007 - 00:03
Futebol é espetáculo, mas também é espetacularizado. Grande parte da mística desse esporte vem de fora das quatro linhas. A imprensa sabe muito bem valorizar seu produto, cobrindo concentrações, preleções, preparativos das torcidas, pesagem dos jogadores, etc.

Mas tem jogador que também sabe tirar grande proveito dessa superexposição. Falastrões, polêmicos, rebeldes, acabam se tornando um prato cheio para os jornais carentes de conteúdo nos períodos pré-partida despertando amor e ódio e apimentando o ambiente de expectativa dos dias antecedentes a uma final ou a um clássico.

Alguns grandes nomes do futebol são grandes pelo que fizeram com a boca, e não com as pernas. O primeiro caso que me ocorre é Dadá Maravilha. Apesar de mineiro, não tinha nada de quieto. Ele é autor de tantas pérolas do folclore do futebol brasileiro que merecia um post só pra ele. Se tratando sempre na terceira pessoa, criou entre tantas: “Com Dadá em campo, não tem placar em branco.”, “Apenas três coisas pairam no ar: helicóptero, beija-flor e Dadá Maravilha.”, “Não existe gol feio, feio é zero a zero.”, “Dadá não é jogador de futebol, é fazedor de gol.”. ”Não me venha com problemática! Eu tenho a solucionática.”, e sobre sua passagem pelo colorado: “O único que conseguiu marcar o Dadá no Sul foi o Minuano.”

Outro caso de pérolas, mas por conhecida ignorância e não por marra, é o Garrincha. Talvez não considerado o maior jogador de todos os tempos pelo fato de ele não jogar futebol, e sim qualquer coisa muito mais mágica. Ele chamava todos seus marcadores – inclusive suecos e iugoslavos - de João; e quando o Brasil foi campeão do mundo em 58 ele perguntou pasmo sobre o segundo turno da Copa.

O futebol carioca sempre foi mestre no quesito marketeiro/balaca. Talvez a falta de jogadores assim por lá seja a causa da decadência daquele futebol. Sobrou apenas Romário que, já veteranaço, não é nem vulto do que já representou tanto em lábia quanto em jogo. Houve uma época em que ele disputava com Túlio Maravilha o direito de se auto-entitular rei do rio, e depois de uma decisão (de campeonato carioca, é óbvio) em que o Flamengo derrotou o Botafogo Romário deu seu ultimato: “Rei o Rio tem 3 ou 4, deus só eu.”.

Outras figuraças que entreteram as torcidas de um jeito diferente, que não jogando bola, foram Viola e suas comemorações que rendiam mais replays do que os próprios gols que fazia; e Donizete, que encarnou a alcunha de Pantera e saía desengonçadamente de quatro cada vez que marcava um tento.

E não se pode esquecer do homem-gol. Esse falava e fazia. “Se vocês garantem aí atrás eu garanto na frente.” (dois gols em Tóquio.), “Eles não são melhores do que o Aymoré!” (Grêmio campeão do mundo), “Presidente, marca um GREnal para entrega das faixas!” (Grêmio 4x2, dois de Renato). Até hoje, como técnico, ele deixa o politicamente correto de lado: “Sou Barça desde criançinha.”.

Com vocês, futebol:

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