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O caminho das pedras
André - 23 fevereiro 2007 - 12:53
Muitas pessoas por aí acreditam que coragem não é não ter medo, e sim enfrentar o medo. Embora bastante batida, essa definição faz sentido: é impossível existir alguém que não tema absolutamente nada.

Este ano, na viagem para Santa Catarina, fiz diferente do ano passado: ao invés de ficar olhando o mar enquanto o resto do pessoal subia na trilha de uma das montanhas da Praia Brava do Guga, resolvi ir junto. E não é nenhum segredo que eu simplesmente me cago de medo de altura, mas coragem não é enfrentar o que tememos? Então vamos lá.

Pela metade, mais ou menos, eu já tinha me arrependido, pois as coisas lá embaixo estavam ficando relativamente pequenas. Para piorar, o Bruno e o Leandro resolveram subir em uma pedra na ponta do troço, sem absolutamente proteção nenhuma. Assim, sentei e me agarrei a uma outra pedra (bem longe do PENHASCO, diga-se de passagem), pois os sintomas conhecidos já estavam em ação: tontura, suor, enjôo e nervosismo. Decidi então que ia voltar, só que isso implicava em ficar de pé mais uma vez (lembrem-se: quanto mais alto, pior). Foi aí que o meu instinto de sobrevivência insistiu para que eu me amarrasse em uma árvore utilizando a camiseta como corda e ligasse pros bombeiros - mas felizmente o superego, provavelmente envergonhado, fez com que eu conseguisse caminhar até a praia. Não sem algum nervosismo, admito.

O mais perto disso que achei foi a acrofobia, mas é claro que não estou me diagnosticando. Na verdade a idéia do post é a seguinte: essa é uma limitação minha e, mesmo existindo terapias e etcéteras que prometem solução, não vejo saída. Tentei sobrepujar algo que eu temia, mas desta vez falhei. E, acreditem, isso não me incomoda nem um pouco, pois o meu medo me deixa (prudentemente) longe de lugares altos e rende histórias engraçadas. "Nunca seja completo", já disse Tyler em Clube da Luta. Pra mim faz sentido essa "acrofobia", e o legal é que eu realmente não vejo problema nenhum nisso. Talvez aceitar essa história toda tranquilamente seja uma evolução da minha pessoa.

Ou talvez, da próxima vez que for enfrentar um medo, eu não deixe a garrafa de vodka em casa.
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