Hoje vou me dar ao luxo de não falar sobre a vida digital, contrariando qualquer expectativa de algum leitor cativo (se é que tenho algum). Nada de IPhones nem de laptops nem de YouTube. Cheguei em Porto Alegre depois de um feriadão de carnaval em Garopaba e, mesmo acordando às 4h30 da manhã, mesmo depois de quase 7 horas de viagem, mesmo depois de ter que vir trabalhar, estava com o ânimo renovado.
Resolvi não falar da vida digital porque esse tipo de viagem nos faz ver que, mesmo sendo uma grande facilitadora das nossas vidas, a tecnologia exige que nos mantenhamos afastados dela às vezes, simplesmente pra relaxar. Não vi sequer um computador entre sábado e quarta de manhã, não liguei o celular até que estivesse em solo gaúcho, desisti da idéia de postar coisas lá de Garopaba aqui no blog. Desintoxiquei um pouco. E recomendo.
As pessoas com quem me relacionei nesse período não eram avatares nem sorriam assim . Elas eram de carne e osso, e o sorriso delas vinha acompanhado daquele som engraçado que só as pessoas fazem quando sorriem. A paisagem não era um wallpaper editado no Photoshop, mas uma vista para o mar, um mar verde e cercado de montanhas com mata nativa. Uma praia com uma areia gostosa de pisar, e com um cheiro de praia que nenhum computador vai conseguir reproduzir, nem em milhares de anos de evolução tecnológica. Porque isso faz parte daquela já comentada fist life, que é realmente muito melhor.
O residencial onde estávamos hospedados ficava perto do palco montado para receber alguns shows organizados para as noites de carnaval. Dentre as atrações, Negritude Jr e Chocolate Sensual. Me perguntei por que raios eu não tinha levado o maldito mp3player.
Minha única crise de abstinência.Marcadores: Expressão Digital |