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De volta pra casa
Thiago Silverolli - 15 fevereiro 2007 - 00:32
É chegada a hora. Depois de 4 anos o Grêmio volta ao seu habitat natural. Não é só a nação tricolor que está feliz com isso, a libertadores sentiu falta do Imortal. Basta ver o que aconteceu com ela nessas três edições de ausência: um campeão colombiano, e um pequeno da Colômbia! E duas finais brasileiras. Nada contra o título do Inter, aliás não engoli ainda, mas não é por ele que estou escrevendo sobre a deterioração do torneio. Só que esses fatos descaracterizam e banalizam a Libertadores da América.

Não poderia ter sido em melhor momento esse retorno, que tem tudo para ser em grande estilo. Os grandes da Argentina participando, e dos brasileiros a maioria já levantou a taça. Esta edição da maior competição de clubes da América promete muito com tantos grandes disputando. Lembra a Copa do México, que reuniu 7 títulos entre os 4 semifinalistas, e só não estavam presentes naquela fase todos os campeões da época por falta de espaço para a Inglaterra, que caiu nas quartas num jogaço, perdendo a revanche da final da copa anterior pra Alemanha por 3 a 2.

São jogos memoráveis como estes que se espera da Libertadores que, como a Copa do México, deve ser a maior de todos os tempos.

Teorias mostram que o Grêmio não vai ser coadjuvante nessa sua décima primeira participação (décima primeira em 104 anos! Parem para pensar, é mais de 10% da vida disputando o torneio, o Grêmio é definitivamente parte fundamental da história da Libertadores).

A primeira delas: a cada 12 anos o Grêmio disputa o Mundial de Clubes, e pra isso conquista a América. Jogou em 1983 e em 1995; olhem o calendário...

A outra: o Grêmio, conhecido como o mais argentino dos clubes brasileiros por estilo e tradição, mostra para os mais atentos uma relação é com a campanha da Itália nas Copas. Em 1982, Itália campeã do mundo contra um time alemão; em 1983, Grêmio campeão do mundo contra um time alemão. Em 1994, Itália vice nos pênaltis; em 1995, Grêmio vice nos pênaltis. Em 2006, Itália campeã de novo; em 2007...

O time atual, aguerrido, ainda não inspira confiança completa, mas como o clube já ganhou a Libertadores jogando bonito (Renato, Tarcíso e Caju) e jogando duro (Dinho, Goiano e Rivarola), sabe o caminho. De repente ganha do jeito que falta: na sorte. O certo é que quando o Grêmio entra em campo para disputar uma partida de Libertadores é um momento místico, quisá sagrado. A expectativa é grande! Tudo começa hoje ás 22h45.

Com vocês, futebol:

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