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Caminho sem volta
Leandro Corrêa - 13 fevereiro 2007 - 09:34
Sempre tive problemas com fones de ouvido. Quando eu era criança não tinha muita paciência de ficar arrumando os fones dentro das orelhas sem deixar cair, sem ficar coçando, sem ficar suficientemente confortável pra ouvir. Lembro de várias vezes ter tentado ignorar esse incômodo e ouvir música no radinho FM - depois walkman, depois diskman - como todos meus amigos faziam, mas nunca me acostumava e, de tanto me frustrar, acabei desistindo.

Quando troquei de estágio ano passado, porém, essa aversão mudou. Até então, trabalhava numa sala pequena com apenas 3 pessoas, compartilhando gostos musicais e caixinhas acústicas. Agora somos 9 e, apesar de os gostos continuarem parecidos, nem sempre todo mundo quer ou pode ouvir música ao mesmo tempo. Ou no mesmo volume. Usar fones de ouvido no trabalho, assim, acaba sendo a solução mais justa. Então, tive que ceder...

Para minha surpresa, os fones agora caíram bem. Ou melhor, não caíram (tum dum dum pisshh!). Será porque minhas orelhas cresceram bastante desde a última tentativa? Pode ser. Mas o fato é que eles deixaram de ser problema e acabei criando um hábito, que virou vício depois que ganhei um mp3player de Natal da minha mãe.

Pois bem, a liberdade é um caminho sem volta. Quando se pode ter à disposição uma emissora de rádio portátil e completamente personalizada, nem dá vontade escutar FM; sempre as mesmas músicas, aquelas que você não gosta, tocando o dia inteiro, e ainda com um locutor e seus intervalos comerciais... Muito chato, muito século XX.

Esta semana montarei um CD com a trilha sonora para o nosso próximo Carnaval. Serão no mínimo 14 (!) horas de estrada só com as músicas que nós curtimos, que nós escolhemos e sem "pausa para uma mensagem do patrocinador". Quando se pode ter à disposição um gravador de CD e internet pra baixar (quase) qualquer música... pode mandar enterrar a rádio FM.

Tudo bem, enterrar é um exagero. As FMs tem bastante vida pela frente, pois ainda não há o que substitua uma transmissão ao vivo. O que há, no entanto, é uma mudança de hábito em andamento: estamos ouvindo e consumindo música de um jeito novo e diferente.

A Rádio da Unisinos, na época do meu antigo estágio, tinha uma programação muito boa, mas como não pegava em Porto Alegre via FM, ouvíamos pela internet. Depois conheci a AccuRadio, que é muito boa pra se conhecer músicas novas. Basta escolher entre as dezenas de estações/gêneros musicais (e atualmente centenas de subgêneros) e ficar ouvindo; se a música não estiver agradando é só pular para a próxima. A Accuradio mostra o nome da música, da banda e do album, além de um link para comprar o CD pela internet, caso você se interesse. Esse link, aliás, leva para a Amazon, que é recheada de críticas e resenhas sobre a banda que você está ouvindo. Era viciante.

Agora, no novo estágio, o que eu mais tenho usado são webradios onde posso escolher as músicas que vão tocar. Acho a Rádio UOL, por exemplo, muito boa para procurar músicas nacionais, pois tem um acervo de álbuns bem grande. Mas para internacionais não conheço melhor que o Radio.Blog.Club. Nele, basta digitar o nome da música, clicar e ouvir, mas o melhor é poder montar um playlist - uma sequencia de músicas que você mesmo escolhe. Fazendo um cadastro no RadioBlog dá pra salvar vários playlists e acessá-los do trabalho, de casa, de qualquer computador.

Uma novidade que conheço há tempos mas só agora começo a experimentar são os podcasts. Ou, numa definição que inventei agora, "arquivos de áudio sobre temas de meu interesse, produzidos por qualquer pessoa, e que podem ser baixados de graça na internet". E que, é claro, eu posso ouvir quando, onde e no volume que eu quiser - mas isso já não é mais novidade. No momento, o que mais tenho baixado são podcasts do Lost in Lost; o autor, Carlos Alexandre Monteiro, é viciadáço em Lost e acompanha a série pela internet, assim como eu, o André e muita gente por aí. Seu blog é completíssimo - pra quem curte Lost, obviamente - e seu podcast é semanal, sempre comentando o último episódio da 3ª temporada - ainda inédita no Brasil.

Uma revolução? Acho que não é pra tanto. Quem sabe, talvez, no dia em que o rádio do meu carro e meu mp3player puderem acessar e funcionar como webradios... É o que prometem com o rádio digital e o iPhone! Até lá, a melhor maneira de ilustrar essa transição que está acontecendo (e encerrar de vez esse post gigante) é comentar a excelente campanha de verão da rádio Ipanema FM: um cover hilário, anti-veranista, de "Total Eclypse Of The Heart". Está no ar desde janeiro, mas eu só fui ouvir pela internet...

Pois é. Coloco os fones de ouvido, conecto e digo: sinto muito, Ipanema, sem liberdade é que não dá.

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