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Faça a evolução
André - 22 fevereiro 2007 - 19:49
O Barcelona, dizem, tem mais de 100 mil sócios (134 mil para ser mais exato). O Camp Nou, um estádio cinco estrelas, possui exatos 120 mil e 600 lugares (foi o pessoal da Wikipédia que contou, qualquer coisa reclamem com eles). Notaram algum problema? Uma ligeira diferença de números entre os sócios e a capacidade do lugar (14 mil, lógico, não podia ser outro número)?

A moda agora é fazer clubes-empresa, que possam gerar mais receitas relacionadas ao futebol. Ou seja, tratar o esporte todo como pura e simplesmente um negócio... um entretenimento. Pois é isso que o Barcelona é: uma equipe globalizada, pronta para faturar dinheiro em qualquer lugar do mundo. Um time de Globetrotters, cujo objetivo não é apenas vencer, mas exibir seus jogadores para o público.

Claro que isso não é intrínseco ao clube catalão. Posso citar também Chelsea, Arsenal, Real Madrid, entre outros. E logo esse grupo vai crescer, pois mais receitas é igual a mais jogadores que é igual a mais títulos que é igual a mais torcedores. Que é igual a mais receita.

Porém essa pretensa "evolução" pode ter um preço (sem trocadilhos): será que transformar o time em uma empresa de negócios e entretenimento não mata os valores essenciais do esporte? Quero dizer, a Juventus pra mim é uma equipe que tem muito mais amor à camiseta do que, digamos, o Real. A mesmo coisa com Manchester United e Arsenal. E não estou falando aqui apenas da raça dos jogadores, mas também da identificação: a Juve é o Baggio, o Del Piero. O Milan, o Maldini. O Manchester é o Giggs, Neville, Scholes. O Barcelona é... é... Não há uma referência atual.

Até mesmo os clubes brasileiros já deviam ter se transformado em empresas também, mas há sempre aquelas décadas de defasagem. Como se isso fosse mudar alguma coisa: os europeus continuariam comprando nossos craques a preço de pau-brasil e formando dream teams que conquistarão tudo o que é possível, mas para si mesmo. Os torcedores são apenas testemunhas.

Cada vez se vê mais negócio e menos esporte. Mais entretenimento e menos emoção. Mais fair play e menos dedicação. Quanto vale um ídolo cuja única identificação com o clube é vestir a mesma camiseta que o resto do time? Não quero dar uma de 'romântico' e saudosista porque algumas mudanças são inevitáveis. Mas transformar os clubes em empresas com o único objetivo de aumentar o faturamento é matar aquele esforço a mais, que ninguém sabe de onde vem, que não tem nenhuma explicação a não ser a paixão por uma camiseta. E isso, certamente, não tem preço.

Com vocês, futebol:




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Hoje estou escrevendo a coluna porque o Thiago tem aniversário do irmão dele, ou seja, comida e bebida de graça. Isso não vai prestar...

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