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Sobre um sorvete.
André - 20 janeiro 2014 - 23:34
Eu nunca tinha reparado, mas colocar em um pote bolas de sorvete de sabores diferentes pode ser um fardo. Quer dizer, como se come um sorvete com essa configuração? Tipo, se for de chocolate e creme, existe alguma etiqueta sobre qual é o primeiro sabor a ser devorado? Devo dar preferência ao chocolate, porque ele parece ser a grande força dos doces mundo afora, o blockbuster dos sorvetes? Ou começo pelo de creme, assumindo uma postura mais alternativa e mostrando que não, eu não vou me render ao monopólio chocolateiro? Será que devo ir alternando, buscando na sobremesa um equilíbrio simbólico para o paradoxo da condição humana, onde tentamos ser todos diferentes mas iguais de certa forma? Mas nesse caso não pode acontecer que o chocolate, com uma base sólida formada por grandes corporações e anos de lavagem cerebral através de sua imposição em todas as sobremesas, consiga impor seu gosto sobre o outro? Ou o de creme ter cuidadosamente planejado essa imagem alternativa, essa abordagem desprendida do mainstream, justamente para usar gente como eu como massa de manobra em uma longa estratégia para sobrepujar o chocolate? Seria o de chocolate autêntico por incentivar o hedonismo com seu sabor inesquecível? Ou o de creme, claramente em desvantagem frente ao paladar, é uma lembrança de que os sabores verdadeiros da vida nunca te satisfazem completamente, deixando sempre uma abertura para percebermos que não existe perfeição entre o céu e a Terra? E seria eu, o agente de todas essas possibilidades, eternamente dividido entre chocolate e creme? Parte de mim deseja a fuga açucarada e a sobrecarga dos sentidos, enquanto a outra parte busca entender que a felicidade incompleta é o único caminho para a compreensão das nossas lutas e da nossa existência?

E será que eu, frente a tantas reflexões, deveria ter compreendido que, dadas as circunstâncias climáticas e as propriedades físicas do objeto, a merda do sorvete ia derreter enquanto eu ficava filosofando?
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