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Levando na conversa
André - 10 fevereiro 2011 - 00:37
Sou total e completamente iletrado na arte de conversa furada (ou conversa de elevador, small talk, seja lá como chamam). Provavelmente, quando eu nasci, Deus substituiu essa parte do meu cérebro pela turma de neurônios que me permite saber de cor a escalação da seleção da República Tcheca que jogou a Euro 2004 (Cech; Grygera, Rozenhal, Ujfalusi e Jankulovski; Galasek, Poborsky, Rosicky e Nedved; Baros e Koller). Ou talvez seja efeito colateral de bater tantas vezes a cabeça na parede durante partidas de videogame. Seja qual for o motivo, não estou apto a realizar tal tipo de conversa.

Isso, claro, faz com que eu acabe frequentemente em situações que exigem a habilidade de prosear levianamente, ou seja, exigem uma carga descomunal de conhecimento sobre assuntos que são tão importantes para mim quanto, digamos, o povo é importante para um governo. Novelas, reality shows, tempo, animais de estimação, trânsito, responsabilidades da prefeitura, entre outros, são temas mais do que comuns nesse tipo de conversa. Temas que, ao entrar na minha cabeça, são sumariamente caçados, capturados e executados, sem nenhum perdão ou espaço para fuga. Sem sobreviventes. Sem testemunhas. Eu até poderia colocar um pouco do meu interesse em cada assunto, mas convenhamos, taxistas gostam de falar sobre o tempo que vai fazer durante o fim de semana, e não paradoxos temporais que podem resultar no fim do universo.

Portanto, venho aqui declarar que sou incompatível com a humanidade. Aceito que me levem para uma ilha deserta, longe de tudo, e me deixem lá para que vocês possam conversar em paz e eu possa fazer desenhos do Sonic na areia em paz. Tudo que eu exijo é que eu possa levar comigo alguma distração, algo pra me manter ocupado durante épocas difíceis - a Scarlett Johansson tá de bom tamanho.
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