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Anos 80 de volta à moda
André - 12 setembro 2010 - 19:43
A Ressaca (Hot Tube Time Machine)
3/5

Direção: Steve Pink
Roteiro: Josh Heald, Sean Anders e John Morris

Elenco
John Cusack (Adam)
Clark Duke (Jacob)
Craig Robinson (Nick Webber)
Rob Corddry (Lou Dorchen)

Os amigos Adam, Lou, Nick e o garoto Jacob viajam até uma daquelas tradicionais pousadas hollywoodianas (ou seja, com neve e pessoas DESCOBRINDO A SI MESMAS) para reatar sua amizade. Eis que, ao entrar em uma banheira, os quatro são levados de volta para os anos 80, o que é algo quase tão implausível quanto o gosto musical da galera na década citada. Daí os sujeitos vão querer reviver algumas coisas, mudar outras e aprender importantes valores de moral e amizade.

Depois de Stallone chamar uma turminha de brutamontes pra fazer o FRUTINHA Os Mercenários, A Ressaca vem para honrar de verdade os anos 80 e fazer os admiradores dos filmes da Sessão da Tarde PASSAREM LAQUÊ no cabelo de tanta alegria. Ou seja, é uma história totalmente desprovida de qualquer senso de realidade, cuja preocupação está mais em tirar sarro dos mauricinhos e exibir eventuais PEITINHOS do que fazer sentido. E mesmo não mostrando grandes ESTOPINS de imaginação, consegue divertir.

Embora algumas falhas quase joguem tudo por água abaixo.

O problema é que A Ressaca tenta fazer TODOS os seus quatro protagonistas toparem com algum tipo de EPIFANIA em uma lata de cerveja, o que, em tão pouco tempo de projeção, não consegue desenvolver as tramas dramaticamente (o que já é ruim) nem de forma RISONHA - e, o que é um problema ainda maior, havia espaço para fazer isso, mas ele é ocupado por piadas escatológicas tão descartáveis e sem graça quanto a seleção francesa de futebol. Como se não fosse suficiente, a história ainda joga uns dramas desnecessários no final, que soam forçados e inverossímeis. Entretanto, quando não se leva a sério (ou foge da filosofia "ei, isso é nojento, então deve ser engraçado!"), A Ressaca abre espaço para excelente sacadas, principalmente nos momentos em que faz PICUINHA de seu próprio gênero: a certa altura, por exemplo, ao receber de um VELHOTE informações enigmáticas sobre a viagem no tempo, Jacob fala "Você morreria se fosse um pouco mais direto comigo?". Nesses momentos o filme se torna pura diversão, e dá vontade até de pegar um copo de Coca e um pacote de Trakinas para assistir ao longo da projeção.

Já a direção do filme é de DIREITA, ou seja, segue uma tendência convencional e sem inovações. Tudo fica naquela fotografia de cores vivas e saturadas, para que possamos apreciar todo o ESPLENDOR daqueles collants laranjas e rosas, sempre embaladas por um pertinente trilha que ora remete àqueles pops oitentistas e ora ao Heavy Metal farofa - o que acaba por reconstruir de forma eficiente todo o climão dos anos 80. A película ainda se beneficia bastante de seu elenco, que, liderado pelo carismático John Cusack, mergulha sem ressalvas no absurdo total e acaba conferindo uma boa dose de vida aos seus personagens estereotipados. Tipo, dá pra prever exatamente o que cada um deles faria se fossem convidados pra um churrasco. Mas ainda assim dá vontade de convidá-los.

Entre suas referências pops previsíveis e divertidas situações nonsense ("ele tem dois braços! Peguem ele!"), A Ressaca mais acerta do que erra. Afinal, na maior parte do tempo é uma diversão descompromissada e dinâmica, e que apela para aquele sentimento CÓDIGO DE HONRA de amizade que guia todos os homens. Infelizmente, quando a película erra, é o típico erro anos 80: exagerado, visualmente incômodo e extremamente batido.

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