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Mortos-vivos, tremei
André - 28 fevereiro 2010 - 22:09
Zumbilândia (Zombieland)
4/5

Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Rhett Reese e Paul Wernick

Elenco
Woody Harrelson (Tallahassee, aka PRESIDENTE DO MUNDO)
Jesse Eisenberg (Columbus)
Emma Stone (Wichita)
Abigail Breslin (Little Rock)

A América tornou-se uma terra de zumbis. Por todo lado, comedores de carne perseguem os poucos sobreviventes, enquanto esquetes de Zorra Total rodam na TV em looping infinito. No meio disso, um rapaz neurótico e inseguro, um sujeito alucinado e psicótico, uma mina gata e a irmã dela fazem o possível para sobreviver - principalmente, claro, se isso for divertido.

Nos primeiros minutos da projeção, através de uma narração em off, o protagonista Columbus deixa o espectador a par dos acontecimentos ate ali. E também do tom do filme: quando vemos um zumbi degustando um FÊMUR enquanto a narração despeja tiradas engraçadas, chegamos à conclusão de que aquele filme definitivamente não se levará a sério.

O que é bom, pois Zumbilândia sequer possui um trama. Ok, tem toda aquela historinha de chegar até uma tal de Playland, mas vamos lá, o jogo Sonic - The Hedgehog tinha uma história mais profunda e crível. Não, a ideia aqui é pegar essas personagens e atirá-las em situações de VIOLÊNCIA TOTAL, que fariam Rambo se esconder debaixo de um cobertor e descambar no choro. O que importa aqui não é um possível arco percorrido pelo protagonista, e sim o ARCO DE DESTRUIÇÃO que cada um deles consegue infligir no bando de corinthianos mortos-vivos. Yeah!

Mesmo com a tramóia sendo um grande, bem, um grande vácuo preenchido com nada e mergulhado em vazio, o roteiro consegue ser inspirado. Cada personagem se mantém fiel à sua personalidade, e dentro disso o filme constrói sequências inspiradas, através de diálogos monumentais ("Palavras não podem expressar..."), gags devastadoras (zumbis + portas de carros = vitória) e, principalmente, Bill Murray. A diversão absoluta impera em cada frame da película, e o que conta aqui não é a consistência da história, e sim quantas vezes o espectador dá tapas na poltrona enquanto diz "putaquepariu, eu quero ser amigo desses caras e detonar zumbis!".

Sabendo disso, o diretor investe em uma abordagem que se mantém bastante tradicional, um 4-4-2 cinematográfico, escapando pra um GINGADO MALEMOLENTE através de letterings que interagem com a cena, além de utilizar a câmera menta de forma definitiva (um cara que constrói beleza plástica em cima de ZUMBIS MASTIGANDO TRIPAS merece respeito - fatalmente pagarei a ele uma POLAR caso o encontre na rua). Para ampará-lo, o elenco homogêneo compra completamente a ideia, assumindo o nonsense da coisa toda como quem vai ao supermercado comprar batatas. Assim, Jesse Eisenberg estabelece bem a identificação do espectador com a galera (afinal, ele que está atrás do objeto - no caso, sobreviver e pegar a Wichita -, vemos tudo através de seu ponto de vista, ele que tem sacadas inteligentes e engraçadas sobre uma situação apocalíptica), Emma Stone transita bem entre um lado brutalmente sexy e um lado cativante (e aquele sorriso dela derrubaria um regime totalitarista), Abigail é engraçadinha. E tem também o Woody Harrelson que, claramente possuído pelo TINHOSO, percorre a projeção em uma atuação alucinada, intensa, neurótica, capaz de descarrilhar um trem, e carismática ÀS GANHAS. O momento em que ele encontra Bill Murray já é um dos maiores do universo.

E Zumbilândia é apenas isso: uma galera circulando pelos ÊUA enquanto aniquila mortos-vivos a torto e direito. Entretanto, mantendo-se dentro dessa proposta simples, o filme constrói sequências impagáveis, brinca com convenções do gênero, subverte expectativas, enfim, bota pra quebrar, com o perdão do trocadilho. E no meio de tanto repeteco, Zumbilândia consegue ser original porque entrega ao espectador justamente aquilo que promete: diversão total o tempo todo.

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