Olha gurizada, eu tava aqui de boa vontade escrevendo a minha coluna dessa semana. Uma coluna que até tava ficando bacana e tal, mas eu vou ter que deixar pra publicar ela na semana que vem.
Tudo porque eu caí na bobagem de ligar a TV bem na hora em que estavam comentando sobre a estréia do Brasil nas eliminatórias para a Copa 2010. Realmente a atuação foi discreta, e digo isso pra manter uma linha com o mínimo de educação aqui. Tão discreta que eu nem iria considerar aquele jogo uma estréia e, assim como a seleção, deixaria o fato passar em branco.
Como não tinham o que falar sobre a atuação dos jogadores, resolveram falar da atuação do árbitro. E estavam barbarizados com o que ele ameaçou fazer.
O comentário era sobre a decisão de atrasar o inicio do jogo devido às condições do gramado. O juiz cogitou adiar a realização da partida para a segunda-feira se o campo não secasse. A indignação era visível no tom da voz do comentarista ao relatar o caso. Um interlocutor alertou que o arbitro tem autoridade para tanto. O que provocou um chilique por parte do dono do programa: “o árbitro pode muito mais do que deveria!”.
Ora, se o árbitro não tem autoridade para decidir sobre a realização de uma partida, então quem tem?
Peço licença para citar Paulo Autran, numa entrevista que a Zero Hora republicou em razão de sua morte neste final de semana, como resposta:
“o teatro é a arte do ator; o cinema é a arte do diretor; e a televisão é a arte do anunciante.”