uno, dos, tres...
André
Bruno
Kleiton
Laura
Leandro
Rafael
Thiago
14

hello, hello!
Cão Uivador
Dilbert blog
Forasteiro RS
GPF
Improfícuo
La'Máfia Trumpi
Limão com sal
Malvados
Moldura Digital
Notórios Infames
PBF archive
Wonderpree

hola!
Advogado do Diabo
Chorar e rir
Errata
A 14km por segundo
Outro mundo, outro nível!
Astros
Don't let it get away
Recuperação Futebol Clube
Não sou marrento, sou Foda!
Coisa de Nerd

Swinging to the music
A 14 Km/seg
Expressão Digital
Peliculosidade
Suando a 14
Tá tudo interligado
Cataclisma14 no Pan
Libertadores 2007

dónde estás?


all this can be yours...





RSS
i-voting
Leandro Corrêa - 06 março 2007 - 23:17
A Estônia entrou recentemente para a história como o primeiro país do mundo a realizar uma eleição nacional via internet. Cerca de cerca de 30 mil dos 940 mil eleitores registrados selecionaram na web seus candidatos para as eleições parlamentares -- os votos on-line, registrados entre os dias 26 e 28 de fevereiro, foram computados no pleito deste domingo (4). O atual primeiro-ministro, Andrus Ansip, do Partido Reformista, venceu as eleições parlamentares e seguirá no governo do país. [via G1 e DW]

Muito interessante. Trata-se de um ótimo exemplo de uso da internet à serviço do Estado, do que é público. Pelo que pesquisei, a economia da Estônia ainda sofre os efeitos de ter pertencido à União Soviética por mais de 40 anos (de 1944 à 1991). Seu PIB per capta, por exemplo, é quase a metade da média da União Européia -- bloco ao qual o país báltico ingressou em 2004. Entretanto, desde o fim da regime soviético o governo tem apoiado o desenvolvimento do país através de altos investimentos em tecnologia da informação.

Só para citar um exemplo de sucesso, o serviço de VoIP (telefonia pela internet) mais utilizado no mundo, o Skype, surgiu na Estônia e tem lá a base de toda sua operação européia. Além disso, há computadores públicos por todo o país, com acesso gratuito à internet para a população. Estes terminais possuem um leitor de carteiras de identidade, que na Estônia possuem um chip eletrônico. No projeto i-voting, o cidadão estoniano coloca sua identidade no leitor, acessa o site das eleições, digita duas senhas e vota. O governo, que oferece diversos serviços públicos da mesma forma, incentiva o uso destes leitores em computadores domésticos -- um leitor custa apenas 8 euros.

Muito se especulou quanto à questão da segurança em torno das eleições on-line da Estônia. O perigo mais alardeado foi quanto à possibilidade de hackers invadindo o sistema i-voting. Também se criticou a ausência de fiscais no momento do voto, o que poderia abrir espaço para coerção ou colocar em risco o direito ao voto secreto.

Vale lembrar que não existe modelo de eleição completamente confiável. O uso de cédulas de papel também não é seguro (até hoje se coloca sob suspeita a apuração das eleições americanas entre Bush e Al Gore), e mesmo as nossas urnas eletrônicas - que garantem 100% de apuração em poucas horas - falharam no Equador. Assim, o sistem i-voting é apenas mais um modelo e, como tal, também passível de críticas. Todavia, o pleito na Estônia foi acompanhado pela imprensa internacional e declarado como bem-sucedido. Palmas para a ciberdemocracia!

Para finalizar, levanto algumas questões. Como seriam as eleições num país de alto nível educacional, onde todos os cidadãos com direito a voto tivessem acesso à um sistema como o i-voting? Seria possível existir uma democracia onde o todo cidadão, através da internet, vota diretamente a pauta do seu Parlamento, Congresso ou o que fosse -- sem o intermédio de deputados, senadores e partidos políticos?

Para se pensar.

Marcadores:

Comentários: 3