uno, dos, tres...
André
Bruno
Kleiton
Laura
Leandro
Rafael
Thiago
14

hello, hello!
Cão Uivador
Dilbert blog
Forasteiro RS
GPF
Improfícuo
La'Máfia Trumpi
Limão com sal
Malvados
Moldura Digital
Notórios Infames
PBF archive
Wonderpree

hola!
Feliz Segunda-Feira
Comédia que acerta no alvo
Dream the dreams of other men
Como Os Mercenários deveria ter sido feito
Virtualmente real
Feliz Segunda-Feira
A metade do começo do fim
House Smells Like Teen Spirit
Feliz Segunda-Feira
Um parto de sessão

Swinging to the music
A 14 Km/seg
Expressão Digital
Peliculosidade
Suando a 14
Tá tudo interligado
Cataclisma14 no Pan
Libertadores 2007

dónde estás?


all this can be yours...





RSS
É doação na veia
André - 02 dezembro 2010 - 00:31
De todas as coisas estranhas que já fiz na vida, com certeza uma das mais esquisitas foi doar sangue. Não vou nem entrar na questão da importância do ato, porque slogans publicitários do tipo "doe sangue e salve uma vida" com certeza já arrebataram os olhos de vocês em algum momento, e vocês sabiam que, pelo menos dessa vez, eles diziam a verdade. Aliás, a única ação talvez mais altruísta do que doar sangue envolve o Robinho, uma porta entreaberta e um balde de água em cima dela.

Digo que foi esquisito porque o nosso instinto natural, ao perceber a perda de qualquer quantidade de sangue, tem como planejamento SELAR o vazamento de qualquer forma - tanto é que, em momentos de desespero, as pessoas jogam pro espaço qualquer vestígio de pudor e utilizam-se até mesmo de band-aids com pequenos desenhos. Prova definitiva da principal lei que rege o universo: quanto menos sangue sair, melhor.

Por isso meu organismo organizou uma rebelião e, capitaneado pela pressão baixa, iniciou uma guerrilha contra a expulsão de 450 ml do segundo líquido mais precioso da vida - atrás apenas do Toddynho - do corpo. E quem pode culpá-lo? Já estamos condicionados a adotar um comportamento X para uma situação Y, e por isso, a cada momento da coleta, eu não conseguia deixar de pensar em cortar os tubos, jogar mertiolate no local e sair correndo. Felizmente o superego fez jus ao seu prefixo e me manteve no lugar até o final, deixando o ID comendo poeira. E a coleta também foi rápida, o que inviabilizou qualquer tentativa de um planejamento de fuga eficiente.

Apesar das contravenções causadas pelos rebeldes do organismo, que se manifestaram através de bombas de tontura em alguns momentos, a coisa toda correu surpreendentemente bem pra um evento envolvendo "sangue" e "André". Ganhei até lanchinho no final, o que é justo, convenhamos, pois para fazer a doação fui obrigado a desbravar o sempre apavorante mundo de ser picado por uma agulha. Afinal, toda vez que alguém confronta seus medos e os vence, um suco de uva bem gelado é o mínimo que a pessoa merece como recompensa.
Comentários: 2