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Crônicas da Discoteca - 1
André - 21 outubro 2010 - 14:57
A maioria das pessoas considera Godzilla, de 1998, um desastre tão grande quanto o réptil que estrela a película. E confesso, sou um dos que achou extremamente desnecessária a realização de um filme solo pro Tiranossauro Rex de Parque dos Dinossauros, do Spielberg. Mas eis que em uma longínqua aula de artes, lá pelos idos de 1998, um aparelho chamado "rádio" começa a tocar uma canção e um rapaz chamado "André" é tomado de assalto por ela. Meu então colega Guto prontamente identifica a dita-cuja como sendo a versão do Wallflowers pra Heroes, do David Bowie. Que, por acaso, foi feita para a trilha sonora de Godzilla. Que, se por um lado não amplificou a minha paixão por cinema, por outro deu o play no que viria a ser a minha paixão por música.

A trilha sonora de Godzilla foi o segundo disco que comprei na vida, sendo precedido apenas por um do Jorge Ben Jor que tinha aquela música do Tim Maia. Lembro que além de Heroes o disco também contava com uma canção famosinha (leia-se "música com videoclipe") do Jamiroquai, mas eu não dei muita bola pra ela. Dançante demais. Eu estava atrás de algo como o riffzinho de guitarra no refrão da canção dos Wallflowers, que conseguia preencher uma sala inteira com melodia, que mudava drasticamente a canção sem realmete mudá-la. E encontrei nos à época corajosos versos de Untitled, do siverchair ("dreams are bad / when all they do is leave the truth behind"), ou na hipnótica e cativante A320, do Foo Fighters. Duas bandas que assumiram a posição de titular do meu time e não sairam mais, aliás.

Algo havia começado dentro de mim e não poderia mais ser parado, como um trem desgovernado gritando pelos trilhos ou o efeito dominó desencadeado pelo travamento de um simples programa do computador, obrigando a reinicialização do mesmo. Uma audição mais cuidadosa do disco me revelou novos sentimentos: a vontade de sair por aí dando VOADORA NAS PESSOAS enquanto a poderosa Walk The Sky, do Fuel, rola ao fundo; a lacrimejante descida de notas no dedilhado distorcido de Macy Day Parade, do Michael Penn; a possibilidade do coração bater no ritmo de um piano com a emocionante Air, do Ben Folds Five; e a vontade de conhecer um bar da Chicago dos anos 50 com Undercover, do Joey DeLuxe. Havia até mesmo uma Kashmir recauchutada na Come With Me, onde Puff Daddy pedia ajuda a Jimmy Page, e que, peço desculpas pela ignorância temporária, na época soava melhor do que a original.

Outro momento de imensa adrenalina ocorreu do primeiro ao último acorde de Brain Stew, do Green Day, que parecia rugir o suficiente mesmo se não houvesse o rugido do Godzilla na mixagem. Na verdade, essa foi a primeira canção do disco que me chamou a atenção. Mas era conveniente deixá-la por último no texto para fazer um link com o próximo post, Crônicas da Discoteca II ou Como um Garoto Magrela e Branquelo Começou a Ouvir o que Ele Imaginava ser Punk Rock.

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