Incrível como algumas músicas simplesmente "encaixam". Não sei bem onde, nem como, nem por quê, mas encaixam. É como se essas canções preenchessem perfeitamente um vazio que simplesmente não existia até que elas fossem ouvidas pela primeira vez.
Daí fica aquela sensação engraçada de que uma música resume um mundo inteiro em alguns minutos - mas um mundo novo, desconhecido. Porque apesar de preencher um espaço, ela não completa nada. Ao contrário, deixa incompleto: cada vez que o cara ouve uma dessas canções, sai por aí querendo descobrir e criar alguma coisa, tocar guitarra, compor, escrever um livro, mudar o mundo, pegar a estrada, realizar algo incrível.
Ocupar um vazio e ao mesmo tempo abrir outros. No final das contas, essas grandes obras musicais são nada mais do que paradoxos. Assim como as pessoas. Talvez por isso seja tão fácil se apaixonar por canções como esta:
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