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The book is always on the table
André - 12 agosto 2010 - 20:25
Algumas pessoas, ao se mostrarem automaticamente desfavoráveis a qualquer inovação que o mundo espane em suas fuças, assustam-se por pensarem que a velhice está chegando a GALOPE. Eu não. Eu sei que sou velho de espírito e que rechaçarei todas as novidades que destoem de um limitadíssimo grupo de conceitos, nos quais eu incluo "Nick Hornby", "volante de destruição", "traz mais duas garrafas de cerveja" e "quem é aquela de olhos claros, madeixas douradas e seios fartos?", entre outros.

Claro que Deus, como qualquer programador, ficou olhando sites de cinema durante o trabalho e deixou alguns erros passarem, e por isso eu eventualmente acato alguma novidade sem conseguir odiá-la antes. O que é realmente desalentador, pois me atira em um grupo que vive em eterno deslumbramento por tudo que é lançado. E se a "coisa" puder ser definida apenas em inglês, então pode comprar camisinha porque o INTERCURSO é inevitável. Tipo "cara, comprei um PHONE que tem vários GADGETS e APPS já no STANDARD MODE, e tu pode fazer DOWNLOAD de um PLUS na ONLINE STORE. É POTATO" é quase o mesmo que "lembra da Julia, a ruiva de lábios carnudos? Comi".

Entretanto, o mais NEFASTO de tudo é essa incapacidade humana de abraçar algo sem condenar outro algo ao limbo, ou, pior, à Sulamericana. Tudo que surge vai sepultar o que veio antes em no máximo cinco anos (é sempre um prazo de cinco anos. E ninguém nunca se dá ao trabalho de verificar, porque nesse tempo todo mundo já esqueceu. Tipo eleições, assim). Daí chegam todas aquelas coisas de iPad, iPhone, realidade aumentada, realidade virtual, jogos 3D, ARGs, filmes 3D, crossmedia, e é tudo tão fantástico que a galera estufa o peito e grita com certeza absoluta que "o livro vai morrer".

Porque, claro, as pessoas hoje em dia buscam uma experiência, algo que apenas essas novas tecnologias podem proporcionar, já que estão cheias de CHIPS e COISAS SE MEXENDO SOZINHAS. Mas o que ninguém se lembra é que elas são incapazes de oferecer uma experiência melhor do que o livro, que pode lidar com centenas de temas ao mesmo tempo, que permite a reflexão imediata, a imersão total, e a possibilidade do leitor construir o texto na sua cabeça da forma que quiser. E simplesmente não há GADGET, APP, HARDWARE ou SOCIAL NETWORK que possa competir com a imaginação.
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