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Nick Hornby, cadê você?
André - 15 março 2010 - 21:06
Educação (An Education)
3/5

Direção: Lone Scherfig
Roteiro: Nick Hornby, baseado em livro de Lynn Barber

Elenco
Carey Mulligan (Jenny)
Peter Sarsgaard (David)
Alfred Molina (Jack)
Olivia Williams (Miss Stubs)

Na Inglaterra de década de 60 a menina Jenny, uma colegial de 16 anos, praticante de violoncelo, inteligente feito o GOOGLE e bastante aplicada nos estudos, acaba se apaixonando por David, um homem mais velho, trambiqueiro e metido a cool. Então a história corre de forma a passar lições de moral que... bem, que são de acordo com a inglaterra da década de 50, pode-se dizer.

Apesar de se passar numa época onde as pessoas eram tão imaginativas quando um quadro do Zorra Total, Educação segue por um caminho bastante dinâmico, o que já fica claro nos animados e serelepes créditos de apresentação. Entretanto, apesar das tentativas, a película não consegue manter o CLIMÃO por muito tempo, perdendo-se nas previsíveis reviravoltas dramáticas, falta de coesão entre as cenas e um terceiro ato apressado. Além do mais, a mina gatinha lá sequer aparece pelada em cena. Sacanagem!

Escrito por Nick Hornby, também conhecido como "o Cruyff das letras" (alcunha criada por mim, e conhecida apenas por mim), o roteiro inicia de forma assaz interessante, levando para aquela inglaterra os diálogos rápidos e envolventes de Hornby. Assim, como quem está com FEBRE DE BOLA, a história vai envolvendo o espectador, mostrando o valor da ALTA FIDELIDADE de Jenny para com as artes e tornando David um sujeito que poderia dar uma aula de COMO SER LEGAL. Mas antes que pensemos "é UM GRANDE GAROTO esse Nick, mesmo", a tramóia sofre UMA LONGA QUEDA e resvala para situações forçadas, cujo único propósito parece ser jogar a história pra frente. E é aí que a vaca vai pro brejo, pois o que antes parecia ser uma simpática narrativa sobre duas pessoas se descobrindo, torna-se uma trama de folhetim.

Contando com uma perspicaz direção de arte, que além de recriar uma Londres de outra época de forma convincente abusa das linhas retas como se não houvesse amanhã (o que dá um ar de chatice digna de um torneio de pontos corridos, e ajuda o espectador a compreender os pensamentos de Julie), o filme se mantém bastante seguro e convencional na maior parte do tempo. A diretora Lone Schergif economiza nos enquadramentos e até nos movimentos de câmera, guardando estes para os momentos onde Jenny e David estão juntos e conferindo assim mais veracidade à diversão entre ambos. Mas as escolhas da diretora acabam esmorecendo junto com a história, e conforme o filme vai chegando ao final, aquela JOVIALIDADE inicial é substituída por uma mensagem extremamente CARETA.

O grande destaque da película mesmo é a atuação de Carey Mulligan, completamente em chamas como Jenny, que mesmo sem grandes trejeitos ou exageros consegue transmitir emoção, e tem um sorriso que faria Hitler dar comida na boca dos judeus. De resto, apenas um "ok" para o resto do filme, que só foi indicado ao Oscar porque o número de candidatos aumentou pra 10 esse ano, e porque ninguém ali teria coragem de deixar a gatinha da Carey Mulligan com beicinho de triste. Entendo.

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