Tem coisas sobre a minha pessoa que não fazem sentido nenhum, mesmo. Esses dias estava eu no ônibus, de pé, lutando contra as forças da gravidade e da inércia, quando vi uma guria na parada do outro lado da rua. Ela era gatinha. Assim mesmo, com "inha" no final. Um olhar tranquilo, uma roupa legal. Caso estivesse bêbado, fato que chegaria nela com alguma cantada do tipo "olha só, não tá afim de ir pra BATCAVERNA ver a minha ESTALACTITE?", mas assim, desalcoolizado, não prestaria atenção nela por muito tempo.
Eis que passa uma ambulância pelo corredor de ônibus, na faixa contrária à que eu estava. Sigo ela com o olhar, pois tenho uma atração mórbida por tragédias (prova disso é minha visita ao cinema para conferir LUA NOVA), e acabo encarando a moçoila de novo. Mas desta vez, ela estava recém tirando as mãos do ouvido, que MEIGAMENTE tapou quando a ambulância cruzou à sua frente com a sirene ligada no volume máximo.
E isso fez a guria passar de "gatinha" pra "MUITO interessante". |