Graças a um processo viral bastante murrinha, nas duas últimas semanas tive a oportunidade de assistir diversos episódios de diferentes seriados americanos. Como o advento (sempre quis usar essa palavra num post) tornou bem mais fácil e prático o contato com essas séries, e muita gente as baixa da internet, resolvi colocar no Cataclisma minhas impressões sobre as que estou assistindo. Assim, as centenas de milhares de leitores do blog têm em mãos uma triagem e podem escolher melhor o que vão assistir. Ou não.
Smallville São nove temporadas, estou no meio da terceira. Nunca fui muito fã do Super-Homem, sei lá, ele é politicamente correto demais, e seus inimigos vivem encontrando kryptonita em tudo que é canto. A primeira temporada é bem esquemática (pessoa afetada pela chuva de meteoros ganha superpoderes e quer se vingar de alguém que o Clark conhece), mas eu gostava do fato dos episódios serem independentes - pelo menos até o último, que simplesmente NÃO TERMINA e deixa a conclusão pra segunda temporada. Menos mal que nos episódios seguintes o formulismo é normalmente deixado de lado, e algumas tramas ficam realmente interessantes, embora todo mundo encontre kryptonita em todo canto e a toda hora.
How I Met Your Mother Basicamente, How I Met Your Mother é um flashbackzão constante. E se beneficia disso, pois eventualmente adota estruturas não convencionais, como ações paralelas passadas em épocas diferentes, além de contar com uma narração em off e utilizar uma pá de efeitos de edição (quadros congelados, imagem acelerada, tela divida, entre outras guyritcheadas). A dinâmica entre as personagens masculinas é engraçada e eficiente, mas perde força toda vez que o elenco feminimo entra em cena. Sim, pra variar, as mulheres fazem o que sabem fazer melhor: mudam o comportamento dos homens.
The Big Bang Theory É um seriado que tenta mostrar como os nerds são gente supimpa. Funcionou bem nas duas primeiras temporadas, quando a Penny, a vizinha gostosa, interferia no esquema dos caras e eles aceitavam só porque... bem, porque ela era gostosa. Entretanto, na terceira e atual temporada, o grupo é sempre dividido em duas ou mais tramas separadas, o que acaba resultando em apenas uma história legal. A outra parece um contra-ataque puxado por Tcheco, Schiavi e Palermo, de tão arrastada que é.
House Eu via alguns episódios esporádicos, a sexta e atual temporada é a única que acompanho religiosamente. O grande mote da série continua a SEMNOÇÃOZICE do protagonista, praticamente uma metralhadora de frases de efeito (ou "frases pra botar no msn", pra geração mais nova). A atual leva de episódios até começou diferente, mas já se adaptou novamente ao esquema clássico (pessoa doente -> diagnósticos falsos -> tomografia -> diagnóstico quase verdadeiro mostrando que não há saída -> House tem uma epifania causada por uma palavra dita por alguém -> solução). Mas não é que, mesmo esquematizada, essa desgraça ainda funciona e bem?
Flash Forward O PLOT do seriado é muito bacana, se liguem só: durante dois minutos e dezessete segundos, todas as pessoas do mundo sofrem um apagão e vêem a própria vida seis meses no futuro. É impressionante, então, como em cima de um argumento interessante desses os caras façam episódios dolorosamente chatos. Não há absolutamente nada que chame a atenção ali, a não ser pistas esparsas sobre o tal apagão. Pra ser justo, teve também um tiroteio bacana ao som de Like a Rolling Stone, mas é só. Pra um seriado chamado FLASH FORWARD, ele se arrasta de forma ironicamente bem lenta. Marcadores: Peliculosidade |