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Out of control
André - 31 outubro 2009 - 16:08
Quando a gente nasce, escolhem um nome pra nós, de acordo com a classe social ou algum outro critério bizarro (a soma dos nomes dos pais, por exemplo), e quando o cara cresce ele até pode mudar de nome, mas não pode mudar pra, digamos, Capitão Marvel, pois é socialmente UNCOOL (e também porque levaria um processo da DC Comics no rabo). Depois escolhem uma religião, e uma pessoa até pode mudar de religião quando mais velha, mas terá que se contentar entre uma das opções disponíveis ou não ter religião. Ela não pode, por exemplo, acreditar que Deus desce à Terra de vez em quando pra jogar 3 dentro e 3 fora ou que as pessoas literalmente viram estrelas quando se vão.

Então vem a escola, onde o aluno TEM que passar de ano, todos os anos. A gurizada não pode decidir que vai aprender o conteúdo e, por algum motivo obscuro, repetir a série. Não, isso é palha. E, claro, tem que escolher um grupo no qual irá se encaixar, e se adaptar a esse grupo, pois até mesmo não ter um grupo já virou um grupo. A idéia de alunos simplesmente coexistindo está fora de cogitação.

Já no final do colégio chegam dezenas de materiais relacionados à orientação vocacional, uma vez que todos precisamos escolher uma faculdade (uma entre as opções apresentadas e "aceitas" pelos outros) e, pasmem, cursá-la. Porque no final das contas, uma pessoa precisa escolher um emprego, e é a faculdade que vai servir de bússola - um sujeito não pode, digamos, decidir ser um "organizador de livros por ordem alfabética do sobrenome do autor e, dentro destes, por ordem cronológica". Não rola.

Existe também a questão da alma gêmea, da cara-metade, da heróica decisão de fazer sexo com apenas uma pessoa pelo resto da vida. Tipo, homens e mulheres TÊM que ou sair procurando alucinados pelo amor da sua vida ou EVITAR A TODO CUSTO qualquer coisa relacionada ao amor da sua vida, dizendo aos quatro Twitters que isso não existe. Simplesmente viver e eventualmente cruzar com uma pessoa especial, de forma natural, não faz parte da brincadeira.

Por essas e outras que eu acho curioso quando alguém diz "eu gosto de ter/quero ter controle sobre a minha vida". Como?
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