Em determinado momento da partida de ontem, um jogador do Estudiantes cobrou falta pra dentro da área e outro estudiante, livre como o Flamengo na CBF, ACOLCHOOU a bola até o canto do gol, deixando o jovem goleiro Lauro catando gordinhas às quatro da manhã e balançando as redes (claro, o gol foi mau anulado, para que o sport club pudesse lançar seu mais novo dvd: Dr.Conformado ou Como Eu Parei de Me Preocupar Com a Libertadores e Passei a Amar a Sul-Americana).
Na análise subsequente, depois de ver o lance em CÂMERA LENTA e por TODOS os ângulos disponíveis, Paulo Roberto Falcão chegou a uma surpreendente conclusão: para a ave de rapina, o problema de marcação não foi no estudiante cabeceador - não, esse apenas adentrou a zona proibida sem ninguém a acompanhá-lo, abaixou as calças do sport club e enfiou sem lubrificante -, e sim num pobre coitado lá no canto que sequer sabia onde estava a área.
Das duas uma: ou Falcão partilha da filosofia parreirística de que "o gol é apenas um detalhe" e achou mais importante marcar o cara que estava praticamente papeando com o bandeirinha do que o finalizador, ou a expressão "olhos de águia" vai ganhar um novo significado a partir de agora... |